A CGU (Controladoria Geral da União) e o MP-PB (Ministério Público do Estado da Paraíba) deflagraram na manhã desta 4ª feira (9.dez.2020) a 10ª fase da operação Calvário, que investiga uma suposta organização criminosa no governo paraibano.
Foram expedidos 1 mandado de prisão preventiva contra Coriolano Coutinho, irmão do ex-governador Ricardo Coutinho (PSB), e 2 de busca e apreensão nas cidades de João Pessoa, capital do Estado, e Bananeiras, no interior.
Esta é a 2ª vez que Coriolano é preso. Em dezembro de 2019, ele e Ricardo Coutinho foram presos preventivamente também pela operação Calvário. Segundo a CGU, Coriolano violou as regras das medidas cautelares relativas ao uso de tornozeleira eletrônica.
As investigações, iniciadas em 2018, apuram supostas irregularidades de OS’s (Organizações Sociais), empresas comerciais e agentes públicos e políticos.
O inquérito aponta que, no período de 2011 a 2019, somente em favor das OS’s contratadas para gerir os serviços essenciais da saúde e da educação, o governo da Paraíba pagou mais de R$ 2,1 bilhões, dos quais estima-se dano ao erário superior a R$ 134 milhões.
De acordo com a CGU, a 10ª fase da operação Calvário tem por objetivo coletar provas de crimes apurados nas fases anteriores, além de ocultação patrimonial e lavagem de dinheiro.
“As irregularidades praticadas pela organização criminosa impactaram fortemente a qualidade do atendimento prestado à população carente nos hospitais públicos estaduais gerenciados pelas OS’s, bem como a qualidade do ensino público estadual prestado à população da Paraíba”, afirmou a CGU.
Poder360