Ex-senador petista, Delcídio do Amaral, um dos presos na Lava Jato de maior estofo, pleiteia uma indenização após ter o mandato cassado e passar 85 dias presos.
Ao portal Uol, o ex-líder de Dilma Rousseff no Senado diz acreditar que não vai aproveitar o dinheiro de uma eventual indenização, mas orientou as filhas para que gastem tudo.
“Não é para comprar imóvel. É para compensar com alegria tudo o que passei”, declarou Delcídio.
Delcídio passou um período preso no Batalhão de Trânsito da Polícia Militar de Brasília, em 2015. Além da detenção e da perda do mandato, o político foi condenado ao pagamento de multa de R$1,5 milhão como parte do acordo de delação premiada na Lava Jato.
A delação de Delcídio trouxe acusações contra Lula e Dilma Rousseff, que acabou afasta da presidência da República após processo de impeachment.
“Fui abandonado e executado. Me largaram na banguela. A leitura foi: ‘Vai o Delcídio, ficamos nós’. Me jogaram aos leões.”, disse ao declara que não se arrepende do papel como delator.
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) reagiu após seu adversário político, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), dizer que ele tentou contribuir para matá-lo. Em publicação no X, o líder conservador afirmou que só um “imbecil ou um canalha compra esse papo de plano de assassinato” e ressaltou que quem sofreu uma tentativa de homicídio foi ele mesmo, no episódio da facada em 2018.
– Lula, cachaça, o brasileiro sabe de sua índole e de como você chegou até aqui. Só um imbecil ou um canalha compra esse papo de plano de assassinato. A única pessoa que tentaram matar fui eu, em uma ação de antigo militante do PSOL, seu braço político de primeira hora. Não conseguiram! Esse foi o grande erro de vocês, como admitiu José Dirceu – escreveu o ex-chefe do Executivo.
Bolsonaro prosseguiu, refutando as acusações de golpe e afirmando que petistas e aliados fomentam a “destruição cerebral do indivíduo”.
– Quanto à narrativa de vocês sobre o “gópi”, ela é conhecida por todos os seus adversários, inclusive Temer e outros. Ninguém de bom senso aguenta mais essa patifaria armada, por isso fomentam diariamente a destruição cerebral do indivíduo e a destruição dos laços familiares que norteiam uma sociedade saudável – acrescentou.
Para o líder da direita, o processo que corre contra ele é uma “cortina de fumaça” para encobrir o “pior governo da história do país, com números da era Dilma – sem pandemia e sem os efeitos iniciais de uma guerra que atingiram a economia de todo o planeta”.
– Mostre resultados de sua gestão para o povo que não sejam aumento de impostos, mentiras diárias acobertadas pelos colegas e viagens milionárias – assinalou.
Por fim, Bolsonaro sugeriu que Lula tem um “fetiche” por sua pessoa.
– Vá arrumar o que fazer, pois sua única pauta é falar de mim. Não o julgo por seu fetiche, mas creio que quem está próximo de você não gosta dessa rotina bem fora do comum. Um fraterno abraço – ironizou.
Pesquisa realizada pelo instituto Futura Inteligência em todo território nacional mostra que mais da metade dos brasileiros avaliam o Supremo Tribunal Federal (STF) ruim ou péssimo.
No total, 52,6% dos brasileiros entrevistas avaliam negativamente a atuação do STF de um modo geral. A pesquisa foi divulgada nesta quarta-feira (26), no dia em que os ministros da primeira turma da corte transformavam em réus opositores do atual governo petista, acusados de supostto “golpe de estado”.
De acordo com o levantamento, apenas 26,8%, menos de um terço dos brasileiros, avaliam o STF positivamente, ou seja, “ótimo” ou “bom”. A pesquisa indicou também que 20,2% acham a atuação do STF “regular”. Ficaram em cima o muro 0,4% que não sabem ou não responderam.
Foram entrevistadas 1.000 pessoas entre 19 e 22 de março, com nível de confiança de 95%, e margem de erro de 3,1 pontos percentuais, para mais ou para menos.
