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Japonês da Federal é preso em Curitiba por facilitar contrabando

AGENTE DA POLÍCIA FEDERAL NEWTON HIDENORI ISHII (FOTO: GIULIANO GOMES/PR PRESS)

AGENTE DA POLÍCIA FEDERAL NEWTON HIDENORI ISHII (FOTO: GIULIANO GOMES/PR PRESS)

O policial federal Newton Ishii, chamado de Japonês da Federal e que ficou conhecido durante a Operação Lava Jato, foi preso na terça-feira (7), em Curitiba. Ele foi condenado pelo crime de facilitação do contrabando. O processo transitou em julgado, ou seja, não cabe recurso.

O mandado foi expedido pela Vara de Execução Penal da Justiça Federal, em Foz do Iguaçu, no oeste do Paraná. Ao saber da decisão, Ishii se apresentou espontaneamente na  Superintendência da Polícia Federal da capital paranaense, onde continuava detido nesta manhã de quarta-feira (8).

De acordo com o advogado do agente, Oswaldo de Mello Junior, Ishii foi condenado a quatro anos, dois meses e 21 dias em virtude da Operação Sucuri, que descobriu envolvimento de agentes na entrada de contrabando no país.

As investigações mostraram que os agentes facilitavam a entrada de contrabando no país, pela fronteira com o Paraguai, em Foz do Iguaçu.

“O Superior Tribunal de Justiça (STJ) denegou um recurso que nós tínhamos recorrido na semana passada sobre a condenação em Foz. Ao saber da expedição do mandado de prisão, meu cliente foi avisado e imediatamente se apresentou em Curitiba”, disse o advogado.

Oswaldo afirmou ainda que Newton já cumpriu quatro meses da pena e que isso será descontado da condenação total. “Como ele foi condenado a quatro anos e dois meses de prisão em regime semiaberto, teria o direito de progredir para o regime aberto depois de cumprir um sexto da pena, cerca de oito meses. E, como em 2003 ficou preso preventivamente por pouco mais de quatro meses, restariam ainda quatro meses e alguns dias em regime semiaberto para serem cumpridos”, detalhou o advogado.

Citado na Lava Jato
O nome de Newton Ishii foi citado em meio à Operação Lava Jato na gravação que levou à prisão o senador cassado Delcídio Amaral, em Brasília.

No áudio, o senador fazia tratativas com o chefe de gabinete dele, Diogo Ferreira, o advogado Edson Ribeiro e o filho do ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró, Bernardo, buscando um plano de fuga para Cerveró, que estava preso na carceragem da Polícia Federal em Curitiba.

O agente é citado durante a conversa quando o grupo discute quem estaria vazando informações para revistas. Delcídio se refere a um policial como “japonês bonzinho”, que seria o responsável pela carceragem.

A Polícia Federal disse, na ocasião, que iria apurar se o nome citado na conversa era o do agente.

Fama
Com a deflagração da Operação Lava Jato, o agente passou a ser conhecido em todo o Brasil. A cada fase da operação nestes mais de dois anos, Newton Ishii aparecia ao lado empreiteiros, operadores financeiros, políticos e funcionários públicos que eram presos.

G1 PR

Mercado reconhece importância de Henrique Eduardo Alves para reduzir Imposto de Renda

henrique mercado

Após aprovação da Comissão Mista da Medida Provisória 713/16, que reduz de 25% para 6% a alíquota que incide sobre pagamentos ao exterior de agências e operadoras de viagem, líderes do turismo agradeceram publicamente o trabalho do ministro do Turismo, Henrique Eduardo Alves. O texto segue agora para a aprovação da Câmara e do Sendo.

“Houve um empenho muito grande do ministro do Turismo, Henrique Alves, que conversou com o senador relator da MP e com outros parlamentares para garantirmos essa boa notícia”, disse um dos principais articuladores para a aprovação da MP Marco Ferraz, presidente da Clia Abremar, entidade que congrega as empresas que operam cruzeiros marítimos no Brasil.

Matéria jornalística de um dos principais veículos especializados em turismo do país também destacou a atuação do ministro do Turismo. “Rápida, a votação não teve pareceres contrários, mas exigiu muita articulação política, uma vez que três das emendas apresentadas ao texto foram excluídas do relatório, ainda na manhã de hoje”, afirmou a versão on-line do Panrotas.

De acordo com estudo realizado pelas entidades representativas das empresas do setor, caso a alíquota seja mantida em 25% como no início deste ano, o Brasil poderá perder 185 mil postos de trabalho com o fechamento ou encolhimento de agências e operadoras de viagem.

