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Para ministro da Educação, problema não está na “falta de dinheiro”

 O MINISTRO AFIRMOU QUE O GOVERNO PROJETA PARA 2017 UM ORÇAMENTO DE R$ 140 BILHÕES. "SERÁ O MAIOR DA HISTÓRIA", DISSE.


O MINISTRO AFIRMOU QUE O GOVERNO PROJETA PARA 2017 UM ORÇAMENTO DE R$ 140 BILHÕES. “SERÁ O MAIOR DA HISTÓRIA”, DISSE.

O ministro da Educação, Mendonça Filho, afirmou na noite desta segunda-feira (10) durante entrevista ao programa Roda Viva, na TV Cultura, que “não é a falta de dinheiro”, mas de “engajamento da sociedade” a razão da desigualdade no sistema educacional brasileiro. “Os recursos hoje existentes podem ser melhor utilizados”, disse.

A afirmação foi feita no dia em que a PEC 241, que coloca um teto para os gastos do governo, foi aprovada em primeiro turno pela Câmara dos Deputados. A proposta de emenda constitucional tem sido criticada por especialistas que acreditam que ela irá diminuir os recursos destinados à área, prejudicando a qualidade e o alcance do sistema educacional do país.

Segundo o ministro, colocar um teto para os gastos do governo pode fazer com que os investimentos em educação cresçam. Ele reforçou o discurso do governo Temer de que a proposta não vai afetar os investimentos na área.

“A tese de estabelecer um limite geral de gastos para o setor público não surgiu agora, foi defendida inclusive pelo PT, quando Antonio Palocci era ministro [da Fazenda]. O teto estabelece um limite de gastos para o setor público em geral, ou seja, nenhuma área será afetada diretamente. Então pode ser que os recursos destinados à educação cresçam”, disse.

Ao defender a PEC, Mendonça afirmou que o Brasil é, entre os membros da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico), o país que mais investe proporcionalmente em educação. “Mas há uma distorção: temos investimento proporcionalmente mais elevado em educação de nível superior do que em educação básica. Há sempre uma inversão de prioridades e, para mim, o foco da educação básica, sem nenhum demérito para a educação superior, tem que ser valorizado.”

O ministro afirmou que o governo projeta para 2017 um orçamento de R$ 140 bilhões. “Será o maior da história”, disse.

Questionado se, com a PEC 241, o governo conseguirá investir, em 10 anos, 10% do PIB no setor, uma das 20 metas do PNE (Plano Nacional de Educação), Mendonça culpou a gestão anterior pela falta de avanços. “Todas as metas, com exceção a que diz respeito à questão sindical, foram descumpridas até o momento em que assumimos o cargo”, disse.

Sobre o atraso na implantação do CAQi (Custo Aluno-Qualidade Inicial) –que traduz em valores quanto o Brasil precisa investir por aluno ao ano –, o ministro disse que a renovação do Fundeb (Fundo Nacional de Educação), cuja vigência vai até 2020, deve estar sintonizada com essa questão. “Temos que iniciar um processo de discussão para que a gente tenha o financiamento via Fundeb, que é essencial para os Estados e municípios, levando em consideração a questão custo-aluno-qualidade.”

UOL

Petrobras volta a ser segunda maior empresa de capital aberto do Brasil

A PETROBRAS INFORMOU QUE NÃO IRIA COMENTAR O ASSUNTO. (FOTO: PEDRO LOBO)

A PETROBRAS INFORMOU QUE NÃO IRIA COMENTAR O ASSUNTO. (FOTO: PEDRO LOBO)

O valor de mercado da Petrobras atingiu R$ 211,64 bilhões, na sexta-feira (7) e, com isso, voltou a ser a segunda maior empresa de capital aberto por valor de mercado no Brasil. A primeira foi a Ambev, que, no mesmo dia, alcançou R$ 307,53 bilhões e se tornou ainda a maior empresa por valor de mercado da América Latina. A última vez que a companhia foi a segunda maior empresa do mercado brasileiro foi em 18 de junho de 2015. Na época, o valor de mercado da empresa ficou em R$ 185,44 bilhões, enquanto o do ItauUnibanco chegou a R$ 183,90 bilhões.

