Populares entram em vias de fato na entrega do peixe da semana santa na cidade de Jardim de Piranhas, no interior do Rio Grande do Norte. Veja o vídeo.
ODEBRECHT: O DOCUMENTO REÚNE APENAS OS REPASSES TRATADOS POR BJ. (JANINE COSTA/REUTERS)
O executivo Benedicto Júnior, o BJ, delator da Odebrecht, entregou à Operação Lava Jato uma planilha com doações de R$ 246.612.801,00 de caixa 2 a 187 políticos do alto escalão e também do baixo clero. A farta distribuição de dinheiro ilícito atingiu os mais importantes partidos entre 2008 e 2014 e seus caciques.
Os investigadores suspeitam que parte dos valores repassados a título de doação de caixa 2, na verdade, era propina. Muitos políticos receberam em períodos que não disputaram eleição.
O documento reúne apenas os repasses tratados por BJ. Nele não há referência a campanhas presidenciais, missão exclusiva de Marcelo Odebrecht, ex-presidente do Grupo.
Na Lista de BJ estão o ministro da Casa Civil Eliseu Padilha (PMDB), o senador Aécio Neves (PSDB-MG), o governador e São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), o ministro Ciência e Tecnologia, Gilberto Kassab (PSD-SP) e o senador Lindbergh Farias (PT-RJ).
A planilha de BJ é dividida em 11 colunas: Index – com o número de políticos que teriam recebido repasse -, Ano, Cargo, Estado/Município, Codinome, Nome, Intermediário do Político, Doação Caixa 2, Propósito, Pessoa de Contato e Observação.
Eliseu Padilha foi beneficiário de 8 repasses que totalizaram R$ 7,2 milhões, destinados à sua campanha para deputado federal em 2014. Codinome ‘Angorá’.
Outro ministro do Governo Temer, Moreira Franco (Secretaria da Presidência), recebeu R$ 4 milhões em três vezes em 2014. Segundo BJ, o intermediário dos repasses a Moreira ‘Primo’ Franco foi Eliseu Padilha.
Aécio, o ‘Mineirinho’, segundo a Lista de BJ, recebeu R$ 5,25 milhões de doação em caixa 2 para sua campanha ao Senado em 2010 em cinco transferências. Sem intermediários.
A Antonio Anastasia, codinome ‘Dengo’, foi atribuído o valor total de R$ 5,475 milhões para campanha de 2010 ao Governo de Minas. Foram 8 repasses ao tucano, hoje senador.
Para Anthony Garotinho foram 35 repasses no total de R$ 13,012 milhões, sob os codinomes ‘Bolinha’ e ‘Pescador’, para as eleições de 2008, 2010, 2012 e 2014.
A candidatura de Beto Richa (PSDB) ao Governo do Paraná, em 2010 recebeu, de acordo com a Lista de BJ, 5 transferência no montante total de R$ 900 mil. Fernando Ghignone foi apontado como intermediário.
Sob codinome ‘Nervosinho’, Eduardo Paes foi contemplado com 23 pagamentos que somaram R$ 16,120 milhões em doação por caixa 2, segundo BJ. Os repasses ocorreram em 2008, 2010, 2012 e 2014.
Geraldo Alckmin foi beneficiado em duas eleições, de acordo com a Lista de BJ: 2010 e 2014 quando se candidatou a governador. Neste período, foram 20 repasses, sob os codinomes ‘Belém’ e ‘M&M’, no total de R$ 9,6 milhões.
De acordo com o delator, os intermediários de Alckmin foram Adhemar Ribeiro, seu cunhado, e Marco Monteiro, tesoureiro da campanha de 2014. O vice de Alckmin, Márcio França, em 2010, sob codinome ‘Paris’, R$ 70 mil.
Para Gilberto Kassab foram 26 transferências em 2008 e 2014 sob os codinomes ‘Kibe’, ‘Chefe Turco’ e ‘Projeto’. O total: R$ 21.251.676,00.
