O ministro da Cultura, Roberto Freire (PPS), comunicou na tarde de hoje à Presidência da República, via o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, que o PPS entende que o melhor caminho a ser tomado pelo presidente Michel Temer é a renúncia. O partido deverá esperar até o final da tarde pelo pela decisão presidencial. Se Temer não renunciar, o PPS vai entregar os cargos que mantém no governo federal.
O ministro Raul Jungmann (Defesa), também do PPS, já comunicou aos militares que deve renunciar ao cargo.
Parlamentares do PPS no Congresso Nacional divulgaram hoje uma nota à imprensa, na qual defendem que Temer precisa renunciar imediatamente para a preservação dos interesses do Brasil, com a manutenção da recuperação da economia, a retomada do crescimento e a geração de empregos.
Segue a nota na íntegra:
Nota à imprensa
As bancadas do PPS na Câmara dos Deputados e no Senado Federal vêm a público, diante dos últimos acontecimentos na esfera política, manifestar seu posicionamento:
As denúncias até então divulgadas são de tal gravidade, que se for confirmado o teor da delação do empresário Joesley Batista, o presidente Michel Temer precisa renunciar imediatamente para a preservação dos interesses do Brasil, com a manutenção da recuperação da economia, a retomada do crescimento e a geração de empregos.
Caso venha a público tal áudio com o teor já adiantado pela imprensa, o presidente Michel Temer perde a capacidade de continuar à frente do comando do país e é necessário que esse vácuo de governabilidade seja preenchido o mais rapidamente possível.
A saída para a crise deve respeitar o balizamento constitucional. Esta obediência à Carta Magna fará com que os poderes da República busquem a solução democrática, inclusive até com a possibilidade de realização de nova eleição direta, devolvendo para o povo a chance da escolha daquele que comandará o país até 2018.
Também mantemos a confiança e o apoio à operação Lava Jato que tem produzido resultados positivos ao conjunto da sociedade que não tolera, nos dias de hoje, corrupção e impunidade.
As bancadas do PPS na Câmara e no Senado encaram, mais um vez, com responsabilidade esse novo desafio e tudo fará em nome do interesse coletivo da Nação.
Brasília, 18 de maio de 2017