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Presidente da Assembleia nomeia Comissão Especial de Segurança

PRESIDENTE DA ASSEMBLEIA NOMEIA COMISSÃO ESPECIAL DE SEGURANÇA

Em ato do presidente da Assembleia Legislativa, deputado Ezequiel Ferreira de Souza (PSDB), foram nomeados para compor a Comissão Especial de Segurança Pública na Casa Legislativa os deputados Hermano Morais (PMDB), Cristiane Dantas (PCdoB) e Tomba Faria (PSB), com membro titulares e Getúlio Rego (DEM), George Soares (PR) e Vivaldo Costa (PROS), como suplentes.

“A Comissão Especial tem como objetivo a elaboração de estudos e ações para o enfrentamento da crise no Sistema de Segurança Pública e Defesa Social do Estado, tendo a comissão o prazo de 30 dias para desempenhar as atribuições e conclusão dos trabalhos”, explica o presidente da Assembleia que marcou para 1º de setembro, às 9h, a primeira reunião da comissão para eleição do presidente e vice-presidente da comissão.

Ezequiel Ferreira de Souza lembrou que a criação da Comissão Especial é fruto da união do trabalho dos 24 deputados estaduais que propuseram o reforço de caixa da Segurança Pública e do Sistema Carcerário via transferência de emendas impositivas.

“Os 24 deputados destinaram R$ 300 mil de emendas impositivas, totalizando R$ 7,2 milhões para investimentos emergenciais, ainda neste ano, para a Segurança Pública e Sistema Carcerário. E para o orçamento de 2017 o conjunto dos senhores deputados irão destinar R$ 5 milhões que se somarão aos R$ 20 milhões emprestados pelo Tribunal de Justiça ao governo para a construção de um novo presídio”, destaca Ezequiel Ferreira, salientando que caberá a comissão promover o acompanhamento e a fiscalização da destinação destes recursos oriundos do esforços dos deputados.

Para o deputado Hermano Morais será uma honra compor a Comissão Especial que terá uma das atribuições de maior importância na Assembleia Legislativa que é fiscalizar o Poder Executivo.

“Vamos fiscalizar, sugerir ações e visitar as cadeia públicas, delegacias de polícia, o ITEP e as unidades do Corpo de Bombeiros que estão agindo nesta crise de Segurança Pública, mas que precisam de apoio e estímulo financeiro”, acrescentou Hermano Morais, pontuando juntamente com o deputado Ezequiel Ferreira que a Comissão Especial irá atuar para contribuir com o Poder Executivo neste momento de Guerra contra o crime.

Prefeito de Apodi, RN, tem mandato cassado pela Câmara Municipal

Resultado de imagem para Flaviano Monteiro cassado

Flaviano Monteiro cassado

Sessão que cassou Flaviano Monteiro foi realizada nesta quinta-feira (25). CEI foi instalada por falta de envio de documentos; Vice será empossado.

O prefeito de Apodi, Flaviano Monteiro (PC do B), teve o mandato cassado na manhã desta quinta-feira (25) pela Câmara Municipal. Na sessão, os 13 vereadores decidiram (9 votos a favor e 4 abstenções) pelo afastamento de Flaviano e pela posse do vice, José Maria da Silva, que deve ser feita já nesta sexta (26). Apodi fica a 342 quilômetros de Natal, na região Oeste do Rio Grande do Norte.

O presidente da Câmara Municipal, Filho Neto, disse que a sessão foi tumultuada, mas dentro da legalidade. “O prefeito já vinha sendo investigado por uma Comissão Especial de Inquérito pelo fato de não ter enviado documentos solicitados pela Câmara. Hoje, após várias sessões, votamos a cassação, que foi decidida pelos vereadores”, explicou. A Polícia Militar chegou a ser acionada durante a sessão.

A Comissão Especial de Inquérito (CEI) para investigar a ausência do envio de informações por parte do prefeito à Câmara foi aberta em maio do ano passado. À época, o relator Ângelo Suassuna informou que Flaviano Monteiro foi investigado durante 40 dias por crime político-administrativo.

O prefeito deixou de responder a nove documentos oficiais da Câmara, que solicitavam informações sobre prestação de contas do Município.

