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Categoria: Saúde

Governo quer fechar acordo para reduzir níveis de açúcar em alimentos

ACORDO É COM A INDÚSTRIA DE ALIMENTOS PROCESSADOS PARA A REDUÇÃO DO NÍVEL DE AÇÚCAR EM VÁRIOS PRODUTOS

O ministro da Saúde, Gilberto Occhi, anunciou hoje (1º), em Brasília, que ainda este mês será finalizado um acordo com a indústria de alimentos processados para a redução do nível de açúcar em vários produtos.

Segundo ele, nesse primeiro momento, a proposta vai incluir iogurtes, achocolatados, sucos em caixinha, refrigerantes, bolos e biscoitos.

“Cada um terá um nível de redução de açúcar, que será estabelecido até 2021, quando sentaremos novamente com a indústria para definir um novo patamar”, disse Occhi, durante o lançamento de uma pesquisa sobre perfil da população idosa brasileira.

O ministro disse que o acordo com a indústria é uma das ações preventivas contra problemas de saúde que poderão contribuir para a melhoria da qualidade de vida população idosa em crescente envelhecimento no país.

Atualmente, os idosos representam 14,3% dos brasileiros, ou seja, 29,3 milhões de pessoas.

Agência Brasil

Campanha de Vacinação Contra Poliomielite e Sarampo termina nesta sexta em Natal

APÓS O PERÍODO, A VACINA SEGUE DISPONÍVEL NAS UNIDADES DE SAÚDE, DE ACORDO COM O ESTOQUE DE CADA UNIDADE.

A Campanha de Vacinação Contra Poliomielite e Sarampo termina nesta sexta-feira (28) em Natal. Pais e responsáveis podem levar seus filhos em qualquer unidade de saúde da capital potiguar para serem vacinados. Após o período, a vacina segue disponível nas unidades de saúde, de acordo com o estoque de cada unidade.

A SMS alerta que a vacinação é a única forma de impedir a propagação do vírus do sarampo, que voltou a circular no país, e evitar a reintrodução do vírus da paralisia infantil. Mesmo aqueles que já receberam as doses devem ser vacinados. A imunização contra o sarampo deve ser feita nas crianças de um até menores de cinco anos, independentemente de quantas doses tomou durante a vida.

Já a vacina contra poliomielite deve ser aplicada nas crianças de um até menores de cinco anos, independentemente de quantas doses já tomaram durante a vida. Caso ainda não tenha sido vacinada, será realizada a aplicação inativada de poliomielite. Já se a criança tiver sido vacinada uma ou mais vezes, será feita a vacina oral.

Até o momento, foram imunizadas 37.411 crianças contra poliomielite e 35.326 contra sarampo. A Campanha de Vacinação Contra Poliomielite e Sarampo teve início do dia 06 de agosto.

Recomendação do MPRN reforça que Sesap regule acesso às cirurgias eletivas nos Hospitais Regionais

 

 

PARA O MPRN, A SESAP ESTÁ AGINDO DE FORMA PRECIPITADA E VEM CONSTRUINDO “ARRANJOS PARA A REALIZAÇÃO DE CIRURGIAS ELETIVAS EM SUAS UNIDADES HOSPITALARES” (FOTO: THINKSTOCK)

O Ministério Público do Rio Grande do Norte (MPRN) encaminhou ao novo secretário estadual de Saúde, Sidney Domingos Ferreira de Souza e Santos, uma recomendação para que a Secretaria Estadual de Saúde Pública (Sesap) somente oferte cirurgias eletivas nas unidades hospitalares estaduais se for garantido o acesso regulado para todos os pacientes que aguardam pelos procedimentos em todo o território estadual. O documento foi enviado para publicação no Diário Oficial do Estado (DOE) deste sábado (22).

Esta recomendação é resultado de recentes diligências realizadas no âmbito do inquérito civil que apura a execução do projeto Fôlego Novo. No curso da investigação, a equipe do Centro de Apoio às Promotorias de Justiça de Defesa da Saúde (Caop Saúde), órgão do MPRN, realizou visitas aos hospitais de Macaíba e João Câmara.

