SELO BLOG FM (4)

Categoria: Economia

Pesquisa de Preços do Procon Natal identifica aumento no preço dos combustíveis na capital

FOTO: DIVULGAÇÃO

O Instituto Municipal de Proteção e Defesa do Consumidor – Procon Natal realizou, na segunda-feira (13) de outubro, pesquisa de preços de combustíveis e identificou aumento nos valores praticados nos postos da capital em relação ao mês anterior.

O aumento foi identificado em todos os combustíveis pesquisados nas quatro regiões, 71% dos postos pesquisados aumentaram seus preços para a gasolina comum, gasolina aditivada, diesel comum e o diesel S-10.Dos postos pesquisados 76% aumentaram seus preços este mês. O percentual encontrado nos postos com aumento nos preços para o etanol este mês foi de 74%. Já o gás veicular manteve-se estável.

Dos 4 combustíveis analisados houve uma alta no preço de três deles:

gasolina comum: aumento R$ 0,44, passando de R$ 6,03 para R$ 6,47

gasolina aditivada: aumento de R$ 0,42, saindo de R$ 6,11 para R$ 6,53.

Diesel comum: aumento de R$ 0,25 , passando de R$ 6,01 para R$ 6,26

Diesel S-10: aumento de R$ 0,25, saindo de R$ 6,05 para R$ 6,30.

Etanol:aumentou R$ 0,51, passando de R$ 4,97 para R$ 5,48.

O gás veicular manteve seus preços inalterados R$ 5,10.

Já na análise da variação nos preços do combustível por região, a região oeste teve os menores preços médios de combustíveis, com exceção do diesel comum, que teve o seu menor preço médio na região leste. Já a região sul teve o menor preço médio para o gás natural veicular, em contraponto a região Norte apresentou o maior número de postos que aumentaram os preços este mês, com 83% dos estabelecimentos elevando os valores da gasolina comum e do etanol.

O Procon alerta que há grande variação entre os postos: foram encontradas diferenças de até R$ 1,20 no etanol e R$ 1,02 na gasolina comum. A orientação é que o consumidor sempre pesquise antes de abastecer.

O Procon Natal, realiza o monitoramento mensal dos preços, garantindo transparência à população e acompanhando a evolução do mercado para prevenir práticas abusivas. A pesquisa abrangeu as quatro regiões da cidade e envolveu 87 postos de combustíveis. As planilhas com os preços praticados, variações e nomes dos estabelecimentos estão disponíveis no site da Prefeitura do Natal.

Em caso de recusa ou persistência da dúvida, o consumidor deve registrar denúncia junto ao Procon Natal. As denúncias podem ser feitas presencialmente, na sede do órgão na rua Ulisses Caldas, nº 181, Cidade Alta, no Whatsapp (84) 3232-6189 ou pelo e-mail: [email protected].

ANP interdita parcialmente operações da Brava Energia no RN e impacta produção 3,5 mil barris de óleo por dia

FOTO: PETROBRAS

A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) determinou a interdição temporária das operações da Brava Energia na Bacia Potiguar. A medida deve impactar cerca de 3,5 mil barris de óleo equivalente por dia (boe/d) neste mês, o que representa aproximadamente 3,8% da produção média total registrada no terceiro trimestre deste ano. A informação foi confirmada pela empresa nesta segunda-feira (13), por meio de comunicado oficial.

A decisão da ANP foi tomada após uma auditoria conduzida pela Superintendência de Segurança Operacional (SSO), concluída na última sexta-feira (10). O órgão identificou a necessidade de adequações nas instalações da companhia.

Em nota, a Brava Energia informou que a produção média total dos últimos 30 dias permanece acima de 90 mil barris por dia, mesmo já refletindo parte do impacto da interdição. A empresa destacou também que os investimentos necessários para as adequações exigidas pela ANP estão previstos no ciclo orçamentário de 2025/2026.

A companhia afirmou estar mobilizada para executar, de forma segura e rápida, todas as melhorias solicitadas, com o objetivo de retomar gradualmente as operações nos ativos interditados até o fim do quarto trimestre de 2025.