G1 RN

Sessão para julgamento de Dilma tem bate-boca e troca de acusações

SESSÃO DO IMPEACHMENT NO SENADO. (FOTO: PEDRO FRANÇA)

SESSÃO DO IMPEACHMENT NO SENADO. (FOTO: PEDRO FRANÇA)

Depois que foi iniciado o julgamento final do impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff, os senadores começaram a apresentar questões de ordem. Em meio às discussões, a sessão foi suspensa pelo presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, após um acalorado bate-boca entre a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) e Magno Malta (PR-ES). Minutos depois, a sessão foi retomada.

Gleisi afirmou que os senadores não tinham moral para fazer o julgamento da presidente devido às diversas acusações que existem contra vários deles.

— Qual é a moral que vocês têm? — afirmou Gleisi.

A frase irritou senadores pró-impeachment. O líder do DEM, Ronaldo Caiado (GO), levantou-se e citou indiretamente as acusações contra o ex-ministro Paulo Bernardo, marido de Gleisi, sobre fraude em empréstimos consignados.

— Eu não sou ladrão de aposentadoria — disse Caiado, com o dedo em riste.

Na discussão acalorada, Gleisi respondeu a Caiado.

— E você é de trabalhador escravo.

O senador Lindbergh Farias (PT-RJ) interveio chamando o parlamentar do DEM de canalha e citando o senador cassado Demóstenes Torres, que foi aliado de Caiado.

— Demóstenes é que sabe da sua vida — afirmou o petista.

Caiado ficou ainda mais irritado e atacou Lindbergh.

— Tem que fazer antidoping. Fica aqui cheirando não – disse Caiado.

BATE-BOCA ENTRE OS SENADORES RONALDO CAIADO E LINDBERG FARIAS .(FOTO: ANDRÉ COELHO)

Mais cedo, Lindbergh Farias também provocou reações acaloradas no plenário, ao ressaltar que o presidente interino Michel Temer havia jantado com o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL).

— Estratégia de procrastinação, de chicana. O presidente do Senado também esteve com a presidente Dilma, e o senador Lindbergh não falou nada. Ele inclusive não manifestou seu voto — rebateu Cássio Cunha Lima (PSDB-PB).

A primeira questão de ordem foi colocada pela senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM). Ela pediu a suspensão do julgamento porque ainda não houve análise pelo Congresso das contas de 2015. Este processo ainda está no Tribunal de Contas da União e trata, entre outros temas, das pedaladas fiscais e dos decretos de crédito suplementar, que são as bases jurídicas do impeachment.

Vanessa argumentou que sua questão não era repetida porque o Supremo decidiu recentemente que um parecer pela rejeição de contas de tribunais de contas não podem tornar prefeitos inelegíveis porque é preciso haver decisão de Câmara Municipal nesse sentido. Ela defendeu que isso fosse estendido a Dilma.

— Vale mais um parecer prévio do Tribunal de Contas ou a decisão do Congresso? E se amanhã a presidente for inocentada? O mandato será devolvido a ela? — questionou ela.

O senador Ronaldo Caiado fez a contradita da questão de ordem ressaltando que a suspensão do julgamento até que se analise as contas já foi rejeitada em diversas fases do processo. Ele chamou o pedido de “chicana” e “procrastinação”.

— Não só é repetitivo, mas é um desrespeito ao ministro — afirmou Caiado.

A declaração provocou reações e se sucedeu de um longo debate. Aliados de Dilma reclamaram do uso da palavra “chicana”. O advogado da presidente, o ex-ministro José Eduardo Cardozo, também protestou.

— Em nenhum momento a defesa utilizou qualquer medida procrastinatória — disse Cardozo.

A advogada da acusação Janaína Conceição Paschoal afirmou que a denúncia não se baseia na rejeição das contas pelo TCU, mas em fatos apontados no trabalho daquela corte.

Lewandowski rejeitou a questão de ordem afirmando que a decisão do STF era “restrita” à questão de inelegibilidade de prefeitos, não podendo ser estendida ao impeachment.

— Este alegado fato novo, a meu ver, não altera o posicionamento que essa Presidência já tomou em relação à questão de ordem na sessão de pronúncia — afirmou o presidente do STF.

Logo em seguida, Lewandowski também negou a segunda questão de ordem, apresentada pela senadora Gleisi Hoffmann. A petista disse que a presidente Dilma não cometeu crime ao editar decretos de verbas orçamentárias.

— Não temos atentado doloso à Constituição na edição dos decretos. A presidente não teve intenção de desrespeitar alguém ou de descumprir a meta fiscal. Inepta a denúncia — disse Gleisi.