Ainda na sexta-feira, o valor de mercado do ItauUnibanco ficou em R$ 211,61 bilhões. A avaliação foi apontada em uma pesquisa da Economatica, sistema usado por analistas que acompanham o mercado de ações, títulos públicos, a indústria de fundos e diversos indicadores, nos Estados Unidos, Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, México e Peru.

De acordo com a Economatica, de janeiro até o dia 7 de outubro, o valor de mercado da Petrobras teve valorização de R$ 110,3 bilhões, que é a terceira maior valorização nominal da empresa. A maior tinha ocorrido em 2007, quando a companhia aumentou seu valor de mercado em R$ 201,5 bilhões. A segunda maior valorização tinha sido em 2009. A Economatica informou que, percentualmente, no período deste ano até o dia 7 de outubro houve o maior crescimento registrado desde 2000.

Segundo a Economatica, em fevereiro de 2016, a Petrobras chegou a ser a quarta maior empresa de valor de mercado na sequência da Ambev, do ItauUnibanco e do Bradesco. A última vez que ficou em primeiro lugar entre as maiores empresas de capital aberto por valor de mercado foi em 15 de outubro de 2014. Nesse dia, registrou R$ 254,44 bilhões. A Ambev alcançou R$ 247,71 bilhões.

Entre os clientes do Sistema Economatica estão, entre outros, gestoras de fundos, corretoras de valores, bancos de investimento, fundações de previdência privada e regimes próprios de previdência social.

A Petrobras informou que não iria comentar o assunto.

Planalto vai processar site de relacionamentos que cita Marcela Temer como (mau) exemplo

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O Palácio do Planalto vai acionar judicialmente o site de relacionamentos Meu Patrocínio, que usa a primeira-dama Marcela Temer como exemplo de mulher jovem que casou com homens mais velhos e ricos — um sugar daddy na gíria em inglês.

O site é especializado em unir as duas pontas: homens ricos e mais velhos (sugar daddies) e mulheres jovens e bonitas (sugar babies).

Conta de luz pode ficar até 5% mais cara em 2017

 CONTA DE LUZ: TESOURO NACIONAL NÃO QUIS ASSUMIR O ROMBO COM O PAGAMENTO DE INDENIZAÇÕES, E ELE SERÁ REPASSADO AO CONSUMIDOR

CONTA DE LUZ: TESOURO NACIONAL NÃO QUIS ASSUMIR O ROMBO COM O PAGAMENTO DE INDENIZAÇÕES, E ELE SERÁ REPASSADO AO CONSUMIDOR

O atraso no pagamento de indenizações bilionárias devidas às transmissoras de energia elétrica poderá ter um impacto de até 5% na conta de luz do consumidor no ano que vem, pressionando ainda mais a inflação. A estimativa é do ex-diretor da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Julião Coelho, que também é consultor jurídico de diversas associações do setor.

A partir de 2017, segundo o especialista, o governo deve começar a quitar dívidas com as transmissoras que, a rigor, tinha de ter começado a pagar em 2013. Naquele ano, o governo decidiu cortar cerca de R$ 4,4 bilhões em receitas das transmissoras. A medida fazia parte das ações para anunciar a prometida redução de 20% na conta de luz, o que de fato ocorreu.

No meio desse processo, o governo acabou usando o dinheiro dos fundos setoriais – que pagariam esse valor – para outros fins. Como esse rombo não sumiu, agora ele voltará para a conta de luz carregado de juros. Hoje, seu valor é estimado entre R$ 9 bilhões e R$ 10 bilhões, por causa dos reajustes acumulados nos últimos três anos.

“O que aconteceu é que, na verdade, retiraram essa receita devida às transmissoras, para reduzir a tarifa de forma artificial”, disse Julião. “Essa é a arte da pedalada na conta de luz. Ouvimos que tinham baixado a tarifa, quando na verdade só estavam fazendo um deslocamento temporal do custo.”

A decisão de fazer o repasse bilionário devido às transmissoras de energia para a conta de luz do consumidor foi tomada no início deste ano, depois que o Tesouro Nacional se recusou a pagar a conta, tendo em vista o déficit acumulado nos últimos anos.

