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Categoria: Economia

Brasil passa a enfrentar tarifas mais altas que a China após acordo entre Trump e Xi

FOTO: RICARDO STUCKERT

O Brasil começou a enfrentar tarifas mais altas do que a China nos Estados Unidos depois que o presidente norte-americano, Donald Trump, anunciou a redução das alíquotas sobre produtos chineses, de 57% para 47%, nesta quinta-feira (30). O anúncio ocorreu após reunião com o presidente chinês, Xi Jinping, em um movimento que deixou o país sul-americano em desvantagem comercial.

Atualmente, os produtos brasileiros estão sujeitos a tarifas de até 50% para entrar no mercado americano, embora existam exceções para determinados setores. A Índia também foi penalizada com taxas semelhantes, em resposta à manutenção das compras de petróleo russo, contrariando as sanções dos EUA relacionadas à guerra na Ucrânia. No caso do Brasil, a penalidade foi atribuída por Trump a ações do país contra o ex-presidente Jair Bolsonaro, julgado pelo STF por tentativa de golpe.

O encontro entre Lula e Trump, ocorrido no domingo (26) na Malásia, havia levantado expectativas de que as tarifas poderiam ser reduzidas. Apesar do tom otimista das negociações, Trump ressaltou que o encontro “não garante um acordo imediato” e que o Brasil continua pagando cerca de 50% de tarifa. Representantes comerciais dos dois países já iniciaram um calendário de reuniões para tratar dos setores mais afetados.

No mesmo período, Trump e Xi Jinping definiram um acordo que envolve a redução de tarifas sobre produtos chineses e compromissos de Pequim, incluindo a retomada da compra de soja americana, manutenção da exportação de terras raras e combate ao comércio ilícito de fentanil. O acordo também evita a imposição de tarifas de 100% sobre produtos chineses e suspende, por um ano, controles recentes sobre a exportação de terras raras, garantindo uma trégua temporária na guerra comercial entre as duas maiores economias do mundo.

Com informações do G1

Natal lidera geração de empregos no RN pelo oitavo mês consecutivo

FOTO: DIVULGAÇÃO

Pelo oitavo mês seguido, Natal se consolida como líder na geração de empregos formais no Rio Grande do Norte. Os dados mais recentes do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED), referentes a setembro de 2025, mostram que a capital potiguar segue impulsionando o mercado de trabalho estadual.

Foram 8.879 admissões e 7.484 desligamentos, resultando em um saldo positivo de 1.395 novos postos de trabalho com carteira assinada. O estoque total de empregos formais em Natal chegou a 241 mil vínculos ativos, o melhor resultado entre todos os municípios do Estado.

O desempenho reforça a trajetória de crescimento consistente desde o início de 2024, impulsionada principalmente pelos setores de serviços, comércio e construção civil, que seguem como os principais responsáveis pela expansão do emprego formal na cidade.

O prefeito Paulinho Freire comemorou os números e destacou o equilíbrio da gestão. “Natal está avançando com equilíbrio fiscal, valorização dos servidores e estímulos à iniciativa privada. Essa combinação fortalece a confiança dos investidores e consolida o desenvolvimento sustentável do nosso município.”

Já o secretário municipal de Administração, Brenno Queiroga, ressaltou o papel das políticas de modernização da Prefeitura no fortalecimento da economia local. “A política de modernização da Prefeitura, com medidas de eficiência administrativa, digitalização de serviços e novos programas de mobilidade e gestão, tem favorecido o ambiente econômico e impulsionado a geração de empregos na cidade.”

Com desempenho expressivamente superior à média estadual, Natal reafirma sua posição de destaque na economia potiguar, contribuindo de forma decisiva para o crescimento do emprego formal em todo o Rio Grande do Norte.

Pix deverá ser instalado nos chips dos cartões de crédito e débito

FOTO: DIVULGAÇÃO

O Pix, sistema de pagamentos instantâneos do Banco Central (BC), está prestes a passar por uma das maiores evoluções desde sua criação, em 2020. O BC e as principais bandeiras de cartões de crédito estudam incorporar o Pix diretamente aos chips dos cartões físicos, permitindo que o consumidor escolha entre crédito, débito ou Pix no momento da compra — sem precisar abrir o aplicativo bancário ou usar o celular.

