O presidente da Fundação José Augusto (FJA), Crispiniano Neto, segue na mira do Ministério Público do Rio Grande do Norte (MRRN). Os promotores avisam que ele, que também é militante petista, está sujeito à pena de detenção de três meses ou multa, em consequência das mensagens – em tom de ameaça – publicadas no final de semana passada, no Twitter.
Algumas expressões usadas por Crispiniano na rede social causou revolta popular: “Os atos do PT têm que ser no dia 13 e próximos aos dos Coxinhas. Temos que mostrar que não tem medo desta canalha” (sic), bem como que “o MST leve para os atos suas foices, enxadas e machados…Não podemos apanhar de lutadores de jiujitsu pagos”.
Tais mensagens de cunho “incitatório” resultaram na abertura de investigação do MPRN, que analisa possível pratica de crime previsto no art. 286 do Código Penal (Incitar, publicamente, a prática de crime).
O Blog do FM tentou, sem êxito, entrevistar Crispiniano. Contudo, fomos informados por servidores da FJA que o presidente estaria em Brasília, onde passaria o final de semana. Além disso, existe uma determinação do juiz Agenor Fernandes, em atendimento a um pedido do MRRN, que proíbe Crispiniano de comparecer à manifestação popular em Natal.
Caso o presidente da FJA esteja em Natal, ele será obrigado pela Justiça a se apresentar ao Comando Geral da Polícia Militar, às 12 horas deste domingo, e só será autorizado a sair do quartel , duas horas após o término da manifestação. O jornalista será acompanhado por um Oficial de Justiça, tanto na ida, quanto na saída do quartel da PM.
No começo desta semana, o Procurador Geral de Justiça, Rinaldo Reis Lima, encaminhou ofício ao Governador Robinson Faria, solicitando providências político-administrativas relativas às postagens publicadas por Crispiniano.