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ARTIGO: A educação do RN não aguenta mais recomeçar

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Por Cláudia Santa Rosa

Em janeiro de 2019, um novo Governo foi instalado no Rio Grande do Norte e, já no final do 1º semestre, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD 2018), que revelaram tendência de crescimento do estado em todos os indicadores educacionais contemplados pelo levantamento. Sempre soube que seria necessário respeitarmos as unidades da Federação posicionadas à nossa frente, pois elas começaram a trabalhar – com foco nos estudantes – antes do RN e vêm conseguido ser persistentes em suas políticas educacionais exitosas, evitando descontinuidades. Naquele momento, enquanto a taxa de analfabetismo, por exemplo, havia subido no Distrito Federal e em quatro estados brasileiros (Mato Grosso, Paraná, Amapá e Pará), no Rio Grande do Norte ela caiu para 12,9%. Embora ainda muito alta, era a 3ª taxa mais baixa da Região Nordeste. Apenas os estados da Bahia (12,7%) e de Pernambuco (11,9%) tinham menos analfabetos do que o RN.

De acordo com a mesma PNAD 2018, o RN conseguiu aumentar as taxas de acesso à escola e aquela relativa aos anos de escolaridade da população. Com mais crianças e jovens na escola, e por mais tempo, aumentam, indiscutivelmente, as chances de conter tanto o analfabetismo absoluto quanto o funcional, especialmente se a escola tiver um projeto claro, funcionar com seu quadro de professores completo e se eles forem assíduos, se estiverem bem preparados, valorizados e motivados e, finalmente, se houver condições apropriadas para ensinar e aprender.

Segundo o Anuário Brasileiro da Educação Básica 2019, o RN, em 2018, foi o estado do Nordeste que mais matriculou jovens de 18 a 24 anos no ensino superior e o 11º no país. É claro que o desafio da educação do RN era e ainda é gigante. Não há mistério: as lacunas acumuladas nas aprendizagens geram, primeiramente, reprovações que se desdobram em distorção idade-série, abandono e, na sequência, evasão escolar. O jovem que chega aos 18/19 anos, sem concluir o ensino médio, tende a trocar a sala de aula por uma ocupação que o remunere ou, simplesmente, desencanta-se com a condição de estudante. Por isso, há urgência em se fortalecer as escolas para que sejam significativas, orientem sobre os projetos de vida dos jovens, envolvendo-os numa cultura formativa norteada por metas e tendo, por fim, resultados.

O Índice de Desenvolvimento da Educação (IDEB), apurado em 2019, mostrou que o ensino médio do RN, por exemplo, cresceu mais de 2017 para 2019 do que nos 12 anos anteriores, quando ficou estagnado na série histórica, de 2005 a 2015. Finalmente, a educação potiguar cresceu mais do que 14 unidades da federação, justamente porque avançou 11 pontos no aprendizado em Língua Portuguesa e 7 pontos em Matemática, além de ter aumentado a taxa de aprovação. Esses resultados motivaram pesquisadores de instituições nacionais a ouvirem quem estava à frente da gestão, no período 2016 a 2018. Eles quiseram entender as ações implementadas que teriam impactado nos resultados do RN de maneira tão extraordinária.

Ora, se por um lado, para alguns, as conquistas não foram tão relevantes para serem celebradas, por outro lado, não podem ser desprezadas, considerando o deslocamento positivo do estado potiguar, a curva ascendente evidenciada e o legado de iniciativas de gestão, disponível para ser continuado e fortalecido a partir do ano de 2019.

Sim, mas quais foram as principais ações implementadas de 2017 a 2018 que fizeram a Educação do RN avançar? Impossível não destacar o pioneirismo das escolas de tempo integral, inclusive as de ensino médio com um modelo pedagógico consagrado em outros estados; a expansão de uma para 62 unidades de ensino a ofertarem o ensino técnico integrado ao ensino médio, destas, oito novos Centros Estaduais de Educação Profissional (CEEPs); parcerias com instituições que fazem investimento social privado e que garantiram a formação das equipes gestoras das escolas para implementarem o circuito de gestão com foco na aprendizagem.

