RETIRADA DO MEDICAMENTO SERIA UMAMEDIDA DE PRECAUÇÃO, SEGUNDO O LABORATÓRIO. FOTO: ILUSTRAÇÃO
O recolhimento voluntário e preventivo de todos os lotes do Losartana, um dos remédios mais usados para o tratamento de pressão alta (hipertensão arterial), foi anunciado pela farmacêutica Sanofi Medley.
A empresa informou em nota que a retirada do produto é uma “medida de precaução devido à presença de impurezas mutagênicas nos produtos”. As impurezas mutagênicas citadas são substâncias químicas que podem causar alterações no DNA de uma célula.
“Este recolhimento é uma medida de precaução e, até o momento, não existem dados para sugerir que o produto que contém a impureza causou uma mudança na frequência ou natureza dos eventos adversos relacionados a cânceres, anomalias congênitas ou distúrbios de fertilidade. Assim, não há risco imediato em relação ao uso dessas medicações contendo losartana”, diz o informe da empresa.
Riscos da interrupção do tratamento
Riscos potenciais aos pacientes que utilizam a losartana podem ser causados com a descontinuidade abrupta do tratamento. A farmacêutica alerta que essa interrupção sem a consulta a médicos ou sem um tratamento alternativo é maior do que o risco potencial apresentado pela impureza em níveis baixos.
Programação foi aberta na Unidade de Saúde da Família no bairro das Quintas/Foto:divulgação
O mês de março marca um período de atenção especial às mulheres no município de Natal. A Secretaria Municipal de Saúde de Natal veste-se de Lilás em homenagem às mulheres. A abertura da campanha do Março Lilás aconteceu nesta segunda, dia 07, numa ação na Unidade de Saúde da Família (USF) das Quintas, com a presença da primeira-dama do município Amanda Dias, representando o prefeito Álvaro Dias e do secretário Municipal de Saúde, George Antunes. Todos foram recebidos com a apresentação da Banda Filarmônica de Natal.
O Março Lilás é uma campanha de Conscientização e Combate ao Câncer de Colo de Útero, que tem como objetivo conscientizar e estimular a população para os cuidados de prevenção, além de alertar para os principais sinais e sintomas que devem direcionar a mulher a buscar ajuda médica. Em Natal, com a temática “Cuidando de Você com Amor”, a SMS Natal realizará diversas ações de promoção à saúde das mulheres.
O câncer de colo de útero é o terceiro tumor maligno mais frequente na população feminina, e a quarta causa de morte de mulheres por câncer no Brasil. “Sabemos que a prevenção e alguns cuidados podem evitar esta doença. Portanto, durante o mês de março, a Secretaria Municipal de Saúde irá intensificar as ações voltadas à saúde da mulher, que já ocorrem ao longo de todo o ano de forma ininterrupta, com ações de educação em Saúde para população, nos Distritos Sanitários”, destaca a primeira-dama Amanda Dias.
A programação contou com um café da manhã, palestras, cortes de cabelo, consultas com nutricionista, clínico geral, ginecologista e psicólogo, além da oferta de exames preventivos. Mas ao longo do mês, outras unidades de saúde realizarão diversas ações de promoção à saúde da população feminina. Na próxima sexta-feira, 11, será realizada na USF de Aparecida e nos dias 14, 21 e 28 de abril acontecerão, respectivamente, em Pajuçara, Ponta Negra e Vale Dourado.
Para a deputada federal Carla Dickson, idealizadora da Campanha Março Lilás e do projeto que virou lei municipal desde 2017 (Lei nº 6.661/2017), com o objetivo de divulgar os direitos assegurados em legislação federal para efetivação das ações de saúde nesta área. “É o terceiro câncer que mais mata, onde apenas com um preventivo é detectado. E tem cura. Tenho depoimentos de mulheres que estão curadas há 30 anos e isso me inspira a continuar nesta campanha”, afirma empolgada a deputada.
Prevenção É causado pela infecção persistente por alguns tipos do Papilomavírus Humano (HPV). A infecção genital por esse vírus é muito frequente e não causa doença na maioria das vezes. Entretanto, em alguns casos, ocorrem alterações celulares que podem evoluir para o câncer. A importância da conscientização sobre este tipo de câncer é que, na grande maioria das vezes, ele pode ser evitado.
A principal forma de prevenção é a vacina contra o HPV, disponível para meninas de 9 a 14 anos e meninos de 11 a 14 anos, em todas as Unidades de Saúde da Família, podendo prevenir 70% dos cânceres de colo do útero e 90% das verrugas genitais.
Outra forma de prevenção está relacionada à diminuição do risco de contágio pelo HPV, que ocorre por via sexual, com o uso de preservativos durante a relação sexual.
Além disso, o exame preventivo (conhecido como Papanicolau) deve ser feito periodicamente por todas as mulheres após o início da vida sexual, pois é capaz de detectar alterações pré-cancerígenas precoces, que se tratadas, são curadas na quase totalidade dos casos, não evoluindo para o câncer.