— Essa questão confunde-se com o mérito. Então, indefiro essa questão — respondeu Lewandowski, sem abrir para debates.

Em seguida, foi a vez de a senadora Kátia Abreu (PMDB-TO) apresentar a terceira questão de ordem, alegando que não houve irregularidade na questão do Plano Safra.

— Não é procrastinação, é obstinação. Tem muito ansiolítico por aí para conter essa ansiedade — alfinetou Kátia Abreu.

Lewandowski também negou pedido para a suspeição do procurador Júlio Marcelo, do Tribunal de Contas da União (TCU), que será a primeira testemunha de acusação a ser ouvida. O pedido foi feito pela senadora Vanessa Grazziotin.

O Globo

PM intensifica fiscalização e abordagens nas zonas Sul e Norte de Natal

(DIVULGAÇÃO/SESED)

(DIVULGAÇÃO/SESED)

A Polícia Militar intensificou durante toda noite desta quarta-feira (25) o patrulhamento tático nas principais avenidas das zonas Norte e Sul de Natal visando coibir a criminalidade, mantendo o controle da ordem e paz social.

 OBatalhão de Polícia Militar (4º BPM) abordou 76 pessoas em 44 motocicletas, seis carros, além de pedestres em atitude suspeita. As ações, na zona Norte de Natal, foram focadas nos bairros Santa Catarina, Parque da Dunas, Brasil Novo, Alto da Torre, Sarney e Africa.

 Já na zona Sul, os policiais do 5º Batalhão de Polícia Militar (5ºBPM) desencadearam mais uma “Operação Corredor Seguro” que resultou na abordagem de 10 ônibus, 13 carros, 10 Táxis e 23 motocicletas, além de 180 pessoas revistadas. A ação faz parte do plano estratégico para garantir a segurança da população que utiliza o transporte público urbano no local, em susbtituiçao as ações que vinha sendo realizadas pelas forças armadas.

Em Extremoz, candidato registrará em cartório programa de governo nesta sexta-feira

 O CANDIDATO A PREFEITO DE EXTREMOZ DA COLIGAÇÃO “PARA FRENTE EXTREMOZ”, EMPRESÁRIO WILSON CHACON (PSD)


O CANDIDATO A PREFEITO DE EXTREMOZ DA COLIGAÇÃO “PARA FRENTE EXTREMOZ”, EMPRESÁRIO WILSON CHACON (PSD)

O candidato a prefeito de Extremoz da coligação “Para Frente Extremoz”, empresário Wilson Chacon (PSD), irá registrar em cartório, nesta sexta-feira, 25, o seu programa de governo, contendo as metas de gestão que pretende desenvolver na Prefeitura de Extremoz, se eleito prefeito do município.

Segundo Chacon, as suas propostas de governo não constituem uma peça de ficção, pois são todas plenamente realizáveis, não só por meio de recursos da própria prefeitura, como também através de parcerias com o governo do Estado e de receitas oriundas de emendas parlamentares.

O candidato, que conta com  apoio do governador Robinson Faria, explica que o próprio chefe do Executivo potiguar já lhe garantiu que a administração estadual estará de portas abertas para atender os pleitos  de interesse da população de Extremoz. “A nossa bancada do PSD, tanto na Assembleia Legislativa, como no Congresso Nacional, também irá trabalhar para garantir as condições necessárias para a execução dos nossos projetos”, disse.

O programa de governo que o candidato vai registrar em cartório prevê projetos como a criação de Guarda Municipal para o município, creches multifuncionais, criação de unidades móveis de saúde para atendimento às comunidades, aquisição de novo trem para atender a demanda do município, entre outros.

Inauguração de comitê eleitoral vira o primeiro grande comício da campanha de Dra. Fernanda, em Santa Cruz

 O DESENVOLVIMENTO DE SANTA CRUZ FOI A TÔNICA DO DISCURSO DA ATUAL PREFEITA. (DIVULGAÇÃO)


O DESENVOLVIMENTO DE SANTA CRUZ FOI A TÔNICA DO DISCURSO DA ATUAL PREFEITA. (DIVULGAÇÃO)

guração de um comitê eleitoral terminou se transformando no primeiro grande comício da campanha à reeleição da médica Fernanda Costa (PMDB), prefeita de Santa Cruz. Cerca de duas mil pessoas se aglomeraram na noite desta sexta-feira, 19, no bairro do DNER, onde a prefeita e o deputado estadual Tomba Farias (PSB) falaram ao público presente.