A previsão é de que os juros da dívida com as transmissoras sejam pagos em até oito anos. Já o valor original da indenização pode ser pago até o fim da vida útil dos equipamentos.

Apesar de o setor elétrico ter retomado seu equilíbrio estrutural de oferta de energia (reflexo da demanda menor, por causa da crise econômica e da melhora nos níveis dos reservatórios das usinas hidrelétricas), financeiramente o setor ainda está longe de retomar sua normalidade. “A judicialização do setor é resultado desse cenário conturbado e desequilibrado, e não a causa dele”, comenta o especialista.

Indenização

Os valores a que as transmissoras têm direito estão relacionados a investimentos em melhoria e expansão de linhas e subestações anteriores ao ano 2000 e que ainda não foram amortizados. Pela proposta original, o governo não pretendia pagar indenização por essas obras e equipamentos, mas mudou de ideia após uma forte pressão das transmissoras, que sinalizaram que não iriam aderir à proposta de renovação dos contratos.

Quando concordou em pagar a conta às transmissoras, a União garantiu a adesão dessas empresas ao pacote de renovação antecipada das concessões e, a partir disso, anunciou a redução da conta de luz em 20%, ainda em 2013. Essa situação foi sustentada até o fim do período eleitoral, em 2014.

Após as eleições, o governo admitiu que não tinha mais como bancar as medidas com base em aportes do Tesouro Nacional. Hoje, as estimativas indicam que ainda faltam cerca de R$ 24 bilhões para encerrar a encrenca financeira das indenizações de transmissão.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Prefeito usa rede social para anunciar licitação do transporte

 "NATAL PRECISA", ESCREVEU O PREFEITO EM SUA CONTA NO TWITTER.


“NATAL PRECISA”, ESCREVEU O PREFEITO EM SUA CONTA NO TWITTER.

O prefeito Carlos Eduardo usou uma rede social para anunciar que a licitação do transporte público ocorrerá até a segunda quinze de novembro. “Natal precisa”, escreveu o prefeito em sua conta no Twitter.

O comentário do prefeito se deu logo depois de ele comentar as mudanças no tráfego feitas nesta semana pelo município, instalando o binário das avenidas Nascimento de Castro e Antonio Basílio. Segundo Carlos Eduardo, as interferências vão dar mais “mobilidade” a Natal: “Prefeitura implantou binários em avenidas Mor Gouvea, Jerônimo Câmara e Miguel Castro com aprovação dos natalenses”, registrou o gestou em sua rede social.

A Prefeitura deve anunciar numa entrevista coletiva nesta semana como se dará o processo de licitação do transporte público em Natal, medida que aguarda definição há várias gestões.

De acordo com o que os auxiliares do prefeito têm dito à imprensa, após a publicação dos editais as empresas interessadas terão 45 dias para apresentar as propostas. Depois disso, a comissão de licitação da prefeitura fará análise das propostas. A partir da definição dos vencedores, obedecidos os prazos para recursos, o período para início dos serviços será de 180 dias.

Para atende as emendas feitas pelos vereadores, de acordo com o que os secretários da área disseram à imprensa, e as exigências do edital, não está descartado um aumento da tarifa.

Novo Jornal

 

ONU pede US$ 120 milhões em ajuda internacional para o Haiti

 ÁREA DEVASTADA NO HAITI, APÓS A PASSAGEM DO FURACÃO MATTHEW. (FOTO:LOGAN ABASSI/MINUSTAHFOTO)

ÁREA DEVASTADA NO HAITI, APÓS A PASSAGEM DO FURACÃO MATTHEW. (FOTO:LOGAN ABASSI/MINUSTAHFOTO)

A Organização das Nações Unidas (ONU) pediu que a comunidade internacional de doadores reúna cerca de US$ 120 milhões para que se dê uma resposta humanitária a 1,4 milhão de pessoas afetadas pelo furacão Matthew no Haiti. Os recursos serão destinados a atender às necessidades dos atingidos, nos próximos três meses.

A ONU disponibilizou na semana passada, por meio do Fundo Central de Resposta de Emergência (Cerf, a sigla em inglês), US$ 5 milhões para dar início à assistência aos afetados pelo furacão. Os recursos chegam logo após um aporte de US$ 8 milhões recebidos pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) para melhorar a resposta ao agravamento da epidemia de cólera no Haiti.

