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Categoria: Cidades

Avião de pequeno porte cai na zona rural de Pau dos Ferros e mobiliza equipes de resgate

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No final da tarde deste domingo, 14, o Corpo de Bombeiros Militar de Pau dos Ferros atendeu a uma ocorrência de queda de uma aeronave do tipo monomotor. Segundo relatos colhidos no local, a aeronave teria perdido força no momento da decolagem, vindo a cair logo em seguida.

Assim que o chamado foi registrado, o trem de socorro foi imediatamente acionado e deslocado para o atendimento da ocorrência. Ao chegar à cena, a guarnição constatou a presença de duas vítimas.

Uma das vítimas encontrava-se encarcerada na aeronave, sendo prontamente retirada pela equipe do Corpo de Bombeiros Militar. A vítima estava consciente e orientada, apresentando quadro de politraumatismo, com suspeita de hemorragia interna. Após os procedimentos de estabilização, foi transportada pela Unidade de Resgate do CBMRN para o Hospital Municipal de Pau dos Ferros.

A segunda vítima também estava consciente e orientada, apresentando estado geral mais estável. O atendimento foi realizado de forma integrada com o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), que ficou responsável pelo transporte dessa vítima até a unidade hospitalar.

Natal garante vitórias para o plano “Pra Frente Natal” e abre novo ciclo de investimentos

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A Prefeitura do Natal encerra o ano com duas conquistas estratégicas que reposicionam a capital potiguar no cenário nacional de financiamentos públicos e permitem destravar projetos estruturantes há muito esperados. Sob a liderança do prefeito Paulinho Freire, a gestão avança de forma inédita na agenda de investimentos internacionais prevista no plano Pra Frente Natal, elaborado em parceria com instituições multilaterais como o Banco Mundial e o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).

A primeira grande vitória é a inclusão de Natal no Programa de Promoção do Equilíbrio Fiscal (PEF), após pactuação entre o Município e o Tesouro Nacional. O ingresso no PEF rompe um ciclo de mais de dez anos em que a capital estava impedida de contratar financiamentos com aval da União, em razão da antiga classificação CAPAG C. Com a adesão ao programa, Natal recupera a capacidade de financiamento e passa a ter acesso, já a partir de 2025, a cerca de R$ 500 milhões em operações de crédito — limite anual correspondente a 3% da Receita Corrente Líquida.

O compromisso firmado com o Tesouro envolve três medidas centrais de responsabilidade fiscal: a centralização da gestão financeira, que fortalece o controle dos gastos municipais; a implantação da Previdência Complementar para os servidores públicos, alinhada às normas nacionais; e os leilões reversos de Restos a Pagar, mecanismo inovador em que credores apresentam descontos para receber débitos de exercícios anteriores. Essas medidas recolocam Natal em posição de destaque no cenário fiscal e abrem caminho para que a gestão avance rumo à elevação da nota CAPAG para B ou A, ampliando ainda mais as possibilidades de acesso a financiamentos internacionais.

Como efeito direto desse avanço, o Município conquistou a segunda grande vitória: a aprovação, pela COFIEX, do primeiro financiamento do novo ciclo de investimentos com o Banco Mundial. O colegiado federal autorizou a abertura da operação no valor de US$ 19 milhões, etapa inicial do programa Natal Integra, um projeto estruturante de US$ 50 milhões que transformará a rede de Assistência Social da cidade.

“Essas conquistas mostram que Natal voltou a ter credibilidade fiscal e capacidade de planejamento. Recuperamos o direito de acessar financiamentos importantes e abrimos um novo ciclo de investimentos sociais, urbanos e tecnológicos. Nosso compromisso é transformar essa oportunidade em obras, serviços e políticas públicas que melhorem a vida de quem vive na nossa cidade”, disse o prefeito Paulinho Freire, ressaltando a importância do momento para a capital.