Também estiveram presentes no evento, além de servidores da Saúde e da comunidade, a deputada federal Carla Dickson, atuante nesta campanha, o vereador Luciano Nascimento e demais autoridades.
Programação Março Lilás 2022
11/03 sexta-feira USF Aparecida Distrito Leste
14/03 segunda-feira USF Pajuçara Norte I
21/03 segunda-feira USF Ponta Negra Distrito Sul
28/03 Segunda-feira USF Vale Dourado Distrito Norte II
Prefeitura Instala novo ponto de vacilação/Foto: Divulgação
Um novo ponto itinerante de vacinação contra a covid-19 será aberto na próxima segunda-feira (7) na Comjol da avenida Roberto Freire, no bairro de Capim Macio, na Zona Sul de Natal. O local vai atender a população adulta e infantil de segunda a sexta-feira das 9h às 16h, e aos sábados das 9h às 14h.
De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde (SMS Natal), estarão disponíveis as doses D1, D2, D3 e D4 (esta última para imunossuprimidos).
Até o momento, Natal já imunizou 94% da população maior de 18 anos com a primeira dose; 88% estão com a segunda dose completa, e no caso da D3, o município vacinou 45% da população adulta.
A SMS Natal reforça que as pessoas com 18 anos e mais que tenham completado o esquema vacinal com duas doses de qualquer imunizante (Coronavac, Oxford ou Pfizer) há pelo menos quatro meses, procure um dos pontos de vacinação para completar o esquema vacinal. As pessoas que tiveram covid-19 precisam esperar 30 dias para receber a D2 ou a D3.
Fumar maconha pode provocar uma aceleração do processo de
envelhecimento biológico, de acordo com um novo estudo publicado na revista
Drug and Alcohol Dependence. Depois de analisar os epigenomas (conjunto de
marcas químicas presentes no DNA) de 154 pessoas nos EUA, os pesquisadores
descobriram que, quando atingem 30 anos, pessoas que fumam maconha com
regularidade tendem a exibir padrões de ativação genética comuns em pessoas com
mais idade.
Está bem estabelecido pela ciência que a velocidade com que
envelhecemos não depende apenas do tempo. Fatores ambientais desempenham um
papel fundamental na determinação de nossa taxa de maturação. Essas influências
externas provocam mudanças na expressão de certos genes e, portanto, contribuem
para nossa idade epigenética.
Nos últimos anos, pesquisadores desenvolveram ferramentas
conhecidas como “relógios epigenéticos”, que analisam os padrões de
metilação do DNA para determinar a idade biológica de uma pessoa. Os autores do
estudo, portanto, decidiram fazer uso dessas medidas para investigar se fumar
maconha traz uma discrepância entre o epigenoma de um indivíduo e sua idade
real.
Os participantes tinham apenas 13 anos quando foram
recrutados. Durante o estudo, eles tinham que relatar seu nível anual de uso de
maconha até atingirem a idade de 30 anos. Neste ponto, os pesquisadores usaram dois
relógios epigenéticos separados para analisar amostras de sangue de cada
voluntário.
Os resultados mostraram uma clara correlação entre fumar
cannabis e envelhecimento epigenético acelerado, com usuários mais frequentes
exibindo a maior aceleração de seu relógio biológico. “Houve uma relação
dose-efeito observada de tal forma que apenas dentro da população de usuários
de maconha, níveis mais altos de uso na vida estavam ligados a uma maior
aceleração epigenética da idade”, escrevem os autores.
A deputada federal Carla Dickson (PROS), está defendendo de perto a implantação do piso nacional para proficiência da enfermagem. A deputada participa de um grupo de estudo, que busca as formas de como o governo federal deverá implementar esse teto.
A parlamentar ressalta sobre a luta que vem travando em prol da categoria, desde quando ainda era vereadora de Natal.
“Eu não poderia ficar fora dessa discussão. Quando era vereadora e membro da comissão de saúde, defendi a implantação das 30 horas para esses profissionais. Hoje tenho a oportunidade de tentar buscar formas para que o governo federal possa viabilizar o pagamento desse piso. É mais de que justo. Estamos falando de uma das categorias mais importantes da área da saúde” ressaltou a deputada.
O PL 2564/20 estabelece o piso de R$ 4.750,00 para enfermeiras e enfermeiros, 70% desse valor para técnicos e técnicas e 50%, para auxiliares e parteiras. A matéria segue tramitando na câmara dos deputados.
Entre os anos de 2010 e 2020, os casos de infecção pelo HIV
no Rio Grande do Norte cresceram 93,1%, saindo de 3.190 para 6.158 na década
analisada. Os dados constam no mais recente Boletim Epidemiológico HIV/Aids da
Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap/RN) e foram analisados por
preceptores médicos e multiprofissionais do Instituto Santos Dumont (ISD), em
Macaíba. No estado, o documento detalha aumento de registros de casos em todas
as faixas etárias, em ambos os sexos, assim como entre grávidas e na ocorrência
de óbitos pela infecção. Na quarta-feira, 1º de dezembro, ações em todo o mundo
foram dedicadas ao Dia Mundial da Aids, doença que já matou aproximadamente 33
milhões de pessoas desde sua descoberta, no início dos anos 1980.