O desenvolvimento de Santa Cruz foi a tônica do discurso da atual prefeita, que falou sobre os avanços da cidade, e disse que a consolidação do município como destino turístico religiosos é uma das metas de sua gestão, como forma de gerar mais emprego e renda, principalmente para a juventude. Fernanda Costa fez ainda uma prestação de contas da sua administração. “Temos trabalhado diariamente para garantir que esta prefeitura mantenha suas contas em dia e ainda tenha recursos para as contrapartidas em obras que não pararam durante os anos de nossa gestão”, ressaltou Dra. Fernanda.

Ao destacar que a atual gestão encontrou mais de R$ 3,7 milhões em dívidas, Tomba  Farias, por sua vez, pediu aos populares para comparar o que era Santa Cruz antes e o que é a cidade agora. “Estão falando por aí em reconstruir a cidade, mas quem reconstruiu Santa Cruz foram os esforços da prefeita Fernanda e o deputado Tomba, que trabalharam incansavelmente  pelo desenvolvimento da cidade e a melhoria da qualidade de vida do povo”, enfatizou o parlamentar.

CERCA DE DUAS MIL PESSOAS SE AGLOMERARAM NA NOITE DO BAIRRO DO DNER. (DIVULGAÇÃO)

CERCA DE DUAS MIL PESSOAS SE AGLOMERARAM NA NOITE DO BAIRRO DO DNER. (DIVULGAÇÃO)

TJ busca imóvel em Natal para abrigar núcleo de acompanhamento a dependentes químicos

A Secretaria de Administração do Tribunal de Justiça do RN divulgou Edital de Chamamento Público para aluguel de imóvel no município de Natal para abrigar o Núcleo de Orientação e Acompanhamento aos Usuários e Dependentes Químicos (Noade). Os imóveis devem atender os requisitos estabelecidos pelo Departamento de Arquitetura e Engenharia (DAE) do TJRN. As regras e especificações podem ser vistas AQUI.

O contrato terá vigência de 30 meses a partir de sua assinatura. As pessoas físicas ou jurídicas interessadas em locar devem apresentar Carta Proposta de Locação a Secretaria de Administração, juntamente com a documentação definida no edital, até às 17h do dia 8 de setembro.

Informações podem ser solicitadas diretamente à Secretaria, nos dias úteis de expediente do Tribunal de Justiça, das 8h às 11h e das 14h às 17, ou por meio dos telefones 3616-6340 ou 6341.

MP cobra punição a condenados por fraudes na Câmara Municipal de Natal

 CÂMARA MUNICIPAL DE NATAL (FOTO: CANINDÉ SOARES)

CÂMARA MUNICIPAL DE NATAL (FOTO: CANINDÉ SOARES)

O juiz da 4ª Vara Criminal de Natal, Raimundo Carlyle, manteve a declaração de incompetência e determinou, nesta quarta-feira (25), que os autos da denominada Operação Impacto sejam encaminhados à Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte. O processo envolve as 17 pessoas condenadas por compra de votos na Câmara Municipal de Natal durante a votação do Plano Diretor da capital potiguar, em 2007. Investigado pelo Ministério Público, o esquema levou à condenação vereadores, ex-vereadores, um empresário da construção civil e servidores da Casa.

O MP disse que ainda não recebeu o processo e que, assim que ficar ciente oficialmente, adotará as medidas judiciais cabíveis.

Segundo o magistrado, como o processo já tramitou em segunda instância, cabe ao TJ determinar que as penas sejam cumpridas – conforme ficou decidido pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em fevereiro deste ano. Pela nova regra, pessoas condenadas ao regime fechado, por exemplo, devem ser presas assim que tiverem a sentença confirmada pela segunda instância. Antes, a ordem era prender apenas depois do trânsito em julgado, quando terminava todas as possibilidades de recurso. Agora, uma pessoa condenada em primeira instância, se recorrer à segunda instância e tiver a sentença mantida, poderá ser presa imediatamente para o cumprimento da pena. O condenado continua tendo direito a apresentar recurso, mas atrás das grades.

Em março, já com a nova regra de execução de pena defendida, a promotora do Patrimônio Público Hayssa Kyrie Medeiros Jardim pediu que a Justiça fizesse valer o que ficou decidido pelo STF, ou seja, que punições aos condenados da Impacto fossem postas em prática. “O processo agora está com a Câmara Criminal do TJ. Caberá aos desembargadores darem a ordem. São eles quem devem fazer valer as condenações”, ressaltou Carlyle.