Jornalista potiguar lança livro “Dois no Mundo” amanhã em Natal

O LIVRO APRESENTA 55 RELATOS EM MAIS DE DUZENTAS PÁGINAS E DOIS CADERNOS DE FOTOS.

O LIVRO APRESENTA 55 RELATOS EM MAIS DE DUZENTAS PÁGINAS E DOIS CADERNOS DE FOTOS.

A jornalista Karla Larissa lança, nesta quarta-feira, dia 8 de junho, no restaurante Flor de Sálvia, em Natal, o seu primeiro livro. Dois no Mundo – Histórias de um casal que viajou por cinco continentes traz relatos das viagens de volta ao mundo (2013) e pelo continente americano (2015) que a autora fez ao lado do marido, o analista de sistemas Fred Santos.

 O LIVRO

Dois no Mundo é o oitavo título lançado pela Fortunella Casa Editrice. O livro apresenta 55 relatos em mais de duzentas páginas e dois cadernos de fotos.

 “E se a gente largasse tudo para viajar pelo mundo?”. Ela fez a pergunta sem esperar que fosse receber, imediatamente, um “sim”. Seis meses depois, em abril de 2013, o casal Karla Larissa e Fred Santos se desfez do que tinham e saiu para uma viagem de volta ao mundo. Foram sete meses e vinte países, em cinco continentes.

Com a experiência, eles descobriram outro modo de viver. Tornaram-se nômades digitais e, em 2015, completaram o ano sabático, viajando por mais cinco meses e onze países, desta vez, no continente americano.

Em Dois no Mundo, Karla Larissa reúne as histórias das duas viagens, os momentos mais tocantes e engraçados, suas reflexões, os aprendizados com os amigos que fizeram e os estranhos ímpares que cruzaram o seu caminho.

O relato da jornalista mostra, a cada capítulo, como as duas viagens mudaram o seu jeito de ver e viver a vida.

A AUTORA

Karla Larissa é de Natal (RN), jornalista, formada pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) e especialista em Estratégias de Comunicação em Mídias Sociais pela Estácio/Fatern. Já atuou como repórter, produtora e editora em veículos impressos, online e em TV no RN. Desde 2012 escreve suas experiências em seu blog Compartilhe Viagens (www.compartilheviagens.com.br). Também é coautora do blog Eu e Todo Mundo, ideias para um mundo melhor.

 SERVIÇO

Lançamento do livro Dois no Mundo, de Karla Larissa
Quarta-feira, 8 de junho, a partir das 19h
No restaurante Flor de Sálvia (Av. Afonso Pena, 507 – Petrópolis)
Preço do livro: R$ 49,90
O livro também pode ser adquirido pela loja da editora no endereço www.editorafortunella.com
Parte da venda do livro e dos pedidos feitos no restaurante durante o lançamento será revertida para a Hatmo-RN (associação sem fins lucrativos que apoia pacientes encaminhados para transplante de medula óssea).

Adolescente é apreendido com arma de fabricação artesanal em Nova Cruz

(DIVULGAÇÃO/SESED)

(DIVULGAÇÃO/SESED)

Policiais do 8º Batalhão de Polícia Militar (8BPM) apreenderam na manhã desta quarta-feira (8) um adolescente, de 15 anos, portando uma arma de fogo de fabricação artesanal, na cidade de Nova Cruz.

Foi durante patrulhamento de rotina, na via costeira da cidade, que os militares se depararam com o adolescente trafegando em uma bicicleta, em atitude suspeita. Ao ser abordado, foi encontrada em sua cintura a arma de fogo. Diante do flagrante, ele foi conduzido à Polícia Civil onde ficou à disposição da Justiça.

Inflação volta a subir e taxa acumulada em 12 meses é de 9,32%

CÁLCULO AINDA ESTÁ DISTANTE D META DE 4,5%. (FOTO:PILAR OLIVARES/REUTERS)

ESTA É A TAXA MAIS ELEVADA PARA OS MESES DE MAIO DESDE 2008, QUANDO ATINGIU 0,79%.(FOTO:PILAR OLIVARES/REUTERS)

A inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – IPCA voltou a subir, fechando o mês de maio em 0,78%, resultado 0,17 ponto percentual superior ao de abril, que foi de 0,61%. Esta é a taxa mais elevada para os meses de maio desde 2008, quando atingiu 0,79%.