Em Macaíba, a equipe apurou que as cirurgias de catarata foram realizadas por uma equipe oftalmológica de uma clínica privada. Ao mesmo tempo, não foi possível confirmar os nomes dos pacientes, visto que as ocorrências da enfermagem do hospital apenas constam o quantitativo de cirurgias realizadas, sem boletins de sala ou prontuários, já que os documentos produzidos foram levados pela equipe da clínica que executou o mutirão.

Quanto às cirurgias de hérnia e vesícula, a equipe do Caop constatou que, ao confrontar a relação dos pacientes entregues pela gestão da Secretaria Municipal de Saúde de Macaíba, aptos a se submeterem aos procedimentos, apenas uma paciente estava na lista de regulação.

Já em João Câmara, a direção do hospital apenas teve ciência do interesse da Sesap para realização das cirurgias após a reunião em Natal com a equipe da Coordenadoria de Hospitais e Unidades de Referência (Cohur) no início de agosto. De outra banda, uma funcionária da Secretaria Municipal de Saúde da cidade relatou à equipe do Caop Saúde que estranhou o mutirão para cirurgias de cataratas em João Câmara, porque o município possui contrato formal com uma clínica e assegurou pactuação em todas as cidades da região.

Em Pau dos Ferros, a Promotoria de Justiça de Defesa da Saúde Pública foi procurada pela direção do Hospital Regional, explicando que a Sesap havia encaminhado um médico otorrinolaringologista para atendimentos ainda nesta semana, inclusive realizando cirurgias eletivas. No entanto, o hospital afirmou que não tem disponibilidade de leitos de internação para absorver essa nova ação assistencial.

Para o MPRN, a Sesap está agindo de forma precipitada e vem construindo “arranjos precários para a realização de cirurgias eletivas em suas unidades hospitalares em diversas regiões do Estado, sem garantir previamente a estrutura hospitalar adequada, recursos humanos suficientes, lançando mão, inclusive, da participação da iniciativa privada ao arrepio das previsões legais específicas da legislação sanitária que rege o SUS, restando patente a ausência de planejamento prévio que garanta o êxito dos atendimentos com adequada segurança para os usuários”, destaca trecho da recomendação.

Outras providências a serem adotadas pela Sesap são a identificação prévia de qual ente assegurará os exames pré-operatórios dos pacientes, se o município ou o próprio estado; a identificação da equipe responsável pelas cirurgias; assegurar os leitos de internação no Hospital Regional executor das cirurgias; assegurar previamente o material cirúrgico; e não permitir que clínicas privadas se utilizem das instalações físicas das unidades hospitalares estaduais.

A Sesap tem o prazo de 10 dias para informar o MPRN sobre as providências adotadas.

 

Fonte: MPRN

Comissão de Saúde da CMN quer um psiquiatra por distrito sanitário de Natal

A COMISSÃO DE SAÚDE DA CÂMARA MUNICIPAL REALIZOU UMA AUDIÊNCIA PÚBLICA PARA DISCUTIR O PROBLEMA DA FALTA DE MÉDICOS PARA ATENDIMENTOS PSIQUIÁTRICOS EM NATAL.