Sérgio Cabral (PMDB) recebeu 41 transferência de doação a caixa 2 sob o codinome ‘Proximus’. Total: R$ 61.996.800,00.
O sucessor de Cabral, o governador Luiz Fernando Pezão (PMDB), também ‘Proximus’, levou R$ 20,3 milhões em 2014.
O INCIDENTE ACONTECE NA MESMA SEMANA EM QUE UM PASSAGEIRO DA UNITED FOI RETIRADO À FORÇA DE UM VOO COM OVERBOOKING DA COMPANHIA
Em mais um episódio de uma semana desastrosa para a United Airlines, um passageiro da companhia aérea foi picado por um escorpião que caiu do compartimento de bagagem de mão da aeronave. O homem, identificado como Richard Bell, viajava de Houston, nos Estados Unidos, para Calgary, no Canadá.
A United confirmou o incidente para a emissora americana CNBC. Segundo relatos, o animal caiu sobre o passageiro durante o voo. Ao sacudir a cabeça, o bicho caiu na sua bandeja e o picou. Em seguida, os comissários de bordo conseguiram capturar o escorpião com um copo e jogá-lo na privada.
De acordo com a companhia aérea, a tripulação do voo entrou em contato com um médico para fornecer orientação sobre os procedimentos a serem tomados após a picada do animal. Apesar da dor, o homem estava bem.
Assim que o avião pousou em Calgary um médico atendeu Bell e tratou seus ferimentos. Segundo a United, o homem não corre qualquer risco. Ainda não se sabe como o escorpião foi parar dentro do avião.
O Pentágono divulgou nesta sexta-feira o vídeo do momento em que a bomba GBU-43, a mais potente do arsenal não-nuclear dos Estados Unidos e nunca utilizada até ontem, impacta contra um sistema de cavernas do Estado Islâmico (EI) no Afeganistão.
As imagens aéreas mostram o momento em que a conhecida como “mãe de todas as bombas” cai na ladeira de uma montanha do distrito de Achin, na província de Nangarhar, com uma potência equivalente a 11 toneladas de TNT.
Uma imensa coluna de fumaça e escombros aparece após a explosão, que neste tipo de explosivos acontece antes de tocar a terra para criar uma potente onda expansiva capaz de derrubar túneis e bunkers ao gerar um pequeno terremoto.
O vídeo abaixo (em inglês) produzido pelo site The Independent revela o momento em que a bomba é liberada
Um policial rodoviário federal reagiu a um assalto na Zona Sul de Natal e matou a tiros um dos suspeitos. O fato aconteceu na noite desta quinta-feira (13) no bairro de Lagoa Nova. O homem, de 20 anos, morreu na hora. Segundo a Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), um outro suspeito ainda participou da ação e conseguiu fugir.
Ainda segundo a DHPP, o caso aconteceu por volta das 20h40 em uma lanchonete que vende açaí, que fica na avenida Nascimento de Castro. Dois suspeitos armados chegaram em um carro escuro e anunciaram o assalto. Quando os clientes estavam começando a passar os pertences, o policial reagiu.
Eles chegaram a trocar tiros, um dos criminosos foi atingido e morreu na hora. Não se sabe se o outro homem foi baleado, mas ele conseguiu fugir. Segundo a PRF, o tiro feito pelo suspeito atingiu o farol do carro do próprio policial rodoviário. A bala ficou alojada no local.
Ainda de acordo com a PRF, o homem morto já tinha passagem por assalto, mas havia sido solto por ordem de um alvará em dezembro de 2016.
O policial, que não deixou o local, se apresentou para prestar esclarecimentos sobre a ação.
