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Casos de pessoas desaparecidas sobem 60% no RN

POLÍCIA CIVIL REGISTROU 168 DESAPARECIMENTOS ENTRE JANEIRO E ABRIL DE 2022, CONTRA 105 NO MESMO PERÍODO DE 2021. FOTO: SERGIO HENRIQUE SANTOS

Os casos de pessoas desaparecidas aumentaram 60% nos primeiros quatro meses de 2022, no Rio Grande do Norte, na comparação com o mesmo período do ano passado. O levantamento é da Secretaria de Segurança Pública do Estado, feito a partir de solicitação do g1 RN à Polícia Civil.

Ao todo, a corporação registrou 168 desaparecimentos de janeiro a abril, contra 105 casos no mesmo período do ano passado. Os dados oficiais não apontam, no entanto, o percentual de pessoas dadas como desaparecidas que foram encontradas depois.

De acordo com os dados, a maior parte das ocorrências foi registrada nas delegacias de Natal. Ao todo, a capital registrou 90 desaparecimentos desde o início do ano, ou seja, 53,5% das ocorrências no estado. No mesmo período do ano passado, apenas 37 casos tinham sido registrados na capital.

Do total de desaparecidos no primeiro quadrimetre de 2022, na capital, 19 foram crianças e adolescentes menores de idade.

Somente em abril, a polícia registrou 8 boletins de ocorrência de famílias à procura de adolescentes com idades entre 12 e 17 anos que tinham sumido.

Os dados são do Núcleo de Investigação Sobre Pessoas Desaparecidas (NIPD), vinculado à Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) da Polícia Civil.

Segundo o delegado Cláudio Henrique, da 9ª DHPP, os casos são investigados prioritariamente pelas delegacias de homicídios. Nos municípios onde não existem unidades especializadas, os inquéritos e buscas ficam a cargo das delegacias municipais, que são apoiadas pelo NIPD.

Para ele, é impossível, em um primeiro momento, explicar as causas do aumento do registro de desaparecimentos.

“Esse é um fenômeno social muito complexo, com diversos fatores que podem influenciar no aumento do registro. Faz-se necessário uma análise profunda dos dados de desaparecimento de anos anteriores, especialmente pré-pandemia, a fim de se buscar uma causa que explique aumento”, considerou.

G1RN

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