A proposta, ainda em análise, tem o objetivo de tornar o Pix tão prático quanto o cartão tradicional, unindo a agilidade da tecnologia por aproximação (NFC) à instantaneidade das transferências. Se implementada, a medida poderá eliminar o uso de QR Codes e chaves Pix nas compras presenciais.

Atualmente, o Pix por aproximação já está disponível em carteiras digitais do Google Pay, mas ainda não funciona no iPhone, já que a Apple não liberou o recurso para o sistema iOS. O Banco Central segue em conversas com a empresa para tentar viabilizar a tecnologia.

Com o Pix instalado nos próprios cartões, a expectativa é que qualquer usuário possa pagar com o sistema instantâneo, independentemente do tipo de celular ou da compatibilidade com carteiras digitais.

A integração também traria vantagens para lojistas, já que o Pix não cobra as taxas de transação aplicadas às compras com cartão de crédito, mantendo a liquidação imediata dos valores.

Diário do Comércio

Novos destinos do café brasileiro: Alemanha é o maior e Colômbia compra 567% a mais

FOTO: EBC

Entre os efeitos do tarifaço que Donald Trump impôs a produtos brasileiros desde agosto, as exportações de café nacional mudaram seus destinos. Em setembro, a Alemanha se tornou o principal destino do produto. E a Colômbia, país produtor de café, aumentou em 567% a compra do café brasileiro, tradicional concorrente.

Os dados fazem parte do relatório de setembro do Conselho de Exportadores de Café do Brasil (Cecafé), divulgado nesta sexta (24).

Os efeitos do tarifaço de 50% imposto pelos EUA sobre os cafés brasileiros levaram a uma expressiva retração de 52,8% nas compras americanas, em comparação com setembro de 2024, abrindo espaço para a Alemanha assumir a liderança entre os principais destinos das exportações brasileiras do mês.

No quadro global, as exportações dos Cafés do Brasil totalizaram 3,75 milhões de sacas de 60 kg em setembro, o que representa queda de 18,4% em relação às 4,6 milhões de sacas vendidas no mesmo mês do ano anterior. A despeito da redução no volume, a receita cambial aumentou 11,1%, alcançando US$ 1,37 bilhão.

A exportação de café da espécie arábica (Coffea arabica) foi responsável por 79% do volume total, ao atingir 2,96 milhões de sacas. A espécie Coffea canephora (café conilon e robusta), com 489,68 mil sacas, alcançou 13% de participação, enquanto o café solúvel representou 8% do total, com o equivalente a 290 mil sacas exportadas.

No período, os dez principais destinos dos Cafés do Brasil são, em ordem decrescente:

• Alemanha com 654,6 mil sacas, que correspondem a 17,5% do total vendido no período

• Itália, com 334,65 mil sacas importadas (8,9%)

• Estados Unidos, com 332,83 mil sacas importadas (8,9%)

• Japão, com 219 mil sacas (5,8%)

• Bélgica, com 185,11 mil sacas (4,9%)

• Holanda, 150,93 mil sacas (4,3%)

• Turquia, com 150 mil sacas compradas (4%)

• Espanha, com 142,37 mil sacas compradas (3,8%)

• Colômbia, com 107,28 mil sacas compradas (2,9%)

• Canadá, com 106,93 mil sacas compradas (2,9%)

Colômbia, 567% a mais

A Colômbia é o destaque do período. Após um aumento muito expressivo de 567,66% na comparação com setembro de 2024, o segundo maior produtor mundial de café da espécie arábica estreou na relação dos dez maiores compradores do produto brasileiro. Na comparação com o acumulado de janeiro a setembro do ano passado, as compras da Colômbia aumentaram 42,6%

Vale destacar também o desempenho dos cafés diferenciados no atual ano civil, mais precisamente de janeiro a setembro de 2025. Os cafés diferenciados, que são aqueles que apresentam qualidade superior ou certificados por práticas sustentáveis, representaram 20,3% das exportações totais do País (43,09 milhões de sacas de 60kg), com 5,91 milhões de sacas e US$ 2,51 bilhões de receita. Os Estados Unidos seguem líderes nesse segmento, com 987,5 mil sacas, seguidos de Alemanha (825,6 mil) e Bélgica (667,8 mil).