Para o secretário municipal de Planejamento, Vagner Araújo, os avanços recentes refletem um esforço contínuo de gestão qualificada e visão estratégica para o desenvolvimento da cidade. Segundo ele, “essas conquistas representam muito mais do que a liberação de financiamentos. Elas são, acima de tudo, o reconhecimento de um trabalho técnico rigoroso, responsável e orientado para o futuro da cidade de Natal. A adesão ao Programa de Promoção do Equilíbrio Fiscal – PEF e a aprovação do financiamento junto ao Banco Mundial só foram possíveis porque o Município apresentou um planejamento consistente, baseado em sustentabilidade econômica, equilíbrio fiscal e capacidade real de execução ao longo do tempo”.

O financiamento do Banco Mundial possui condições altamente vantajosas — prazo de 25 a 30 anos, cinco anos de carência e juros médios de 6% ao ano. Entre as entregas previstas estão as Cidades Sociais, inspiradas no modelo reconhecido do COMPAZ, de Recife, e a construção e modernização de 42 equipamentos de proteção social, como novos CRAS e CREAS; Centros Dia para idosos; unidades voltadas para crianças, famílias em vulnerabilidade, mulheres vítimas de violência, pessoas com deficiência e indivíduos no espectro autista.

A secretária de Assistência Social, Nina Souza, celebrou o avanço e destacou o impacto das conquistas para a política de proteção social do Município. “Natal vive um momento histórico. No primeiro ano da gestão, conseguimos recuperar a capacidade de financiamento e garantir as condições necessárias para implantar um dos maiores investimentos sociais que a cidade já recebeu.”

Prefeitura de Parnamirim cria Conselho Municipal de Esporte

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Excelente notícia para os amantes do esporte, atletas e treinadores! A Prefeitura de Parnamirim acaba de instituir o Conselho Municipal de Esporte com o objetivo de fortalecer a organização, o planejamento e o controle social sobre as políticas esportivas parnamirinenses, criando um espaço permanente de participação da sociedade nas políticas públicas para o setor. O CME ficará vinculado à Secretaria Municipal de Esporte e Lazer (SEL) passando a atuar como instância consultiva e deliberativa, no acompanhamento de recursos, projetos e decisões estratégicas voltadas à prática esportiva.

Além de atuar junto ao poder público, o CME também vai estimular a participação da sociedade na gestão esportiva do município, abrindo espaço para que entidades, atletas e usuários dos serviços possam opinar e acompanhar as decisões. Com isso, a cidade passa a contar com uma instância permanente de diálogo e controle social sobre o esporte, alinhada às diretrizes de políticas públicas em nível estadual e federal.

Para a prefeita Nilda Cruz, a criação do Conselho marca o início de um novo ciclo de gestão democrática e de controle social na cidade. “Esperamos garantir que as decisões sobre o esporte sejam construídas junto de quem vive a realidade das quadras, dos campos e dos muitos projetos sociais. Esse novo órgão vai nos ajudar a planejar melhor, aplicar com mais transparência os recursos públicos e ampliar o acesso da população às atividades físicas, de lazer e de inclusão social”, disse.

O CME vai se reunir mensalmente e será formado por 12 membros titulares e seus respectivos suplentes, reunindo representantes do poder público e de associações de pessoas com deficiência, academias ou centros de treinamento e clubes ou associações esportivas. A composição garante a participação da sociedade civil, ampliando a pluralidade de vozes nas decisões sobre o esporte na cidade, uma das prioridades da atual gestão.

Estudo da UFRN revela que mulheres trabalham cinco anos a mais que os homens ao longo da vida

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Uma análise minuciosa dos dados sobre trabalho no Brasil expõe uma realidade que a maioria ignora. Pesquisa da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), publicada na revista Política Hoje, demonstra que a igualdade numérica na idade e no tempo de contribuição para a aposentadoria de homens e mulheres desconsidera a desigualdade factual da vida real. O estudo calcula que as mulheres, mesmo com uma jornada remunerada menor, acumulam uma carga total de trabalho significativamente superior à dos homens ao longo da vida.

