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Governo Bolsonaro tem média de um decreto de arma por mês

FOTO: AFP/ARQUIVOS

Em seis meses, o governo Jair Bolsonaro já baixou seis decretos regulamentando o acesso a armas de fogo no País. Nessa terça, 25, na iminência de ver o texto vigente ser anulado pelo Congresso Nacional, a gestão decidiu revogá-los. Mas a estratégia envolveu a reedição de três decretos, onde o conteúdo original foi fatiado, e o envio de um projeto de lei para apreciação dos parlamentares. Parece confuso, não é?

Vejamos:

15 de janeiro – Posse para todos

O presidente Bolsonaro baixa o primeiro decreto sobre armas de fogo. O texto facilita a aquisição de arma de fogo por civis para que sejam mantidas em casa ou no comércio. A medida enfraquece os requisitos de efetiva necessidade previstos pela Polícia Federal para a concessão da arma e passa a prever que todos que morarem em Estados onde a taxa de homicídios é maior que 10 por 100 mil habitantes preenchem automaticamente os requisitos. A taxa oficial considerada é a do Atlas da Violência de 2016, onde todos os Estados estão com mais de 10 homicídios por 100 mil habitantes.

7 de maio – Porte de arma para 19 categorias

Bolsonaro baixa novo decreto, revogando integralmente o anterior. Esse, ao contrário do primeiro, facilita a autorização para que o proprietário circulasse armado nas ruas, o chamado porte. O novo texto prevê que 19 categorias profissionais podem requerer o porte sob justificativa de que nessas profissões há exposição à risco de morte. Entre elas, estão caminhoneiros, políticos, advogados e até jornalistas que atuam em coberturas policiais. Esse decreto deixa aberta a possibilidade para o cidadão comum adquirir um fuzil.

22 de maio – Recuo em fuzil e ajustes

O presidente baixa o terceiro decreto sobre o assunto com intuito de corrigir erros do anterior. Restringe o porte de fuzil pelos cidadãos comuns e devolve à Anac a decisão sobre a liberação de passageiros armados. Mas o texto mantém a previsão do porte para as 19 categorias profissionais, assim como a liberação para atiradores esportivos adquirirem milhares de munições por ano.

17 de junho – STF marca julgamento

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Dias Toffoli, marca para o dia 26 de junho o julgamento de cinco ações que questionam alterações promovidas pelo governo de Jair Bolsonaro para facilitar a aquisição, registro, posse, porte e comercialização de armas de fogo.

18 de junho – Senado vota pela revogação dos decretos

Apesar da pressão do presidente Jair Bolsonaro, o Senado derruba por 47 votos a 28 os decretos que flexibilizam as regras para o porte de armas no Brasil. A decisão segue para análise da Câmara dos Deputados. Com base em um parecer jurídico da consultoria do Senado, parlamentares contrários à proposta afirmaram que o Planalto extrapolou suas prerrogativas. O texto, segundo a consultoria, tinha nove pontos inconstitucionais.

25 de junho – Revogação, reedição e projeto de lei

Um dia antes do julgamento no STF e nas vésperas da apreciação pela Câmara, o governo Bolsonaro revoga o decreto vigente. O texto é reeditado em três novos decretos e complementado por um projeto de lei enviado ao Congresso Nacional. Os três novos decretos fatiam o conteúdo do anterior. O governo informa, posteriormente, que ao menos um dos três novos decreto terá seu conteúdo novamente revogado.

Assim, continua válidos dois decretos baixados no dia 25 de junho e tramitará um projeto de lei do governo no Congresso. Nele, além de fixar a prerrogativa do Executivo de definir quem tem direito ao porte, há a previsão da chamada “posse estendida” para moradores de área rural. Isso significa autorizar a compra de armas e o uso dos equipamentos em toda a extensão dos imóveis do campo – e não só na sede ou parte edificada da propriedade. Mas os termos ainda precisam ser submetidos a apreciação dos parlamentares.

Estadão Conteúdo

Aos 30 anos, Constituição Federal chega à 100ª emenda

Foto: Beto Oliveira/Senado Federal

A promulgação de uma nova emenda constitucional nesta quarta-feira (26) significa um pequeno marco para a Nova República brasileira. A regra que torna obrigatória a execução de parte das rubricas orçamentárias feitas por bancadas parlamentares estaduais (PEC 34/2019), se tornará a emenda de número 100 da Constituição Federal de 1988.