Veja o resumo da pesquisa:
Ruim/péssimo: 52,6% Ótimo/bom: 26,8% Regular: 20,2% Não sabe/não respondeu: 0,4%
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), rejeitou um pedido de prisão domiciliar feito pela defesa do professor aposentado Jaime Junkes, de 69 anos, condenado a passar os próximos 14 de sua vida na cadeia, em virtude de ter participado do 8 de janeiro. A polícia prendeu Junkes em 2023, no interior do Palácio do Planalto.
A defesa fez o requerimento de soltura devido a Junkes lutar contra um câncer na próstata em estágio avançado, além de outras comorbidades, entre elas, uma de natureza cardiológica.
Há duas semanas, agentes cumpriram um novo mandado expedido por Moraes, na casa do idoso, em Arapongas (PR), pela publicação do acórdão condenatório. No dia da ação policial, os advogados relataram que Junkes teve um infarto agudo do miocárdio e, em vez de ir ao presídio, precisou ser encaminhado ao Hospital Araucária, em Londrina, onde atualmente se encontra na Unidade de Terapia Intensiva (UTI). O homem passou por um cateterismo.
Apesar do quadro clínico delicado, Moraes seguiu o entendimento da Procuradoria-Geral da República (PGR), que se manifestou pela não concessão da domiciliar. “A PGR manifestou-se pelo indeferimento dos pedidos de recolhimento do mandado de prisão e de substituição pela prisão domiciliar, sem prejuízo da concessão de permissão de saída para tratamento médico”, argumentou Moraes, em 21 de março, ao citar a Procuradoria. “Este STF entende ser ausente a comprovação da excepcionalidade da situação concreta apta a flexibilizar a regra que consta no art. 117 da Lei de Execuções Penais, não há como deferir a pretensão de cumprimento de pena em regime domiciliar.” Segundo a PGR, a defesa não juntou laudos médicos recentes, mas, sim, documentos de saúde sem data cronológica. Por isso, a PGR sustentou não ter sido possível auferir os argumentos dos advogados.
Histórico de condenado do 8 de janeiro que tem câncer
Depois de passar oito meses na Papuda, Junkes pôde retornar para casa, mas com tornozeleira eletrônica e outras medidas cautelares.
Ele voltou a ser detido em 21 de maio de 2024, por suposto “risco de fuga”. No entanto, conseguiu retornar à residência dez dias depois. À época, o idoso usava fraldas geriátricas e uma sonda para urinar.
Agora, teve de deixar o lar para ficar no hospital. Se sair da UTI, pode ir a um presídio e fazer tratamentos médicos quando necessário.
A comunicação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) aposta em medidas econômicas recém-anunciadas para tentar reverter a queda de popularidade do governo, mas os textos dependem do Congresso Nacional, que já sinalizou alterações nas propostas.
A isenção do Imposto de Renda e a liberação do crédito consignado para trabalhadores ganham destaque nas redes do presidente, mas ambas precisam ainda do aval do Congresso para valerem.
No 2º caso, trata-se de uma Medida Provisória, que tem validade inicial de 60 dias, podendo ser prorrogada por mais 60 dias. Depois, precisa ser aprovada pelos deputados e senadores. É difícil que os congressistas façam mudanças muito drásticas nesse projeto, mas ainda é possível.
Já a isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5.000 deve sofrer diversas alterações. O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), deixou claro que esse seria o cenário já no lançamento da medida.
“O Congresso, com certeza, na sua diversidade, ministro Haddad, fará alterações nessa matéria, não tenho dúvidas pela importância que ela tem. Alterações que, com certeza, visarão a melhorar a proposta. Tanto na Câmara como no Senado, nós procuraremos dar a prioridade que a matéria necessita para que, ao longo dos próximos meses, tenhamos a condição de elaborar a melhor proposta possível para o país”, declarou o congressista.
Na mesma cerimônia, Lula brincou dizendo que não aceitaria mudanças que piorassem o projeto. Enquanto isso, publicações no Instagram do presidente já propagandeiam como será a economia no bolso dos trabalhadores em 2026 com a nova medida.
Em sua conta no Instagram, Lula sempre compartilha o fato de sua agenda daquele dia. Quando anuncia a entrega de ambulâncias, publica sobre isso, quando viaja para o Japão, o feed é recheado com postagens com o assunto.
