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Estação Final: Presos em operação eram da alta cúpula de facção criminosa do RN, diz polícia

FOTO: DIVULGAÇÃO

Ao detalhar a operação “Estação Final”, a Polícia Civil do Rio Grande do Norte revelou que os sete presos durante a ação eram integrantes da alta cúpula da organização e ocupantes de funções essenciais para o funcionamento da facção. De acordo com as investigações, eles estavam ligados ao conselho da facção, transparência, caixa, prazo geral e frente. Além disso, eram responsáveis por ordenar o “salve geral”, promover “tribunais do crime” e coordenar delitos graves, como homicídios e tráfico de drogas no RN. Eles foram encaminhados ao sistema prisional e estão à disposição da Justiça.

Ao todo, a operação resultou no cumprimento de 38 mandados judiciais, sendo nove de prisão e 29 de busca e apreensão. O objetivo foi desarticular as principais lideranças da facção criminosa, que tem o trem como símbolo, daí o nome da operação. A operação foi realizada em diversas localidade do estado, incluindo Natal, Parnamirim, São Gonçalo do Amarante, Ceará-Mirim, Pureza e Currais Novos. Além disso, também houve um desdobramento no município de Luziânia, no estado de Goiás.

“A ligação de Luziânia é financeira. A gente comprovou na investigação que uma boa parte do dinheiro da facção criminosa era encaminhado para lá. Foram presos sete líderes dessa organização criminosa. A operação foi exitosa e ainda continua”, explicou a delegada Priscila Guerra, da Divisão Especializada em Investigação e Combate ao Crime Organizado (Deicor-RN).

Durante a ação, a Polícia Civil apreendeu quatro armas de fogo, munições, drogas, dinheiro fracionado, petrechos para o tráfico de drogas, veículos, cartões de crédito, objetos de valor e celulares que auxiliarão nas investigações.

“A gente vê como um avanço muito importante e que vai trazer frutos no futuro. Todo material arrecadado na ação vai ser analisado e certamente trará outros presos, outros desdobramentos. Com certeza vai enfraquecer essa facção local. A intenção é que a gente ataque mais, principalmente essa parte financeira, para sufocar esses criminosos”, afirmou o delegado Joacir Rocha.

“Isso vai ser um cotidiano da Polícia Civil, com a iniciativa da Delegacia Geral, de que sejam trabalhados esses crimes e investigações financeiras. É uma tendência da Polícia Civil. Daqui para frente, o projeto nosso, dentro da gestão, é que a gente intensifique esses trabalhos. Nosso objetivo, a partir de agora, recuperação e a gestão de ativos, com o objetivo de que esses ativos financiem a nossa própria Polícia Civil, descapitalizando o crime organizando, fazendo que esse dinheiro venha a estruturar a nossa Polícia Civil”, destacou a delegada Carla Viviane, diretora do Departamento de Combate à Corrupção e Lavagem de Dinheiro (Deccor/LD).

As investigações foram baseadas em informações da Força Integrada de Combate ao Crime Organizado (FICCO) de Mossoró e Natal, além de dados fornecidos pela Delegacia Especializada em Furtos e Roubos de Natal (DEFUR/Natal). A DEICOR conduziu os trabalhos com rigor técnico, contando com o suporte da Delegacia Especializada na Repressão à Lavagem de Dinheiro (DRLD) e do Laboratório de Tecnologia Contra Lavagem de Dinheiro (LAB-LD), responsáveis pelo rastreamento das finanças ilícitas do grupo.

Além da DEICOR, a ação policial envolveu a Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), o Departamento de Combate à Corrupção e Lavagem de Dinheiro (DECCOR-LD), o Laboratório de Tecnologia Contra Lavagem de Dinheiro (LAB-LD), delegacias da Diretoria de Polícia Civil da Grande Natal (DPGRAN), delegacias da Diretoria de Polícia Civil do Interior (DPCIN), o Departamento de Proteção a Grupos em Situação de Vulnerabilidade (DPGV), o Núcleo de Operações com Cães da PCRN, a Força Integrada de Combate ao Crime Organizado de Mossoró e Natal (FICCO), a Polícia Civil de Goiás (PCGO), a Secretaria de Administração Penitenciária (SEAP) e a Rede Nacional de Unidades Especializadas no Enfrentamento às Organizações Criminosas (RENORCRIM), coordenada pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública.

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