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Garota de programa é condenada a 26 anos e 10 meses de reclusão por morte de militar aposentado da FAB em Natal

FOTO: ROBERTA TRINDADE

Encerrou na madrugada desta quinta-feira, 10 de outubro, o julgamento dos três acusados da morte do militar da FAB aposentado Roberto Antônio Perdiza de 71 anos. A sessão de julgamento teve início às 9h do dia 9 de outubro e o término da leitura da sentença ocorreu às 1h50 de hoje (10).

A acusada Jerusa Linda dos Santos foi condenada pelos crimes de Homicídio duplamente qualificado, furto praticado contra vítima maior de sessenta anos e ocultação de cadáver. Somando-se as penas aplicadas, chegou-se ao total de 26 anos e 10 meses de reclusão.

O segundo acusado José Rodrigues da Silva foi condenado pelos mesmos crimes. A soma da penas chegou a 28 anos e 10 meses de reclusão.

Já o acusado Washington Luiz Gomes Da Silva foi absolvido da imputação de homicídio duplamente qualificado e condenado pelo crime de ocultação de cadáver. Sua pena foi fixada em um ano e seis meses de reclusão.

O júri aconteceu no Fórum Miguel Seabra Fagundes, em Lagoa Nova.

Entenda o caso:

O militar aposentado foi morto com um tiro na madrugada do dia 31 de agosto de 2022 em Natal. Durante quatro meses, uma garota de programa, identificada como Jerusa, teria assumido a identidade da vítima, ao se passar por ela em mensagens enviadas a parentes e amigos da vítima, como forma de acobertar o crime. O corpo da vítima só  foi encontrado no dia 03 de novembro de 2022 em um terreno baldio no bairro Mangabeira em Macaiba, região metropolitana de Natal. A vítima teve os pés e mãos decepados e conforme consta no processo, os acusados jogaram cal no corpo do idoso para acelerar a decomposição.

De acordo com os autos, Jeruza era namorada da vítima. Ele morava em um condomínio em Ponta Negra, na zona Sul de Natal. Ao longo da investigação a polícia civil chegou a conclusão que a morte ocorreu porque a garota de programa queria vender o apartamento do militar e ficar com o dinheiro. Ela elaborou um plano para mata-lo e teria contratado um matador de aluguel, identificado pela Polícia Civil como José Rodrigues. O assassino teria se passado por motorista de aluguel e pego o casal na saída de um motel.

O imóvel avaliado em R$ 250 mil reais estava à venda por 150. Jeruza não conseguiu concluir a venda por causa da suspeita da família da vítima e das investigações da Polícia Civil.

Durante quatro meses, Jerusa se passou pelo militar aposentado enviando imagens e mensagens para a família da vítima, inclusive fotos na piscina do condomínio onde ele morava. A garota de programa estava retirando dinheiro da conta de Roberto Perdiza.

Portal da Tropical

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