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Categoria: Comportamento

Falar de sexo com os filhos impacta positivamente na vida adulta

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São muitos os desafios de criar um filho. Um deles, e que preocupa a maioria dos pais, é falar sobre sexo. Apesar de muitos responsáveis acharem que não é um assunto pertinente, abordar o tema da sexualidade com os filhos pode gerar impactos positivos no desenvolvimento e vida adulta.

Foi o caso da atriz Dakota Johnson, protagonista da trilogia Cinquenta Tons de Cinza. Ela afirmou, em recente entrevista à Bustle, que se sente sortuda pelo fato de o sexo sempre ter sido um assunto tranquilo entre ela e a mãe.

“Sempre foi assim: ‘seja qual for a sua preferência e quando você quiser fazer sexo, é só me avisar que providenciamos contraceptivos’ (…) Foi realmente saudável e me fez sentir que eu tinha permissão para descobrir minha sexualidade por conta própria, o que acho um presente tão especial”, disse.

O psicólogo e terapeuta sexual André Almeida garante que, ainda que as pessoas ainda tenham muito tabu acerca do assunto por falta de conhecimento, a educação sexual de qualidade é primordial.

“Sexualidade é estrutural, não se trata apenas do comportamento sexual em si. Ela entra no vivenciar do ser humano nesse mundo, n0 autoconhecimento sobre corpo, em nomear sensações e colocar limites… Tudo isso é educação sexual. É muito importante, e deveria ser priorizado se a gente quer um desenvolvimento mais saudável das crianças”, explica.

Conhecimento é munição contra abusos

A sexualidade ainda é um tabu na sociedade, mesmo quando diz respeito a adultos. Logo, quando se trata de infância e adolescência, existe uma ideia distorcida que educação sexual é sinônimo de “ensinar a fazer sexo”, ou mesmo expor a criança a situações para as quais elas não estariam preparadas.

O especialista, porém, garante que a realidade está longe de ser essa e que, em vez de expor, levar o assunto da forma correta mune os pequenos de linguagem e percepção acerca do que pode ser um abuso sexual.

“Educação sexual dá ferramentas importantes para a criança entender principalmente sobre o próprio corpo, limites e sobre o que são comportamentos de abuso. Normalmente não é algo que vai doer, que vai machucar; o abusador trata como se fosse um carinho, uma brincadeira. Se ela não tiver uma boa educação sexual, só vai compreender muito mais pra frente que foi abusada”, afirma.

Como falar de sexualidade para os filhos?

Muito além de “falar de sexo”, educação sexual é algo sério e subjetivo, e a abordagem vai depender tanto da curiosidade quanto do nível de desenvolvimento. “Começa-se com o básico, como higiene; o que é cada coisa e como nomeá-las; quais regiões são adequadas ou não para um carinho; quem pode fazer a higienização ou não…”, lista.

Se feita de forma adequada, além de proteger a infância contra abusos, cria-se também jovens que, ao começarem a engatar comportamentos sexuais, lidam melhor com o próprio prazer e o prazer do outro, utilizam métodos contraceptivos mais eficazes e também têm maior compreensão e aceitação do próprio corpo, da própria orientação e assim por diante.

André explica como é feita a abordagem de sexualidade ao longo do desenvolvimento infanto-juvenil em cada uma das fases.

1 a 4 anos

Nessa idade, é importante que as crianças aprendam a nomear e identificar as partes do corpo, incluindo as genitais.

Não há problema em usar apelidos como “piu piu” e “pepeca”, mas identificar pelos nomes “pênis” e “vagina” também é importante – principalmente para munir a criança na hora de comunicar qualquer desconforto, problemas de saúde, machucados e até abusos.

Pontue também a existência das diversas formas de expressão de gênero (exemplo: figuras masculinas com cabelo grande). Acostumar-se com diversidade ajuda na construção de uma autoimagem mais positiva, inclusive.

5 a 7 anos

A criança pode mostrar interesse pela forma como nascem os bebês. Você pode falar sobre fecundação, crescimento no útero e nascimento, por meio da história da criança ou de forma lúdica.

Além disso, explicar que existem diversas composições familiares diferentes pode ser uma boa maneira de ratificar a diversidade. Atente-se à curiosidade da criança, não precisa ir muito além do que é questionado.

Ensine a criança sobre privacidade, toques apropriados e inapropriados e consentimento (aprender a perguntar antes de tocar em alguém, além de sempre saber que devem pedir permissão quando forem tocar nela e esperar seu consentimento).