A convocação de mais de cinco mil profissionais, entre suportes pedagógicos e professores efetivos e temporários, para cobrirem carências históricas nas escolas foi um dos pontos altos da gestão, bem como o rigor para mantê-los nas unidades de ensino, sem desvio de função. Muitos estudantes passavam meses e até anos sem aulas de determinados componentes curriculares, inclusive Matemática e Língua Portuguesa. O querer de todos nós por resultados melhores conflitava, portanto, com os muitos anos de estagnação da educação, com as salas de aula padecendo do básico: professores. Como é que as crianças e os jovens podiam se sair bem, em exames que medem a proficiência, se passavam meses, um ano inteiro e até mais, sem professores de diversos componentes curriculares? Esse cenário mudou.

Outra ação estratégica de gestão criou a figura do assessor pedagógico, inspirada na tutoria de alunos, abrangendo 100% das unidades de ensino, um diferencial importante no acompanhamento e orientação às escolas. Trata-se do profissional de articulação junto à DIREC e demais setores da Secretaria de Educação na otimização de soluções para os problemas que afetam o desempenho pedagógico da instituição.

Em 2017, um Termo de Cooperação foi assinado com o Governo do Estado do Ceará para a Educação do RN receber formação e consultoria a respeito de como utilizar o material de alfabetização daquele Estado, que seria usado pelas crianças de 1º e 2º anos do Ensino Fundamental, inclusive extensivo às redes dos 167 municípios potiguares. Para tanto, foi criado o Projeto de Alfabetização e Letramento (ProAle), que também envolveu o material de matemática, elaborado pelo Governo do Estado de São Paulo. Todo material do projeto a ser impresso e distribuído com recursos oriundos do Governo Federal, assegurados e disponíveis em conta bancária da Educação. De baixíssimo custo, o projeto foi idealizado para ter continuidade por muitos anos, com recursos próprios, o que sedimentaria a Rede Potiguar de Alfabetizadores, já referenciada em portaria.

A Alfabetização de Jovens e Adultos também mereceu atenção especial. Foi recuperado, em 2017, o convênio com o programa federal “Brasil Alfabetizado”, no qual a Secretaria vinha destacando-se por perder prazos. Finalmente, o estado certificou pessoas alfabetizadas em dezenas de turmas, inclusive que funcionaram em presídios. O projeto “Alfabetização com Qualificação Social e Profissional”, ação do “Governo Cidadão”, viabilizado com recursos do acordo de empréstimo entre o Estado e o Banco Mundial, somou-se às demais ações que, em 2016, estavam em risco por não ter avançado na execução. Entendíamos a importância daquela iniciativa de alfabetizar pessoas residentes no campo e numa modelagem inovadora. As providências foram ultimadas e ficou tudo pronto para as 100 turmas funcionarem a partir de 2019.

O projeto #QueroAprender, que abrangeu os estudantes de 100% das escolas, preparou os jovens para o ENEM, disponibilizando material de estudos, constantemente atualizado, via aplicativo, apostilas impressas e aulões quinzenais e presenciais, em todo estado, nas cidades polos. Destacaram-se, ainda, as iniciativas de iniciação científica voltadas para os jovens, os concursos de redação, a Mostra de Cultura e Arte, ampliação dos projetos de Educação Empreendedora e lideranças jovens, entre outros.

No que diz respeito à recuperação da rede física, em 2016, pela primeira vez, foi feito um mapeamento completo das escolas, de acordo com a situação física de cada uma, identificada à luz de uma legenda (de “ótimo” para as mais conservadas até “ruim” para as mais urgentes de intervenção que somavam mais de três centenas). Até aquele momento, além dos tradicionais repasses de recursos para as próprias escolas realizarem pequenos reparos nos prédios, só havia a possibilidade de obras por dispensa de licitação ou realizadas via as morosas e burocráticas licitações, dependentes do trabalho de profissionais (engenheiros e arquitetos do quadro efetivo) que a Secretaria de Educação não os tinha em quantidade para atender a demanda. Numa iniciativa inédita, a Secretaria aderiu a uma ata do Instituto Federal do Rio Grande do Sul e contratou uma empresa para realizar serviços de manutenção nas escolas, a mesma que permanece em atividades na atual gestão. Ao lado disso, a Secretaria de Educação começou a trabalhar numa ata própria que não se tem notícia do desfecho.