Portal 98 FM

Terminal Pesqueiro de Natal deve gerar 8 mil empregos, prevê setor empresarial

FOTO: DIVULGAÇÃO

O Terminal Pesqueiro de Natal entrará em operação após anos de paralisação, com a expectativa de gerar cerca de 3 mil empregos diretos e mais de 5 mil indiretos. Na sexta-feira (10), uma reunião no Salão Nobre do Palácio Felipe Camarão reuniu Prefeitura, empresários e instituições parceiras para discutir a ativação do terminal, que está parado desde 2010.

O terminal foi leiloado há cerca de um mês pelo Ministério da Pesca e Aquicultura (MPA), na Bolsa de Valores B3, em São Paulo. A empresa Turc Operações Marítimas, única habilitada no certame, arrematou o espaço e será responsável pela administração, revitalização e modernização do equipamento pelos próximos 20 anos. A expectativa é de que a empresa assuma o terminal em novembro.

O presidente da Turc Serviços Marítimos, Daniel Penteado, demonstrou entusiasmo com o desafio de tocar o equipamento. Ele destacou que o terminal, por seu potencial, poderá fortalecer grandes cadeias produtivas, como a pesca industrial e artesanal, a aquicultura e a logística de transporte, e que a expectativa é gerar cerca de 3 mil empregos diretos e mais de 5 mil indiretos.

O secretário municipal de Governo, Sérgio Freire, que representou o prefeito Paulinho Freire, classificou o encontro como “ponto de partida” para uma nova fase do terminal e da região da Ribeira. “Estamos iniciando hoje um diálogo com as empresas e as secretarias envolvidas sobre a implantação do terminal. Posteriormente, vamos marcar também uma visita técnica ao próprio equipamento para avançar na definição das soluções”, afirmou.

O presidente da Federação das Indústrias do Rio Grande do Norte (Fiern), Roberto Serquiz, ressaltou o papel da gestão municipal na retomada do terminal. “É uma satisfação contar com um prefeito com a visão empreendedora de Paulinho Freire, que possibilita darmos continuidade a essa iniciativa. A receptividade foi muito positiva e, a partir de agora, vamos caminhar com as melhores definições”, observou.

Localizado às margens do Rio Potengi e ao lado do Porto, o Terminal Pesqueiro ocupa uma área de 13.500 m², com 4.800 m² de área construída. Iniciado em 2009, o projeto chegou a 95% de execução, mas teve as obras paralisadas em 2010 em razão de impasses judiciais e ainda não entrou em operação, o que agora está mais próximo de acontecer.

Com informações de Tribuna do Norte

Dia das Crianças deve gerar R$ 377 milhões em vendas no comércio do RN

FOTO: DIVULGAÇÃO

O Dia das Crianças, comemorado no próximo domingo (12), deve movimentar R$ 377,9 milhões no Rio Grande do Norte, segundo pesquisa de Intenção de Compras realizada pelo Instituto Fecomércio RN (IFC). O levantamento mostra um avanço nominal de 9,6% em relação ao ano passado, o que, descontada a inflação, significa crescimento real de cerca de 4%. Os dados apontam para um aquecimento do comércio e dos serviços, com impacto direto nas lojas de rua, nos shoppings e em setores ligados ao lazer.

Na capital, a movimentação estimada é de R$ 127,6 milhões, o que representa leve alta de 0,7% em relação ao ano passado. O IFC avalia que o resultado reflete um mercado maduro, mais voltado para conversão de vendas do que para expansão de volume. Dos entrevistados, 69,8% pretendem comprar presentes, com tíquete médio de R$ 157,48. O gasto médio com passeios é ainda maior, chegando a R$ 180,51. A maioria deve deixar as compras para a semana do Dia das Crianças (70,5%), pesquisando preços antes de decidir (75,5%). O pagamento à vista será a principal forma escolhida, citada por 59,2% dos consumidores.

