SELO BLOG FM (4)

Categoria: Senado Federal

Editorial: “Sombras sobre Temer”

Imagem: Reprodução

Imagem: Reprodução

Em editorial neste sábado 23, a Folha de S. Paulo aponta “sombras” sobre o governo do vice-presidente, Michel Temer, ao destacar citações do nome do peemedebista em delações da Operação Lava Jato. “Acumulam-se os indícios sobre os quais Temer haverá de prestar esclarecimentos”, diz o texto.

“Ainda que nenhuma dessas suspeitas se confirme, é inegável que um eventual governo Temer, por mais desafogo que confira ao ambiente econômico, estará longe de representar a solução para a crise”, coloca o jornal, comandado por Otávio Frias Filho.

“Talvez Temer se sinta tentado a interferir no rumo das investigações, bloqueando eventual fonte de deslegitimação. Mas ele sabe que não pode fazer isso: o apoio à Lava Jato assumiu tal força que qualquer intromissão indevida corresponderia a um suicídio político”, conclui o editorial.

Dilma sugere que Mercosul e Unasul avaliem processo de impeachment

Imagem: Reprodução

Imagem: Reprodução

A presidenta Dilma Rousseff sugeriu que o Mercado Comum do Sul (Mercosul) e a União dos Países Sul-Americanos (Unasul) avaliem o processo de impeachment contra ela no Congresso Nacional, que classifica como “golpe”, durante entrevista coletiva nos Estados Unidos, hoje (22), onde discursou na Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU), em Nova York, na cerimônia de assinatura do Acordo do Clima de Paris.

A presidenta brasileiro se disse vítima e injustiçada com o processo, que vai se esforçar “muito” para convencer os senadores de que não cometeu crime de responsabilidade e que “dizer que não é golpe é tapar o sol com a peneira”.
Ao ser indagada pelos jornalistas sobre a repercussão internacional que o tema está provocando, Dilma contou que recebeu solidariedade de alguns presidentes que lhe desejaram “força”. Segundo ela, “Outros disseram: ‘Solidariedade, é difícil. Segura, você é corajosa’. Eu vou dizer o seguinte. Está em curso no Brasil um golpe. Então, eu gostaria que o Mercosul e a Unasul olhassem esse processo”, disse. De acordo com ela, a “cláusula democrática”, prevista nas regras do Mercosul, prevê que seja feita uma avaliação dos casos.

Dilma afirmou que não acusa ninguém que propõe eleição direta de golpista, mas que deve aos seus 54 milhões de eleitores a defesa do seu mandato: “Não sou contra eleições de maneira alguma. Acho que uma coisa é eleição direta, com voto secreto das pessoas e o povo brasileiro participando. Mas acho que tem de ser me dado o direito de defender meu mandato. Não sou uma pessoa apegada a cargo. Agora, eu estou defendendo meu mandato”, disse.

 / AFP PHOTO / JEWEL SAMAD

/ AFP / Jewel Samad

‘Mentira, gravidez de 35 semanas não tem risco’, diz deputado sobre colega licenciada

Clarissa Garotinho se tornou alvo de polêmica após anunciar que não compareceria à votação. (Foto: Reprodução/ BBC Brasil)

Clarissa Garotinho se tornou alvo de polêmica após anunciar que não compareceria à votação. (Foto: Reprodução/ BBC Brasil)

As últimas 48 horas em Brasília têm sido marcadas pelo esforço de governistas e oposicionistas pela conquista de deputados indecisos sobre o afastamento da presidente. Além dos que estão em cima do muro, os já decididos também são alvo – pelo menos 15 parlamentares teriam mudado de ideia às vésperas da votação.

O nível a que chega a disputa por apoio na reta final da discussão sobre admissibilidade do processo na Câmara é ilustrado por uma polêmica envolvendo uma deputada grávida de 35 semanas, que afirma ter recebido ordens médicas para não se deslocar de avião para a votação no Congresso.

Para Alberto Fraga (DEM), deputado mais votado do Distrito Federal, Clarissa Garotinho (PR-RJ) deveria seguir o exemplo da travessia feita por Maria, mãe de Jesus, e viajar a Brasília para participar da votação sobre o impeachment.

“Alguém avise pra Clarissa Garotinho que Maria viajou de Nazaré pra Belém de jumento, pra cumprir sua missão, e pariu Jesus, forte e com saúde”, argumentou Fraga pelo Twitter.

A deputada passou mal durante a votação da Comissão Especial do Impeachment. Para setores da oposição, ela, filha do ex-governador Anthony Garotinho (PR-RJ) – ex-aliado que se tornou inimigo do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), – teria pedido licença médica para se abster, o que favoreceria a presidente Dilma Rousseff.

Para Alberto Fraga, deputada deveria seguir exemplo de Maria, mãe de Jesus. (Foto: Reprodução)

Para Alberto Fraga, deputada deveria seguir exemplo de Maria, mãe de Jesus. (Foto: Reprodução)

Sessão mais longa da história na Câmara: Recorde de 41 horas deve ser batido às 2h de domingo

Imagem: Reprodução

Imagem: Reprodução

Após a fase dos partidos, começaram os discursos individuais dos deputados, o que deve varar a madrugada deste sábado para domingo. Cada parlamentar terá três minutos para manifestar sua posição sobre o destino de Dilma. Por acordo entre os partidos de oposição, 60 dos 170 inscritos para falar a favor do impeachment retiraram seus nomes da lista por já terem discursado durante a fase de posicionamento dos partidos. Outros 79 colocaram seus nomes para defender o atual governo. A ideia é que esta fase acabe até 14h de domingo, quando começará a votação.