Agência Brasil

Brasil e EUA seguem sem acordo para suspensão de tarifas após encontro entre Lula e Trump

FOTO: RICARDO STUCKERT

O primeiro encontro oficial entre Luiz Inácio Lula da Silva e Donald Trump foi marcado por cordialidade, mas terminou sem avanço concreto nas negociações sobre o tarifaço imposto pelos Estados Unidos a produtos brasileiros. Mesmo assim, o governo do Brasil planeja enviar uma comitiva a Washington na próxima semana para dar continuidade às conversas. Segundo o Itamaraty, o diálogo entre as equipes já começou nesta segunda-feira (27), com foco na abertura de novas rodadas de negociação.

Durante a reunião, realizada em Kuala Lumpur, na Malásia, Lula afirmou estar otimista quanto à possibilidade de um entendimento com os Estados Unidos. O presidente destacou a importância do contato direto entre chefes de Estado, sem intermediários, para facilitar acordos comerciais. Trump, por sua vez, elogiou Lula e disse esperar uma “conclusão rápida”, mas admitiu incerteza sobre o desfecho das tratativas.

Apesar da falta de acordo, o tom amistoso entre os dois líderes foi visto como um avanço diplomático. O chanceler Mauro Vieira classificou o encontro como “muito positivo” e afirmou que há expectativa de tratar de forma setorial as tarifas impostas pelos EUA. Trump chegou a desejar feliz aniversário a Lula, que completou 80 anos na segunda-feira, reforçando o clima de cordialidade entre os dois.

A aproximação gerou otimismo no mercado financeiro brasileiro, com o Ibovespa batendo recorde de fechamento e o dólar em queda. Analistas veem no encontro uma oportunidade para reaproximação entre as duas maiores economias das Américas, após meses de tensão provocados pelas medidas tarifárias impostas a produtos brasileiros.

Com informações da CNN Brasil

Preços de alimentos caem e cesta básica atinge menor valor do ano em Natal

FOTO: DIVULGAÇÃO

Os preços dos alimentos da cesta básica estão em queda em Natal. Em setembro, a Coordenadoria de Estudos Socioeconômicos do Idema registrou redução de (-0,6%), em relação ao mês anterior. O valor da cesta caiu para R$ 594,79, menor valor de 2025. Dos treze produtos acompanhados mensalmente, sete ficaram mais baratos. As variações negativas ocorreram no leite, legumes, frutas, feijão, tubérculos, margarina e carne bovina. Óleo de cozinha, pão, açúcar, arroz e farinha tiveram variação positiva. O preço do café em pó, que vinha em sequência de queda nos meses de julho e agosto, ficou estável em setembro.

Outro órgão que pesquisa os preços da cesta básica em Natal, o Dieese, registrou variação negativa, em escala bem maior: (-1,89%). O valor da cesta deles em setembro foi de R$ 610,27. “O arroz tem um peso significativo na cesta básica. Estamos passamos por uma grande safra e a tendência é de queda. O café passou por um período de alta, estabilizou e agora começam a aparecer as promoções de café. E isso tem reflexo na composição de preços da cesta básica”, disse o supervisor-técnico do Dieese Natal, Ediran Teixeira. O Procon Natal apurou leve alta em setembro (+0,19%), após variação negativa (-2,03%) em agosto. A cesta do Procon tem 40 itens e inclui produtos de limpeza. Valor: R$ 438,63, ante 437,79 em agosto.

Tradicionalmente, a sazonalidade tem grande peso na formação de preços ao consumidor de produtos como como tomate, cenoura, banana, mamão, abacaxi, abacate, manga, feijão. Um outro fator, a desoneração dos produtos da cesta básica, contribuiu para manter mais em conta os preços ao consumidor.