A Comissão de Saúde da Câmara Municipal (CMN) realizou uma audiência pública para discutir o problema da falta de médicos para atendimentos psiquiátricos em Natal. Entre os encaminhamentos, o grupo parlamentar vai defender que a Prefeitura mantenha o mínimo de um psiquiatra em cada distrito sanitário como forma de garantir acesso aos atendimentos e aos medicamentos controlados e de uso contínuo.
O vice-presidente da Associação Norte-riograndense de Psiquiatria (ANP), Emerson Arcoverde, explicou que a falta de atendimento tem deixado a população mais doente e provocado o aumento do caso de suicídios em Natal. Ele adiantou que são necessários mais profissionais para garantir a saúde mental da população.
“Várias são as ações necessárias para se prevenir o exercício, mas o principal é oferecer tratamento de qualidade em saúde mental, já que entre os principais fatores de risco para o suicídio é portar um transtorno mental sem tratamento. Mais de 90% das pessoas que se matam tem algum transtorno mental, mas mais de 90% dos portadores de transtorno mental não se matam porque tem um tratamento adequado. Apesar do esforço que a Prefeitura tem feito, o atendimento em psiquiatria é deficitário. O número de profissionais é muito aquém da real necessidade”, contou ao lembrar que um concurso público que está para ser homologado deve trazer mais 10 médicos para o Município, mas que esse número, mesmo assim, ainda é insuficiente.
A psicóloga Emanuelle Camelo, que integra a equipe de saúde mental do Município, explicou que o último concurso vai permitir a contratação de 10 psiquiatras para minimizar o quadro deficitário.
“Nós estamos aguardando a homologação do último concurso para a gente ter o quantitativo de psiquiatras ampliados. A gente está com um déficit, mas estamos fazendo um trabalho de lotação dos profissionais”, reforçou ao parabenizar a Comissão por promover o debate dentro do Setembro Amarelo..
O tema surgiu dentro do calendário do Setembro Amarelo, que instituiu o mês como para discutir a prevenção ao suicídio. O vereador Franklin Capistrano (PSB), médico psiquiatra por formação, elogiou a Comissão por discutir o tema na Casa e lembro da importância desses profissionais para combater o suicídio em Natal.
“Os debates acontecem exatamente no mês do Setembro Amarelo com todos conscientizando  população acerca da importância do tratamento de saúde mental para combater o suicídio. Nós já visitamos as unidades de Natal e só encontramos carências, dificuldades, demandas reprimidas e boa parte da população abandonada no que diz respeito a atendimento psiquiátrico. É importante alertar as autoridades para garantirmos a estabilidade emocional da nossa população e a Comissão de Saúde, mais uma vez, cumpre seu papel com esse debate”, analisou.
O presidente da Comissão, vereador Fernando Lucena (PT), explicou que a Comissão promoveu o debate para balizar a formatação de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) para garantir o mínimo de um médico psiquiatra 24 horas em cada distrito sanitário de Natal. Ele lembrou que devido a falta de atendimento, pessoas estão morrendo.
“As pessoas se internam em casos psiquiátricos. Essas pessoas têm alta não tem acompanhamento e volta novamente meses depois. E aquele leito que poderia ser ocupado por um novo cidadão volta a ser ocupado pelo mesmo paciente. É uma situação muito difícil, principalmente com os remédio que são contínuos, mas existe a demora no agendamento de uma consulta. Vamos propor o atendimento 24 horas porque, quando o remédio acaba, o paciente não tem a receita, porque não teve atendimento. É um medicamento controlado, que precisa do atendimento por um médico psiquiatra. Precisamos destravar isso para que o cidadão tenha acesso ao atendimento e ao medicamento”, explicou.

Em Natal, ONG “Reconstruir” entra na justiça e pede autorização para cultivar Cannabis para pacientes associados

Yogi Pacheco tem autorização de cultivo para fins medicinais

YOGI PACHECO : “MINHA MÃE SENTIU UM BENEFÍCIO ENORME QUANDO USOU, MAS ELA ME QUESTIONAVA SOBRE ‘VIRAR MACONHEIRA’. O PESO DOS BENEFÍCIOS FOI MAIOR DO QUE O PRECONCEITO”

Quando o assunto é uso medicinal da maconha, o Rio Grande do Norte está na retaguarda de diversos estados do Brasil, como é o caso da Paraíba, onde uma organização planta Cannabis para centenas de pacientes com autorização da justiça. O estado potiguar conta apenas com iniciativas pontuais, que nadam contra a corrente de atraso e preconceito para que crianças, adultos e idosos doentes tenham uma qualidade de vida melhor.

No RN, a ONG sem fins lucrativos “Reconstruir” busca na Justiça Federal uma autorização para cultivar a planta e extrair o óleo da Cannabis para os pacientes associados. Os advogados subscritores da ação, Gabriel Bulhões e Carla Coutinho, destacam que a autorização judicial visa dar maior segurança aos enfermos e seus familiares, já que o vegetal ainda é proscrito na interpretação de alguns juristas, além de possibilitar que famílias de baixa renda possam ter acesso ao remédio, já que o custo da importação é alto e o cultivo coletivo o diminui consideravelmente, permitindo o acesso à saúde de todos que necessitam.

