BEST-SELLER DOS ANOS 1920, A AUTOBIOGRAFIA DO FÜHRER ERA UM LIVRO SAGRADO PARA OS SEGUIDORES DA IDEOLOGIA NAZISTA E OBRIGATÓRIO DURANTE O TERCEIRO REICH. FOTO: ILUSTRAÇÃO
No dia 18 de
Julho de 1925, era publicada a primeira edição de um dos livros mais insólitos
da História: o Mein Kampf, de Adolf Hitler. Trata-se da principal obra daquele,
que 8 anos mais tarde, se tornaria o ditador da Alemanha e foi escrita durante
sua passagem pela prisão em Landsberg.
Ao mesmo
tempo em que é uma autobiografia altamente introspectiva e reflexiva, o livro
(cuja tradução mais famosa é Minha Luta) estabeleceu os conteúdos básicos da
ideologia nazista como proposta de prática política.
Em sua narração biográfica, Hitler estabelece sua defesa ao anticomunismo, ao hipernacionalismo, à supremacia ariana, ao antissemitismo e ao belicismo fanático, sua apologia autodeclarada à extrema-direita e a constante afirmação da necessidade de perseguir e destruir as influências do marxismo e das ideologias de classe na sociedade alemã.
O PRESIDENTE CRITICOU A ANCINE POR PRODUZIR O FILME PROTAGONIZADO POR DEBORAH SECCO. FOTO: MONTAGEM
O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta quinta-feira (18)
que pretende transferir a Ancine (Agência Nacional do Cinema) do Rio de Janeiro
para Brasília e criticou o patrocínio federal a produções audiovisuais que,
segundo ele, fazem “ativismo”.
Em cerimônia em comemoração aos 200 dias do atual governo,
ele disse que não pode admitir que dinheiro público seja destinado a filmes
como o da Bruna Surfistinha, em referência à produção do diretor Marcus Baldini
e que teve a atriz Deborah Secco como protagonista.
“Agora pouco, o [ministro da Cidadania] Osmar Terra e
eu fomos para um canto e nos acertamos. Não posso admitir que, com dinheiro
público, se façam filmes como o da Bruna Surfistinha. Não dá. Ele apresentou
propostas sobre a Ancine, para trazer para Brasilia. Não somos contra essa ou
aquela opção, mas o ativismo não podemos permitir em respeito às famílias. É
uma coisa que mudou com a chegada do governo”, disse.
Nesta quinta-feira (18), o presidente assinou decreto que
transferiu o Conselho Superior do Cinema, responsável pela formulação da
política nacional de audiovisual, do Ministério da Cidadania para a Casa Civil.
Bolsonaro está insatisfeito com a política de fomento ao cinema e fará
alterações na atual estrutura.
Bolsonaro cogitou, inclusive, diluir as funções da agência
reguladora em um departamento da própria pasta, o que seria feito por meio de
uma medida provisória. A possibilidade, no entanto, foi negada por Osmar Terra,
segundo o qual continuará no atual formato, mas agora sediada na capital
federal.
“A Ancine, na verdade, era para ser em Brasília. Ela
estava, numa forma extemporânea, inadequada, no Rio de Janeiro. Até por
conforto do pessoal que morava no Rio de Janeiro. Então, nós estamos trazendo
de volta, ela tem que ficar aqui”, disse. “Ela não vai ter a função
distribuída no ministério. A política é nossa”, acrescentou.
Segundo relatos feitos à Folha de S.Paulo por assessores
presidenciais, a mudança da Ancine para Brasília e a transferência do órgão
colegiado para a Casa Civil fazem parte de uma tentativa do presidente de ter
mais influência sobre as decisões das estruturas federais.
Em abril, também contrariado com o conteúdo de uma produção
audiovisual, o presidente interveio no Banco do Brasil e pediu que uma
propaganda televisiva direcionada ao público jovem fosse vetada. A peça
publicitária trazia diversidade sexual e racial.
“Não tem problema o conselho ir para outra pasta. Tem
um monte de conselhos na Casa Civil. Na Casa Civil, em geral, as decisões mais
importantes estão lá com eles. Mas a política do audiovisual é toda
nossa”, disse Terra.
