Aos 16 anos, Leticia Trevisan ganhou notoriedade e seguidores nas redes sociais após protagonizar uma das cenas mais emblemáticas da TV nesta semana: fazer o L de Lula no programa Silvio Santos durante a troca de afagos entre o dono do SBT e o deputado estadual Frederico d’Ávilla, do PL de São Paulo, que bajulavam Jair Bolsonaro (PL).
Junto com a fama nas redes, veio o convite para uma conversa com o PT – possivelmente para estrelar a campanha de Lula – e o ataque de haters, os odientos apoiadores de Bolsonaro, que destilaram preconceito e racismo em ameaças a Letícia.
“Me xingaram bastante, mas o que mais me machucou foram comentários como ‘neguinha’ e ‘tinha que ser da favela mesmo’. É Racismo puro”, disse em entrevista à Folha nesta sexta-feira (1º).
Ao contrário do que foi divulgado, Letícia afirmou nas redes que foi informada pela caravanista – que leva pessoas ao SBT – que está liberada para voltar à plateia de Silvio Santos, mas que é preciso esperar “a poeira baixar” justamente por causa das ameaças recebidas nas redes.
“Minha caravanista entrou em contato comigo e disse que eu estou liberada para ir no SBT. Ela está preocupada em eu ir aos programas que acabam tarde e acontecer alguma coisa comigo na rua por causa dos haters que venho recebendo”, diz ela, emendando: “Ou seja, posso voltar a ir, mas por um tempo é melhor não ir”.
Letícia diz ainda que fez o L porque o deputado “disse que a maioria dos brasileiros apoia a reeleição de Bolsonaro nas eleições em outubro”. “Quem, minha gente? Ninguém que eu conheço vai voltar nele”, disse.
A garota ainda afirmou o motivo de declarar seu voto em Lula. “Quando ele era presidente, a comida era mais barata. As pessoas tinham mais poder de compra, tinham emprego”.
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