Importante registrar que o maior volume de recursos do projeto “Governo Cidadão”, na Educação, foi destinado à reforma de 40 escolas e construção de cinco “escolas modelos” em áreas realmente necessárias. Em 2016, essa importante ação também estava em risco, mediante uma empresa portuguesa que havia sido contratada, por meio de licitação internacional, para elaborar os projetos arquitetônicos. Por várias razões o trabalho não prosperou. A gestão tomou a ação como prioritária e cada projeto (arquitetônico, elétrico e etc. ) concluído passou a ser motivo de celebração da equipe envolvida. No final de 2018, todos os projetos estavam elaborados, escola construída e entregue, várias escolas com obras em andamento, outras com ordem de serviço dada, lotes em fase final de licitação, o mais difícil tinha sido feito. De igual modo, os dois últimos Centros Estaduais de Educação Profissional, do programa Federal “Brasil Profissionalizado”, ficaram em construção, o do município de Assu em fase final e o de Macaíba com as obras bastante adiantadas.

Todo esse trabalho de revitalização da Educação do RN foi implementado tendo por guarda-chuva seis programas:  ProFundamental, ProMédio, RN Alfabetizado, ProGestar, ProfMais e RenovEscola, cada um com seus projetos e ações, alguns mais avançados, outros menos, mas todos alinhados com o Plano Estadual de Educação (PEE).

Essas são apenas algumas das várias iniciativas concretas que nos fazem acreditar que a educação do Estado do Rio Grande do Norte reuniu as condições para avançar, mas precisariam de continuidade para além daquelas que geram placas de inauguração, fotos e publicidades. Convém refletirmos: se grandes resultados de aprendizagem não aparecem com poucos meses de trabalho, o mesmo não se pode dizer dos efeitos contrários, porque em pouco tempo é possível comprometer um trabalho com interrupções, atrasos, mudanças de rumos.

O Estado acabou de anunciar 400 milhões de recursos extras que serão investidos no programa “Nova Escola Potiguar”, sendo 280 milhões oriundos de precatórios do antigo Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério (FUNDEF), recursos que deixaram de beneficiar as escolas há 20 anos. Convém indagar: quanto será investido, agora, no ensino fundamental, etapa que deu origem aos recursos? Por que criar Institutos Estaduais de Educação Profissional se o RN já conta com Centros Estaduais de Educação Profissional e segue com dificuldades para manter as escolas? O que caracteriza um instituto de ensino e o que o diferencia de um centro e o centro de uma escola? Com qual recurso o estado irá manter os institutos que serão construídos, justamente, porque há milhões de reais extras? Por que não expandir a oferta de ensino técnico reformando e adequando algumas escolas de ensino médio já existentes? Qual é a política de recursos humanos para os institutos quando ocorre constantes déficits de profissionais nas escolas? Há demanda de alunos para matrícula nos institutos e escolas novas? Por que não priorizar, essencialmente, manter e equipar as carenciadas unidades de ensino já existentes? Por que serviços de manutenção em 100 escolas e não obras de reforma que otimizariam os recursos públicos com benefícios mais duradouros? Quando será publicada a lista com as 60 escolas que serão beneficiadas com reformas?

Finalmente, o que há de “novo” no programa “Nova Escola Potiguar”? Ora, construir prédios não é novo, prédios específicos para ofertar a Educação Profissional também não é novo no RN, reformar e fazer reparos nos prédios escolares não é novo, rede de internet para conectividade das escolas não é novo, laboratórios de informática não é uma política nova, inclusive o atual Governo dispensou 100 laboratórios que encontrou programado pelo “Governo Cidadão”; formação de professores não é novo, alfabetizar pessoas não é novo. O programa contempla, sim, algumas ações importantes e necessárias, porém, quanto a se caracterizarem como novas, infelizmente, já o fez nascer velho. O sentido de “novo” é, portanto, desnecessário, bastava o Governo valorizar e oferecer melhores condições de trabalho às equipes escolares, fazer as escolas que temos funcionarem com regularidade, dar continuidade e fortalecer os programas exitosos, afinal a Educação do RN não aguenta desperdiçar recursos para alimentar vaidades, não aguenta recomeçar, ainda mais já transcorridos dois terços do tempo de duração do atual governo.

*Cláudia Santa Rosa é ex-secretária de Educação do RN

Em artigo, ex-deputado federal Ney Lopes de Souza destaca o “comportamento político provinciano” do ministro Fábio Faria

FOTO: DIVULGAÇÃO/TRIBUNA DA JUSTIÇA

Exímio redator, o jornalista e ex-deputado federal Ney Lopes de Soyza fez uma análise da visita do presidente Jair Bolsonaro ao Rio Grande do Norte, e destacou o que chama de “linguajar desproposital, inábil e inoportuno”, do ministro das Comunicações, Fábio Faria,  que em discurso chamou a governadora de “mentirosa” e “cara de pau”.