Levantamento da Ceasa – Centrais de Abastecimento do Estado do Rio Grande do Norte S/A -, referente ao período de janeiro a setembro/25, mostra variações expressivas de diversos produtos da cesta hortifrutigranjeira. “O tomate apresentou forte redução de preço nos últimos meses, impulsionada pela maior oferta vinda das lavouras de meio de ano. Já o alface e outras folhosas foram beneficiadas pelo clima mais ameno do inverno, registrando preços mais acessíveis e boa qualidade nas entregas, destacou o diretor-presidente da Ceasa, Matheus Galvão.

Em relação ao preço médio praticado em 23 de junho, o valor da caixa de 30 quilos do tomate Santa Adélia caiu 50% – de R$ 150 naquele mês para R$ 75 nesta quinta-feira (23/10).

O mamão e a melancia também tiveram recuo nos valores de venda, acompanhando o pico da safra nas regiões Central e Oste Potiguar. Os produtos em alta incluem batata e cebola, com aumento gradual desde julho, reflexo da redução de áreas colhidas e da entressafra em importantes regiões produtoras. A banana iniciou o ano em estabilidade, mas teve leve alta a partir de agosto, ocasionada pela diminuição da oferta.

“Em geral, o mês de setembro marcou o menor custo médio do ano para a maioria dos produtos, com o mercado se ajustando à abundância de oferta”, enfatizou Galvão.

Inaugurada em 17 de outubro de 1976 com o objetivo de oferecer estrutura adequada para que agricultores, comerciantes, cooperativas e empresas do agronegócio realizassem operações comerciais no atacado e varejo de hortifrutigranjeiros e outros produtos alimentícios, a Ceasa acompanha diariamente o sobe e desce de preços de 200 produtos comercializados em sua unidade localizada no bairro Lagoa Nova, em Natal.

PREÇO MÉDIO – CEASA/RN

Por quilo – 23/10/2025

Abacate: R$ 5,75

Banana Comprida: R$ 5,00

Banana Pacovan: R$ 3,00

Cebola Branca: R$ 1,75

Cebola Roxa: R$ 3,50

Cenoura: R$ 3,50

Farinha de Mandioca: R$ 5,00

Goma: R$ 5,00

Jerimum Caboclo: R$ 3,50

Laranja Pera: R$ 3,00

Limão Tahiti: R$ 3,50

Mamão Formosa: R$ 2,50

Mamão Hawai: R$ 5,00

Tomate Santa Adélia: R$ 2,70

Uva Vitória Extra: R$ 9,00

Com viés de alta

Batata, Cebola, Banana, Tomate, Inhame, Feijão, Maracujá, Laranja.

Governo do RN antecipa parcialmente recolhimento do ICMS; confira

FOTO: JOSÉ CRUZ

O Governo do Rio Grande do Norte, por meio da Secretaria de Estado da Fazenda (SEFAZ-RN), determinou antecipar parcialmente o recolhimento do Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação (ICMS) a algumas empresas. Agora, as empresas precisam pagar 50% do valor até o dia 28 de outubro. A alteração foi publicada no Diário Oficial do Estado no sábado (18).

De acordo com a Portaria, a antecipação está restrita a empresas beneficiárias do Programa de Estímulo ao Desenvolvimento Industrial do Rio Grande do Norte (PROEDI), beneficiárias do regime especial de tributação concedido aos contribuintes atacadistas e aquelas que usufruem do regime especial de tributação concedido aos contribuintes com atividade de centrais de distribuição de produtos.

“Excepcionalmente, as empresas indicadas nos incisos XLIII, XLIV e XLV do caput deverão antecipar parcialmente o recolhimento do ICMS de que trata o art. 58, inciso V, alínea “a”, do Decreto Estadual nº 31.825, de 18 de agosto de 2022, equiva-lente ao percentual de 50% (cinquenta por cento) do valor do imposto devido no mês anterior ao da ocorrência do fato gerador, na forma do § 18 do referido art. 58, até o dia 28 de outubro de 2025“, consta no Diário Oficial do Estado.