Com base na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) de 2014, as pesquisadoras Luana Myrrha, professora do Programa de Pós-Graduação em Demografia (PPGDem/UFRN), e a demógrafa Fernanda Felix, egressa do PPGDem/UFRN, mensuraram o tempo dedicado ao trabalho remunerado e aos afazeres domésticos. Os dados mostram que as mulheres têm uma carga horária remunerada cerca de 15% menor que a dos homens, mas esta é a única frente onde a carga é reduzida. Na esfera doméstica, a situação se inverte de forma dramática e as mulheres dedicam 128% a mais de tempo aos afazeres domésticos que os homens.

A soma das duas jornadas revela que, em uma semana, as mulheres trabalham, em média, 59 horas, enquanto os homens trabalham 51,5 horas. Essa diferença de 7,5 horas semanais se amplia quando projetada no tempo, de maneira que, em um ano, as mulheres trabalham 358 horas a mais. De acordo com a pesquisa, se considerada uma jornada diária de 12 horas, esse valor representa 30 dias úteis a mais de trabalho por ano. Em uma métrica de longo prazo, o estudo estima que, em 35 anos, as mulheres acumulam um volume de horas trabalhadas equivalente a 40 anos na trajetória masculina.

Ampliando a lupa

Os pontos cruciais dos achados, no entanto, vão além das médias gerais. A pesquisa detalha como as desigualdades se aprofundam quando se observam características socioeconômicas e demográficas específicas. A análise compara os perfis de homens com a menor carga total e de mulheres com a maior carga e traz resultados elucidativos. Mulheres com trabalho formal, por exemplo, trabalham 506 horas anuais a mais que homens na informalidade. Mulheres com filhos menores de 14 anos trabalham 501 horas a mais por ano que homens com filhos de idades variadas. Mulheres com renda de um a dois salários mínimos trabalham 636 horas anuais a mais que homens que ganham até um quarto de salário mínimo.

A pesquisa também construiu uma comparação entre dois perfis extremos. De um lado, um homem branco, com alto nível de escolaridade, alta renda, trabalho formal e filhos de idades variadas. De outro, uma mulher branca, com baixa escolaridade, renda média, trabalho formal e todos os filhos menores de 14 anos. A diferença no tempo total de trabalho foi de 388 horas anuais a favor da mulher, valor superior à média nacional. O estudo demonstra que, mesmo em um cenário onde o homem tem condições socioeconômicas muito mais favoráveis, dispondo de mais tempo e condições, a mulher ainda carrega uma jornada total maior devido à combinação de trabalho formal e responsabilidades domésticas.

A desigualdade se agrava ainda mais quando se observa a interseção com raça. Para maximizar o contraste de gênero, o estudo comparou, em cada variável, o grupo de homens com menor carga total de trabalho ao grupo de mulheres com maior carga. No caso da raça, os homens com menor jornada semanal total são os pardos e pretos (51,35 horas), enquanto as mulheres com maior jornada são as brancas (59,12 horas), uma diferença de quase 8 horas por semana, ou 373 horas anuais a mais para elas. Mulheres brancas estão mais presentes no emprego formal, o que impõe jornadas remuneradas rígidas sem aliviar a responsabilidade quase exclusiva pelos afazeres domésticos.

Mesmo quando a variável raça é controlada (comparando homens e mulheres dentro do mesmo grupo racial), as mulheres seguem trabalhando significativamente mais. No cruzamento específico que envolve mulheres brancas inseridas no mercado formal, observa-se que a soma de trabalho pago e não pago é particularmente elevada. Esse resultado evidencia que, no Brasil, a maior inserção feminina no mercado formal não se traduz em alívio, mas frequentemente em dupla penalização.