A adição de emendas à Constituição não começou de imediato: foram mais de três anos até a promulgação da primeira delas, em março de 1992. Coube a um ex-presidente do Senado, Nelson Carneiro (RJ), a honra de ser o autor da primeira modificação no texto constitucional. A Emenda 1 estabeleceu limites para a remuneração de deputados estaduais e vereadores.

O ano de 1992 viu duas emendas entrarem em vigor. Mais duas vieram em 1993. Foi em 1995, porém, que o ritmo se acelerou. Naquele ano, cinco emendas foram promulgadas, todas de autoria do Poder Executivo (5, 6, 7, 8, 9). O pacote fazia parte do programa de desestatizações promovido pelo presidente Fernando Henrique Cardoso, e incluía, por exemplo, a permissão para a concessão dos serviços de telecomunicações e da exploração e refino de petróleo.

Desde então, o único ano sem a promulgação de nenhuma nova emenda constitucional foi 2018. Isso aconteceu porque esteve em curso, de fevereiro a dezembro, uma intervenção federal no estado do Rio de Janeiro. A Constituição não pode ser emendada durante a vigência de intervenções federais.

O consultor legislativo João Trindade, especializado em direito constitucional, explica que o volume de modificações da Constituição brasileira não está fora de linha com o de outras constituições produzidas ao longo do século 20. A tendência da era contemporânea, segundo ele, é a de constituições mais detalhistas e abrangentes.

“Um efeito colateral de a nossa Constituição falar sobre tudo é que ela precisa ser alterada com mais frequência”, resume.

Um traço do caso brasileiro, aponta Trindade, é a tendência de se alterar o mesmo assunto várias vezes. O sistema previdenciário, por exemplo, já foi objeto de três emendas (20, 41 e 47) e o Congresso atualmente debate uma possível quarta emenda. Nem mesmo a emenda inaugural foi poupada: a Emenda 1 foi largamente revogada apenas seis anos depois da sua promulgação, pela Emenda 19, com novas regras para a remuneração de parlamentares.

O consultor pondera, no entanto, que a chegada das emendas ao terceiro dígito não passa de uma curiosidade simbólica.

“O número de emendas é menos importante do que o impacto delas. Muitas alteram questões de natureza muito pontual. Algumas contam como uma só, mas promovem mudanças gigantescas. O importante é ver como a Constituição mudou em termos qualitativos.”

Na avaliação de Trindade, a grande guinada nos rumos da Constituição foi no núcleo econômico. Ele explica que a Carta foi pensada para reger uma economia fortemente estatizada, mas essa perspectiva rapidamente se desfez, na esteira da rápida derrocada dos regimes socialistas ao redor do mundo já no final dos anos 1980.

Para permitir então que o país se alinhasse à nova configuração geopolítica do mundo, a Constituição brasileira começou a deixar para trás algumas das suas diretrizes estatistas. A começar pelas cinco emendas de 1995, que deram a largada para privatizações de empresas estatais e a abertura de setores de produção e de serviços para a iniciativa privada.

Revisão

Na prática, a Constituição já foi emendada mais de 100 vezes. Isso porque, em 1994, o Congresso Nacional promoveu a revisão constitucional, um evento que estava previsto no próprio texto da Constituição desde o seu início. A revisão produziu seis emendas que não entram na numeração oficial das emendas constitucionais porque foram aprovadas em um procedimento diferenciado.

A intenção da revisão era que, depois de cinco anos de promulgada a Carta, os parlamentares voltassem a se reunir num simulacro da Assembleia Nacional Constituinte. Nesse momento, quaisquer alterações consideradas pertinentes poderiam ser feitas na Constituição pelo quórum original da Assembleia: maioria absoluta dos membros do Congresso, em sessão unicameral (deputados e senadores juntos, sem diferenciação). Para comparação, as demais emendas constitucionais precisam da aprovação de três quintos dos deputados e dos senadores em votações específicas da Câmara e do Senado.