Os dados relativos ao Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a inflação oficial do país, foram divulgados hoje (8), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Com a alta de maio, o IPCA passa a acumular variação de 4,05% nos primeiros cinco meses do ano, resultado, no entanto, inferior em 1,29 ponto percentual aos 5,34% de igual período em 2015.

O IPCA acumulado dos últimos doze meses (a taxa anualizada) ficou em 9,32%, ligeiramente acima dos 9,28% relativos aos doze meses imediatamente anteriores. Em maio de 2015, o IPCA fechou em 0,74%.

A principal contribuição para a alta de maio veio do grupo habitação, que subiu 1,79%, e colaborou com 0,27 ponto percentual para o IPCA do mês, tendo como principal contribuição para a aceleração do grupo a taxa de água e esgoto, com alta de 10,37%. Foi o item de maior contribuição individual no mês, com 0,15 ponto percentual.

Ainda no grupo habitação, outros itens importantes exerceram pressão no IPCA do mês: energia elétrica (2,28%), mão de obra para pequenos reparos (0,87%), artigos de limpeza (0,85%) e condomínio (0,79%). Energia elétrica, com alta de 2,28%, também exerceu pressão sobre o grupo habitação.

Outras contribuições

Além do grupo habitação, também contribuíram para a alta do IPCA de maio os grupos saúde e cuidados pessoais (1,62%); e alimentação e bebidas, com alta de 0,78%. No primeiro caso, a contribuição para a alta de 0,78% do IPCA foi de 0,18 ponto percentual e no segundo 0,2 ponto.

No caso do grupo saúde e cuidados pessoais, destaca-se o impacto de 3,1% do aumento nos preços dos remédios, que, em abril, também já haviam subido 6,26%. Com isto, nestes dois meses, os remédios acumularam alta de 9,55%, como reflexo do reajuste de 12,5% em vigor desde o dia 1o de abril.

No grupo da saúde (1,62%), também sobressaem, por aumentos significativos nos preços, os itens artigos de higiene pessoal (1,17%), plano de saúde (1,06%) e serviços médicos e dentários (0,91%).

Já nas despesas pessoais (1,35%), o destaque ficou com o cigarro, cuja alta foi a 9,33%, refletindo reajustes entre 3% e 14%, conforme a marca, em vigor a partir de 1o de maio. Destacaram-se, ainda, os itens empregado doméstico (0,87%) e manicure (0,64%).

Alimentação e bebidas

Embora tenham subido menos que o 1,09% de abril, os preços do grupo alimentação e bebidas fecharam maio com variação de 0,78% (o mesmo do IPCA do mês). Vários produtos tiveram aumentos significativos, a exemplo da batata-inglesa, que ficou 19,12% mais cara de abril para maio e já acumula alta de 50,91% neste ano. A cebola subiu 10,09% em maio, depois de ter fechado com deflação (inflação negativa) em abril: -2,36%.

Em contraposição, alimentos importantes na despesa das famílias se apresentaram em queda de um mês para o outro, principalmente a cenoura, que chegou a fechar maio com deflação de 23,08% e já acumula nos primeiros cinco meses do ano variação de 43,15%. Produtos importantes para o consumo das famílias também fecharam com deflação como o óleo de soja (-42%); carnes (-0,53%) e o feijão-fradinho (-0,91%).

Por região

Entre as regiões do país envolvidas na pesquisa relativa ao IPCA cinco fecharam maio com resultado superior à variação média de 0,78%, com destaque para Fortaleza, com alta de 0,99%.

Em São Paulo, a de maior peso na composição do IPCA (30,67%), a alta foi de 0,93%; em Porto Alegre, 0,92%; Recife (0,9%); e Salvador (0,83%). A região metropolitana de Belo Horizonte fechou com a mesma variação da média nacional: 0,78%.

Na outra ponta, entre as sete regiões que fecharam com alta abaixo do IPCA do mês, a menor taxa foi a de Goiânia, onde o IPCA teve variação de 0,28%. No Rio de Janeiro, a alta foi de 0,60% e em Brasília, de 0,45%.

Metodologia

Indicador utilizado pelo governo federal para balizar o plano de metas fixado pelo Banco Central, o IPCA deste mês envolve os preços coletados entre os dias 29 de abril a 30 de maio, comparados aos preços vigentes no período de 31 de março a 28 de abril.

É calculado pelo IBGE desde 1980, se refere às famílias com rendimento de 1 a 40 salários mínimos, qualquer que seja a fonte, e abrange dez regiões metropolitanas do país, além de Goiânia, Campo Grande e de Brasília.