Sentenças mantidas

No dia 20 de novembro de 2014, a Câmara Criminal do TJ decidiu por manter as sentenças de primeira instância impostas aos réus. Na ocasião, a única mudança foi em relação ao ex-vereador Edivan Martins, absolvido no julgamento de primeiro grau, que acabou condenado por corrupção passiva durante o julgamento na segunda instância. Foram condenados em primeira instância e tiveram as sentenças mantidas o empresário Ricardo Abreu; os então vereadores Emílson Medeiros, Dickson Nasser, Aluísio Machado, Sargento Siqueira, Geraldo Neto, Renato Dantas, Carlos Santos, Salatiel de Souza, Júlio Protásio, Adenúbio Melo, Aquino Neto, Adão Eridan; e Hermes Fonseca, Klaus Charlie e Francisco de Assis Jorge.

Os desembargadores Glauber Rêgo, Gilson Barbosa e Ibanez Monteiro reconheceram que os denunciados aceitaram vantagem indevida para que votassem pela derrubada dos vetos do prefeito de Natal ao Plano Diretor, conforme interesses de um grupo de empresários do ramo imobiliário e da construção civil.

Relator do processo, Glauber Rêgo afirmou que a culpa dos envolvidos ficou comprovada em interceptações telefônicas, provas materiais e depoimentos. O desembargador ainda citou trechos de escutas telefônicas entre vereadores e assessores que comprovavam a existência do esquema. E observou que informação prestada por um dos delatores, o ex-vereador Sid Fonseca (absolvido no processo), dava conta de que o valor pago a cada parlamentar em troca da derrubada dos três vetos do prefeito era de R$ 30 mil.

Detalhes importantes do processo também foram mencionados por Glauber Rêgo, como o de que a propina seria fatiada entre os parlamentares na casa da mãe de um dos assessores, Francisco de Assis Jorge, funcionário do então vereador Geraldo Neto. Assis Jorge foi incumbido de receber a propina, por meio de dois cheques, sacá-los, e em seguida repassá-los aos vereadores.

Ao apresentarem as respectivas defesas, os ex e atuais vereadores, assessores e empresários alegaram falta de provas e, no caso de Ricardo Abreu, a justificativa de que o recurso alvo de investigação não detinha fins ilícitos. Os desembargadores não reconheceram as argumentações e mantiveram as condenações.

Condenações
Foram condenados por corrupção passiva os então vereadores Emilson Medeiros, Dickson Nasser, Aluísio Machado, Sargento Siqueira, Geraldo Neto, Renato Dantas, Carlos Santos, Salatiel de Souza, Júlio Protásio, Adenúbio Melo, Aquino Neto, Adão Eridan e Edivan Martins. Os desembargadores também mantiveram a condenação por corrupção ativa do empresário Ricardo Abreu, bem como a condenação dos ex-funcionários da Câmara Municipal, Hermes da Fonseca, Klaus Charlie e Francisco de Assis Jorge, então assessores, respectivamente, dos ex-vereadores Dickson Nasser, Emilson Medeiros e Geraldo Neto.

As penas dos condenados incluem a perda de cargo, função pública ou mandato, a inelegibilidade para os que detêm mandato eletivo e penas a serem cumpridas nos regimes semiaberto (Emilson Medeiros e Dickson Nasser) e aberto (demais citados). No primeiro caso, a punição somente se dará após o trânsito em julgado, ou seja, com o último recurso julgado. Quanto à inelegibilidade, a situação é outra. Neste caso, os condenados ficam impedidos de se candidatar a cargos eletivos com a publicação da decisão da Câmara Criminal no Diário da Justiça Eletrônico.

O desembargador Glauber Rêgo decidiu pela exclusão do valor mínimo de reparação do dano a todos os condenados e estipulou uma multa de 10 salários-mínimos ao advogado Rafael Cruz, então representante de Klaus Charlie, por ter renunciado à defesa do réu. A decisão foi acatada pelos demais magistrados.

As penas
– Ricardo Abreu: pena de três anos e oito meses em regime aberto, com 51 dias-multa. A pena foi substituída por duas penas restritivas de direito que serão estabelecidas pelo juiz de Execução Penal.