Em Mossoró, o cenário é de maior dinamismo. O comércio local deve alcançar R$ 32,7 milhões, um crescimento de 22,2% em relação a 2024, acima da média estadual. Apesar de a intenção de compra ser menor que em Natal (57,8%), os mossoroenses devem gastar em média R$ 143,25 com presentes e R$ 158,68 em passeios. O comércio de rua lidera as preferências, reunindo 45,2% das compras.

Brinquedos (69,5%) e vestuário (42,8%) são os itens mais procurados, enquanto os eletrônicos seguem em expansão, representando 13,4% das intenções. Diferentemente da capital, em Mossoró o parcelamento domina as formas de pagamento (54,6%).

Juntas, as duas cidades concentram grande parte da expectativa de vendas no estado. O IFC sugere estratégias distintas para cada mercado. Em Natal, ações de desconto para Pix, combos de produtos e parcerias com o setor de lazer podem atrair consumidores. Já em Mossoró, onde o consumo cresce de forma acelerada, o parcelamento, campanhas de vizinhança e horários estendidos são considerados fundamentais para atender à alta demanda da véspera da data.

A Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) também realizou uma pesquisa de Intenção de Compras para a data neste ano, com o Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e a Offerwise Pesquisas. Este levantamento aponta que o brasileiro deve movimentar R$ 16,7 bilhões no varejo para o Dia das Crianças. “O Dia das Crianças é uma data importante para o varejo, pois é um aquecimento para as vendas de fim de ano. Serve de termômetro para a Black Friday e para o ciclo natalino”, afirma o presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Natal (CDL), José Lucena.

Segundo ele, os resultados servem como base para que empresários decidam sobre campanhas de marketing e até sobre contratações temporárias. Para ele, apesar da cautela dos consumidores, há disposição em manter a tradição de presentear. “A estimativa de movimentação de R$ 16,73 bilhões mostra a força do setor, ainda que este ano o ticket médio esteja mais baixo. Isso revela um consumidor cauteloso, que busca equilibrar orçamento e desejos, mas que não abre mão de ver a alegria das crianças”, avalia. Segundo ele, esse tem sido um comportamento recorrente observado pela CDL nas datas comerciais de 2024 e 2025.

Comércio sente impacto positivo

No tradicional bairro comercial do Alecrim, em Natal, a expectativa já se transforma em realidade. Lojas populares de brinquedos, roupas e acessórios registram aumento no movimento e se preparam para o pico de vendas até o fim de semana. Damiana Gondim, repositora de uma dessas lojas, relata o crescimento nas vendas. “O setor de brinquedo está bombando. Nosso preço é único, a gente se preparou com antecedência e o estoque está cheio de mercadoria. Mas as pessoas têm que se antecipar para evitar filas longas ou não encontrar mais o que procura, porque o movimento vai ser grande”, comenta.

Segundo ela, muitos clientes estão buscando itens também para revenda e doações. É o caso da dona de casa Rosiane da Conceição. Ao fazer suas compras, ela reforçou o caráter afetivo da data. “Eu tenho muito prazer de sempre presentear, gosto muito de criança e de ver a alegria delas. Hoje vou comprar presentes para seis crianças, filhos de amigos, porque os meus já cresceram e ainda não tenho netos. Sempre faço uma brincadeira no Dia das Crianças ou no São João. É maravilhoso participar desse momento”, afirma.

A oportunidade de solidariedade se estende a outros consumidores. A cliente Luísa Melo explica que costuma aproveitar as promoções da data para comprar em quantidade e doar. “Aqui dá para dar uma lembrancinha para as crianças. Quem gosta de fazer doação também encontra preços em conta. Eu sempre procuro um lugarzinho para doar, porque meu trabalho também pede brinquedos para caridade. Então, compro tanto para minha filha quanto para vizinhos ou instituições”, diz.

O comportamento dos consumidores também confirma o clima de otimismo. Francisca Zuleide saiu de Parnamirim para fazer compras em Natal e conta que já garantiu um presente para a filha. “A minha filha estava pedindo uma cafeteria de brinquedo. Apesar de eu já ter comprado, guardei surpresa. Foi uma geladeira de brinquedo que ela também queria”, relata.