Cabe destacar que o trabalho formal geralmente exige bater o ponto, o que facilita a contagem mais apurada de horas de trabalho remunerado se comparado a um trabalhador informal. Além disso, as pessoas brancas são mais frequentes entre aqueles com carteira assinada, ou seja, essa maior facilidade de mensurar o tempo de trabalho pode justificar, em parte, o registro de maior carga de trabalho total para as mulheres brancas.

O peso da aposentadoria

A metodologia do estudo considerou pessoas com dez anos ou mais que estavam trabalhando e realizavam afazeres domésticos na semana de referência, totalizando uma amostra expandida de mais de 64 milhões de indivíduos. O cálculo partiu da média semanal de horas em cada atividade, transformada em horas anuais multiplicadas por 48 semanas. Esse método permitiu simular diferentes cenários previdenciários. Um deles é o da aposentadoria integral com 40 anos de contribuição para ambos os sexos, uma possibilidade aberta pelas reformas. Neste cenário, as mulheres teriam que trabalhar, considerando todo o tempo de trabalho (remunerado + afazeres domésticos) o equivalente a 45,8 anos na medida masculina, ou seja, a igualdade de tempo de contribuição para a aposentadoria integral seria uma realidade muito difícil e penosa para elas.

A pesquisa lembra que a previdência social brasileira, desde a Constituição de 1988, incorporou uma perspectiva de gênero ao conceder cinco anos de vantagem às mulheres, reconhecendo a dupla jornada advinda da responsabilidade culturalmente imposta às mulheres pelo cuidado dos domicílios e das pessoas. Este mecanismo é apresentado como um pacto de solidariedade intrageracional, próprio de um sistema de repartição, porém, a igualdade das regras, defendida por alguns como uma modernização, desconsidera esse caráter compensatório, já que a simples dupla jornada já justifica a diferença anterior de cinco anos. Na prática, essa compensação sempre foi insuficiente para equilibrar outros fatores, como a trajetória laboral mais instável, a inserção precária no mercado e a persistente diferença salarial que as mulheres enfrentam.

Por isso, o estudo alerta sobre as reformas que aproximam as regras para homens e mulheres. De acordo com as pesquisadoras, sem atacar as causas das desigualdades, essas mudanças tendem a agravar a situação econômica na velhice. Como as mulheres são maioria entre os idosos e já recebem benefícios menores, políticas que dificultam o acesso ou reduzem o valor da aposentadoria podem ampliar a pobreza nessa faixa etária.

TCE-RN abre consulta pública para definir fiscalizações de 2026

FOTO: JOSÉ ALDENIR

O Tribunal de Contas do Estado (TCE/RN) abriu, nesta sexta-feira 12, a consulta pública para definir as ações de controle externo previstas para 2026. A contribuição pode ser enviada até 16 de janeiro pelo formulário disponível no endereço informado pelo órgão.

Na plataforma, qualquer cidadão pode indicar até cinco problemas públicos considerados prioritários para fiscalização. Entre os temas listados estão compras governamentais, funcionamento de órgãos públicos, economia, emprego e renda, saúde, saneamento, coleta de lixo, educação, segurança, habitação, obras e estradas, transporte, tecnologia, transparência, meio ambiente, cultura, consumo e gestão de servidores. A lista segue os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Agenda 2030 da ONU.

Segundo o TCE-RN, o objetivo é identificar, sob a ótica da sociedade, fiscalizações com potencial de gerar maior impacto nas políticas públicas. Após o encerramento do prazo, as contribuições serão analisadas por auditores com base em critérios de materialidade, relevância, risco e oportunidade. As sugestões selecionadas poderão compor a proposta final das ações de controle externo de 2026.

Esta é a 3ª edição da consulta pública promovida pelo Tribunal, que mantém práticas internacionais de auditoria e amplia a participação social na definição das prioridades de fiscalização no Rio Grande do Norte.

Agora RN

Shows gratuitos de Flávio José e Gianinni Alencar abrem o Brilha Natal nesta sexta

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O Brilha Natal Fecomércio RN 2025 inicia, nesta sexta-feira 12, o Festival Cultural e Gastronômico com shows gratuitos de Flávio José e Gianinni Alencar, a partir das 18h, na Praça Cívica. A ação integra a programação iniciada no dia 1º de dezembro nos bairros do Alecrim e Cidade Alta.