Portal 98 FM

Erro em cadastro trava exportação do camarão potiguar para a China

FOTO: MF RURAL

O Rio Grande do Norte, segundo maior produtor de camarão do Brasil, ainda aguarda a liberação para exportar o crustáceo para o mercado chinês. A autorização, esperada desde julho, não foi concluída pelo governo da China. Apesar do otimismo do setor, um erro técnico no processo de cadastramento do produto tem impedido a inclusão do camarão na pauta de exportações. A expectativa é que a questão seja resolvida até o final de 2025. A entrada no mercado chinês é considerada estratégica para o Estado, que busca ampliar sua presença no comércio internacional.

O secretário estadual de Agricultura, Pecuária e Pesca (Sape), Guilherme Saldanha, explica como se deu o erro no cadastramento da espécie junto ao governo chinês. “O Estado do Rio Grande do Norte já há bastante tempo vem buscando que o Ministério da Agricultura da China liberasse a importação de camarão do Brasil. Infelizmente, houve uma falha no cadastramento do camarão. Apesar de terem caracterizado a espécie correta, que é o camarão vannamei, na complementação do cadastro eles erraram: colocaram o camarão vannamei de captura. Só que não existe no mundo camarão Vannamei de captura. Ele é explorado através de cultivo”, explica.

Diante disso, Saldanha afirma que o Governo do RN tem atuado junto aos ministérios e ao Itamaraty para corrigir o equívoco. “A gente está tentando reverter isso desde que surgiu essa questão do tarifaço. A governadora Fátima intensificou os pedidos e há ofícios dela tratando sobre esse tema encaminhados ao presidente da República, ao vice-presidente Geraldo Alckmin, ao ministro André de Paula e ao ministro da Agricultura, solicitando a correção do cadastro e que efetivamente se abram as importações para o camarão brasileiro Vannamei de cultivo”, afirma.

O secretário destaca que não há impedimentos sanitários ou comerciais para o envio do produto potiguar à China e destaca o potencial competitivo do estado no cenário internacional. “A China, pelo gigantismo dela, é muito interessante. Ela é, ao mesmo tempo, o maior produtor mundial de camarão, o maior importador e o maior exportador. O Brasil, eu não tenho dúvida, tem competitividade para abastecer um pedaço desse mercado”, comenta.

O Rio Grande do Norte emprega cerca de 30 mil pessoas na carcinicultura e responde pela produção de cerca de 24,7 milhões de quilos de camarão, segundo dados de 2024 da Associação Brasileira de Criadores de Camarão (ABCC) e do IBGE. O Ceará é o líder nacional, com 72 milhões de quilos. A expectativa do setor no RN é de que a entrada no mercado chinês amplie significativamente o escoamento da produção e estimule novos investimentos e a geração de empregos.

De acordo com Guilherme Saldanha, a expectativa alcança especialmente o projeto de interiorização da carcinicultura recém-aprovado pela Assembleia Legislativa. A proposta prevê incentivos para a instalação de fazendas de camarão nas bacias dos rios, como o Piranhas-Açu e o Apodi-Mossoró, regiões consideradas estratégicas para expansão da atividade.

O presidente da ANCC, Orígenes Monte Neto, confirma que a reunião entre Brasil e China ocorreu, mas que o impasse ainda não foi superado. Ele considera que a questão é, acima de tudo, política. “Está autorizada a exportação de um camarão que nem existe aqui. Então, ao meu ver, é realmente uma falta de vontade política do governo chinês”, destaca. Segundo ele, o potencial de expansão é grande, mas depende de estabilidade nas regras. “Quando houver, não vai ser algo automático, do dia para a noite, mas é uma semente que se planta, que cresce e brota, e vai ter colheita”, avalia.

A entrada no mercado chinês é tratada pelo setor produtivo como um marco para a carcinicultura, capaz de fortalecer a economia potiguar. Durante a Feira Internacional da Fruticultura Tropical Irrigada (Expofruit), em Mossoró, importadores chineses visitaram fazendas potiguares e demonstraram interesse no produto local.

“Vieram algumas missões chinesas visitar o RN e estão interessadíssimos. O camarão potiguar é de excelente qualidade. Nós precisamos realmente ter essa autorização”, afirma Orígenes.

Tribuna do Norte