A isenção do Imposto de Renda e o crédito consignado foram os únicos temas que voltaram a ser destacados na página do presidente após o anúncio.
A Secom (Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República) aposta nessas medidas, junto com o Pé-de-Meia, para serem marcas a serem divulgadas para melhorar a opinião popular sobre o governo petista. Campanhas mais complexas e amplas estão sendo preparadas pelo Planalto, cujo slogan repetirá a frase estampada nos bonés em contraposição a Donald Trump: “Brasil dos Brasileiros”.
O órgão comandado por Sidônio Palmeira prepara um evento em Brasília, em 2 de abril, para apresentar um balanço das ações do governo até o momento e lançar novas campanhas e diretrizes para a segunda metade do mandato.
Em 14 de março, o ministro da Secom reuniu assessores de todos os ministérios para alinhar a comunicação e mostrou conceitos para informar serviços, programas e políticas federais. “A gente tem que fazer com que as pessoas compreendam todas as ações do governo do presidente Lula, todo o trabalho que o governo tem, em todos os ministérios e estatais, para que saibam exatamente o que o governo está fazendo”, disse.
Além das novas medidas para a economia, a espinha dorsal da estratégia de comunicação do governo federal é se apoiar na divulgação dos programas sociais promovidos por Lula. Mais Médicos, Farmácia Popular, Pé-de-Meia, Novo PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), a reestruturação do SUS (Sistema Único de Saúde) e o combate à fome são as principais apostas para aumentar a popularidade do governo petista.
A Petrobras informou nessa quarta-feira (26/3) que fez a contratação emergencial da Azul Linhas Aéreas para garantir a continuidade das operações de sua unidade em Urucu, a 650 km de Manaus, capital do Amazonas. A companhia aérea assumiu um contrato que pertencia à Voepass.
Segundo a petroleira, a contratação foi feita após a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) suspender, há pouco mais de duas semanas, os voos da Voepass por questões de segurança.
Nesta semana, começou a circular a indicação de que a Azul tinha interesse em absorver a operação em Urucu, cujo contrato é de fretamento e envolve cerca de R$ 50 milhões por ano. Oficialmente, a Azul não comenta a questão.
“A Petrobras informa que, em virtude da suspensão cautelar do Certificado de Operador Aéreo (COA) da Voepass/MAP Transportes Aéreos, a Anac determinou a interrupção dos voos operados por essa empresa. Para assegurar a continuidade das operações da unidade da Amazônia (AM), a Petrobras efetuou a contratação emergencial da Azul Linhas Aéreas, empresa que já possuía avaliação prévia da nossa área de Logística e é qualificada no programa de excelência operacional para Transporte Aéreo e Marítimo”, disse a companhia em nota.
Dificuldades da Voepass
Em crise após um acidente aéreo em agosto do ano passado no interior de São Paulo, a Voepass está impedida de realizar voos desde o dia 11. Nessa terça (25/3), a Anac decidiu manter os slots da companhia nos aeroportos de Guarulhos e Congonhas, em São Paulo – dois dos terminais mais disputados pelas companhias do setor.
Por outro lado, a agência não concedeu à aérea o pedido de liberação para descumprimento do índice de regularidade nos dois aeroportos paulistas, um dos critérios de avaliação exigidos pela legislação para que uma empresa siga operando nos horários previamente acordados nos terminais pelo país.
A companhia pedia o chamado waiver (isenção) para evitar o descumprimento do índice de regularidade. No entendimento da Anac isso não seria possível porque a companhia violou a legislação por conta própria e não por problemas externos.
Atender o índice será determinante para definir se a Voepass consegue ou não manter seus slots nos aeroportos paulistas. O problema ainda pode se arrastar por outros terminais pelo país e agravar a delicada situação da empresa.
Como a suspensão dos voos foi determinada de modo cautelar, ela ainda pode ser revertida. Atualmente a Voepass possui seis aeronaves e a operação da companhia incluía 15 localidades com voos comerciais e duas com contratos de fretamento, sendo que a maior parte dos destinos está no interior do país.