Desde o início do ano, foram registrados cerca de 28 mil casos de cólera no país, e mais de 240 pessoas morreram devido à doença. A Organização Mundial da Saúde (OMS) informou que um possível surto de cólera pode ocorrer na região em decorrência das inundações provocadas pela passagem do furacão.

O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, também alertou a imprensa, em declarações feitas ontem (10) em Nova York, sobre os riscos de propagação de doenças transmitidas pela água, inclusive a cólera. Ele afirmou que equipes da ONU estão avaliando as necessidades urgentes com as autoridades locais.

“Centenas de pessoas morreram. Pelo menos 1,4 milhão de pessoas precisam de assistência no momento. Algumas cidades e aldeias foram praticamente varridas do mapa. Colheitas e reservas de alimentos foram destruídos. Pelo menos 300 escolas foram danificadas”, disse Ban Ki-moon aos repórteres na sede da ONU.

“Apelo à comunidade internacional para demonstrar solidariedade e generosidade e para trabalhar em conjunto, de forma eficaz, na resposta a essa emergência”, afirmou o secretário.

Segundo o Unicef, os principais componentes de uma resposta imediata incluem a aquisição de comprimidos de purificação de água, tratamento de fontes de água coletivas e a criação de latrinas em abrigos temporários e assentamentos informais.

“Estou desenvolvendo um novo enfoque para esse desafio, que inclui o apoio às vítimas do cólera e os esforços para construir sistemas de água, saneamento e saúde no Haiti. Esse último desastre torna vital a necessidade do aumento do apoio, de forma significativa e imediata”, afirmou Ban Ki-moon.

O furacão Matthew, de categoria 4, assolou o país caribenho terça-feira passada (4), com ventos de 235 quilômetros por hora, deixando rastros de destruição em todo o Caribe e no Sudeste dos Estados Unidos.

 

Temer agradece deputados pela aprovação da PEC dos Gastos Públicos

O presidente da República, Michel Temer, agradeceu na noite de hoje (10) aos parlamentares que votaram pela aprovação

O PRESIDENTE MICHEL TEMER (PMDB)

O PRESIDENTE MICHEL TEMER (PMDB)

do texto-base da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 241 de 2016, que prevê um teto para os gastos públicos. O porta-voz do governo, Alexandre Parola, divulgou uma nota na qual Temer transmite seu agradecimento aos deputados e enfatiza que a PEC, quando entrar em vigor, permitirá a retomada do crescimento do país e geração de empregos.

“O reequilíbrio das contas não é um fim em si mesmo, mas um meio para retomada do crescimento, redução das taxas de juros e aumento do emprego. Orçamento equilibrado representa a garantia que haverá no futuro os recursos necessários para as políticas sociais de combate à pobreza, saúde e educação”, disse o porta-voz, na noite de hoje, no Palácio do Planalto.

A geração de empregos foi um dos assuntos repitidos por várias vezes na nota oficial lida por Parola. “Criar empregos é a prioridade central do governo do presidente Michel Temer. A emenda hoje aprovada permitirá, uma vez em vigor, proteger a economia brasileira da irresponsabilidade fiscal e colocar o Brasil nos trilhos do desenvolvimento com equilíbrio, com base no princípio que todos entendem, que cada família segue em sua própria casa: que só se pode gastar o que se arrecada”, disse.

Um argumento bastante utilizado pela oposição para tentar frear a aprovação da PEC na Câmara foi a falta de recursos para a saúde e educação que a emenda traria. Essa questão também foi abordada mais de uma vez por Parola. A tentativa é desfazer o discurso de deputados oposicionistas e de uma parcela da sociedade avessa à proposta. “A emenda não retira nenhum dos direitos previstos na Constituição e preserva os gastos justamente nas áreas de saúde e educação”.

Parola falou poucos minutos após a votação do texto principal da PEC, aprovado por 366 deputados e que recebeu 111 votos contrários e duas abstenções. O porta-voz se referiu ao placar como “aprovação por maioria expressiva” em uma antevéspera de feriado, quando se verificou “uma frequência extraordinária”.