“Reconstruir vidas e também o conceito de Cannabis na sociedade”, são os objetivos que mobilizam o coletivo na promoção de debates para disseminar conhecimento para médicos, juristas e população em geral. A autorização judicial, a exemplo do que ocorre com a ONG Abrace Esperança, da Paraíba, pode beneficiar 80 pessoas cadastradas na ONG e mais outras 100 que estão em uma fila para se associar, desde crianças com microcefalia até idosos com doenças degenerativas.

Um dos exemplos de superação de barreiras é o da mãe do empresário Yogi Pacheco, de  36 anos, que sofria com crises constantes e tinha uma baixa qualidade de vida antes do uso da Cannabis como um tratamento alternativo à medicina tradicional. Acometida com mal de Parkinson há 14 anos, a idosa, de 66 anos, usa o óleo extraído da Cannabis cultivada por seu filho com autorização do juiz Walter Nunes, da 2ª Vara Federal do Rio Grande do Norte, que lhe concedeu habeas corpus preventivo.

“Minha mãe tomava drogas pesadíssimas, que deixavam ela completamente desorientada e com muitos efeitos colaterais”, lembra o Yogi, sobre a introdução da Cannabis no tratamento da mãe. Com um pai militar e a mãe considerada  conservadora, o primeiro grande obstáculo que enfrentou foi o preconceito no seio familiar. “Minha mãe sentiu um benefício enorme quando usou, mas ela me questionava sobre ‘virar maconheira’. O peso dos benefícios foi maior do que o preconceito”, disse Yogi.

Fora o caso da mãe de Yogi Pacheco, em que o cultivo para fins medicinais está protegido pela justiça, outras pessoas que precisam da Cannabis no Rio Grande do Norte se deparam com três opções: a importação do exterior, trazer de outros estados ou recorrer a traficantes de droga locais.

“Falta boa vontade dos médicos locais em estudar, porque artigos científicos não faltam, para epilepsia, depressão, insônia, fibromialgia e diversas outras doenças. Se faz um esforço para não saber, porque as informações estão disponíveis”, defendeu Yogi Pacheco.

Uma das coordenadoras do coletivo potiguar Delta 9, Adriana Lamartine, esclareceu que a Reconstruir não pretende a permissão indiscriminada para o cultivo da Cannabis, mas sim, a autorização para realizar o cultivo e preparar o remédio com componentes químicos específicos exclusivamente para quem precisa, mediante prescrição médica.

O intuito, como explica Adriana, é tratar doenças graves, sendo sua conduta e compromisso de cultivar somente o necessário para o preparo do óleo, sob supervisão da Anvisa ou de outro órgão responsável. “O nosso objetivo é ajudar pessoas, Cannabis sempre foi remédio e continuará sendo”, frisou Adriana Lamartine.

Sesc Saúde Mulher participa do Outubro Rosa em Natal

SESC SAÚDE MULHER EM SANTA CRUZ-RN

Quando o assunto é câncer de mama, a detecção precoce é arma contra a doença. É isso que prega o Outubro Rosa, campanha realizada mundialmente e à qual o Serviço Social do Comércio do Rio Grande do Norte (Sesc RN), instituição do Sistema Fecomércio, adere mais uma vez. Uma das atividades este ano será a oferta gratuita de mamografias, além de preventivos e orientações, na unidade móvel Sesc Saúde Mulher em Natal. Os agendamentos podem ser feitos a partir de 3 de setembro, das 10h às 17h, no Partage Norte Shopping, onde ficará estacionada.

Para agendar, basta ir ao shopping com a documentação original e cópias (RG, CPF, Cartão SUS e comprovante de residência) de segunda a sexta-feira (exceto feriados), das 10h às 17h. As marcações serão feitas enquanto houver vaga, e os atendimentos já começam no dia da instalação, 2 de outubro, quando será lançada oficialmente de toda a campanha do Sesc no Outubro Rosa 2018. A previsão é de que sejam realizadas 672 mamografias em mulheres de 50 a 69 anos e 672 preventivos (também conhecidos como Papanicolau) em mulheres entre 25 e 64 anos, além de 1.050 ações educativas sobre saúde feminina.

