O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), terá até o próximo dia 19 de abril para responder à denúncia apresentada contra ele no mês passado por supostamente manter contas secretas na Suíça. Após receber a resposta, o STF poderá marcar uma data para analisar as acusações e decidir se aceita ou não a denúncia, e assim, abrir ou não uma nova ação penal contra o deputado na Operação Lava Jato.
A Procuradoria Geral da República acusa Cunha de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e evasão de divisas. Também pede condenação por falsidade ideológica eleitoral por causa da omissão de rendimentos na prestação de contas eleitoral. Se a ação for aberta, a PGR quer a perda do mandato parlamentar.
Segundo a Procuradoria, Cunha recebeu pelo menos US$ 1, 31 milhão — R$ 5,2 milhões — em uma conta na Suíça. O dinheiro, segundo a Suíça, foi recebida como propina pela viabilização da aquisição, pela Petrobras, de um campo de petróleo em Benin, na África. A PGR pede a devolução de valores apreendidos nas contas de Cunha e reparação de danos materiais e morais no valor de duas vezes a propina — R$ 10,5 milhões.
G1 DF
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