
O presidente argentino Javier Milei anunciou que os residentes de Nova York que “tenham que fugir do comunismo” poderão encontrar refúgio na Argentina.
A declaração foi feita durante sua participação na conferência CPAC Miami, na Flórida, onde Milei endereçou críticas ao novo prefeito de Nova York, Zohran Mamdani, acusando-o de instalar “um regime comunista” na cidade.
Milei afirmou:
“Dedico estas palavras aos nova-iorquinos, que trilharam o caminho oposto ao da Argentina e agora viverão sob um partido comunista. Devem saber que, se as coisas ficarem difíceis, serão sempre calorosamente recebidos em nossa terra, caso busquem prosperar.”
Em seu discurso, o presidente argentino aproveitou para destacar, diante de uma plateia internacional, o compromisso da Argentina com o conservadorismo e a liberdade individual, reforçando a imagem de seu governo como uma alternativa a modelos estatistas.
Segundo a cobertura, o convite para falar no CPAC foi concedido após seu partido conquistar avanços nas eleições legislativas argentinas.
Com a menção direta à cidade de Nova York, Milei faz um gesto simbólico: coloca a Argentina como destino para quem busca escapar de políticas que considera “comunistas”.
O recado têm forte componente midiático, mostrando alinhamento com o bloco de direita internacional e com lideranças conservadoras fora da Argentina.
Ao caracterizar o governo de Nova York como comunista (e ao oferecer “acolhida” àqueles contrários a esse modelo) Milei busca reforçar sua narrativa de oposição ao estatismo, ao intervencionismo e ao que define como “agenda de esquerda”.
A mensagem é, ao mesmo tempo, geopolítica e ideológica: ampliando seu alcance além das fronteiras argentinas, ele se posiciona como líder de uma onda conservadora latino-americana que dialoga com o público nos EUA e no exterior.
Diário do Poder