Perspectiva para os próximos meses

Para o presidente da CDL Natal, a confiança dos consumidores, mesmo diante de um cenário de cautela econômica, é um fator positivo para o setor. “Em Natal, acompanhamos essa tendência: os consumidores estão atentos ao custo-benefício, valorizam a qualidade e a segurança dos produtos e dão preferência a presentes que unem utilidade e diversão. Isso reforça a importância do comércio local estar preparado, oferecendo opções diversificadas, promoções atraentes e atendimento de excelência”, pontua Lucena.

A data, considerada um dos principais marcos do calendário varejista, deve consolidar o movimento que antecede as grandes campanhas de novembro e dezembro. “Mesmo diante de um cenário de retração no poder de compra, o fato de 70% das pessoas planejarem ir às compras demonstra confiança no varejo e disposição para movimentar a economia. Para nós da CDL Natal, esse é um sinal positivo de que, quando o comércio se reinventa e mantém o foco no cliente, a data se transforma em oportunidade de vendas e de fortalecimento da relação com os consumidores”, completa.

Números

R$ 180,51 – Será o gasto médio dos natalenses com passeios no Dia das Crianças

70,5% – É o percentual de entrevistados que devem deixar para comprar na semana do Dia das Crianças

Tribuna do Norte

RN tem superávit de US$ 404,9 milhões e ultrapassa US$ 1 bilhão em transações

FOTO: SANDRO MENEZES

O Rio Grande do Norte alcançou um desempenho expressivo no comércio exterior em setembro de 2025. De acordo com a análise da Secretaria do Desenvolvimento Econômico, da Ciência, da Tecnologia e da Inovação (SEDEC/RN), o estado registrou um superávit acumulado de US$ 404,9 milhões entre janeiro e setembro deste ano. No período, a corrente de comércio – soma de exportações e importações – ultrapassou US$ 1 bilhão, com US$ 729,6 milhões em exportações e US$ 324,7 milhões em importações.

Somente em setembro, o comércio exterior potiguar movimentou US$ 105,8 milhões, resultado de US$ 77 milhões em exportações e US$ 28,8 milhões em importações, o que gerou um saldo positivo de US$ 48,2 milhões no mês.

Produtos potiguares ganham força no exterior

As exportações do Rio Grande do Norte em setembro foram lideradas pelo bulhão dourado para uso não monetário, que movimentou US$ 23,6 milhões, seguido por melancias frescas (US$ 16,9 milhões), melões frescos (US$ 15,4 milhões), outros óleos combustíveis (US$ 5,5 milhões) e rolamentos de esferas (US$ 1,9 milhão). Juntos, esses produtos representaram 82,2% do total exportado pelo estado, evidenciando a diversificação e o fortalecimento das cadeias produtivas potiguares, com destaque para a fruticultura e a mineração.

Entre os principais destinos das exportações, o Canadá liderou as compras com US$ 24,1 milhões, seguido pelos Países Baixos (US$ 23,7 milhões), Reino Unido (US$ 12 milhões), Espanha (US$ 2,7 milhões) e México (US$ 2 milhões). Esses cinco países responderam por 83,7% de todas as exportações do RN em setembro, confirmando o alcance internacional da pauta comercial do estado.

Perfil das importações e parceiros comerciais

No mesmo mês, o Rio Grande do Norte importou US$ 28,8 milhões em produtos, sendo os principais itens: outros trigos e misturas de trigo com centeio (US$ 3,8 milhões), caldeiras aquatubulares (US$ 3,2 milhões), coque de petróleo não calcinado (US$ 1,7 milhão), redutores e caixas de transmissão (US$ 1,4 milhão) e produtos laminados planos de aço (US$ 993,3 mil). Esses cinco produtos somaram 37% do total importado pelo estado.