Para Ney, Fábio Faria ostenta um “comportamento político provinciano”.

No artigo intitulado “ANÁLISE: A VISITA DE BOLSONARO AO RN”,  Ney Lopes criticou também a decisão do Palácio do Planalto de não comunicar a visita oficial do presidente à governadora Fátima Bezerra.

Segue abaixo o texto do ex-parlamentar federal potiguar:

Não se pode negar, nem minimizar, a importância histórica da visita do presidente Bolsonaro ontem, 24, ao RN.

Graças a obstinação do seu ministro do desenvolvimento regional, Rogerio Marinho, foi anunciada a liberação de R$ 38 milhões para a conclusão da Barragem de Oiticica, localizada em Jucurutu, que se encontra 90% pronta e tem previsão de ser finalizada até dezembro deste ano.

A obra receberá as águas do Eixo Norte do Projeto de Integração do Rio São Francisco.https://agenciabrasil.ebc.com.br/ebc.png?id=1413574&o=node

Trata-se de um sonho dos norte-rio-grandenses de mais de 70 anos, agora realizado.

Em seguida, na cidade de Pau dos Ferros foi assinada a ordem de serviço para a construção do Ramal do Apodi, obra que, com um custo de R$ 938,5 milhões, levará água a 54 municípios e beneficiará cerca de 750 mil pessoas no Rio Grande do Norte, Paraíba e Ceará.

Considerando-se que a recuperação pós pandemia passará pela atividade agrícola, o RN expande a sua infraestrutura para atividades agropecuárias, que poderão significar maior prosperidade e bem-estar social.

Infelizmente, neste cenário de otimismo e avanços, o RN assistiu na visita do presidente alguns episódios que demonstram os efeitos nocivos da radicalização política que toma conta do país.

Não se pode deixar de considerar estranha a decisão do Palácio do Planalto de não comunicar a visita oficial do presidente à governadora Fátima Bezerra.

A chefe do executivo poderia comparecer ou não. Decisão dela. Mas teria que ser convidada.

Por outro lado, linguajar desproposital, inábil e inoportuno usado pelo ministro das comunicações ao chamar a governadora do estado de “mentirosa”, referindo-se ao processo de vacinação estadual.

Prevaleceu o comportamento político provinciano e não a postura de um ministro de estado, em momento de crise da saúde pública.

Se a governadora faz justiça ou não ao esforço do governo federal em enviar vacinas para o estado é outro problema.

A população sabe que o governo federal é quem fornece as vacinas, aliás com maior eficiência após a investidura do ministro Marcelo Queiroga.

O que não pode é politizar a vacina, de um lado, nem do outro.

O imunizante tem que ser “aplicado” na população, como está sendo, com as participações da União, Estados e municípios.

Há ainda outro fato infeliz na visita de ontem

O que ganhará o presidente Bolsonaro ao contrariar protocolo sanitário e durante a sua presença em Pau dos Ferros tomar uma criança de 10 anos aos braços e tirar-lhe a máscara, dando exemplo da desnecessidade dessa forma de proteção?

Meu Deus!

Em que soma esse gesto presidencial, contrariando o que diz o seu ministro da saúde?

Um mínimo de sensatez indicaria comportamento mais racional, até porque a reeleição está próxima e tais atitudes retirando-lhe votos, ninguém se engane.

Alguns “áulicos” de plantão, ao invés de elogiá-lo sempre, deveriam abrir-lhe os olhos.

A pesquisa do IPEC de ontem já mostra claramente os riscos políticos para 2022.

E esses riscos não se resumem apenas na possibilidade de Bolsonaro perder a eleição.

Não se deseja que voltem ao poder aqueles que destruíram o país pelo vandalismo da corrupção, o que é inadmissível.

O Brasil não merece isso.

Haverá de surgir, ainda, uma luz no final do túnel.

Ney Lopes

ARTIGO: Seis anos sem Agnelo Alves, o eterno “Neco”

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Por JORGE LUIZ DA CUNHA DANTAS

Contrariando o curso da natalidade da família Alves em Angicos, ele nasceu em Ceará Mirim. Veio para Natal, onde foi aluno interno do Marista, até uma tuberculose sinalizar que sua vida seria curta. Tinha apenas 14 anos, lutou e venceu este primeiro desafio pela vida.