HOMEM, DE 20 ANOS, MORREU NA HORA, SEGUNDO A DELEGACIA DE HOMICÍDIOS E PROTEÇÃO À PESSOA (DHPP)
REVELAÇÕES DA ODEBRECHT ARRASTAM LULA PARA O CENTRO DO ESQUEMA DE CORRUPÇÃO E PÁ DE CAL PODERÁ SER O DEPOIMENTO DE LEO PINHEIRO, DA OAS, AO JUIZ SÉRGIO MORO NESTA SEMANA
Sob os escombros das delações da Odebrecht, o personagem regente de nossas transformações políticas por quase 40 anos submerge ferido de morte. Luiz Inácio Lula da Silva nunca mais será o mesmo. Talvez, um Silva. Ou um Luiz Inácio. Nunca mais um Lula. Aquele Lula, nunca mais. Acabou. É como o Edson sem o Pelé. Para o petista, as delações dos executivos da Odebrecht foram acachapantes. Restaram claro que a autoproclamada “alma mais honesta”, a quem um dia milhares de brasileiros confiaram a missão de mudar radicalmente a maneira de fazer política no País, se beneficiou pessoalmente dos ilícitos – e estendeu as benesses aos seus familiares. Sem sequer corar a face, o petista abandonou ao léu sua principal bandeira, a da ética – se é que um dia foi verdade.
Os fatos –, e eles são teimosos, deles não há como escapar, – nos conduzem à crença na impostura lulopetista como uma espécie de dogma de ação. Senão vejamos: segundo Marcelo Odebrecht, Lula chegou a registrar um saldo de R$ 40 milhões de reais em sua conta-propina, administrada pelo ex-ministro Antonio Palocci. Desse total, Lula sacou, no mínimo, 30 milhões de reais. Em dinheiro vivo, conforme antecipou ISTOÉ com exclusividade em reportagem de capa de novembro de 2016. Gravíssimo. Como explicar tanto dinheiro na conta ante o povo sofrido do Nordeste? “Nós contra eles”? “Nós” quem, cara pálida? Também teve mesada em espécie para o irmão, o Frei Chico, pixuleco para o sobrinho, Taiguara Rodrigues, e pedido de apoio aos negócios do filho caçula, Luís Cláudio, em troca de azeitar a relação da Odebrecht com o governo de sua pupila, Dilma Rousseff. Sem falar no pagamento de despesas estritamente pessoais, como a reforma do sítio de Atibaia, no interior de São Paulo, a aquisição de imóveis para uso particular e do dinheiro para a instalação do Instituto batizado com o seu nome. Nem mesmo as palestras ministradas pelo petista sobrevivem incólume ao escrutínio da Justiça. Tido como homem de Lula na Odebrecht, Alexandrino Alencar contou aos procuradores que as palestras de US$ 200 mil – padrão Bill Clinton – a Lula foram uma maneira de compensar a ajuda do petista à Odebrecht durante seus dois mandatos. E que ajuda!
Atuando com se fosse um embaixador da Odebrecht, o petista chegou a impedir que a Petrobras adquirisse ativos da Ipiranga para garantir que o grupo permanecesse com a hegemonia do setor, em detrimento dos interesses da estatal. “Compreendo que nossa presteza e o nosso volume de pagamentos feitos a pretexto de contribuição para a campanha contribuíram nas decisões que tanto o ex-presidente Lula quanto integrantes do PT tomaram durante sua gestão, coincidentes com nossos interesses”, sapecou o patriarca da família, Emílio Odebrecht. A promiscuidade era tanta que Emílio pediu a Lula que segurasse sua turma: “Eles têm a goela muito grande”, afirmou.
Os negócios pessoais do ex-presidente se confundiam tanto com as decisões de governo que nem o próprio petista conseguia distingui-los mais. Hoje, há quase um consenso entre procuradores e agentes federais de que quase todo dinheiro amealhado pelo petista, nos últimos 13 anos, foi produto de crime. Para a imagem do ex-presidente, a constatação é nitroglicerina pura.