Entre os principais países fornecedores, a China liderou com US$ 12,7 milhões, seguida pela Argentina (US$ 5,4 milhões), México (US$ 1,8 milhão), Alemanha (US$ 1,5 milhão) e Suíça (US$ 1 milhão). Juntos, esses países responderam por 77,7% do volume total importado em setembro, reafirmando a diversidade das relações comerciais do RN com diferentes regiões do mundo.

Exportações por via marítima se consolidam como principal modal

A via marítima foi responsável pela maior parte das exportações potiguares, com US$ 48,6 milhões em transações – o equivalente a 63,1% do total exportado. Na sequência, a via aérea movimentou US$ 27,5 milhões, o modal rodoviário, US$ 552 mil, e a modalidade “em mãos” representou US$ 291,8 mil.

Nas importações, o transporte marítimo também predominou, com US$ 26,5 milhões, seguido pelo aéreo (US$ 2 milhões) e rodoviário (US$ 258 mil) – o que reforça a importância da infraestrutura portuária e logística para o desempenho do comércio exterior do estado.

Desempenho consistente e fortalecimento econômico

Segundo o secretário adjunto de Desenvolvimento Econômico, Hugo Fonseca, embora o estado registre queda nas exportações de óleo combustível pelo segundo mês consecutivo, a balança comercial potiguar continua demonstrando força e resiliência.

“Os efeitos do tarifaço imposto pelo governo americano ainda persistem sobre alguns produtos, mas, mesmo diante desse cenário, temos observado uma ampliação significativa na diversificação das exportações e na abertura de novos mercados, o que tem contribuído para o equilíbrio da balança com superávit.

Em um ambiente global ainda desafiador — marcado por uma taxa Selic de 15% e por incertezas decorrentes de conflitos geopolíticos e tensões econômicas internacionais —, o Rio Grande do Norte reafirma sua capacidade de adaptação e competitividade. Essa trajetória é resultado de um trabalho conjunto entre o governo, o setor produtivo e as instituições que acreditam no potencial do nosso estado para crescer com sustentabilidade e inovação”, destacou.

Agora RN

Fruticultura do RN mira expansão no mercado europeu em evento em Madri

FOTO: APEX

Com produção estimada em 300 mil toneladas de frutas para a safra 2025/2026, a fruticultura do Rio Grande do Norte aposta em estratégias de acesso a novos mercados, a fim de ampliar a já marcante presença internacional. Hoje, cerca de 90% das frutas frescas do Estado têm como destino países europeus. Para conseguir essa ampliação, um grupo de produtores potiguares atendidos pelo Sebrae no Rio Grande do Norte participou da edição 2025 da Fruit Attraction Madri, considerada uma das maiores feiras do setor na Europa.

A ideia é prospectar novos clientes, consolidar parcerias com compradores já existentes e ampliar a competitividade do setor frutícola potiguar. Para alcançar tal objetivo, na capital espanhola, os fruticultores, com o apoio do Sebrae Nacional e da Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária (CNA), participaram de vasta programação, marcada por exposição de produtos, visitas técnicas a centros de comercialização de frutas e encontros de negócios. A feira, realizada no Ifema Madri, foi realizada entre 30 de setembro e 2 de outubro.

Evandro Borgatto é um dos produtores potiguares que foi a Madri participar da Fruit Attraction. Otimista com os resultados em diversas rodadas de negócios no evento, o empresário acredita que a oportunidade será decisiva para ampliar a atuação da Viva Agrícola no mercado europeu.

“Nossa participação na feira foi sensacional, com apoio do Sebrae, da CNA, Abrafrutas, AgroBR e Apex Brasil, proporcionando uma série de rodadas de negócios. No meu caso, não parei um minuto, saindo de uma reunião com potenciais compradores e começando outra. Tudo muito proveitoso, de modo que esperamos expandir nossa presença na Europa, onde já atuamos no mercado da Holanda”, detalha Borgatto.