Essa deverá ser a sessão mais longa da história do Legislativo. Até hoje, a mais extensa foi para votar a medida provisória dos Portos, no primeiro mandato da presidente Dilma, também em outro embate da petista com o hoje presidente da Casa, Eduardo Cunha (RJ) – que na época era líder do PMDB. O recorde de 41 horas deverá ser batido às 2h de domingo caso a sessão continue.

Políticos intensificam debate do impeachment no Twitter

Imagem: Reprodução/ Valor Econômico

Imagem: Reprodução/ Valor Econômico

SÃO PAULO – Além das intensas negociações junto aos deputados indecisos e dos discursos dos parlamentares na Câmara, a véspera da votação do pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff é marcada pelos debates nas redes sociais. Os pronunciamentos no plenário da Casa já duram mais de 30 horas, mas na internet o debate não tem hora para acabar. Veja abaixo um extrato das mensagens postadas por deputados no Twitter, atualizada em tempo real:

Informações: Valor Econômico

A guerra do impeachment

Imagem: Arquivo

Imagem: Arquivo

Surpreso com o rápido avanço do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff, há pouco mais de duas semanas, o ex-presidente José Sarney (PMDB-­AP) aconselhou seu círculo mais chegado de deputados sobre como proceder na Câmara. “Deixem o Marun (Carlos Marun, do PMDB de Mato Grosso do Sul) comprar as brigas com o governo e fiquem calados, sem atrair atenção”, disse, em uma conversa em sua casa. “Na hora da votação, votem como quiserem.” Os presentes entenderam isso mais como orientação estratégica do que como mero conselho. O Sarney que orientou deputados a jogar na ambiguidade é o mesmo que, em seguida, recebeu em sua casa a presidente Dilma Rousseff para dar conselhos para enfrentar a barafunda. Dilma sabe que Sarney tem de ser cortejado. Por isso, na semana passada alocou o ex-­ministro Gastão Vieira, aliado de Sarney, na presidência do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE). “Uma vida cheia de inesperados desafios. Acabo de ser nomeado presidente do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação, do Ministério da Educação. Orem por mim”, escreveu Gastão em sua conta no Twitter. O FNDE é responsável por políticas educacionais do Ministério da Educação (MEC) e por convênios com todos os Estados.

Imagem: Arquivo

Imagem: Arquivo

Informações: Época

“Se estabeleceu um bazar a céu aberto para descrédito do país”, afirmou o deputado Rogério Marinho (PSDB-RN)

Imagem: TV Câmara/ Brasília

Imagem: TV Câmara/ Brasília

O deputado Rogério Marinho (PSDB-RN) acusou o governo de “aparelhar” a máquina pública com aliados e de oferecer cargos em troca de apoio. “Se estabeleceu um bazar a céu aberto para descrédito do país”, afirmou.

O tucano fez diversas críticas ao PT e afirmou que o partido tem características de regimes totalitários e de culto ao líder, em referência ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Disse ainda que a legenda “montou o maior esquema de corrupção” e “saqueou os cofres públicos”.

Imagem: TV Câmara/ Brasília

Imagem: TV Câmara/ Brasília

Enquanto isso, a deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ) disse que já imaginava, “desde o primeiro dia” da instalação da comissão, o conteúdo do relatório do deputado Jovair Arantes, classificado por ela de “prognóstico terrorista” e “ilegal”.

Ao dizer que não se “surpreendeu” com o voto de Jovair, a parlamentar acrescentou: “E eu esperava uma manobra um pouco menos explícita neste relatório”. Jandira disse ainda que o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), não tem “autoridade política” para comandar o processo de impeachment de Dilma.

Ela também atacou a “aliança” que Cunha fez com o vice-presidente da República Michel Temer, a quem ela atribui uma “conspiração” pelo afastamento de Dilma.

“Por conta da viúva”: Senado gasta R$ 269,2 mil com frentistas e lavadores de carro de senadores

SENADORES TEM A SUA DISPOSIÇÃO LAVADORES DE CARRO PAGOS PELO SENADO FEDERAL

SENADORES TEM A SUA DISPOSIÇÃO LAVADORES DE CARRO PAGOS PELO SENADO FEDERAL

Além do gasto de milhões com a locação de veículos para transporte de senadores, o Senado Federal também reserva recursos para contratação de frentistas e lavadores de automóveis. Ao todo, R$ 269,2 mil foram empenhados para que seis funcionários façam esse serviço. O valor atende ao período de um ano.
Os recursos correspondem à demanda de dois frentistas (R$ 97,2 mil), para controle de abastecimento de veículos, e quatro lavadores de automóveis (R$ 172 mil). O serviço é prestado pela empresa “Interativa Empreendimentos e Serviços de Limpeza e Construções Ltda”. A empresa tem contrato com o Senado desde 2012.
De acordo com o edital de licitação do contrato, a justificativa do gasto está no fato de o Senado Federal não dispor das categorias profissionais objeto desta licitação em seu quadro de servidores.
“Há necessidade de dotar a Coordenação de Transportes do Senado Federal de uma equipe mínima para proceder à lavagem e abastecimento dos veículos que atendem aos Senadores e órgãos do Senado Federal”, explica o edital.
O quantitativo de mão-de-obra solicitado é suficiente para a lavagem e abastecimento de 92 veículos, sendo 81 dos Senadores, quatro da direção da Casa, três da Secretaria de Polícia, dois que atendem à Presidência do Senado Federal e duas ambulâncias. Leia mais: http://www.contasabertas.com.br (Com informações de Dyelle Menezes, do Contas Abertas).