Enfermeira, educadora em saúde, técnica de radiologia, médica e artífice compõem a equipe que assistirá às mulheres. Será a 33ª vez que a unidade móvel estaciona em um município potiguar desde que começou a atuar de forma pioneira no país, em 2012.Atualmente, ela se encontra em Santa Cruz, onde permanecerá até 28 de setembro.


Sesc no Outubro Rosa

A programação do Sesc no Outubro Rosa 2018 acontece de 1º a 31 de outubro em Natal, Mossoró, Caicó, Macaíba, São Paulo do Potengi e Nova Cruz. Com o slogan “Mude o cabelo e mude uma vida”, a campanha foca na arrecadação de cabelos para elaboração de perucas destinas a mulheres em tratamento quimioterápico. Os cortes gratuitos serão feitos em parceria com o Senac RN em Natal e Mossoró.

Destaques da programação serão também os desfiles “Um toque pela autoestima”, com mulheres que superaram ou estão enfrentando o câncer de mama. Os desfiles acontecerão em Natal (06/10), em Mossoró (14/10) e em Caicó (19/10). O objetivo é valorizar a beleza e estimular a autoestima das mulheres que passaram pelo tratamento.

As ações do mês também contemplam oficinas, bem como caminhadas de prevenção ao câncer de mama em São Paulo do Potengi (10/10), Macaíba (10/10) e Nova Cruz (15/10).

A programação completa estará disponível em breve no site www.sescrn.com.br.

 

Outubro Rosa

Simbolizado pelo laço rosa, o Outubro Rosa é um movimento popular realizado mundialmente, criado nos Estados Unidos em 1997, para a conscientização do diagnóstico precoce do câncer de mama. Iluminar monumentos, prédios públicos, pontes e teatros com essa cor também faz parte do movimento. O Sesc RN apoia a campanha desde 2009, com campanhas educativas e ações de conscientização sobre o tema.

Serviço:

O quê? Sesc Saúde Mulher participa do Outubro Rosa em Natal
Agendamentos de exames? A partir de 3 de setembro | 10h às 17h
Onde? Partage Norte Shopping
Atendimentos? A partir de 2 de outubro | Segunda a sexta-feira (exceto feriados), das 09h às 18h | Estacionamento do Partage Norte Shopping

Comissão de Saúde vê com preocupação situação da psiquiatria em Natal

A COMISSÃO DE SAÚDE DA CÂMARA MUNICIPAL DE NATAL REALIZOU UMA VISITA AO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO ONOFRE LOPES (HUOL) PARA FISCALIZAR O ATENDIMENTO PSIQUIÁTRICO. (FOTO: ELPÍDIO JUNIOR)

A Comissão de Saúde da Câmara Municipal de Natal (CMN) realizou uma visita ao Hospital Universitário Onofre Lopes (HUOL) para fiscalizar o atendimento psiquiátrico prestado para a população e viu com preocupação a situação encontrada devido a grande demanda na procura por atendimentos e a oferta de serviços insuficiente.
O vereador Fernando Lucena (PT), presidente da Comissão, se mostrou preocupado com a falta de atenção básica para a psiquiatria nos municípios, que termina por superlotar o HUOL com pacientes em crise. Ele também criticou a chamada “ambulancioterapia”, que é quando os pacientes não são tratados de forma adequada na rede básica e que são colocados em ambulâncias para que sejam atendidos em situações de crise em Natal.
“Você tem um hospital de excelência, mas com demanda grande por conta do bom atendimento e da qualidade do serviço. Aqui é bom, mas a rede básica não funciona. Cerca 70% dela não tem psiquiatria. Os prefeitos irresponsáveis, quando assumem, a primeira coisa que fazem é comprar uma ambulância para mandar o povo para Natal. Qual o resultado disso? Superlotação e regulação mal feita. Não tem vaga. A atenção básica deve ser dada no município, mas como não funciona vem superlotar aqui, sobrecarregando O cidadão, na sua cidade, tem que procurar o prefeito e pedir atendimento e não uma ambulância”, disse..
O superintendente do Onofre Lopes, Sênio Silveira, explicou que a especialidade de psiquiatria não há uma grande procura, mas que o Hospital oferta a especialização. Ele destacou que o hospital também possui seis leitos psiquiátricos e que está na perspectiva de abrir também esses leitos na psiquiatria infantil.
“É importante se ter mais profissionais da saúde, mas não apenas os psiquiatras, também precisamos ter psicólogos, enfermeiros, assistentes sociais, quer dizer, toda uma equipe. O grande problema hoje é a demanda muito grande. Estamos vivendo um período social de muito estresse, que leva a demanda de uma procura por uma equipe que atua na área psicossocial. Nos pequenos centros não tem essa estrutura e se aumenta a procura aqui”, explicou.
A Comissão ainda está estudando ocaso, mas aguarda próximas reuniões técnicas para ajudar a reduzir o problema da procura por atendimentos psiquiátricos. Também participaram da visita os vereadores Carla Dickson (PROS), Preto Aquino (PROS) e Franklin Capistrano (PSB).