Agência Brasil

TJ anuncia R$110 milhões para construir nova sede e fóruns

O ANÚNCIO DOS INVESTIMENTOS FOI FEITO DURANTE A SESSÃO ADMINISTRATIVA DO PLENO DO TJRN

O ANÚNCIO DOS INVESTIMENTOS FOI FEITO DURANTE A SESSÃO ADMINISTRATIVA DO PLENO DO TJRN

O presidente do TJRN acaba de anunciar durante sessão do Pleno um investimento de 110 milhões de reais para a construção da nova sede administrativa e outros dez fóruns pelo interior do estado.

Próximo mês será feito a licitação da obra da nova sede. O TJRN é o único do Brasil que não possui sede própria.

Segundo dados do departamento de engenharia e arquitetura do órgão, as obras devem gerar 700 empregos diretos, 300 para Natal e 400 para o interior.

Juízes do PR processam jornalistas que revelaram seus supersalários

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO PARANÁ. FOTO: DIVULGAÇÃO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO PARANÁ. FOTO: DIVULGAÇÃO

Jornalistas do maior e mais antigo jornal do Paraná, a Gazeta do Povo, são alvos de ao menos 37 processos judiciais movidos de abril até agora por magistrados e dois promotores do Ministério Público do Estado após terem publicado um especial sobre os salários que juízes e promotores locais receberam neste ano e que, na prática, superavam o teto constitucional do funcionalismo público, atualmente de R$ 39 mil.

Ao todo, as ações somadas pedem indenização de cerca de R$ 1,3 milhão do jornal, dos três repórteres, um analista de sistemas e um infografista que realizaram o especial de reportagens publicado em três dias seguidos no mês de fevereiro. Na prática, mais do que pedir uma retratação na Justiça, os magistrados do Estado estão impossibilitando o trabalho dos jornalistas e prejudicando o próprio veículo, pois as ações foram movidas em Juizados Especiais, cujo valor máximo das ações é de 40 salários mínimos, em várias cidades do Estado, o que obriga todos os cinco a comparecem às audiências.

Até agora o grupo já percorreu 6,3 mil quilômetros para comparecer a 19 audiências em 15 municípios do Estado e, caso não surja nenhuma ação ou audiência nova, eles ainda tem que comparecer a mais 15 compromissos com a Justiça do Estado. ” Estou fazendo só pauta do dia, não tenho mais cinco dias para trabalhar”, lamenta o repórter Francisco Botelho Marés de Souza, um dos alvos das ações judiciais.

Nas matérias, eles apontaram, dentre outros fatos, que os supersalários do TJPR e do MPPR superaram o teto constitucional em 20% em 2015 e que, naquele ano, o gasto médio por juiz foi de R$ 527 mil/ano e por promotor do MP Estadual R$ 507 mil/ano.

Além disso, um áudio vazado na internet do presidente da Associação dos Magistrados do Paraná (Amapar) Francisco Mendes Júnior reforça a suspeita de uma ação coordenada dos magistrados paranaenses. “Já estamos providenciando um modelo de ação individual feito a muitas mãos por vários colegas e com viabilidade de êxito para que cada na medida do possível, possa ingressar com essa ação individual caso considere conveniente”, diz o magistrado em mensagem gravada no aplicativo Whatsapp e tornada pública por um repórter local.

Para o diretor de redação do jornal, Leonardo Mendes Junior, a iniciativa dos magistrados do Estado é um atentado à liberdade de imprensa. “Infelizmente um grupo de magistrados não teve a sensibilidade de perceber a relevância do tema (salários do Judiciário) e também não estão tendo a sensibilidade de perceber que o que eles estão fazendo de maneira claramente orquestrada é um atentado gravíssimo à liberdade de expressão, à liberdade de imprensa”, disse.

Diante disso, a Gazeta do Povo acionou o Supremo Tribunal Federal afirmando que os magistrados do Estado, todos citados na reportagem da Gazeta, deveriam ser impedidos de julgar as ações por, supostamente, não terem imparcialidade. A liminar foi rejeitada pela ministra Rosa Weber, que ainda não analisou o mérito da questão. Após a decisão do Supremo,em uma audiência no dia 25 de maio em Curitiba, o juiz Walter Ligeiri Júnior afirmou à equipe da Gazeta do Povo que responde às ações que “depois dessa decisão do Supremo vocês vão viajar muito o Paraná” e insinuou que haveriam cerca de mais 200 ações. A afirmação foi gravada pelos próprios repórteres do veículo. Ao todo, o TJPR conta com mais de 800 magistrados.