Pá de cal
Nos bastidores da Lava Jato, a condenação de Lula em primeira instância é tida como questão de tempo. Conforme apurou ISTOÉ, na quinta-feira 20, em depoimento ao juiz Sergio Moro, o ex-sócio da OAS, Leo Pinheiro, irá jogar a pá de cal sobre o processo do tríplex, no Guarujá, no qual Lula é réu por corrupção passiva, lavagem de dinheiro e ocultação de patrimônio. O empreiteiro confirmará que o imóvel foi, sim, um regalo ao petista em troca de benefícios fraqueados por Lula à construtora. O ex-presidente insiste na cada vez mais inverossímil versão de que não é o dono do apartamento – um argumento incapaz de se equilibrar em pé.
O depoimento de Pinheiro somado às mais recentes revelações do ex-zelador do tríplex, publicadas com exclusividade por ISTOÉ, sacramenta a tempestade perfeita em torno do ex-presidente. De acordo com José Afonso, ele viu, numa das visitas ao tríplex, dona Marisa pedir aos funcionários da OAS para que instalassem o elevador privativo no imóvel. “Quem pediria para construir um elevador num apartamento que não é seu?”, questiona o arguto zelador. O aparelho ascensor constituiu apenas um item da reforma empreendida pela OAS no imóvel. A pedido do petista, o quarto de empregada e uma área da sala viraram um escritório, o piso foi revestido de porcelanato e uma generosa área gourmet foi erguida no último andar, onde há um deck e uma pequena piscina. O acerto envolveu ainda a compra, junto à Kitchens, dos eletrodomésticos que equiparam a cozinha, com instalações pré-fabricadas, geladeira e microondas, avaliadas em mais de R$ 200 mil. Tudo isso aconteceu no ano de 2014, sob a coordenação de Leo Pinheiro, sócio-presidente da OAS. Ou seja, enquanto se dizia vítima das elites, em palanques País afora, Lula tinha um apartamento reformado pelas mãos da quintessência dessa mesma elite. Quem, nesse País, desfruta do privilégio de ter um imóvel remodelado por um presidente de empreiteira e, ainda por cima, de graça? Nós? Ou ele?
A derradeira fase do processo do tríplex será o depoimento de Lula a Sergio Moro no dia 3 de maio, quando os dois ficarão tête-à-tête pela primeira vez. O interrogatório tem tudo para virar um espetáculo. Militantes da CUT, UNE e do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto, pretendem se revezar em discursos inflamados do lado de fora. Há mais de um mês, Lula depôs na 10ª Vara Federal de Brasília, no processo que investiga a tentativa de compra do silêncio de Nestor Cerveró, ex-diretor internacional da Petrobras. Como tudo o que envolve Lula, a audiência virou um comício. Como dizia Marx, guru ao qual o petismo nutre fidelidade quase canina, a história se repetirá. Como farsa. Sergio Moro, que já foi criticado e agora é adulado por Lula, não parece exibir um perfil de quem cairá nessa.
Nem todas as ações penais dependem de Moro. Além de responder pelo apartamento de três decks, Lula é réu em mais quatro processos: por obstrução de Justiça, por tráfico de influência e corrupção passiva, acusado de usar sua influência em órgãos do governo e no BNDES para beneficiar a empreiteira Odebrecht em contratos de obras em Angola, organização criminosa, por integrar um esquema de venda de vantagens no governo em benefícios de empresas, e por lavagem de dinheiro, pelo fato de ter recebido propina da empreiteira Odebrecht na forma da compra de um terreno (avaliado em 12,5 milhões de reais) para a construção do Instituto Lula. Diante das revelações dos delatores, não há muita escapatória. A briga da defesa de Lula residirá no ringue da segunda instância, onde os processos desaguarão em 2018. Condenado, terá como destino a cadeia e se tornará automaticamente um político ficha-suja, razão pela qual ficará impedido de concorrer a qualquer cargo eletivo. Por isso, estrategicamente, Lula antecipa sua candidatura ao Planalto. Trabalha para transformar uma decisão eminentemente jurídica numa contenda político-ideológica. A ideia é constranger o Judiciário sob o pretenso argumento de que ele está sendo vítima de táticas de lawfare (guerra jurídica) e, por isso, “quem deve julgá-lo é o povo”. Nem uma nem outra. Mais uma vez, o petista quer colocar-se acima das leis. A era dos privilégios, no entanto, parece ter acabado. Assim como o encanto da população, em quem um dia depositou as mais sinceras esperanças, se quebrou.