A PEC

Para ser aprovada, a PEC precisava de, no mínimo, 308 votos. O governo havia anunciado que tinha cerca de 350 votos para aprovar a proposta, considerada pelo Executivo como essencial para promover o controle dos gastos públicos e reequilibrar as contas.

A PEC cria um teto de despesas primárias federais que será reajustado pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), impondo limites individualizados para os poderes Executivo, Judiciário e Legislativo.

Em termos práticos, a proposta de Novo Regime Fiscal se propõe a limitar, durante 20 anos, o ritmo de crescimento dos gastos da União à taxa de inflação. Quem descumprir o limite será penalizado e ficará impedido de contratar pessoal, fazer concurso público, conceder reajuste aos servidores, criar cargos ou função que implique em aumento de despesa e alterar a estrutura de carreira que implique aumento de despesa.

Agência Brasil

Uber começa a aceitar pagamento em dinheiro em Natal

 UBER COMEÇA A ACEITAR PAGAMENTO EM DINHEIRO NESTA QUINTA-FEIRA (13) (FOTO: REPRODUÇÃO/ UBER)

UBER COMEÇA A ACEITAR PAGAMENTO EM DINHEIRO NESTA QUINTA-FEIRA (13) (FOTO: REPRODUÇÃO/ UBER)

Os usuários de Natal da Uber, aplicativo de transporte individual, poderão pagar as corridas com dinheiro a partir de quinta-feira (13). Atualmente, o pagamento ocorre via cartão de crédito ou por um sistema online, sem fornecimento de dados bancários.

De acordo com Leticia Mazon, Gerente de Comunicação da Uber, um levantamento realizado em julho deste ano mostrou que crescimento no número de usuários da plataforma estavam sendo afetados pela forma de pagamento.

“Percebemos que na região Nordeste, 60% das pessoas que baixavam o aplicativo não conseguiam finalizar o cadastro porque não tinham cartão de crédito ou por não possuir limite financeiro, sendo recusado pelo banco”, detalha Mazon.

Ainda de acordo com a representante da empresa, em um mês o número de pessoas cadastradas a Uber aumentou 90% nas cidades de Fortaleza, Recife e Salvador, únicas cidades do nordeste com acesso ao serviço até então.

“Nós fomos buscar o que queriam nossos parceiros. E como percebemos que boa parte tem como objetivo a opção de renda imediata, a medida é uma forma de aumentar o número de potenciais usuários”, explica.

O pagamento em dinheiro já é possível em Fortaleza, Recife, Salvador, Belo Horizonte, São Paulo, Campinas e Rio de Janeiro.

Operacionalização
O pagamento em dinheiro não representa nenhum serviço novo para o usuário do Uber. Segundo Mazon, a opção de pagamento será associada ao mesmo serviço oferecido na capital potiguar até o momento, o UberX, mais barata e simples categoria do serviço.

“O usuário vai pedir o seu UberX de sempre, mas antes de chamar o carro, opta por escolher se vai fazer o pagamento em dinheiro ou em cartão”, diz Mazon. Ao fim da viagem, caso o usuário escolha a opção de pagamento em dinheiro, o pagamento é feito diretamento ao motorista. No entanto, o valor pago é descontado do pagamento semanal do motorista.

Valor da corrida
Em Natal existe apenas a categoria X, que é a mais simples.

O valor da corrida é calculado considerando o preço base R$ 2,50, mais R$ 0,17 por minuto e mais R$ 1,20 por quilômetro rodado. O preço mínimo é R$ 6,00, e a taxa de cancelamento também é de R$ 6,00.

Existe ainda o preço dinâmico que faz com que a tarifa flutue durante momentos de alta demanda.

G1 RN

Após quase 12 horas, Câmara conclui 1º turno da PEC do teto de gastos

 DEPUTADOS GOVERNISTAS ESTENDERAM UMA FAIXA E ERGUERAM CARTAZES NO PLENÁRIO EM APOIO À PEC DO TETO DE GASTOS (FOTO: GUSTAVO GARCIA / G1)


DEPUTADOS GOVERNISTAS ESTENDERAM UMA FAIXA E ERGUERAM CARTAZES NO PLENÁRIO EM APOIO À PEC DO TETO DE GASTOS (FOTO: GUSTAVO GARCIA / G1)

A Câmara dos Deputados concluiu na madrugada desta terça-feira (11) a votação, em primeiro turno, da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que estabelece um teto para o aumento dos gastos públicos pelas próximas duas décadas.