8 a 10 anos

Explique sobre a existência das orientações sexuais e identidades de gênero. A exploração do próprio corpo é comum nesse período, então, trate com naturalidade, mas mostrando a importância de realizar determinadas ações (tocar nas genitálias, por exemplo) em privacidade.

Vivemos em uma era na qual o acesso a conteúdos eróticos é muito fácil. Ensine sobre o acesso seguro à internet e o que fazer caso seja exposto a algo que gere desconforto. A puberdade é um assunto importante para se introduzir, pois ela está batendo à porta. Introduza as mudanças no corpo (pelos, menarca, mamas, espinhas…) e a importância da higiene íntima.

11 a 13 anos

Acolha e explique sobre as mudanças naturais do corpo. Explique sobre a menstruação, as emissões noturnas e outras mudanças que estão acontecendo.

Aqui, o conhecimento sobre navegação saudável pela internet também é imprescindível. É importante saber dos riscos de acessar materiais adultos, bullying, compartilhamento de fotos e vídeos.

Pré-adolescentes também precisam saber como as redes sociais afetam a autopercepção acerca dos corpos, além de treinar o senso crítico a respeito de como questões de sexualidade são representadas na mídia.

14 a 18 anos

Segundo estudos, a média de idade de início das relações sexuais é de 15 anos. Por isso, quanto mais próximo dessa faixa etária, mais informações sobre infecções sexualmente transmissíveis, contracepção, sexo seguro e gravidez precisam ser introduzidas.

É importante ressaltar que existem diferentes corpos e ficar atento às pressões estéticas.

Os adolescentes precisam saber sobre relações saudáveis e tóxicas, além de estarem munidos de habilidades de consentimento, negociação, frustração e término de relações. Conversas sobre álcool e drogas também fazem parte desse escopo.

Metrópoles

Dia da Mulher: por que homens gozam mais que mulheres no sexo?

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No Dia da Mulher, ainda é preciso encarar um triste fato: apesar do corpo feminino ser o único que tem um órgão com a única função de dar prazer (o clitóris) e que tem mais que o dobro de terminações nervosas que o pênis, os homens gozam mais que as mulheres.

Dados mostram que, de uma forma geral, as mulheres chegam a gozar 35% menos que os homens. De acordo com o Censo do Sexo, pesquisa realizada pela Pantynova, quando sozinhas, 66% das mulheres disseram gozar sempre. Quando transam com outra pessoa, por sua vez, esse número cai para 19%. Ou seja, apenas 19% das mulheres gozam ao transar com um(a) parceiro(a).

Já entre os entrevistados que se identificam com o sexo masculino, 86% gozam sempre durante a masturbação, e 54% quando estão outra pessoa. O Censo do Sexo foi realizado com 1813 brasileiros de todos os gêneros, orientações sexuais e residentes de todas as regiões do Brasil.

Com todo o avanço no que diz respeito ao empoderamento e liberdade sexual feminina, por que as mulheres ainda gozam tão menos que os homens? Segundo a psicóloga e sexóloga Alessandra Araújo, isso se deve, em grande parte, à forma como a sociedade ensinou as mulheres a lidarem com o prazer.

“As mulheres são tolhidas demais quanto ao prazer que seu corpo pode proporcionar. Muitas vezes, a cultura diz que fomos feitas só para procriar, não se podia, por muito tempo, nem olhar as próprias partes íntimas. Sendo assim, ainda existe muita vergonha de falar para o parceiro o que gosta ou não, as preferências e desejos”, explica.

E quando isso é levado para o relacionamento, a especialista garante que a comunicação é essencial.

Afinal, ainda que haja autoconhecimento e liberdade o suficiente para se explorar inteiramente, se a pessoa não souber como levar isso para a parceria, a transa ainda não vai atingir o potencial que poderia.

“Romper a vergonha e se abrir ao diálogo sobre a relação sexual possibilita o casal ter e dar prazer mútuo e ambos chegarem ao orgasmo. Quando eu, mulher, me conheço, claro que vou me dar um dos melhores orgasmos, no entanto, o prazer fica muito mais gostoso quando advém do meu ou da minha parceira. Ensinar ao outro onde tocar e como tocar é essencial”, diz.

Metrópoles

“Gozar fora”: 49,25% das pessoas preferem que ejaculação seja na boca

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Entre as pessoas que querem evitar uma gravidez ou mesmo têm fetiches que envolvem sêmen, o “gozar fora” é uma prática muito comum. Também conhecido como coito interrompido, o hábito consiste em parar a penetração no momento em que o homem sente que vai atingir o orgasmo e destinar a ejaculação para outro lugar que não o interior da vagina ou do ânus.