Cultivo promissor

Além do melão, carro-chefe da fruticultura do Rio Grande do Norte, outras frutas potiguares estão conquistando o exigente paladar europeu e despontam com potencial promissor de crescimento no mercado. É o caso do limão Tahiti, aposta do produtor Rafael Rogério, da Natural Citrus. Com mais de 20 anos de atuação no setor, ele participa pela segunda vez da feira internacional. O objetivo é fechar novos acordos comerciais para parte da produção de 1.300 toneladas da fruta, correspondentes à safra deste ano. Os principais destinos já incluem Holanda, Espanha, Alemanha, Polônia, Escandinávia e Inglaterra.

Atendido pelo Projeto de Fruticultura do Sebrae-RN, o empresário espera colher bons frutos na Fruit Attraction, alcançando novas oportunidades comerciais com outros países europeus. Segundo ele, o suporte técnico do Sebrae tem sido estratégico para elevar a competitividade da empresa.

“Nossa expectativa é muito positiva. Já participamos de diversas feiras patrocinadas pelo Sebrae e sempre conseguimos evoluir em nossas exportações. O apoio logístico e toda infraestrutura disponibilizada para a Natural Citrus nos coloca no mesmo nível das grandes empresas exportadoras brasileiras. A verdade é que, sem o apoio do Sebrae, não estaríamos exportando. Estamos muito felizes e confiantes, porque o Sebrae e toda sua equipe sempre proporcionaram oportunidades que não teríamos em outros cenários”, reconhece.

Ao todo, oito fruticultores apoiados pelo Sebrae participaram do evento em Madri. Gestor do Projeto de Fruticultura do Sebrae RN, Franco Marinho considera a participação na Fruit Attraction “oportunidade de ouro” para os produtores potiguares. Segundo ele, além de concentrar compradores de mais de 100 países, a logística privilegiada na Espanha torna a feira ainda mais atrativa.

“A nossa fruta potiguar tem como principal destino o mercado europeu. Então é o momento de firmar e ampliar esses laços. A feira é uma excelente chance para quem quer entrar no mercado internacional e por isso, mais uma vez, estamos, junto com a CNA e o Sebrae Nacional, apoiando nossos produtores. A Espanha é um país extremamente sério e oferece a oportunidade de distribuir os produtos pela Europa, sendo um grande hub de comercialização. Somado a isso, temos uma fruta de ótima qualidade, e nossa perspectiva é que se gere realmente negócios e amplie os já existentes”, pontua.

Sobre o evento

A Fruit Attraction reúne mais de 2,2 mil expositores de 150 países, com estimativa de público de cerca de 120 mil visitantes entre operadores, varejistas e profissionais do setor. O evento acontece anualmente, em outubro, no Ifema Madri, na Espanha.

Agora RN

Preço do café pode subir até 15% nos próximos dias, alerta Abic

FOTO: DIVULGAÇÃO

O preço do café deve voltar a subir nos próximos dias, alertou a Associação Brasileira da Indústria do Café (Abic). Em entrevista coletiva concedida no início da tarde desta quarta-feira (24), na capital paulista, o presidente da entidade, Pavel Cardoso, informou que é possível que haja um acréscimo entre 10% e 15% nos preços do produto a serem repassados aos supermercados, já que os custos com a compra da matéria-prima foram alavancados.

No entanto, destacou Pavel, esse reajuste no preço do café “não deve ser superior à média do ano”.

O diretor-executivo da Abic, Celírio Inácio da Silva, adiantou que esse novo preço já foi comunicado ao varejo no início deste mês. “Mas, como o varejo só foi às compras agora, a partir do dia 15, então, a gente acredita que, a partir da semana que vem ou no início do mês, esses preços já estejam nas prateleiras, com repasse de 10% ou 15%”, previu.

Retração

A associação de produtores informa que a alta dos preços do café observada em 2025 causou uma retração no consumo do produto no mercado brasileiro. Segundo os dados que foram divulgados hoje pela Abic, houve queda de 5,41% nas vendas de café no mercado brasileiro, entre os meses de janeiro e agosto deste ano, na comparação com o mesmo período do ano passado. Em números absolutos, as vendas caíram de 10,11 milhões de sacas para 9,56 milhões de sacas neste ano.

