A direção da Petrobras voltou atrás e não vai mais reduzir os preços da gasolina e do diesel no curto prazo. O recuo ocorreu após forte reação dos membros do Conselho de Administração da estatal, que chegaram a classificar a queda nos preços dos combustíveis como “barbaridade”.
Para minimizar o estrago, o presidente da companhia, Aldemir Bendine, passou boa parte do dia de ontem tentando contemporizar. Ele enviou e-mail a todos os conselheiros, esclarecendo “que não houve qualquer decisão tomada”.
Além do Conselho de Administração, o mercado financeiro reagiu a uma possível redução nos preços. Ontem, na Bolsa de Valores de São Paulo, as ações preferenciais (sem direito a voto) encerraram em queda de 9,33%, a R$ 7,58. Já as ordinárias (com voto) tiveram recuo de 8,83%, a R$ 9,60 — o maior tombo desde 28 de janeiro do ano passado, quando caíram 10,48%. Segundo Lucas Aristizabal, diretor sênior da Fitch Ratings, uma redução nos preços afeta a qualidade de crédito da companhia e reduz seu fluxo de caixa.
Fonte: O Globo