O texto-base da PEC havia sido aprovado pela Câmara às 21h35 desta segunda por 366 votos favoráveis e 111 contrários, mas, na sequência, os deputados tiveram de analisar oito destaques (sugestões de alteração no texto) para concluir o primeiro turno de apreciação da proposta.

Todos os destaques apresentados foram rejeitados pela maioria dos deputados. A análise das sugestões de alteração ao texto original durou cerca de quatro horas.

Três destaques tinham por objetivo retirar do teto de gastos áreas como saúde, educação e assistência social. Outro destaque rejeitado pretendia estabelecer um limite de 5% do Produto Interno Bruto (PIB) para o pagamento de juros e amortização da dívida da União.

Também foram derrubados destaques que pretendiam excluir o ano de 2017 do limite de gastos e retirar da PEC o trecho das penalidades para os órgãos que descumprirem o teto de despesas.

Antes de alterar a Constituição, a PEC ainda terá de passar por uma segunda votação no plenário da Câmara e outras duas no Senado.

Por se tratar de emenda à Constituição, eram necessários os votos de, pelo menos, três quintos dos deputados (308 dos 513) para aprovar o texto. No Senado, o governo precisará de, no mínimo, 49 votos favoráveis.

A previsão do relator da PEC, deputado Darcísio Perondi (PMDB-RS), é de que o segundo turno de análise na Câmara ocorra daqui a duas semanas, no dia 24.

Tramitação no Congresso
A PEC 241, conhecida como PEC do Teto de Gastos, foi enviada ao Legislativo por Michel Temer no primeiro semestre, enquanto o peemedebista ainda ocupava interinamente a cadeira de presidente da República. A proposta é considerada pelo Palácio do Planalto um dos principais mecanismos para tentar reequilibrar as contas públicas.

A PEC define que as despesas da União só poderão crescer, nos próximos 20 anos, até o limite da inflação do ano anterior. Na prática, Executivo, Legislativo, Judiciário, Tribunal de Contas da União, Ministério Público e Defensoria Pública da União não poderão aumentar suas depesas de um ano para o outro acima da inflação registrada no ano anterior.

Em caso de descumprimento do teto, a PEC estabelece uma série de restrições, como a proibição de realizar concursos públicos ou conceder aumento para qualquer membro ou servidor do órgão.

Ofensiva de Temer
Para garantir a aprovação da proposta que estabelece o teto de gastos, Temer se empenhou pessoalmente nas últimas semanas na articulação política com sua base aliada. Ao longo desta segunda-feira, o presidente disparou ligações e recebeu deputados em seu gabinete para tentar convencer parlamentares que ainda estavam indecisos em relação ao texto.

No domingo (9), ele ofereceu, no Palácio da Alvorada, um jantar para cerca de 280 pessoas, entre as quais ministros e parlamentares aliados. No banquete, o peemedebista afirmou aos governistas que qualquer movimento corporativo contra a PEC que limita o aumento dos gastos públicos “não pode ser admitido”.

Além do jantar no Alvorada, Temer protagonizou uma verdadeira ofensiva política sobre sua base aliada para aprovar a PEC. A maratona do governo para assegurar votos favoráveis ao projeto também contou com uma série de reuniões no Planalto e cafés da manhã com parlamentares aliados.

A preocupação em atingir um placar elástico era tão grande que o presidente da República exonerou três ministros que são deputados licenciados – Bruno Araújo (Cidades), Fernando Coelho Filho (Minas e Energia) e Marx Beltrão (Turismo) – para que eles voltassem à Câmara para votar a favor da PEC do teto de gastos. Os três devem ser reassumir as cadeiras no primeiro escalão nesta terça-feira (11).

Michel Temer acompanhou o primeiro turno de votação da PEC na Câmara em seu gabinete no Palácio do Planalto. Ao final da votação do texto-base, ele ligou para alguns líderes governistas para agradecer a aprovação da proposta.