A Abic reconhece que a alta nos preços foi bem expressiva, fazendo com que alguns tipos de café, como o solúvel, acumulassem aumentos de até 50,59%.

Apesar dessa volatilidade nos preços e também da retração no consumo, a Abic espera fechar este ano de 2025 com patamar semelhante ao do ano anterior.

“Os dados de setembro nos levam a crer que teremos um comportamento surpreendente ainda este ano, para o próximo fechamento. Este é um sentimento ainda incipiente, com base em números de setembro, já que estamos quase fechando o mês, mas é um indicativo de que possivelmente teremos boas notícias em relação ao consumo no fechamento do ano”, projetou Cardoso.

Tarifaço

Segundo Pavel, a indústria brasileira de café também vive incertezas a respeito das sobretaxas às exportações do grão para os Estados Unidos. O Brasil, ressaltou ele, é hoje o maior fornecedor de café aos norte-americanos, que aumentaram as tarifas contra produtos brasileiros, como forma de pressão contra o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro por tentativa de golpe de Estado.

“A ordem executiva [do governo dos Estados Unidos], publicada no dia 6 de setembro, indica que os Estados Unidos concluíram e ouviram o mercado de que o café, não sendo lá produzido, não terá tarifas. Essa leitura ainda não nos dá clareza se voltará a zero [de tarifa] ou se continuará com 10%. A leitura que nós fizemos é que não terá tarifas, porque os Estados Unidos não produzem café. Tem apenas uma produção muito incipiente, no Havaí e em Porto Rico, mas quase nada”, falou o presidente da entidade.

Além dessa ordem executiva, o setor avaliou como positiva a possibilidade de ocorrer uma reunião entres os presidentes do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, e dos Estados Unidos, Donald Trump, na próxima semana. “Vamos conferir o encontro que haverá entre os dois presidentes na próxima semana, mas isso revela como o café e também o complexo de carnes é sensível em relação à inflação americana”, ressaltou.

Queda de preços

Um estudo divulgado também nesta quarta-feira (24) pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq), da Universidade de São Paulo (USP), apontou que, entre os dias 15 e 22 de setembro, o preço do café arábica tipo 6, caiu 10,2% em São Paulo, enquanto o do café robusta recuou 11,1%.

Segundo o Indicador Cepea/Esalq, essa redução do preço foi resultado “da expectativa de chuvas mais expressivas nas regiões produtoras do Brasil, da realização de lucros e da liquidação de posições de compra na Bolsa de Nova York (ICE Futures), após fortes altas, além da possibilidade de que as tarifas dos Estados Unidos sobre o café sejam retiradas”.

O Tempo

Com aluguel de imóveis em alta, Natal fica entre as mais atrativas para investir

FOTO: JOSÉ ALDENIR

Em julho de 2025, Natal foi a 9ª cidade com maior rentabilidade do aluguel no Brasil (7,59% ao ano), destacando-se como um mercado de alto retorno financeiro para quem investe em imóveis para alugar. Esse número supera a média nacional (5,93%). No Nordeste, a capital potiguar fica em 3º lugar, atrás de Recife (8,36%) e São Luís (7,72%). Os dados são do Índice FipeZAP de Locação Residencial, indicador que analisou o mercado imobiliário em 36 cidades brasileiras.

“A rentabilidade do aluguel é um comparativo entre o custo de aquisição do imóvel e o que ele pode render mensalmente. A pesquisa monitora o preço de compra e venda do imóvel com o preço de aluguel que ele está sendo ofertado no mercado. É como se você tivesse um valor numa aplicação financeira e visse o quanto ela rende por mês. Só que no lugar do dinheiro, é o imóvel”, explica Renato Gomes Netto, presidente do Secovi-RN (Sindicato de Habitação do Rio Grande do Norte).

O índice pode servir de guia para que aqueles que desejam investir em imóveis tenham uma noção de quanto retorno terão. Assim, o potencial investidor pode decidir se o negócio vale ou não a pena.