O presidente da Assembleia Constituinte, deputado Ulysses Guimarães, já havia destacado que a existência da revisão constitucional sinalizava, de partida, que o documento não era tido por seus signatários como bem-acabado. No discurso que fez ao promulgar a Constituição, Ulysses explicou que, ao nascer já pedindo uma reforma, a Constituição admitia que não era perfeita e convidava à divergência.

Para além dessa certeza, no entanto, o consultor João Trindade avalia que é difícil deduzir, hoje, o que os constituintes esperavam quando instituíram a revisão. Promovida em um ano eleitoral, por um Congresso acuado por uma recente CPI sobre malversações no Orçamento, e pouco depois do impeachment de um presidente, a revisão da Constituição foi um evento discreto. Ela produziu como mudança mais significativa a redução do mandato presidencial de 5 para 4 anos — intenção original da Constituinte para esse tema.

Agência Senado

Prefeito Álvaro Dias entrega praça Dom Pedro II revitalizada e prestigia novena de São Pedro

O prefeito Álvaro Dias entregou na tarde dessa terça-feira, 25, a praça Dom Pedro II, localizada no bairro Alecrim, que passou por obras de revitalização. Foram realizados serviços de limpeza, pintura, capinagem, manutenção da iluminação, entre outros serviços de recuperação.

“Estamos aqui entregando mais um espaço da cidade totalmente revitalizado, dessa vez uma praça de grande importância para a comunidade do Alecrim. É sempre uma nova alegria, ver e comprovar que cada vez mais estamos fazendo uma gestão moderna, participativa e acima de tudo mais perto da população”, disse o prefeito Álvaro Dias.

Após o descerramento da placa e finalização da cerimônia de entrega da praça, o prefeito se deslocou para a Igreja de São Pedro que fica nas proximidades e prestigiou a novena dos festejos do padroeiro.

Prefeitura do Natal realiza Workshop de Políticas sobre Drogas no Dia Internacional contra o Abuso e Tráfico de entorpecentes

A Secretaria Municipal de Segurança Pública e Defesa Social (Semdes) comemora o Dia Internacional contra o Abuso e Tráfico Ilícito de Drogas, celebrado nesta quarta-feira, dia 26, com a realização do II Workshop de Políticas Públicas sobre Drogas que acontece na quarta e quinta-feira (26 e 27), no Centro Municipal de Referência em Educação (Cemure), situado no bairro de Cidade da Esperança, zona Oeste da capital.

O plano é discutir as políticas públicas sobre drogas de Natal apontando desafios e soluções para a temática social. O Workshop vai reunir especialistas, profissionais da rede municipal de Natal e a sociedade civil organizada para tratar do “Papel das Secretarias Municipais nas Políticas Sobre Drogas: Avaliação e perspectivas do Plano Municipal 2016-2020”.

O momento vai contar com mesas redondas onde serão discutidas as temáticas: A Política Municipal sobre Drogas em Natal; Modelos de prevenção baseado na ciência; além de oficinas abordando a Redução de danos: prevenção ou tratamento?; Prevenção com base em família; Prevenção com base em escola; Compreendendo e desmistificando os efeitos das drogas lícitas e ilícitas; Abordagem ou acolhimento? Formas de interação com o usuário de drogas lícitas ou ilícitas.

Durante o evento ainda vai ser apresentado ao público o Plano Municipal de Políticas Públicas sobre Drogas da capital potiguar e será lançado o edital das eleições direcionadas as escolhas dos conselheiros que vão atuar no Conselho Municipal que atua nesse âmbito. “O Workshop é mais um passo que Natal dá no sentido de compor uma política pública sobre drogas coerente com a realidade do município”, avaliou a secretária da Semdes, Sheila Freitas.

A data de 26 de junho é comemorada anualmente pela ONU, através do Escritório das Nações Unidas contra Drogas e Crime (UNODC) que dá ênfase à Campanha Internacional de Prevenção às Drogas. Nessa data, em Viena, é lançado o Relatório Mundial de Drogas contendo informações atualizadas do mundo todo sobre consumo, produção e tráfico de drogas.

Itamaraty orienta diplomatas a frisar que gênero é apenas sexo biológico

O ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, defende gênero como fator biológico. Quando assumiu a pasta, associou o tema ao que chama de “globalismo”, e afirmou que as mudança estão destruindo nações . Foto: Sérgio Lima/Poder360

Diplomatas brasileiros têm recebido instruções oficiais para tratarem a palavra gênero apenas como sexo biológico: feminino ou masculino, durante negociações internacionais. A instrução foi dada a diplomatas que participaram de reuniões na ONU (Organização das Nações Unidas) e na Comissão Interamericana de Direitos Humanos da OEA (Organização dos Estados Americanos).