Mais de R$ 700 milhões gastos na saúde no segundo quadrimestre de 2017

O DOCUMENTO FOI APRESENTADO POR TÉCNICOS DA PASTA DURANTE AUDIÊNCIA PÚBLICA PROMOVIDA PELA COMISSÃO TEMÁTICA DA CÂMARA MUNICIPAL DE NATAL. (FOTO: ELPÍDIO JUNIOR)

A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) apresentou, na tarde desta segunda-feira (20), o relatório do setor relativo ao segundo quadrimestre de 2017, com valores de mais de R$ 700 milhões. O documento foi apresentado por técnicos da pasta durante audiência pública promovida pela comissão temática da Câmara Municipal de Natal no plenário da Casa.
O secretário George Antunes, titular da SMS, parabenizou a Câmara pela audiência que também pode discutir outros temas referentes à saúde como temas administrativos, realização de concursos, funcionamento de hospitais e Unidades de Pronto-Atendimento (UPA), abastecimento de medicamentos, leilão de bens.
“Foi uma audiência bastante produtiva porque não nos limitamos somente à prestação de contas. E, no relatório, nós vimos uma evolução na oferta de serviços, na boa aplicação de recursos na administração de 2017 e pretendemos manter esse mesmo padrão de 2018. Tivemos mais de 700 milhões entre obras, custeio, recursos próprios, recursos federais, enfim, uma movimentação considerável para um município em crise”, completou.
O vereador Fernando Lucena (PT), porém, ponderou que os serviços prestados para a população na área da saúde não estão tão bem quanto apresentados pela Secretaria. Ele observou que os problemas podem piorar ao longo dos próximos anos com mudanças na legislação federal nos gastos públicos, que fazem correções de orçamento com base na inflação do ano anterior.
“A precariedade da saúde cada vez mais aumenta. Com a PEC da Morte, que diz que a saúde e educação só pode gastar mais com relativo a inflação anterior, nós teremos uma precariedade ainda maior. Este ano nós temos 2,65% para a saúde de aumento. Como vamos gastar isso se, vegetativamente, ela cresce 12% sem reajuste dos trabalhadores? Isso vai refletir na ponta que atende o cidadão, principalmente o pobre. Encontramos problemas e que podem se agravar no futuro”, analisou.
Os vereadores Preto Aquino (PATRI), Carla Dickson (PROS) e Franklin Capistrano (PSB), que também integram a comissão, participaram da audiência.
Leilão de inservíveis
 
Nas últimas semanas, a Comissão de Saúde encontrou um cemitério de ambulâncias e diversos equipamentos novos e inservíveis em um dos galpões do Departamento de Logística e Suporte (DLS), órgão ligado à Secretaria de Saúde.
De acordo com as informações coletadas pela Comissão, o grande motivo para a manutenção do lixão junto aos produtos novos e aos veículos eram problemas com a realização do leilão, mas o secretário-adjunto de Administração (Semad), Geormarque Nunes, adiantou que a Prefeitura do Natal irá publicar amanhã a homologação da licitação do pregoeiro que dará destinação ao material.
“Não só os veículos, mas os imóveis e tudo mais que está lá está sendo dado o devido encaminhamento. Foi feita uma licitação pública para a escola de um leiloeiro que deve ser homologada amanhã. A partir daí teremos 30 dias para separar as formulações dos lotes e então fazer o leilão. Aí sim a gente vai retirar esses objetos que não servem mais para o Município”, adiantou.