Um tribunal da Arábia Saudita emitiu nesta segunda-feira (7) a decisão final do caso do assassinato do jornalista Jamal Khashoggi, sentenciando oito pessoas a penas entre 7 e 20 anos de prisão, segundo a TV estatal local Al Ekhbariya.
Cinco pessoas receberam sentenças de prisão de 20 anos, enquanto uma foi condenada a 10 anos e duas pessoas foram sentenciadas a 7 anos. Num julgamento anterior, a punição — agora reduzida — de cinco dos acusados havia sido a pena de morte.
Os condenados não foram identificados.
Em maio, a família do jornalista, morto em 2018 no Consulado da Arábia Saudita em Istambul (Turquia), disse que perdoa os assassinos. O anúncio foi publicado em uma postagem nas redes sociais de Salah Khashoggi, filho do ex-colunista do “Washington Post”.
“Nesta noite abençoada de Ramadã, nos lembramos de Deus dizer: se uma pessoa perdoa e se reconcilia, sua recompensa será merecida de Alá”, escreveu.
O julgamento em solo saudita foi amplamente criticado por grupos de direitos humanos e um investigador independente da ONU, que observou que nenhum funcionário importante ou suspeito de ordenar o assassinato foi considerado culpado. A independência do tribunal também foi questionada.
Khalil Jahshan, da organização Centro Árabe, em Washington, nos EUA, destacou que a promotoria disse que o veredicto desta segunda “fecha o caso para sempre”.
G1