Em nota à imprensa, a Associação dos Magistrados do Paraná afirma que a matéria da Gazeta possui “conteúdo ofensivo” aos juízes por, supostamente, induzir os leitores a pensar que eles estariam cometendo alguma irregularidade ao receber os vencimentos que, permitidos pela lei, na prática estouram o valor de R$ 39 mil estabelecido como teto constitucional devido a benefícios, vantagens e outras verbas compensatórias incluidas nos holerites dos juízes.

“Percebeu-se que, em razão da replicação das reportagens, magistrados de todo Estado passaram a experimentar algum tipo de dissabor ou constrangimento, a exemplo da indagação de populares sobre os supersalários”, diz o texto da entidade.A Amapar ainda nega que os juízes estejam atuando de maneira coordenada e aponta que as ações são um direito constitucional dos citados na reportagem. “Tanto não há ação coordenada pela Amapar que se tem notícia de várias ações ajuizadas por magistrados não associados”, segue o texto.

A Associação Paranaense do Ministério Público também afirma que os promotores tem o direito de entrar com ações por danos morais e que elas “não representam, em hipótese alguma, tentativa de ferir o direito de informação, nem buscam atacar a liberdade de imprensa, reconhecida como um dos pilares do Estado de direito democrático”, diz a entidade em nota.

Além disso, no dia 31 de maio a juíza Suzie Caproni Ferreira Fortes, de Maringá, onde o jornal e a equipe também foram processados, apontou que a questão envolve vários de seus colegas magistrados e se declarou impedida de julgar o caso. “Fato é que todas as reportagens mencionadas na inicial foram objeto de diversos comentários e debates entre juízes deste Estado, de modo que tomou conhecimento do interesse de diversos colegas quanto ao ajuizamento de demandas judiciais visando à reparação de danos, tendo acesso a subsídios e orientações para tanto”, apontou a magistrada na decisão.

As ações movidas pelas magistrados paranaenses geraram ainda notas de repúdio da Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) e da Associação Nacional de Jornais (ANJ) condenando a intimidação dos juízes contra os jornalistas.

Estadão

Conselho de Ética do Senado arquiva pedido de cassação de Romero Jucá

 O MINISTRO DO PLANEJAMENTO DISSE QUE ANTES DE DEBATER A CRIAÇÃO DE IMPOSTOS, O GOVERNO PRECISA  ANIMAR A ECONOMIA (JOSÉ CRUZ/AGÊNCIA BRASIL)

ÁUDIOS DIVULGADOS PELA IMPRENSA REVELAM QUE JUCÁ NEGOCIAVA UM “PACTO NACIONAL” PARA ESTANCAR A “SANGRIA” PROVOCADA PELA OPERAÇÃO LAVA JATO.(JOSÉ CRUZ/AGÊNCIA BRASIL)

O presidente do Conselho de Ética do Senado, João Alberto Souza (PMDB-MA), arquivou nesta terça-feira (7) a representação contra o senador Romero Jucá (PMDB-RR) apresentada pelo PDT na semana passada.

João Alberto se baseou em parecer apresentado pela advocacia do Senado recomendando o arquivamento da representação por erros formais, com base no Código de Processo Penal e em resolução do próprio Conselho.

Segundo a decisão, não foram apresentados os documentos que deveriam instruir o processo disciplinar nem o rol de testemunhas a serem ouvidas e ainda as provas que se pretenderia produzir na investigação do conselho.

Na última semana, o senador Telmário Mota (PDT-RR) apresentou inicialmente uma denúncia contra Jucá por causa dos áudios divulgados pela imprensa nos quais Jucá negociava um “pacto nacional” para estancar a “sangria” provocada pela Operação Lava Jato. O caso levou à saída de Jucá do Ministério do Planejamento e sua volta ao Senado.

Em seguida, ao tomar conhecimento de que a denúncia não poderia resultar em cassação do mandato, Mota reapresentou o pedido na forma de representação do PDT, assinada também pelo presidente do partido, Carlos Lupi. No entanto, segundo a decisão de João Alberto hoje, os demais documentos necessários para a instrução do processo não foram apresentados.

Nova denúncia

Hoje de manhã, Mota voltou a apresentar uma denúncia contra Romero Jucá no Conselho de Ética. O pedetista se queixa da postura indecorosa do colega que, em declarações à imprensa nos últimos dias, teria ofendido sua honra e a de sua esposa e o chamado de bandido.

A nova denúncia de Telmário Mota, que pede a abertura de um “processo disciplinar”, ainda não foi avaliada pelo presidente do Conselho de Ética.

Agência Brasil

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