Foi respirar o ar puro de Belo Horizonte. Curado, foi morar no Rio de Janeiro, onde seu irmão Aluízio era Deputado Federal e sócio do Jornal Tribuna da Imprensa.

Anos dourados no Rio, ao lado de grandes nomes do jornalismo brasileiro, abraçou a profissão, onde aprendeu a brincar com as palavras em prosa e verso de forma articulada, irônica e certeira.

O destino conspirou para seu retorno a Natal, na condição de Secretário de Governo do seu Irmão Aluízio Alves, eleito em 1960, realizando grandes missões, entre elas a construção da Cidade da Esperança.

Outra casualidade o levou a ser candidato a Prefeito de Natal em 1965, eleito, começou a trilhar seu calvário político, até sua prisão e cassação. Parecia um nocaute, mas ele resistiu, com uma máquina de datilografia na sua trincheira da Tribuna do Norte. Subindo e descendo as ladeiras da velha Ribeira, criou o personagem NECO, para quem escrevia cartas em artigos diários, que com recados certeiros, norteavam a resistência do seu grupo político-familiar.

Com a eleição de Tancredo Neves, reaparece como Diretor do BNB, retomando seus sonhos e projetos e elege seu filho Carlos Eduardo, deputado estadual  – 1986.

Deixou o BNB em junho de 1990, já no Governo Collor de Melo, volta para ao jornalismo na Tribuna e TV Cabugi.

Em 1996, participa da eleição para prefeito de Parnamirim, não obtendo sucesso. Seus amigos custaram a acreditar, quando quinze dias depois, convocou a todos para realizarem juntos a primeira festa natalina para crianças de Parnamirim. Era o início de nova resistência. Vem a eleição de 1998 e ele concorre como primeiro suplente na chapa de Fernando Bezerra, eleitos trocaram um telefonema onde o Jornalista Agnelo Alves diz: “Fernando seu destino termina em tério, ou o ministério ou o cemitério “ – risos, Agnelo já sabia que Fernando Bezerra seria Ministro e ele assumiria o Senado.

Na condição de Senador, pavimentou sua eleição para Prefeito de Parnamirim. Eleito com grande maioria, troca o Senado pela Prefeitura de Parnamirim, onde realizou um mandato revolucionário de oito anos, projetando a cidade com grandes obras nas áreas social, educação, saúde e infraestrutura. Saiu consagrado com uma aprovação popular de 92 por cento. Candidatou-se a Deputado Estadual, eleito descobriu um câncer, resistiu e foi eleito para um segundo mandato em 2014, aos 82 anos. Faleceu no dia 21/06/2015, em uma UTI no hospital Sírio Libanês em São Paulo, lutando pela vida.

Os males da democracia Tupiniquim

FOTO: REPRODUÇÃO/FACEBOOK

A se confirmar uma declaração atribuída ao Ministro Luiz Fachin, do STF, dada no Jornal Folha de São Paulo, de 10 de fevereiro de 2021, podemos afirmar que estamos numa situação incrível de desmandos republicanos por parte de um membro da Alta Corte. Talvez ele esteja lendo a história antiga, quando das Sete Pragas do Egito, sem querer entender sobre o respeito aos votos obtidos por muitos políticos, de forma democrática e republicana.

Teria afirmado o Ministro que “o bolsonarismo corrompeu a democracia brasileira” e atribuiu que foram criados “Sete Males”, os quais com a máxima vênia ao nobre Magistrado passamos a citar e responder, imbuídos da responsabilidade do cargo recebido por mais de 5% dos eleitores do Estado do Rio Grande do Norte nas eleições de Outubro de 2018:

1)            Remilitarização do governo civil: ora vejam, numa democracia não deve existir governo civil ou militar. A formação do governo cabe ao Presidente eleito, no caso atual, nos orgulha que seja um Capitão da Reserva do Exército Brasileiro. Numa democracia republicana, os cargos do poder executivo devem ser ocupados por decisão do Presidente e Ministros, de acordo com méritos obtidos quanto à capacidade de gestão, honestidade, probidade e justiça. Talvez o nobre magistrado esteja se referindo a problemas ocorridos em governos passados, quando muitos dos gestores foram e ainda respondem por atos de improbidade e corrupção.

