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“Não consigo mais imaginar ele com vida”, diz filho de potiguar desaparecido em naufrágio

FOTO: REPRODUÇÃO

Quase uma semana após o naufrágio, um potiguar ainda continua desaparecido no Oceano Atlântico. O homem é Washigton Ventura, que era o chefe de máquinas no “Thaís IV”, embarcação que naufragou na última quarta-feira (22), quando seguia do Recife para Fernando de Noronha. A família não esconde o sentimento de angústia e de desespero a cada minuto que passa sem o paradeiro do marinheiro mercante.

Em entrevista ao repórter Hugo Vieira, da TV Tropical, Márcio Ventura, filho do potiguar desaparecido, relatou o sentimento de toda a família. “Eu não consigo mais imaginar ele com vida. É duro falar isso, mas eu tenho certeza que meu pai não resistiu. Ele está lá embaixo trancado”, contou com semblante abalado.

Ventura revelou uma conversa com um tripulante que foi encontrado com vida. Segundo ele, Washington estaria dormindo no momento do naufrágio, que teria sido provocado por uma tempestade.

“Eu conversei com um dos tripulantes por telefone, um dos que foram resgatados. Ele disse que o motivo do naufrágio foi uma tempestade, o mar estava muito agitado, muitas ondas bateram na lateral do barco e o barco afundou. O pessoal da empresa conversou com os tripulates e eles disseram que, provavelmente, meu pai estava dormindo”, pontuou.

Além da angústia do desaparecimento, os familiares sofrem com a falta de informações sobre as buscas. “O que a gente quer cobrar é uma atitude oficial da Marinha. Dizer que vai mandar equipe lá embaixo. Eu cobrei e a Capitania falou que devido à profundidade não tem como mergulhador descer. Mas eles têm recursos de equipamentos, tem que descer para dar uma satisfação para a gente, para ver como fica isso aí. Meu pai sempre foi um cara íntegro, um alicerce para tudo, o exemplo de vida para todos nós”, falou.

Na última sexta-feira (24), dois corpos foram localizados por um navio da Marinha do Brasil e por uma aeronave da Força Aérea Brasileira. No sábado (25), os cadáveres foram identificados pelos familiares e se tratavam de dois potiguares.

Os corpos são de Ivanildo Ferreira, de 65 anos, potiguar que comandava a embarcação e Amaro José, de 72 anos, comandante auxiliar, que é radicado no RN e tem três filhos que moram no estado.

A embarcação Thaís IV levava mercadorias para o arquipélago de Fernando de Noronha. Horas antes do naufrágio, o navio foi visto por outra embarcação e o encontro foi registrado em vídeo. Nas imagens, é possível ver ainda que um carro era transportado.

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