Nesta segunda-feira, o peemedebista conseguiu duas vitórias. Primeiro, ele viu sua principal aposta para equilibrar as contas públicas avançar no parlamento.

Além disso, Temer testou a fidelidade de sua base de apoio e corrigiu a dispersão dos deputados governistas do plenário, problema que inviabilizou na semana passada a conclusão da análise dos vetos presidenciais na sessão do Congresso Nacional. No jantar oferecido aos governistas no Alvorada no domingo, ele fez um apelo para que os deputados garantissem o quórum.

Desta vez, os deputados governistas praticamente não arrastaram pé do plenário, mantendo o quórum em cada votação, enquanto oposicionistas tentavam derrubar a sessão com instrumentos previstos no regimento interno.

O porta-voz do governo, Alexandre Parola, fez um rápido pronunciamento no palácio depois da aprovação do texto-base. Parola classificou o resultado como uma “vitória maiúscula” e afirmou que a votação “expressiva” mostra o compromisso do Congresso Nacional com o equilíbrio fiscal do país.

Sessão tumultuada
A sessão que apreciou em primeiro turno a PEC do Teto de Gastos foi marcada por um clima tenso. Ao longo das quase 12 horas de sessão, houve troca de provocações entre os parlamentares governistas e oposicionistas, além de protestos nas galerias do plenário.

Contrários à PEC, deputados de partidos de oposição, como PT, PSOL, Rede, PCdoB e PDT, afirmaram que a medida congelará os investimentos sociais em áreas como saúde e educação.

Na tentativa de atrasar a votação, alguns parlamentares apresentaram uma série de recursos regimentais. Com isso, a sessão que teve início por volta das 14h de segunda se arrastou até a madrugada desta terça.

Líder da Rede na Câmara, o deputado Alessandro Molon (RJ) classificou a PEC de injusta com o país. “Não se trata de proibir que se gaste mais do que se ganha. Aqui se trata de acabar com a garantia de que os investimentos em saúde e educação acompanhem o crescimento da receita. E fazer isso num país tão desigual como o brasil é de extrema crueldade”, criticou o parlamentar fluminense.

Deputados da base aliada, por sua vez, saíram em defesa da proposta do Planalto argumentando que a medida é parte da solução para resolver a crise fiscal deixada pelos governos petistas. “Esta PEC é apenas o começo das reformas”, discursou Luiz Carlos Hauly (PSDB-PR).

Enquanto os deputados debatiam o texto, a equipe do relator da proposta distribuiu aos parlamentares um panfleto com argumentos favoráveis à aprovação do projeto.Além disso, parlamentares governistas estenderam cartazes e faixas de apoio à proposta de Temer com frases como “A PEC 241 é responsabilidade”, “O PT quebrou o Brasil, nós estamos consertando” e “PEC do futuro: responsabilidade fiscal”.

Nas galerias e no plenário, manifestantes contrários ao teto dos gastos públicos vestidos com camisas de sindicatos da área de educação ergueram faixas contra a proposta com mensagens como “PEC 241, a PEC da morte” e “PEC 214 desmonta o Estado”.

Em um dos momentos mais tumultuados da sessão, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), determinou a retirada das galerias de uma mulher que protestava contra a PEC mandando beijos para o plenário(assista ao vídeo acima).

Os protestos contra a PEC 241 não vieram apenas da oposição. Integrante do PTB – partido da base aliada de Temer –, o deputado Arnaldo Faria de Sá (PTB-SP) subiu à tribuna para criticar duramente a proposta do governo federal.

Sob vaias de governistas, ele argumentou que, se aprovada, a proposta prejudicará os trabalhadores. Irritado com o discurso do aliado, o deputado Nilson Leitão (PSDB-MT) gritou no plenário que Faria de Sá estava sendo “chato”.

Em resposta, o parlamentar do PTB retrucou. “Calem a boca! Calem a boca. Vão ter que me engolir! Vão ter que me escutar! Até porque esse é o jogo parlamentar e, na verdade, eu venho à tribuna e uso o meu direito regimental. Eu não estou usando nada fora do que o regimento permite, não. Não estou usando nenhuma artimanha, nenhum artifício. Estou usando o direito regimental”, provocou o parlamentar petebista.