A companhia entrou no radar da Anac após a queda do modelo ATR 72-500, em Vinhedo (SP). Com o desastre que vitimou 62 pessoas, o órgão implantou uma operação assistida de fiscalização nas instalações da companhia. Funcionários da agência acompanharam os trabalhos de operação e manutenção da empresa para verificar as condições necessárias à garantia da segurança.
Em outubro, a Anac exigiu a redução da malha da companhia, o aumento do tempo de solo das aeronaves para manutenção, a troca de administradores e a execução de plano de ações para a correção de irregularidades.
Segundo a agência, no final do mês passado, após nova rodada de auditorias, foi identificada a “degradação da eficiência do sistema de gestão da empresa em relação às atividades monitoradas e o descumprimento sistemático das exigências feitas pela agência”. Cerca de 30 mil bilhetes foram afetados pela suspensão.
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), retirou nesta quarta-feira (26) o sigilo de uma carta enviada a ele em outubro do ano passado pela cabeleireira Débora Rodrigues dos Santos, de 39 anos, que é julgada pela Primeira Turma da Corte após ter pichado com batom a estátua que fica em frente ao STF durante os atos de 8 de janeiro de 2023.
Nos atos em Brasília, Débora escreveu a expressão “perdeu, mané” – em referência a uma frase dita por Roberto Barroso, presidente do Supremo – na frente da estátua A Justiça.
Denunciada pela Procuradoria-Geral da República, a mulher responde a uma ação penal no STF e recebeu dois votos (Moraes e Flávio Dino) para ser condenada a 14 anos de prisão. O ministro Luiz Fux, porém, pediu vista do caso e suspendeu a análise.
Na carta enviada a Moraes, assinada por Débora no dia 6 de outubro do ano passado, a mulher diz que foi a Brasília, pois acreditava que na capital federal ocorreria “uma manifestação pacífica e sem transtornos”. Ela diz ainda não ter entrado em nenhum dos prédios dos três Poderes da República e que repudia o vandalismo, mas ressalta que acabou cometendo a pichação no “calor do momento”.
– Por isso, no calor do momento, cheguei a cometer aquele ato tão desprezível [pichar a estátua]. Posso assegurar que não foi nada premeditado – apontou.
Presa preventivamente desde março de 2023, por ordem de Moraes, Débora relata que tem dois filhos menores de idade e diz na carta que o período em que está detida a fez perder experiências únicas com eles, como o período em que o filho mais novo passou pela alfabetização. Ela relata ainda que as crianças “estão sofrendo muito” e que “choram todos os dias” por causa de sua ausência.
– Um castigo e uma culpa que vou lamentar enquanto eu viver – relata.
Débora completa a mensagem dizendo não ter conhecimento sobre política e que “não sabia da importância” da estátua A Justiça. Ela diz ao final que tem esperança de que sua “demonstração sincera de arrependimento possa ser levada em consideração” por Moraes.
– O que mais almejo é ter minha vida pacata e simples de volta ao lado da minha família – finaliza.
Confira o conteúdo da carta de Débora, e abaixo o texto na íntegra:
Excelentíssimo Ministro Dr. Alexandre de Moraes, que esta o encontre com saúde e paz.
Me chamo Débora e venho através desta carta me comunicar amistosamente com vossa Excelência. Não sei ao certo como dirigir as palavras a alguém de cargo tão importante, portanto peço que o Dr. desconsidere eventuais erros.
Sou uma mulher cristã, tenho 39 anos, trabalho desde os meus 14 anos de idade, sou esposa do Nilton e temos dois filhos, o Caio (10 anos) e o Rafael (8 anos) que são meu coração batendo fora do peito.
Excelência, para não tomar muito o seu tempo, vou direto ao ponto.
Sou uma cidadã comum e simples e sempre mantive minha conduta inabalada, jamais compactuei com atitudes violentas ou ilícitas.
Fui a Brasília, pois acreditava que aconteceria uma manifestação pacífica e sem transtornos, porém, aos poucos fui percebendo que o movimento foi ficando acalorado. Devo deixar claro que em momento algum eu adentrei em quaisquer Casas dos poderes, fiquei somente na Praça dos 3 Poderes, encantada com as construções tão gigantescas e bem arquitetadas. Sinceramente, fiquei muito chateada com o “quebra-quebra” nas instituições.