No final do ano passado, o ex-presidente Michel Temer já
havia feito alterações no colegiado de cinema, diminuindo o espaço de cineastas
brasileiros e aumentando o de representantes das telecomunicações.O conselho
foi criado em 2001 e é composto por nove titulares e nove suplentes. É
competência dele também aprovar diretrizes gerais para o desenvolvimento da
indústria audiovisual e estimular a presença do conteúdo brasileiro nos
segmentos de mercado.
Os representantes da indústria audiovisual e da sociedade civil, assim como seus suplentes, são nomeados pelo presidente para mandatos de dois anos, sendo permitida uma recondução.
OS DOIS HOMENS FORAM LEVADOS PARA PRESTAR DEPOIMENTO NA POLÍCIA FEDERAL — FOTO: JULIANNE BARRETO/INTER TV CABUGI
Um traficante e um suspeito de clonar veículos foram presos
na tarde desta quinta-feira (18) na Região Metropolitana de Natal por policiais
militares do 11º Batalhão. A dupla é investigada pelos crimes pela Polícia
Federal do Acre e de Rondônia, seus estados de origem. Essas prisões, no
entanto, não tem relação com o acordo firmado nesta tarde entre o Governo do RN
e a PF para combater o crime organizado no estado.
O traficante de 33 anos tinha contra ele um mandado de
prisão por tráfico de drogas no qual é condenado a 17 anos de reclusão. O outro
homem, de 51 anos, é suspeito de clonar placas de veículos.
Após a prisão, eles foram encaminhados para a sede da
Polícia Federal (PF) em Natal para prestar depoimento.
Segundo informações da PM, o traficante é natural do
município de Brasiléia, no interior do Acre. De acordo com a PM, no momento em
que o criminoso estava sendo preso, ele chegou a oferecer R$ 100 mil para
tentar subornar os policiais militares. O criminoso também estava com um
documento falso.
O outro homem, natural de Porto Velho, em Rondônia, ele foi preso com um 76 gramas de cocaína, R$ 6 mil em espécie e comprovantes de depósitos bancários. Segundo a PM, ele é acusado de clonagem de veículos e porte ilegal de arma.
A INFLUENCER MORREU NA SEGUNDA-FEIRA (15) APÓS PULAR DO NONO ANDAR DO PRÉDIO EM QUE MORAVA, NO RIO DE JANEIRO, UM DIA APÓS SE CASAR CONSIGO MESMA. FOTO: DIVULGAÇÃO/REDES SOCIAIS
Uma vaquinha intitulada ‘Ajude a Alinne Araújo e familiares’
chamou a atenção de muita gente na tarde desta quarta-feira (17). A ação, que
pede dinheiro para pagar gastos com velório, enterro e cerimônias no entanto da
blogueira Alinne Araújo, é falsa; denuncia Dayana Rosa, amiga da blogueira.
Nos Stories do Instagram, Rosa negou que a família de Alinne
precise de ajuda financeira. A influencer morreu na segunda-feira (15) após
pular do nono andar do prédio em que morava, no Rio de Janeiro, um dia após se
casar consigo mesma no domingo (14), após ser abandonada pelo noivo, Orlando
Costa, no sábado (13). Ele terminou tudo por mensagem de texto em aplicativo.
“Estou vindo aqui falar porque está difícil pra caramba e
ainda tem seres humanos desprezíveis que estão fazendo perfis da Alinne e do
Orlando também, perfis falsos, pedindo ajuda pra vaquinha de enterro. Isso é
tudo mentira! Por favor, denunciem! Por favor, mesmo!”, iniciou.
Ninguém da família dela precisa de ajuda pra nada. A gente precisa agora é de sossego e paz. Vou deixar um print do perfil e da vaquinha. Denunciem! Não acreditem nessa vaquinha porque é mentira”, disse ela.
O VÍDEO QUE CAUSOU RISADAS NO CANTOR É DE UMA ENTREVISTA QUE O FILHO DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA DEU PARA A FOX NEWS, DOS EUA, HÁ SETE MESES. FOTO: REPRODUÇÃO/INSTAGRAM
Em um vídeo que circula pelas redes sociais, o cantor e
compositor Caetano Veloso aparece rindo da pronúncia em inglês do deputado
federal Eduardo Bolsonaro (PSL/SP), cotado para assumir a embaixada brasileira
nos Estados Unidos da América (EUA). Segundo o Presidente Jair Bolsonaro, a
fluência do filho em inglês é um dos principais motivos para ele estar sendo
cotado.