2)            Intimidação de fechamento de Poderes: convém recordar ao Ilustre Ministro que a ida da população às ruas, gritando por democracia e respeito aos poderes, quanto à independência e harmonia, já vem ocorrendo desde a década passada, quando escândalos de corrupção envolvendo figuras políticas ocupantes dos altos cargos dos governos da época mostraram uma podridão de fazer nojo. Mesmo assim, o sistema democrático foi mantido pela força das Leis e pelo papel moderador exercido pelas Forças Armadas, especialmente na pessoa do Gen. Eduardo Villas Boas, na oportunidade, Comandante do Exército.

3)            Declarações acintosas de depreciação do valor do voto: na verdade, salvo melhor juízo, é exatamente o contrário que pregamos em relação ao processo eleitoral. Executamos uma audiência pública na Câmara dos Deputados no ano de 2019, oportunidade que foi mostrado por diversos participantes que o processo de voto eletrônico é passível de fraudes. Naquele momento fechamos questão em apoiar o cumprimento de uma Lei, no caso, a Lei do Voto Impresso, número 13.165, de 29 de setembro de 2015. Oportunizamos que devem ser contabilizados os votos eletrônicos, bem como que seja implantado um sistema de impressão desse voto, permitindo que possa ser feita uma auditoria desse sufrágio.

4)            Por serem expressas palavras e ações que atentam contra a liberdade de imprensa: lamentamos que o Ministro Fachin pense em induzir um pensamento errôneo à população. Em nenhum momento houve ou há de nossa parte a ideia de censurar ou intimidar a imprensa. Na verdade, algo nesse sentido foi tentado por governos passados, quando foi tentado implantar o “controle social da mídia”. O próprio Congresso Nacional protegeu nossa democracia, impedindo tal absurdo. Infelizmente, no momento atual de nosso país, vivemos uma divisão entre vários segmentos da sociedade, sendo clara a posição adotada por grande parte da mídia, contrárias ao que vem sendo feito pelo Governo Bolsonaro. Campanhas de difamação têm sido feitas, contra ele e seus apoiadores, mas, mesmo assim, sempre está mantida a liberdade da imprensa.

Ao tempo, merece ser comentado que parte dos Deputados que apoiam o Presidente Bolsonaro estão sendo cerceados em sua Liberdade de Expressão e Inviolabilidade (art. 53 da Constituição Federal), quando por ato de Ministro do STF foram citados em investigação.

5)            Por Incentivo às Armas, e por consequência a violência: a promessa de campanha do Presidente Bolsonaro foi a favor do Direito de defesa. Ao longo dos últimos anos da “falida Nova República”, foi observada que a criminalidade ultrapassou a capacidade do Estado em defender o cidadão, sendo necessário que o direito à vida e à defesa própria, de seu lar ou de seus bens, possa existir. Assim sendo, foi pautada no Congresso Nacional uma alteração no Estatuto do Desarmamento, permitindo esses direitos. O tema foi debatido democraticamente, aprovado e sancionado pelo Presidente da República.

6)            Recusa antecipada de resultado eleitoral adverso: nesse mister, confessamos que o douto Ministro, eleitor declarado de uma presidente do PT, deve ter divagado demais. Em nenhum momento, foi identificada por parte de políticos da base do Governo Federal alguma ideia de resultado adverso nas eleições. O que se pretende é aperfeiçoar o sistema eleitoral, garantindo que haja a possibilidade do voto ser “auditável”. A urna eletrônica pode sim receber a implantação de um sistema que permita a impressão do voto, sem que o eleitor tenha acesso ao papel desse voto. Ao final do uso da urna, as mesmas podem vir a ser conferidas, contabilizando os votos impressos, armazenados em local lacrado, com os votos eletrônicos contabilizados. Isso dará mais transparência ao resultado final.

7)            Alega o Ministro que a corrupção da democracia é o arbítrio e que há um grave problema da naturalização da corrupção de agentes administrativos e, portanto, isso mostra que a corrupção da democracia está no presente momento associada às forças invisíveis da grande corrupção. Disse ainda que a grande corrupção no Brasil funciona como o corona vírus, provoca efeitos danosos imensos, não visíveis a olho nu: ora Senhor Ministro, decisões oriundas do STF, de forma monocráticas, são o quê? Arbítrios? V. Exa. sabe muito bem que algumas decisões oriundas individualmente de ministros do STF, envolvendo outros Poderes, Legislativo e o Executivo, deveriam ser evitadas em função do que prescreve a Constituição Federal, em relação à harmonia e independência dos mesmos. E ainda, merece ser destacado que desde o início do Governo do Presidente Bolsonaro, não houve nenhum caso de corrupção dentro dos órgãos federais.  