Uma pesquisa encomendada exclusivamente pelo Metrópoles ao Sexlog aponta que, entre os adeptos do coito interrompido, para 64,09% o local em que se vai gozar é relevante. O local queridinho da grande maioria (49,25%) é dentro da boca da parceria. A outra metade se dividiu entre bumbum (18%), rosto (14,22%), barriga (4,30%), e costas (1,37%). Para quem preferia outros lugares, seios foi um dos mais citados.

Mas por que o sêmen e o lugar onde é despejado seria fonte de fetiche? “Existem pessoas que possuem grande excitação em ver e sentir o esperma jorrar sobre o corpo delas. Há também a questão de sentir prazer em ver o prazer do outro”, explica o psicólogo especialista em sexualidade humana Marcos Santos.

O especialista aponta ainda que o fetiche pode partir também da parte do corpo em que se ejacula, e não à ejaculação em si. No imaginário erótico das pessoas e nas categorias das plataformas pornô, o “gozar na cara”, “gozar na boca” e outras modalidades fazem sucesso.

Para quem utiliza o coito interrompido como método contraceptivo, fica o alerta: apesar de muito usado, especialistas não o recomendam, uma vez que existem chances de engravidar com o líquido de lubrificação e também correr o risco do homem não tirar o pênis a tempo. Logo, o ideal seria usar camisinha ou, ao menos, associar o coito com algum outro método.

Metrópoles

62% dos homens héteros receberiam fio terra se a parceira pedisse, diz pesquisa

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O prazer anal ainda é um grande tabu entre homens heterossexuais. Contudo, uma pesquisa da Sexlog encomendada exclusivamente para o Metrópoles aponta que 62,13% dos homens héteros aceitariam receber o famoso fio terra durante o sexo se a parceira pedisse.

Além disso, 43,90% afirmam que já receberam e gostaram, enquanto apenas 4,29% já receberam e não gostaram.

Entre os entrevistados, 78,41% disseram não acreditar que um fio terra tenha alguma relação com orientação sexual, enquanto 21,59% afirmam que acredita.

Apesar de todo ser humano ter um ânus e poder sentir prazer com ele, ainda existe a crença de que é uma “área proibida” para homens héteros, ainda que o estímulo seja feito por mulheres. Essa crença, além de preconceituosa, está longe de ser verdade.

“Por causa da eterna necessidade de autoafirmação masculina, a prática é, pelas mulheres que propiciam e pelos homens que a recebem, associada à homossexualidade. Mas não tem a ver com orientação sexual. Muitas mulheres são adeptas do sexo anal pelo prazer que sentem. A mesma sensação pode ser vivenciada pelos homens”, conta a sexóloga e psicoterapeuta Poema Ribeiro.

Metrópoles

Sem bloco: 72% do público liberal prefere ficar em casa no Carnaval

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Quando pessoas acostumadas à monogamia pensam nas que vivem relações liberais, geralmente imaginam pura agitação, curtição e “baladas mil”. Mas, ao que tudo indica, não é bem assim. Uma pesquisa apontou que 72% dos liberais vão preferir passar o Carnaval em casa.

Os dados são do site liberal Sexlog, que entrevistou seus usuários e descobriu que muitos deles preferem focar no on-line para conhecer pessoas dispostas a viver aventuras sexuais.

A CMO do site, Mayumi Sato, relata que a plataforma espera receber um alto volume de acessos, já que em 2023, durante os dias de carnaval, de 17 a 21 de fevereiro, foram postadas mais de 40 mil fotos e 4,4 mil vídeos, além das transmissões de mais de 30 mil livecams.

“O Carnaval é a época em que as pessoas naturalmente se sentem mais livres para explorar seus limites, inclusive na sua sexualidade. Se elas não estão prontas para colocar em prática numa casa de swing ou em um ménage, os sites de relacionamento são uma porta de entrada válida, seja para casais ou solteiros!”, diz.

Metrópoles

Entenda como o fetiche por “ninfetas” fomenta a cultura da pedofilia

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Em uma busca rápida no Google Trends, não é incomum encontrar “ninfeta” como um dos termos relacionadas a “sexo“. Para quem não sabe, no dicionário, ninfeta significa “menina adolescente que desperta desejo sexual”. Em outras palavras, é o olhar sexualizado para meninas menores de idade e com características infantis.

Outro termo muito usado para se referir ao “fetiche” é lolita — popularizado pelo romance de mesmo nome, lançado em 1955 por Vladimir Nabokov. A narrativa conta a história da controversa paixão entre um professor universitário de meia idade e Lolita, uma criança de 12 anos.