Não foi sempre assim. Nas últimas quatro décadas, a expectativa do poder pessoal de Lula serviu como uma bússola da política nacional. Guindou-o, aos olhos do regime militar, ainda em meio às greves do ABC, a um adversário mais empedernido do que muitos dos inimigos tradicionais da ditadura como Miguel Arraes e Ulysses Guimarães. Fundador de um PT que ainda engatinhava, soube alimentar, durante a campanha das Diretas-Já e o governo José Sarney, uma dicotomia em que era tratado, pelo resto da oposição, ora como potencial aliado, ora como virtual adversário. Saiu da primeira eleição direta, em 1989, como uma grande força política, sofreu duas duras derrotas eleitorais, mas ressurgiu como uma fênix para dois mandatos consecutivos e a ascensão a mito. Em 2010, elegeu a sucessora e o resto já é história.
A farsa do caixa 2
A reputação ilibada do petista começou a ruir no longínquo ano de 2005. Ainda está bem viva na memória da maioria a célebre entrevista em Paris em que Lula, cândida e calmamente, diante das câmeras, tentou justificar o mensalão, reduzindo-o a mero caixa dois: “O que o PT fez, do ponto de vista eleitoral, é o que é feito no Brasil sistematicamente. Se o partido cometeu erros, tem de explicar para a sociedade onde errou, porque errou e o que vai fazer para consertar o erro. Mas não é por causa do erro de um dirigente ou de outro que você pode dizer que o PT está envolvido em corrupção”. Ali, brasileiros concederam a ele e ao PT o benefício da dúvida. A presunção da inocência. Anos depois, descobriu-se que tudo não passava de uma tentativa de dourar mais uma narrativa. Concomitante ao mensalão, veio o aparelhamento da máquina do Estado a serviço de um projeto de perpetuação no poder. O Petrolão representou a sofisticação do escândalo anterior. A ele, foi embutido, além do projeto de poder, o benefício pessoal e o enriquecimento próprio, por meio de uma corrupção institucionalizada responsável por sangrar estatais. A farsa se materializou. “A corrupção deveria ser considerada crime hediondo. E, quem saqueia o Estado, merece ir direto para a cadeia”. A frase é da lavra de um autor conhecido: o ex-presidente Lula, em entrevista concedida a um jornal operário ainda na década de 80. Aquele Lula acabou.
“Remuneramos Lula pelo que ele fez para o nosso grupo”
“ Nosso objetivo inicial foi conseguir um projeto que pudesse remunerar o ex-presidente Lula, face o que ele fez durante muitos anos para o grupo. E que fosse de uma maneira lícita, transparente.
Buscamos, então, algo que é uma prática comum com ex-mandatários, de vários países, inclusive do Brasil.
Usaram como referência (para pagar US$ 200 mil para palestras de Lula) os valores pagos para o presidente americano Bill Clinton. Aliás, subiram um pouco a régua. Até porque era um novo player no mercado”
O organograma do propinoduto de Lula O ex-diretor da Odebrecht, Alexandrino Alencar, mostra os tentáculos da propina para o petista
Vergonha maior é esse cidadão com a maior cara de pau, apresentar-se em horário nobre da televisão para tentar enganar o já sofrido povo brasileiro. Merece sim uma grande prisão de muitos e muitos anos
Recém-filiado ao PSOL de Pernambuco, o ex-deputado federal Paulo Rubem Santiago foi traido, na terça-feira passada, ao ironizar a presença de adversários políticos na lista de alvos de pedidos de inquéritos baseados na delação premiada da Odebrecht. A relação dos inquéritos que envolvem autoridades com foro privilegiado foi publicada com exclusividade pelo Estado às 16 horas daquele dia.