Segundo o presidente do Sistema Fecomércio RN, Sesc e Senac, Marcelo Queiroz, “este projeto nasceu com o objetivo de fortalecer o comércio tradicional da nossa cidade, movimentando também a economia criativa e os artistas locais, neste período de aquecimento das vendas”.

A programação musical da noite inclui ainda o DJ Vinny Queiroz e Sax Live. No sábado 13, a partir das 16h30, estão previstas apresentações de Manu Azevedo, Ballet Sesc Zona Norte, Sesc Cidadão, Bisteca e Bochechinha e Pagode do Coxa. No domingo 14, se apresentam Nara Kelly, Coral Sesc TSPI, Ballet Sesc Cidade Alta, Cia Encantos, Khrystal e Tanda Macedo, com o show Baião de Duas.

O Palco Sesc, na Praça Cívica, será o ponto de chegada do Papai Noel nos três dias de evento, sempre a partir das 17h. O local também será a saída do Cometa Brilha Natal, veículo iluminado que circulará no entorno da praça. O acesso ao veículo e às ativações de gastronomia, beleza e saúde ocorrerá mediante doação de 1 kg de alimento ao programa Sesc Mesa Brasil.

A Unidade Móvel BiblioSesc e o Saúde do Trabalhador estarão na Praça Cívica durante todo o festival. Nos dias 13 e 14, a programação inclui ainda a feira cultural itinerante Garajal, criada em 2011 e voltada ao empreendedorismo nas áreas de artesanato, gastronomia, moda e arte.

Ao longo de dezembro, o Brilha Natal seguirá com ações culturais, apresentações da Trupe Brilha Natal nas ruas, programação no Teatro Sesc Sandoval Wanderley e campanha promocional que sorteará prêmios para consumidores que comprarem a partir de R$ 50 no comércio do Alecrim e Cidade Alta. Entre os prêmios, estão motos, notebooks, Smart TVs e assistentes virtuais.

O Brilha Natal Fecomércio RN 2025 é patrocinado pela Neoenergia Cosern, via Lei Rouanet, Ministério da Cultura e Governo Federal, pelo Banco do Nordeste, e conta com apoio do Banco do Brasil, Prefeitura do Natal, Governo do Estado, por meio da Emprotur, além de suporte da Polícia Militar do RN e Guarda Municipal. A programação completa está disponível em fecomerciorn.com.br.

Incra exonera superintendente no RN e nomeia novo dirigente para o cargo

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O Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) confirmou, nesta quinta-feira (11), a exoneração de Adans Rayne Pereira Santiago do cargo de superintendente regional no Rio Grande do Norte. A portaria, assinada pelo presidente do órgão, César Fernando Schiavon Aldrighi, foi publicada na edição de hoje do Diário Oficial da União.

Servidor de carreira da própria autarquia, Adans retorna agora às funções técnicas que já desempenhava no Incra.

Para ocupar o comando da superintendência potiguar, o presidente do Incra nomeou o sociólogo David Soares de Souza, também nesta quinta-feira. Mestre e doutor pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), David exercia, até então, a função de superintendente da Superintendência Federal de Pesca e Aquicultura no RN (SFPA-RN).

Enquanto o novo titular não toma posse, as atividades administrativas seguem sob responsabilidade de Augusto Carlos Avelino Teixeira de Carvalho, que assume interinamente “em caráter excepcional”, segundo informou o Incra.

A mudança ocorre em meio às atualizações internas da autarquia federal, responsável pela execução da política de reforma agrária e pela gestão de terras públicas no país.