A principal razão para a capital potiguar apresentar um bom desempenho, segundo Gomes Netto, é um desequilíbrio no mercado: a procura por imóveis para alugar é muito maior que a oferta disponível. “A cidade tem uma carência de determinados imóveis e passa muito tempo sem ter novas construções, principalmente de apartamentos”, diz ele.

A demanda de apartamentos com três quartos em bairros como Tirol, Petrópolis e Lagoa Nova, por exemplo, é muito superior à oferta. “Quando um apartamento desses desocupa, tem fila de gente querendo alugar. Com menos oferta e maior procura, o valor do aluguel sobe”.

Esse cenário é potencializado pelo setor turístico da cidade, que impulsiona a demanda por aluguel de curto prazo, especialmente em áreas como Ponta Negra, conhecida por sua infraestrutura completa e pela praia, e que atrai uma alta rotatividade de visitantes ao longo do ano.

Em julho de 2025, o preço médio do metro quadrado para locação em Natal foi de R$ 39,24/m², superando capitais como Fortaleza (CE) e Aracaju (SE). A valorização segue em ritmo constante: no acumulado do ano, até julho de 2025, a alta foi de 6,40%, e nos últimos 12 meses, de 10,73%.

No mesmo mês, os preços de locação residencial em Natal tiveram um aumento de 0,45%. O valor é idêntico à média nacional registrada pelo Índice FipeZAP no mesmo período, que também foi de 0,45%.

Investimento a longo prazo

Para quem investe, no entanto, a conta vai além do rendimento mensal. Renato Gomes destaca que o investidor experiente analisa o cenário a longo prazo, considerando dois fatores principais.

“Quem adquire imóvel para ter renda de locação não pensa mês a mês, pensa por período, porque o aluguel fica fixo por 12 meses. O que vale é a rentabilidade acumulada”, explica. “Além disso, ele também leva em consideração um dado que a pesquisa não traz, mas que usamos muito: a valorização do próprio imóvel. Esses são os gatilhos para se investir.”

Além da rentabilidade atual, um aspecto torna 2025 um ano estratégico para a compra de imóveis em Natal: a reforma tributária, que está na fase de regulamentação. Gomes Netto pontua que as novas regras, previstas para entrar em vigor em 2026, devem impactar os custos da construção civil.

Reforma tributária em 2026

“Acreditamos que, com a reforma, o preço dos imóveis em Natal, principalmente os que vão ser lançados, deve subir entre 15% e 18%”, projeta o especialista. Esse aumento no valor de compra pode gerar um efeito em cascata. “A pessoa que adquiriu o imóvel mais caro para alugar vai repassar esse aumento para o valor do aluguel. É uma cadeia sucessiva”, pontua.

Por isso, o momento atual é visto como uma janela de oportunidade. Os preços de venda em Natal ainda são considerados atrativos em comparação com outras capitais do Nordeste, como Fortaleza e Recife.

“Tenho reforçado que é hora de quem está indeciso sobre comprar um imóvel, seja para morar ou para investir, fazer isso agora, antes do final do ano”, sugere Gomes Netto. “É o momento de se adiantar para não ser impactado pela reforma tributária e pelo encarecimento futuro. O preço ainda não reflete o que virá.”

Antes de a reforma ser regulamentada, no entanto, aumentar o aluguel pode ser considerado um ato abusivo, segundo o advogado tributarista Luiz Bezerra, em entrevista ao Central Agora RN, da TV Agora RN, no último dia 17. Alguns proprietários já têm usado a reforma tributária como justificativa para elevar preços de forma indevida.

“Primeiramente, tem que se obedecer ao contrato. Se o contrato está vigente e tem lá que o aumento deve ser o IPCA, por exemplo, anual, ele deve se manter”, disse Bezerra. O advogado orientou os inquilinos a exigirem o cumprimento dos contratos. Ele ressalta que o aumento sem previsão contratual pode ser considerado abusivo.