“Ministro Fachin aperta o cerco e toca inquéritos para todos os lados. Novidades: Pernambuco está bem representado no time a ser investigado. Vai do ex-Prefeito do Cabo de Santo Agostinho, Vado da Farmácia, passa por ex-governador e Senador, atual Deputado Federal Jarbas Vasconcelos, segue pelo Senador Fernando Bezerra Coelho e pelo “Ministro” de Temer, Bruno Araújo. Vamos ver suas respostas. Que tudo seja investigado. Com transparência, sem qualquer tipo de sigilo. E vem mais por ai”, escreveu em sua página no Facebook o ex-deputado, que deixou a Câmara em 2014 após três mandatos.
Horas depois, foi avisado por um seguidor: “Seu nome está na lista Paulo!”
O nome do ex-deputado consta em petição enviada pelo ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), à Justiça Federal de Pernambuco. A relação das petições enviadas a instâncias inferiores foi divulgada pelo Supremo pouco depois de o Estado divulgar as decisões sobre os primeiros inquéritos. Como Santiago não tem foro privilegiado, caberá a um juiz de primeira instância decidir sobre a abertura de investigação.
No documento, Fachin relata que “colaboradores” da Odebrecht noticiam o pagamento de R$ 76 mil à campanha de Santiago à Câmara em 2010. “Afirma que o referido valor foi transferido por meio do Setor de Operações Estruturadas e que há registro no Sistema ‘Drousys'”, escreve Fachin na petição. Drousys é o nome do sistema usado pela Odebrecht para pagar propina.
Após o aviso do usuráio, Santiago relativizou a lista e disse que, no seu caso, a Justiça ainda vai decidir se abre inquérito ou arquiva o pedido da procuradoria.
O EX-DEPUTADO PAULO RUBEM SANTIAGO (PSOL-PE) EM FOTO DE 2013 Foto: Gustavo Lima / Câmara dos Deputados
“Meu nome, em documento que é público, tem uma citação de aporte de R$ 76 mil para campanha, citação que será remetida a Justiça Federal, que pode arquivar, abrir inquérito ou não. E não há citação referente à propina ou troca de interesses entre as empresas e qualquer ato eventualmente cometido por mim. Entendeu agora? Vamos manter as informações corretas para atender ao interesse público.”
No dia seguinte, o ex-deputado, que já foi filiado ao PT e ao PDT, voltou às redes sociais e publicou um longo texto em que se defende e diz estar “tomando as providências necessárias para conhecer o teor da petição ora encaminhada à Justiça Federal de Pernambuco.”
OPERAÇÃO VERTENTE IRÁ LEVAR ÁGUA POTÁVEL PARA ÁREAS URBANAS DAS CIDADES EM COLAPSO NO ABASTECIMENTO
O Governo do Estado inicia, nesta segunda-feira (17), o processo de cadastramento dos caminhões-pipa que atuarão na segunda etapa da Operação Vertente, que leva água potável para áreas urbanas das cidades em colapso no abastecimento. A Defesa Civil Estadual pretende aumentar o número de municípios atendidos para 24, número que pode variar conforme as cidades entrem ou saiam da situação de colapso. A operação investirá recursos da ordem de R$ 12,7 milhões, oriundos do Ministério da Integração Nacional.
Na primeira fase, que ocorreu entre setembro de 2016 e fevereiro de 2017, os caminhões contratados levaram água potável a 13 cidades das regiões Alto Oeste e Seridó, atendendo cerca de 150 mil pessoas
O edital que normatiza o cadastro foi publicado no Diário Oficial do Estado, desta quinta-feira (13). Os interessados devem ter Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ) e se inscreverem presencialmente no Setor de Licitação, prédio da Governadoria, das 09h às 17h, com documentos descritos no edital, até a próxima quinta-feira (20).