Enquanto, para alimentar esse desejo específico, a indústria pornográfica coloca mulheres adultas de estaturas menores com penteados maria-chiquinha, roupas e colegial e abraçadas em ursinhos de pelúcia, fica implícito o fomento do que é chamado de cultura da pedofilia.

Parte disso é o padrão estético genital “ideal” cobrado das mulheres, com vulvas lisas, claras, menores e apertadas. Não por coincidência, características que apenas órgãos infantis têm naturalmente.

A psicóloga Alessandra Araújo explica que, apesar da pedofilia ser um crime no Brasil, sabe-se que milhares de crianças são abusadas todos os dias.

“O poder sobre aquela pessoa indefesa causa desejos libidinais nos abusadores. São traços de inocência, desproteção e submissão, que são fetiches e trazem a possibilidade de dominação ao homem que é movido a controlar”, explica.

Metrópoles

39,5% dos brasileiros desejam viver fetiches com garotas de programa

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Os fetiches fazem parte do imaginário erótico de muitas pessoas, mas boa parte delas acaba não os realizando por falta de coragem de sugerir à parceria, por exemplo. Para resolver esse problema, há quem contrataria uma garota de programa, a fim de por em prática esses fetiches.

De acordo com um levantamento feito pelo site de acompanhantes Fatal Model com 164 mil respondentes, 39,5% dos brasileiros têm interesse em contratar uma profissional do sexo para finalmente experimentar novos hábitos na hora H.

Segundo a pesquisa, sexo anal é o que mais desperta interesse, com 35%; seguido por sexo oral (32%), menage à tróis (32%); beijo grego (28%); chuva dourada (16%); inversão (15%) e voyeurismo (8%). Era possível selecionar mais de uma opção na pesquisa.

“É importante ressaltar que o acompanhante é um profissional experiente em sexo e relacionamentos. Somos contratadas por pessoas solteiras, mas muitas vezes também por casadas, que querem ter a oportunidade de vivenciar curiosidades sexuais”, afirma a acompanhante e diretora de comunicação do site, Nina Sag.

Para quem prefere não contratar profissionais, a terapeuta sexual Tâmara Dias explica que por meio do diálogo com a parceria é possível expressar todas as questões que envolvem o prazer. “Por isso, quanto mais assertiva, sincera e respeitosa for a comunicação, mais prazer você é capaz de sentir e proporcionar”, explica.

A maior dica é se colocar no lugar do outro e imaginar de que forma você gostaria que abordassem o assunto com você na situação contrária. Além disso, criar um ambiente agradável e intimista é sempre bem-vindo.

“Lembrando que não só as palavras que você escolheu comunicam, mas também o tom da voz, a expressão do corpo, os olhos, tudo isso também estará transmitindo algo”, indica.

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Tendência? Brasil conta com mais de 10 milhões de sugar babies

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Uma das relações que mais ganhou notoriedade nos últimos anos foi a de sugar daddies e sugar babies, na qual um homem rico dá mimos e proporciona estabilidade financeira para uma mulher mais nova. Por mais inusitado que possa parecer, trata-se de um relacionamento tão comum que no Brasil, atualmente, existem mais de 10 milhões de sugar babies.

Os dados são de um levantamento feito pelo MeuPatrocínio, um dos principais sites para daddies e babies do país. Além de quantificar, a pesquisa também elencou as cidades em que mais se concentram sugar babies. Em 1º, fica São Paulo, seguida de Rio de Janeiro e Minas Gerais. O Distrito federal aparece em 9º lugar.

“Milhares de jovens mulheres escolheram abraçar esse estilo de vida que tem estado sob os holofotes da mídia devido ao seu grande crescimento. Ao deixarem para trás as complexidades das relações tradicionais, essas jovens passam a vivenciar a praticidade e a transparência, fundamentos essenciais no mundo Sugar”, destaca Caio Bittencourt, especialista em relacionamentos da plataforma.

Vale ressaltar que, quando se trata de sugar daddies, Brasília sobe no pódio. Em um levantamento de 2020, também do MeuPatrocínio, a capital aparece em 1º lugar, com os provedores com maior rendimento e patrimônio. Entre os usuários brasilienses, ao menos 19% afirma ter uma fortuna de mais de R$ 50 milhões.

Engana-se, porém, quem acha que a relação sugar é apenas sobre sexo. Na verdade, muitas vezes é alinhado anteriormente que contato íntimo não está incluso no “pacote”.

“São jovens bonitas e atraentes, buscando um provedor que lhes ofereça estabilidade emocional e financeira, numa relação com objetivos alinhados desde o início e, muitas vezes, sem envolver sexo”, explica Jennifer Lobo, fundadora do site, em entrevista anterior ao Metrópoles.

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