Dali em diante, os ânimos ficaram ainda mais exaltados no plenário. Ao discursar, o deputado Rocha (PSDB-AC) provocou os manifestantes que protestavam contra a PEC nas galerias do plenário dizendo que eram “militantes pagos com recursos de sindicato”.

Além dos protestos nas galerias do plenário da Câmara, também houve protesto contra a PEC em frente ao anexo 2 da casa legislativa.

Um grupo formado por pessoas ligadas à Central Única dos Trabalhadores (CUT), à Central Sindical e Popular (CSP) e ao Sindicato dos Servidores Públicos Federais no DF (Sindiserv-DF) foi impedido de entrar no prédio do Legislativo pela Polícia Militar do Distrito Federal. Os policiais fizeram uma barreira ao redor da entrada do anexo 2.

De acordo com a Polícia Militar, cerca de 100 pessoas participavam da manifestação. Os organizadores do ato estimam 800 pessoas.

Galinhada no cafezinho do plenário
Nem só de protestos e troca de acusações foi marcada a sessão desta segunda-feira. Um dos raros momentos de confraternização de governistas e oposicionistas ocorreu antes da votação do texto-base da PEC, quando deputados e funcionários da Casa degustaram um jantar de comida mineira que foi servido no cafezinho do plenário.

No cardápio, galinhada, linguiça e feijão tropeiro. De sobremesa, rapadura. As comidas foram levadas ao Congresso Nacional pelo deputado Fábio Ramalho (PMDB-MG).

Além de patrocinar o jantar, o peemedebista também ajudou a servir a comida. O deputado do PMDB estava suado de tanto correr entre o plenário e o cafezinho para chamar colegas parlamentares, carregar pratos e pedir talheres para que as pessoas pudessem se servir.

Ex-prefeito do município mineiro de Malacacheta, o parlamentar é conhecido no meio político pelos banquetes que oferece aos colegas.

Saúde e educação
Desde que foi apresentado pela equipe econômica de Temer no primeiro semestre, a PEC do teto de gastos enfrenta resistências no Congresso e em setores da sociedade civil.

Entidades como o Conselho Nacional de Saúde (CNS), o Conselho Nacional de Secretarias Estaduais de Saúde (Conass) e o Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems), por exemplo, dizem que a PEC pode impor perdas bilionárias para o setor de saúde.

Inicialmente, o governo chegou a incluir no texto do projeto o limite para os investimentos nessas duas áreas.

Diante da repercussão negativa da medida e da pressão de parlamentares, incluindo da base aliada, o Palácio do Planalto anunciou que, em 2017, serão mantidas as regras atuais para os investimentos em saúde e educação (previstas na Constituição), passando a vigorar o novo teto somente em 2018.

Salário mínimo
No relatório apresentado à comissão especial que analisou a PEC na Câmara, o deputado Darcísio Perondi (PMDB-RS) afirmou em seu parecer que a proposta prevê que o salário mínimo (referência para mais de 48 milhões de pessoas) deixará de ter aumento real (acima da inflação) se o limite de despesas fixado pelo governo for superado.

Esse veto ao aumento real permaneceria, conforme o relator, até que as despesas retornassem aos limites previstos “não se restringindo apenas ao ano subsequente ao descumprimento do teto”.

‘Fechamento de questão’
Diante da ofensiva do Palácio do Planalto em busca de apoio à PEC, os cinco principais partidos aliados ao presidente Michel Temer (PMDB, PSD, PR, PP e PSDB) “fecharam questão” a favor da PEC.

Na prática, se um deputado desses partidos não votar pela aprovação da proposta, a legenda poderá aplicar sanções, que podem chegar até a uma eventual expulsão.

Apesar da determinação do seu partido, o PR, a deputada Clarissa Garotinho (RJ) disse que irá votar contra a PEC por entender que é “algo muito sério para não seguir a própria consciência”.

Ela diz considerar que a medida irá afetar os próximos 20 anos “sem dar espaço” para o Congresso poder mudar a forma de cálculo. Questionada sobre se teme algum tipo de punição, Clarissa afirmou que é preciso esperar.

G1 Brasília

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