Caso atos dessa natureza não sejam bem esclarecidos podemos ter sérias dificuldades de convivência entre os Poderes. Mister se faz que cada um entenda e pratique a liturgia dos cargos.

GENERAL ELIÉSER GIRÃO MONTEIRO FILHO

DEP FED PSL RN

ARTIGO: 2021, as grandes oportunidades de negócios e o mercado Imobiliario em minha visão

VISTA AÉREA DO MUNICÍPIO DE NATAL. FOTO: CANINDÉ SOARES

Por Evilazio Crisanto

Quando um ano se aproxima os diversos setores econômicos  iniciam suas projeções, e nem todas são positivas.

O mercado imobiliario, em minha ótica,  em 2021 terá grandes oportunidades de negócios,  levando em consideração 2020, que já foi animador para algumas atividades empreendedoras.

O setor imobiliário já vem em crescimento de mais ou menos 0,6% em relação ao período de janeiro dos dois últimos anos. Sendo assim, deixa o mercado de investimentos variáveis em ALERTA, pois as taxas de juros nas aplicações a curto e médio prazo não conseguem acompanhar a rentabilidade da locação, nem a valorização e segurança do bem Imovel.

Outra variável importante é que no primeiro trimestre de 2020, houve uma elevação nas vendas de imóveis novos na faixa de 25%, em comparação o mesmo período do ano anterior. Com o reinício do crescimento econômico e passado o efeito devastador do furacão COVID-19, esperasse a retomada do emprego e a geração de novos negócios principalmente o mercado virtual, fazendo a roda da economia girar de forma crescente nos anos vindouros, na mesma velocidade do segundo trimestre de 2020, onde tivemos uma elevação de 10,5% em relação ao mesmo período de 2019, segundo dados da Associação brasileira de incorporadora Imobiliaria (ABRINC).

E todos nós sabemos que, quando a taxa Selic cai, automaticamente reflete na elevação das vendas no setor imobiliario.

Mesmo sabendo que a pandemia foi um freio brusco na economia como um todo, agora é levantar a cabeça e voltar a pensar em nosso negócio. Levando em conta o mercado local (Natal e seus arredores), devemos avaliar o momento do ciclo chamado de OFERTA e PROCURA. Onde a oferta está quase ZERO em todos os segmentos  da construção e a PROCURA  em grande expectativa!

Ou seja, há uma repressão financeira alta, mais em compensação um consumidor sedento e receptivo a novos investimentos.

Finalmente estou eufórico para um ano de 2021 e com grande esperança na volta do crescimento econômico do Brasil.

Evilazio Crisanto é empresário e gestor da ECM Participações

ARTIGO: O retorno da Covid-19, o legado da campanha e a cobiça pelo Fundo Partidário

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Por Osni Damásio

A Covid está voltando em vários estados. No Rio Grande do Norte o quadro não é diferente. Coincidência ou não, o avanço do vírus acontece logo depois das eleições .

Em plena campanha, no interior do RN  tinha festa todo dia com grandes aglomerações. Os candidatos vibravam com o povo sem máscara nas carreatas. Ninguém se lembrou que o vírus continua solto e fazendo vítimas.

 A piada , é que passada a eleição, tem político fazendo discurso contra qualquer tipo de aglomeração.

Como jornalista e acompanhando os fatos políticos do estado e da nação, vi, ao longo dos anos, muitos representantes do povo(?)  sair em defesa das eleições unificadas, ou seja, a votação para vereador, prefeito, deputado, senador e governador seria realizada no mesmo dia.

O argumento favorável é que eleição a cada dois anos tem um custo muito alto para a nação.

Eu pergunto: a Pandemia não seria um motivo muito justo para jogar as eleições municipais para 2022? Claro que não, pois os políticos  queriam botar a mão no milionário Fundo Partidário.

 Para eles, que se dane a Covid e a saúde do povo.

Tudo bem, os democratas descartavam qualquer possibilidade de adiar as eleições.

Vocês venceram.