Nas imagens, uma mulher que não aparece e nem é
identificada, questiona o motivo das gargalhadas de Caetano. O cantor então
responde que é do “Eduardo Bolsonaro falando inglês”. O vídeo que
causou risadas em Caetano é de uma entrevista que o filho do presidente da
República deu para a Fox News, dos EUA, há sete meses. Nela, Eduardo fala sobre
os planos do governo eleito e dos novos ministros Paulo Guedes (Economia) e
Sérgio Moro (Justiça).
Indicação à embaixada
O presidente da República afirmou, na semana passada, que
cogita indicar o filho Eduardo Bolsonaro para ser o novo embaixador do país nos
EUA. Entre outras críticas, a indicação foi apontada por muitos como nepotismo.
Desde a fala do presidente, membros do governo argumentam a favor da legalidade e da escolha de colocar o parlamentar no posto. O próprio Eduardo chegou a afirmar que tem experiência para a função, já que fala bem inglês e já fritou hambúrguer no país.
NO FINAL DE ABRIL, BOLSONARO ASSINOU O DECRETO QUE ACABAVA COM A MEDIDA ADOTADA EM ALGUNS ESTADOS DO PAÍS. FOTO: VALTER CAMPANATO/AGÊNCIA BRASIL
O presidente Jair Bolsonaro (PSL) deu a entender, durante
seu pronunciamento nas redes sociais, nesta quinta-feira (18), que pode rever o
decreto que suspende o horário de verão. Antes de anunciar a inauguração de uma
usina fotovoltaica flutuante em cima das águas do lago de Sobradinho (PE), ele
sinalizou a possibilidade de voltar com a medida.
“A minha caneta Bic está à disposição de vocês, qualquer
decreto pode ser modificado. A gente entra em contato com a assessoria de
assuntos jurídicos e estuda. Se for o caso, a gente altera o decreto para
atender o bem-estar da população, sem extrapolar os limites da lei”, afirmou
Bolsonaro.
No final de abril, Bolsonaro assinou o decreto que acabava
com a medida adotada em alguns estados do país. A decisão de acabar com o
horário de verão este ano foi baseada em um parecer do ministro de Minas e
Energia, Bento Albuquerque, que aponta pouca efetividade na economia
energética.
No ano passado, estudos da Secretaria de Energia Elétrica
(SEE), do Ministério de Minas e Energia (MME), em parceria com o Operador
Nacional do Sistema Elétrico (ONS), apontaram que a medida não tem sido
eficiente na economia de energia, já que os resultados alcançados foram
próximos à “neutralidade”.
O horário de verão foi criado em 1931 com o intuito de
economizar energia, a partir do aproveitamento de luz solar no período mais
quente do ano, e tem sido aplicado no país, sem interrupção, ao longo dos
últimos 35 anos.
Normalmente, o horário de verão ocorria entre outubro e fevereiro, quando os relógios eram adiantados em uma hora, e vigorava nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Espírito Santo, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e no Distrito Federal.
O PROCON AFIRMOU QUE A PUBLICIDADE É ABUSIVA POR SER DISCRIMINATÓRIA. FOTO: ILUSTRAÇÃO
O Ministério
Público de Minas Gerais (MPMG), por meio do Instituto de Defesa do Consumidor
de Minas Gerais (Procon-MG), multou uma choperia mineira por uma publicidade
considerada abusiva. O estabelecimento de Uberlândia, no Triângulo Mineiro, fez
uma publicação nas redes sociais na qual informava: “Mulheres de minissaia
ou vestido acima do joelho não pagam até as 23h e bebem a noite toda”.
O post foi
feito em 25 de junho de 2017, mas a decisão do MPMG foi tomada na segunda-fira
(16/7). O Procon afirmou que a publicidade é abusiva por ser discriminatória.
“Os
termos da publicidade difundida reforçam, sobremaneira, a objetificação da
mulher. Isso porque, mesmo que de forma velada, o anúncio em apreço preconiza a
qualificação do público feminino como um atrativo da casa, conduta que se
revela extremamente discriminatória e repudiável”, escreve na decisão o
promotor Fernando Rodrigues Martins, que estipulou multa de R$ 720,35.