O direcionamento é alinhado a posicionamentos anteriores do ministro da pasta, Ernesto Araújo, que discursou sobre o tema quando assumiu o cargo, falas da ministra Damares Alves (da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos) e do presidente Jair Bolsonaro (PSL).

Segundo a reportagem, a mudança pode prejudicar a política externa, como nos casos de concessão de refúgio aos que chegam ao Brasil e a designação ao país para ser mandatário em conselhos internacionais.

O QUE DIZ A TEORIA DE GÊNERO

A teoria de gênero apresenta que gênero e orientação sexual são construções sociais, não somente determinações biológicas. Os contrários a ideia sugerem que se trata de um ataque a estruturas familiares tradicionais.

Informações: Jornal O Estado de São Paulo

Ferrugem é criticado após pisar em fã durante show

“Pisei mesmo! Pra me defender! O que você aí faria? Foto: Divulgação

Depois, o cantor acabou comentando a situação nas redes sociais: “Pisei mesmo! Pra me defender! O que você aí faria? Imagina se eu tivesse embaixo do palco socando o pé de vocês? Se coloquem no meu lugar um pouquinho. Ele tava socando o meu pé o tempo inteiro, cravando a unha entre a minha calça e a minha meia”, disse ele.

No entanto, parece que o argumento não foi muito bom e o cantor passou a ser criticado por sua atitude.

Segundo informações da colunista Fábia Oliveira, do jornal ‘O Dia’, no dia anterior, Ferrugem abandonou o show do Forró do Bosque, também na Bahia, após um fã atirar um copo em sua direção, mas que acabou não atingindo o cantor.

notícias ao minuto

Opinião dos leitores:

Marcos em 27/06/2019

Na boa isso e o que da acha que todo mundo merece ser chamado de ídolo


Estados Unidos aprovam o primeiro viagra feminino

Agora, mulheres com baixa libido podem contar com um medicamento semelhante ao viagra para tratar a condição. Agora o prazer também é delas! A bremelanotida age no sistema nervoso central com o intuito de melhorar os níveis de dopamina, hormônio responsável pela excitação.

Na semana passada, a Food and Drug Administration (FDA) – agência norte- americana de controle alimentar e de medicamentos – aprovou uma injeção para melhorar o desejo sexual das mulheres na pré-menopausa ou que sofrem da síndrome do desejo sexual hipoativo (DSH).

De acordo com AMAG Pharmaceuticals, a empresa responsável pelo produto, ao contrário das versões que já estavam disponíveis no mercado, a nova medicação não é de uso constante, podendo ser tomada apenas quando necessária.

As instruções indicam que o Vyleesi, nome comercial do bremelanotida, deve ser injetado na coxa ou no abdómen, 45 minutos antes da relação sexual. Outra novidade: a injeção pode ser utilizada mesmo se a mulher tiver ingerido álcool.

“Estamos entusiasmados com a possibilidade de oferecer outra opção às pacientes. As mulheres sofrem bastante com a falta de libido, e praticamente em silêncio, por uma condição estigmatizada, e muitas delas não sabem que é tratável”, comentou Julie Krop, diretora médica da AMAG, ao jornal The New York Times. A fabricante informou que o Vyleesi estará disponível para comercialização nos Estados Unidos a partir de setembro.

Efeitos colaterais

Como a toma de qualquer tipo de medicação, o Vyleesi apresenta efeitos colaterais, como dor de cabeça. Durante os testes clínicos, 40% das participantes tiveram náuseas. Outro efeito colateral é o escurecimento de partes da pele e das gengivas – que não desaparece mesmo após o término do tratamento (1% dos casos).

A FDA ainda destacou que mulheres com pressão alta ou doenças cardiovasculares não devem tomar o medicamento.

notícias ao minuto

Telefone celular do marido de Flordelis foi usado horas após o crime, afirmam investigadores da Polícia

Investigadores da Polícia Civil descobriram que o telefone celular do pastor Anderson do Carmo, marido da deputada federal Flordelis (PSD-RJ), foi usado horas depois da morte dele. Ao menos duas mensagens foram repassadas do aparelho.