Agora, não seria prudente ter feito a eleição e, pensando no bem estar e na saúde da população , ter proibido qualquer tipo de aglomeração?

 A campanha seria feita apenas no rádio e na televisão. Onde estavam as pessoas e os poderes que fecharam os olhos para essa situação?

Quem vai assumir a culpa pelo avanço do vírus?

Nessa hora , não aparece um cristão para dizer que errou. Vai terminar o povo sendo o culpado por que foi pra rua correr atrás de políticos.

*Osni Damásio é jornalista profissional

*As ideias e opiniões expressas por colaboradores são de exclusiva responsabilidade do autor, não refletindo, necessariamente, as opiniões do Blog

ARTIGO: O ocaso do PT e as reformas para transformar o País

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Por Joaquim Pinheiro

O PT está se esfacelando, praticamente no País inteiro. Basta verificar os números da última eleição municipal para se fazer essa constatação. No Rio Grande do Norte o partido da bandeira vermelha elegeu apenas três prefeitos dos 167 eleitos e reeleitos, enquanto o MDB chegou a 39.

O partido da governadora Fátima Bezerra chega ao ocaso da sua trajetória sem nenhuma possibilidade de recuperação já que foi flagrado fazendo “astúcias” com o dinheiro público. Fundado com o propósito de defender os trabalhadores, o PT prostituiu-se e “naufragou” na corrupção através de negociatas escusas com empresários prostitutos e prostituídos.

 Foi um “festival” de propinas nunca visto na política brasileira. Logo ele, que era considerado o arauto da moralidade. Muitos dos seus integrantes foram presos, notadamente os mentores intelectuais, a exemplo de José Dirceu e Lula da Silva, um sertanejo retirante que traiu seu passado e o povo que nele acreditou. Lula, segundo promotores da Lava Jato, comandou o maior esquema de corrupção do mundo. Consta que o desvio de recursos públicos chegou a trilhões de reais, tanto dentro como fora do País.

Sucatearam estatais como a Petrobras e BNDES, que antes dos governos petistas eram exemplos de eficiência e lucro para o País. E essa gente ainda pensa em governar o País. Não se pode dizer que outros partidos estão isentos de malfeitos, mas o PT protagonizou o maior escândalo já visto no Brasil.

Foi parte integrante de um sistema apodrecido que precisa ser extinto e com ele o próprio PT. Que venham as reformas para transformar o Brasil no País que desejamos.

Joaquim Pinheiro é jornalista profissional

As ideias e opiniões expressas por colaboradores são de exclusiva responsabilidade do autor, não refletindo, necessariamente, as opiniões do Blog

Economia: Do egoísmo à generosidade

FOTO: ILUSTRAÇÃO

Amanhã, 19 de novembro, começa mais uma iniciativa do nosso querido Papa chamada “Economia de Clara e Francisco”. Trata-se de um movimento em que jovens do mundo inteiro se comprometem a projetar uma sociedade diferente na qual a economia seja fonte de vida. Ou seja, colaborativa, solidária, criativa, inovadora, ecológica e democrática. Um esforço para gestar uma economia includente e não excludente. Que humanize e não escravize. Do sorriso e não do choro. Da esperança e não do lamento.

Um evento para jovens de até 35 anos. Economistas, empresários e profissionais ligados à produção de bens e serviços. Devido à pandemia não se realizou na cidade de Assis, Itália, em maio passado. Será agora, dias 19, 20 e 21 de novembro, online, ao vivo e em streaming. Já se inscreveram 3 mil jovens de 120 países. Veja a programação em https://francescoeconomy.org/event-programme/ Serão conferências, grupos de trabalho, debates, apresentações culturais e surpresas oriundas dos cinco continentes.

Uma caminhada coletiva em que mulheres e homens sonham com uma economia fundada em novos paradigmas: da competição à colaboração. Do egoísmo à generosidade. Da exploração à sustentabilidade. Da acumulação à partilha. Do consumo desenfreado ao consumo consciente. Da ganância ao altruísmo.

Se você deseja um mundo diferente, junte-se a nós na construção de uma economia a serviço da vida. Sua adesão é muito importante. Sonhe! Sonhe muito! Pois, sonho que se sonha juntos… se empodera. Vira realidade.

É tempo de esperançar. Um novo mundo é possível…

Aracaju, 18 de novembro de 2020.

Juci e Otto Santana