Repudio o vandalismo, contudo eu estava ali porque eu queria ser ouvida, queria maiores explicações sobre o resultado das eleições tão conturbadas de 2022.
Por isso, no calor do momento cheguei a cometer aquele ato tão desprezível (pichar a estátua).
Posso assegurar que não foi nada premeditado, foi no calor do momento e sem raciocinar.
Quando eu estava próxima à estátua, um homem pelo qual eu jamais vi, começou a escrever a frase e pediu para que eu a terminasse, pois sua letra era ilegível. Talvez tenha me faltado malícia para rejeitar o “convite”, o que não justifica minha atitude, me arrependo deste ato amargamente, pois causou separação entre eu e meus filhinhos.
Nesse período de um ano e sete meses [na época da carta] de reclusão eu perdi muito mais do que a minha liberdade, perdi a chance de ajudar o Rafinha na alfabetização, não o vi fazer a troca dos dentinhos de leite, perdi dois anos letivos dos meus filhos e momentos que nunca mais voltarão.
Meus filhos estão sofrendo muito, choram todos os dias por minha ausência, passam por psicólogos a fim de ajudá-los a organizar os sentimentos dessa situação. Um castigo e uma culpa que vou lamentar enquanto eu viver.
Excelentíssimo Ministro Dr. Alexandre de Moraes, meu conhecimento em política é raso ou nenhum, não sabia da importância daquela estátua, nem que ela representa a instituição do STF, tampouco sabia que seu valor é de dois milhões de reais. Se eu soubesse, jamais teria a audácia de sequer encostar nela, minha intenção não era ferir o Estado Democrático de Direito, pois sei que o mesmo consiste na base de uma nação.
Portanto, venho pedir perdão por este ato que até hoje me causa vergonha e consequências irreparáveis.
Sei que não deveria, mas hoje tenho aversão à política, e quero ficar o mais distante possível disso tudo.
Entendi que quando somos tomados pelo entusiasmo e a cólera podemos praticar atitudes que não contribuem em nada. O que eu fiz não me representa e nem transmite a mensagem que eu sonhei em tecer para os meus filhos.
O que mais almejo é ter minha vida pacata e simples de volta e ao lado da minha família.
Termino essa carta na esperança de que essa demonstração sincera do meu arrependimento possa ser levada em consideração por vossa Excelência.
Réu no STF pelos atos golpistas do 8 de Janeiro, Leonardo Rodrigues de Jesus, o Léo Índio, sobrinho de Jair Bolsonaro, fugiu para a Argentina. Usando o nome “Léo Bolsonaro”, ele afirmou que foi buscar exílio no país de Javier Milei.
O sobrinho de Bolsonaro foi eleito suplente de vereador em Cascavel, no Paraná, em 2024. Ele deixou o Brasil há 22 dias e pediu asilo por “perseguição política”. O requerimento está sob análise do governo Milei.
Segundo dados da Comissão Nacional para os Refugiados (Conare) do governo da Argentina, pelo menos 181 brasileiros tinham pedido refúgio no país entre janeiro e outubro de 2024.
No dia 28 de fevereiro, a Primeira Turma do STF aceitou, por unanimidade, a denúncia contra Léo Índio e o tornou réu por participação nos atos golpistas que depredaram as sedes dos Poderes.
Segundo a Procuradoria-Geral da República, ele esteve presente na Praça dos Três Poderes no dia da invasão e incentivou manifestantes a permanecerem no local, além de divulgar conteúdos de apoio aos atos golpistas.
A denúncia inclui crimes como abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado e deterioração do patrimônio tombado, previstos no Código Penal e na Lei de Segurança Nacional.
O sobrinho de Bolsonaro alega que entrou na mira da PGR porque “tirou uma foto” na Praça dos Três Poderes… enquanto os golpistas invadiam o STF, o Palácio do Planalto e o Congresso.
A coluna enviou um e-mail para a advogada que representa Léo Índio no STF, Clarice Pereira Pinto, mas não teve retorno até a publicação desta reportagem. O espaço continua aberto para manifestações.
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