Os textos foram enviadas às 9h e às 10h07 de domingo, dia 16, momentos posteriores ao assassinato de Anderson. Ele foi morto na madrugada do mesmo dia, ao chegar à casa, em Niterói, na região metropolitana do Rio de Janeiro.

O telefone celular, no entanto, segue desaparecido. Nessa terça-feira, 25, a viúva de Anderson fez um apelo para que devolvessem o aparelho. Segundo a parlamentar, muitas pessoas passaram pela residência. Diz ainda ter sentido falta de objetos do marido, como uma pulseira de ouro.

“Foi uma romaria dentro da minha casa, muita gente estranha. Não tenho como dizer quantas pessoas passaram por lá. Queria muito saber, esse celular é importante para mim”, disse.

Conteúdo das mensagens

Em uma das mensagens enviadas do celular do pastor Anderson, a pessoa se identifica como filho do marido de Flordelis. “Aqui é um dos filhos do Pr Anderson”, escreveu inicialmente. Em seguida, continuou: “Orem por nós. Infelizmente as notícias são verdades”.

Para a polícia, o autor queria informar sobre o assassinato do Anderson. Em outra mensagem, o responsável pelo envio marca o local onde aconteceu o crime, ou seja, na casa do casal. Policiais afirmam já ter informações sobre quem usou o telefone após a morte de Anderson – no entanto, os investigadores decidiram não divulgar.

Metrópoles

Styvenson defende castração de pedófilos em audiência sobre alienação parental

A Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH) do Senado Federal promoveu audiência pública nessa terça-feira, dia 25, sobre o Projeto de Lei do Senado (PLS) 498/2018, que revoga a Lei da Alienação Parental (Lei 12.318, de 2010). O senador Styvenson participou ativamente da audiência e fez ponderações.

“Tenho um projeto de lei para castrar quimicamente os pedófilos. Será que um critério objetivo mudaria uma lei tão subjetiva? A nossa função é localizar um ponto comum para todos. Estamos vivendo em um país doente e utilizar da criança como mecanismo de punição ao outro deve ser realmente severamente combatido”, afirmou Styvenson. O PL 3127 de 2019, está na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) aguardando a designação do relator. Outras iniciativas semelhantes já foram rejeitadas no Congresso Nacional, entretanto, a proposta de Styvenson inova porque estabelece critérios para a castração temporária e definitiva.

De acordo com a lei, são exemplos de alienação parental a desqualificação da conduta do pai ou da mãe, impedir a aproximação de criança ou adolescente com genitor, apresentar falsas denúncias, dificultar o exercício do direito regulamentado de convivência familiar, mudar o domicílio para local distante, visando dificultar a convivência da criança ou adolescente com o outro genitor entre outros pontos.

Os defensores de que a lei seja revogada argumentam que a Lei da Alienação Parental desvirtua o propósito protetivo da criança ou adolescente. “O juiz foca na genitora e no genitor e não presta atenção no filho. Já o Estatuto da Criança e do Adolescente presta atenção às emoções das crianças. Eu entendo que esta lei deve ser revogada porque não presta ao fim do que se destina. Eu examinei mais de 100 processos e apenas 3% não havia constatação de abuso e mesmo assim o juiz determina a aproximação do filho ao abusador. A CPI dos maus tratos também mostrou centenas de outros casos que revelaram que esta lei precisa ser revogada”, esclareceu o membro do Movimento PróVida, advogado Felício Alonso.

Já a advogada Sandra Regina Vilela, que é contrária a revogação da lei, argumenta que se a Lei da Alienação Parental for revogada, as crianças ficarão desprotegidas. “Quando a lei de alienação foi feita, eu participei. Teve um amplo debate. Mas nossa intenção foi não permitir a alienação parental. Já tive denúncias contra a mulher em relação a alienação parental, não é uma questão de gênero. O que eu percebo é que as pessoas que estão repudiando essa lei estão falando de casos específicos. A lei pode ser melhorada, mas é eficiente”, argumentou. Será marcada uma nova audiência na Comissão de Direitos Humanos já para a próxima semana, para que o assunto possa ser ampliado e amplamente debatido.

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