Os caminhões cadastrados começarão os trabalhos no início de maio e serão equipados com sistema de georreferenciamento, que permitirá o monitoramento dos seus percursos desde os mananciais de captação de água, até sua entrega aos moradores.
O Edital de Credenciamento está disponível no site www.rn.gov.br (licitações). Mais informações pelo número (84) 3232 – 5210/ 5160 / 5155.
ABDON GOSSON: “ENGANOU-SE REDONDAMENTE QUEM ACREDITAVA QUE OS AGENTES DE VIAGEM ESTIVESSEM EM EXTINÇÃO”
O presidente da Associação Brasileira de Agências de Viagem (ABAV/RN), empresário Abdon Gosson, disse hoje, em entrevista ao BLOG DO FM, que cada vez mais os viajantes estão voltando a reservar suas viagens através de suas agências de confiança, apesar das facilidades de emitir passagens e reservar hotéis em poucos minutos, em poucos cliques, através da internet. Segundo ele, se a popularização da internet rápida nas casas e celulares e o amplo acesso a informações sobre hotéis, companhias aéreas e destinos afastou parte significativa dos viajantes das agências de viagens na última década, o cenário agora começa a mudar.
Gosson destaca que essa mudança, que ocorre desde o ano passado em ritmo acelerado, foi recentemente abordada pela jornalista Mari Campos, em seu blog, veiculado no jornal O Estado de São Paulo, que registra que cada vez mais viajantes estão voltando a reservar suas viagens em agências de confiança, mesmo que apenas para viagens mais específicas – ou especiais – para que sejam customizadas em cada detalhe.
“A matéria ressalta com bastante propriedade que, em primeiro lugar, enganou-se redondamente quem acreditava que os agentes de viagem estivessem em extinção e que o universo de viagens, sobretudo no mercado de luxo, continua com espaço e demanda para agentes, travel planners e consultores – inclusive novos, que são recrutados anualmente por algumas associações. E isso se aplica até para os millennials, que estão valorizando serviços muito mais do que se imaginava e se tornando cada vez mais “heavy users” das agencias de viagem”, comenta Gosson sobre a matéria.
Segundo dirigente abaviano, o Estadão mostra que, para se ter uma ideia do tamanho e do potencial deste mercado, a Virtuoso (principal rede internacional de agências de viagem especializadas em turismo de luxo) sozinha tem aumentado o número de agências membros nos últimos anos. Seus travel specialists fazem parte de uma rede que movimenta mais de 21 bilhões de dólares por ano, com top sellers que chegam a ganhar mais de cem mil dólares anuais.
CRÉDITO: IMAGEM DIVULGAÇÃO FOUR SEASONS SERENGETI
De acordo com o presidente da ABAV/RN, embora reservar voos e hotéis em poucos cliques seja fácil, ter alguém com conhecimento de causa que saiba filtrar as informações, organiza-las e cuidar das burocracias pode fazer toda a diferença – sobretudo em viagens mais especiais, como lua-de-mel.
Sobre o assunto, Abdon Gosson destaca uma informação de Jacque Dallal, CEO da Be Happy Viagens, especializada em roteiros de lua-de-mel, que afirma: “Os clientes se sentem confusos diante de tantos estímulos e a lua de mel é uma viagem única na vida de um casal. Há um investimento muito alto nos preparativos do casamento e o casal não quer correr nenhum tipo de risco. A consultoria e a expertise, desde a escolha do destino até a elaboração de um roteiro customizado, com assistência local durante toda a viagem e mimos especiais, contam muitos pontos”.
Ele ainda destaca que Tomas Perez, presidente da Teresa Perez Tours (referência no mercado do turismo de experiência e de viagens de luxo), é outro nome do setor que mostra a importância do papel do agente de viagem. “Um agente vai desenhar o roteiro de acordo com os interesses do cliente. Em contato direto com os hotéis, é mais fácil conseguir amenidades que os sites de reservas não conseguem. Sem falar na garantia de que em qualquer incidente o agente estará à disposição”, observa Tomas Perez.
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