– Emílson Medeiros e Dickson Nasser: pena de quatro anos, três meses e dez dias, com 66 dias-multa em regime semiaberto.

– Geraldo Neto, Renato Dantas, Adenúbio Melo, Edson Siqueira, Aluísio Machado, Júlio Protásio, Francisco Sales, Salatiel de Souza, Carlos Santos, Edivan Martins: pena de três anos e oito meses e 51 dias multa, no regime aberto. As penas serão substituídas por duas penas restritivas de direito que serão definidas pelo juiz da Execução Penal.

– Adão Eridan: pena fixada em dois anos, nove meses e 22 dias-multa, regime aberto. A pena foi substituída por duas penas restritivas de direito que serão estabelecidas pelo juiz de Execução Penal.

– Klaus Charlie, Francisco de Assis Jorge Sousa e Hermes Soares Fonseca: pena de três anos e quatro meses e 43 dias-multa, regime aberto. As penas serão substituídas por duas penas restritivas de direito que serão definidas pelo juiz da Execução Penal.

G1 RN

Juros no cheque especial sobem para 318,4% ao ano, novo recorde da série do BC

 A TAXA DO CHEQUE ESPECIAL JÁ SUBIU 31,4 PONTOS PERCENTUAIS EM RELAÇÃO A DEZEMBRO DE 2015.(FOTO: MARCELLO CASAL)


A TAXA DO CHEQUE ESPECIAL JÁ SUBIU 31,4 PONTOS PERCENTUAIS EM RELAÇÃO A DEZEMBRO DE 2015.(FOTO: MARCELLO CASAL)

A taxa de juros do cheque especial continuou a subir em julho. De acordo com dados do Banco Central (BC), divulgados hoje (25), a taxa do cheque especial subiu 2,7 pontos percentuais, de junho para julho, quando chegou a 318,4% ao ano, chegando a novo recorde na série histórica do BC, iniciada em julho de 1994.

Neste ano, a taxa do cheque especial já subiu 31,4 pontos percentuais em relação a dezembro de 2015, quando estava em 287% ao ano.

Outra taxa de juros alta é a do rotativo do cartão de crédito. Em julho, na comparação com o mês anterior, houve uma pequena redução na taxa de 0,2 ponto percentual. Mas a taxa de 470,7% ao ano é a mais alta entre as pesquisadas pelo BC. Neste ano, essa taxa já subiu 39,3 pontos percentuais. O rotativo é o crédito tomado pelo consumidor quando paga menos que o valor integral da fatura do cartão.

A taxa média das compras parceladas com juros, do parcelamento da fatura do cartão de crédito e dos saques parcelados subiu 2,3 pontos percentuais e ficou em 151,8% ao ano.

A taxa do crédito pessoal subiu 3,9 pontos percentuais para 132,2% ao ano. Já a taxa do crédito consignado (com desconto em folha de pagamento) caiu 0,2 ponto percentual para 29,2% ao ano.

A taxa média de juros cobrada das famílias subiu 0,5 ponto percentual, de junho para julho, quando ficou em 71,9% ao ano.

A inadimplência do crédito, considerados atrasos acima de 90 dias, para pessoas físicas ficou estável em 6,2%.

A taxa de inadimplência das empresas subiu 0,1 ponto percentual e ficou em 5,2%. A taxa média de juros cobrada das pessoas jurídicas ficou em 30,4% ao ano, alta de 0,1 ponto percentual em relação a junho.

Esses dados são do crédito livre em que os bancos têm autonomia para aplicar o dinheiro captado no mercado e definir as taxas de juros.

No caso do crédito direcionado (empréstimos com regras definidas pelo governo, destinados, basicamente, aos setores habitacional, rural e de infraestrutura) a taxa de juros para as pessoas físicas subiu 0,1 ponto percentual para 10,6% ao ano. A taxa cobrada das empresas subiu 1 ponto percentual para 12,7% ao ano. A inadimplência das famílias ficou em 1,8%, com alta de 0,1 ponto percentual em relação a junho. A taxa de inadimplência das empresas ficou estável em 1,1%.

O saldo de todas as operações de crédito concedido pelos bancos caiu 0,4%, em julho e 3,2%, no ano. No mês passado, o saldo ficou em R$ 3,115 trilhões. Esse valor correspondeu a 51,4% de tudo o que o país produz – Produto Interno Bruto (PIB), ante o percentual de 52,9% registrado em junho deste ano.

Agência Brasil

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