Novo Noticias

Presidente da Fiern vai a Mossoró discutir impacto do tarifaço dos EUA sobre o sal potiguar

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O presidente da Federação das Indústrias do Rio Grande do Norte (Fiern), Roberto Serquiz, esteve em Mossoró na noite de quinta-feira, 11, para participar da confraternização anual do Sindicato da Indústria de Extração do Sal do RN (Siesal-RN). O encontro, realizado no Requinte Buffet, transformou-se em uma mesa de avaliação estratégica sobre o momento delicado vivido pelo setor salineiro após o tarifaço imposto pelo governo Donald Trump às importações brasileiras.

A medida, considerada abrupta e de forte impacto para a cadeia produtiva — responsável por cerca de 95% do sal marinho industrial do país —, tem pressionado custos, reduzido margens e acentuado incertezas. Diante do cenário, Serquiz destacou que a Fiern acompanha “de perto” as dificuldades enfrentadas pelos empresários ao longo do ano.

“Hoje vemos antigas e novas pressões, incertezas e ameaças testar a capacidade de todos os empresários do setor”, afirmou o dirigente, dirigindo-se ao presidente do Siesal-RN, Airton Torres. “É justamente em momentos assim que se enxerga a importância de um sindicato forte e representativo, quando a atuação precisa ser firme, técnica e constante”, acrescentou.

Setor pressiona por articulação nacional

A viagem a Mossoró, segundo interlocutores presentes, foi interpretada como um gesto político da Fiern para reafirmar apoio a uma das cadeias industriais mais estratégicas do estado. Serquiz destacou que o Sistema Fiern está “totalmente comprometido” em ações que recuperem a competitividade do sal potiguar, particularmente afetado pelo aumento das tarifas americanas.

No discurso, o presidente da federação citou avanços institucionais recentes: a aprovação da Lei das PPPs pela Assembleia Legislativa; o diálogo para a implementação da transação tributária; e a tramitação da Política Industrial do RN. Segundo ele, tais iniciativas dão “novo ambiente competitivo” às indústrias e são essenciais para manter o setor salineiro em condições de disputa.

Conquistas e tensões

Airton Torres, presidente do Siesal-RN, ressaltou que 2025 tem sido um ano de contrastes, marcado simultaneamente por conquistas regulatórias e desafios internacionais. Ele comemorou, entre outros pontos, a inclusão da atividade salineira no Programa de Estímulo ao Desenvolvimento Industrial (Proedi).

“Nós somos cerca de 35 salinas, ocupamos cerca de 40 mil hectares distribuídos entre Grossos, Areia Branca, Mossoró, Porto do Mangue, Macau, Guamaré e Galinhos”, afirmou. “É um momento muito feliz para mim. Hoje celebramos conquistas, o enfrentamento às dificuldades e as nossas lutas ao longo de 2025”, complementou.

Apesar do tom celebratório, empresários presentes admitiram que o tarifaço norte-americano trouxe forte apreensão ao setor. Mossoró e os municípios vizinhos concentram mais de 70% da produção potiguar e dependem, em grande parte, de mercados externos para sustentar seus volumes de exportação.

Lideranças políticas reforçam apoio

O evento também contou com a participação do vice-presidente da Fiern, Francisco Vilmar Pereira; do presidente do Sindicato da Indústria de Panificação e Confeitaria de Mossoró (Sindipam), Cesário Melo; do diretor-geral do Idema, Werner Farkatt, representando a governadora Fátima Bezerra; além de prefeitos e lideranças regionais.

A presença de autoridades estaduais e municipais foi interpretada pelos organizadores como sinal de cohesão institucional em torno do setor. Nos bastidores, porém, empresários defenderam a necessidade de articulação direta com o governo federal para mitigar os efeitos das tarifas americanas, seja por meio de negociação comercial, seja por compensações internas.

Ao final do encontro, a avaliação predominante era de que a ida de Serquiz a Mossoró marca uma nova fase de mobilização — mais intensa, coordenada e técnica — para evitar que o tarifaço dos EUA comprometa uma cadeia produtiva que sustenta milhares de empregos no litoral potiguar.

Agora RN