O promotor
esclarece, ainda, que a publicidade vai contra a igualdade de gênero almejada
pela Constituição Federal. “Na medida em que a aparência da mulher, e,
especificamente, o tamanho da roupa, importam mais do que todos os outros
aspectos que as definem enquanto indivíduos”, afirma. Ao ser notificado, o
proprietário apagou o post e fez uma retratação na página, ainda antes do
processo. A decisão cabe recurso.
De acordo com a advogada de direito do consumidor Ana Victória Silva, o caso expõe prática abusiva. “Não se pode elevar sem justa causa o preço de produtos e serviços, e eles estão concedendo um valor menor para as moças que forem de saia. Mas envolve não só a questão do consumo. É uma discriminação. Viola o princípio da isonomia da Consituição Federal. As mulheres têm lutado muito para tirar essa cultura da objetificação do Brasil”, explica.
Cobrança diferenciada para homens e mulheres
No DF, houve
um caso parecido. Em 2017, uma juíza considerou ilegal que preços de eventos
fossem cobrados de forma diferenciada para homens e mulheres. O caso era
referente a uma produtora que vendia a meia-entrada masculina a R$ 220 e a
feminina a R$ 170.
Ainda em 2017, uma decisão do Ministério da Justiça determinou que bares e casas noturnas não podem mais cobrar preços diferenciados por gênero. A decisão levou em conta que isso seria uma discriminação de gênero, já que a mulher estaria sendo usada como um produto. Os consumidores podem acionar o Procon caso vejam algum estabelecimento fazendo esse tipo de promoção.
A PLATAFORMA QUER ACABAR COM ATAQUES CONTRA MULHERES, AFRODESCENDENTES E HOMOSSEXUAIS. FOTO: ILUSTRAÇÃO
O Instagram anunciou novas regras que ditarão se alguém deve ou não ser banido da rede social, confirmando que passará a notificar os utilizadores se estiverem em risco de serem expulsos.
Anteriormente, o Instagram apenas bania utilizadores com uma
determinada percentagem de conteúdo proibido. Porém, foi confirmado que também
serão banidos os utilizadores que publiquem este tipo de conteúdo durante um
determinado período temporal.
Quanto ao período temporal em si, o Instagram não explicitou
detalhes. Porém, sabe-se que entre o conteúdo visado pelo Instagram está nudez,
pornografia, assédio, discurso de ódio ou venda de drogas.
A medida vai de encontro ao plano contra o bullying dentro da rede social. A plataforma quer acabar com ataques contra mulheres, afrodescendentes e homossexuais.
O PROGRAMA ATENDE CIDADÃOS EM SITUAÇÃO DE POBREZA E DE EXTREMA POBREZA. FOTO: AGÊNCIA BRASIL
Mais de 11
mil famílias solicitaram desligamento voluntário do Bolsa Família em 2019,
segundo o Ministério da Cidadania. Geralmente, o cancelamento do benefício é
pedido quando beneficiário consegue um emprego formal.
O programa
atende cidadãos em situação de pobreza e de extrema pobreza e inclui famílias
com renda por pessoa entre R$ 89,01 e R$ 178 mensais, desde que tenham crianças
ou adolescentes de 0 a 17 anos.
Segundo a
pasta, se a família que solicitou o desligamento voluntário precisar novamente
do benefício, o processo é simples. Se o pedido foi há menos de 36 meses, basta
procurar o setor responsável pelo Bolsa Família na sua cidade, levar a
documentação e solicitar a reversão do cancelamento.
Famílias
consideradas abaixo da linha da pobreza, com renda per capta de até R$ 178 por
mês, tem retorno garantido ao programa. Para solicitar a reinclusão, o
beneficiário deve procurar o setor responsável pelo Bolsa Família de seu
município. É necessário levar CPF ou título de eleitor e documento de
identificação do responsável familiar. Além disso, é preciso apresentar a
documentação de todos os integrantes da família, para atualizar o cadastro.
Os municípios e o Distrito Federal são os responsáveis pelo cadastramento das famílias — assim, as famílias interessadas devem ir ao setor do Bolsa Família e do Cadastro Único em sua cidade. Em muitos locais, o cadastramento também pode ser realizado nos Centros de Referência da Assistência Social (Cras).
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