O Boletim em referência foi elaborado pelo Programa Estadual
de Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST), Aids e Hepatites Virais. Ele
apresenta uma análise epidemiológica sobre os casos confirmados de Aids em
adultos e crianças, de mortalidade pela doença, de infecção pelo vírus HIV, de
grávidas infectadas e de crianças expostas ao vírus. Conforme exposto, entre
2010 e 2020, o Rio Grande do Norte apresentou 6.232 casos de Aids. Desses, 70
foram em menores de cinco anos de idade; 6.158 casos de infecção pelo HIV; 995
gestantes infectadas pelo vírus da imunodeficiência humana. O número de óbitos
pela doença, no período analisado, chegou a 1.365.
Em termos percentuais, somente a taxa de detecção do vírus
em menores de cinco anos caiu no período: 43%. As demais aumentaram
significativamente. A detecção do HIV cresceu 18,6% (de 14,0 para 16,6 casos
por 100 mil habitantes). A ocorrência de gestantes infectadas pelo HIV aumentou
142% (de 1,2 para 2,9 casos por mil nascidos vivos). O número de crianças
expostas ao vírus teve a evolução mais dramática: 877% de 2010 a 2020. A
ocorrência de óbitos causados pela Aids cresceu, no mesmo intervalo, 15,7% em
todo o Rio Grande do Norte.
“É uma doença de difícil controle. Depende do comportamento
das pessoas. Há uma queda no uso de preservativos, principalmente entre os
jovens. Em 2020, houve queda no número de testes e aumento na identificação de
casos. Depende muito de cada um. Ações nas escolas, de forma educativa para os
adolescentes, é muito importante. Quanto mais informação, melhor é a prevenção.
Isso não tem sido realizado nas escolas públicas e privadas, por exemplo. O
estado está preparado para esse aumento de demanda de casos, para atendimento
de pacientes com HIV e Aids, com distribuição gratuita de medicamentos enviados
pelo Ministério da Saúde. O ideal, porém, é conscientizar a população para a
prevenção. Não é porque a Aids não mata mais como antes que as pessoas devem
perder o medo de contrair a doença”, frisa Amanda Dantas, técnica do Programa Estadual
de IST, Aids e Hepatites Virais da Sesap/RN.
Na década em questão, foram registrados 4.441 casos em
homens (71,3%) e 1.791 casos em mulheres (28,7%). A Sesap verificou aumento na
razão de sexos em 2020, com 3 casos em homens para cada 1 caso em mulheres. A
maior concentração de ocorrência de HIV entre 2010 e 2020, foi observada nos
indivíduos com idade de 30 a 39 anos (31,1%). A principal via de transmissão,
no período analisado, foi a sexual, em 53% dos casos. Entre os homens, a
categoria de exposição predominante foi a homossexual/bissexual com 27,5%.
Entre o sexo feminino, a maior ocorrência é entre heterossexuais, com 55,6%.
Nos homens, a faixa etária que apresentou maior variação foi a de 60 anos e
mais (100%) e, nas mulheres, o maior crescimento foi observado na faixa etária
de 30 a 39 anos.
A preceptora médica infectologista do ISD, Manoella Alves,
faz um alerta em relação ao aumento de casos de infecção pelo HIV entre os mais
jovens. “Infelizmente, no estado, assim como no país, a gente tem uma grande
quantidade de jovens se infectando. Uma faixa etária entre 20 e 29 anos, na
qual eu tenho feito muitos diagnósticos. O que é uma pena. Além de todo o
trabalho para que esse jovem se proteja no ato sexual, existe a PREP, que é a
Profilaxia Pré-Exposição. Esse programa existe dentro do Sistema Único de Saúde
(SUS)”, ressalta.
Referência
O Centro de Educação e Pesquisa em Saúde Anita Garibaldi
(Anita), uma das unidades do ISD, é referência estadual para o Sistema Único de
Saúde (SUS) para atendimento de mulheres grávidas infectadas pelo vírus. De
2018 a 2020, o número de mulheres infectadas pelo HIV que realizam o pré-natal
no Anita aumentou 45,45% – saindo de 11 para 16. De janeiro a setembro deste
ano, 12 pacientes nessa condição tinham iniciado o tratamento
multiprofissional, com equipe composta
por infectologista, ginecologista e obstetra, psicóloga, enfermeira, assistente
social e farmacêutica bioquímica.
“Todas as gestantes que entram no Anita, em algum momento,
irão fazer o teste rápido para HIV, sífilis e hepatites virais. O protocolo do
Ministério da Saúde define que sejam realizados testes no primeiro trimestre de
gestação, no início do pré-natal e outro no terceiro trimestre de gravidez. No
momento do parto, a mãe é novamente testada para HIV e sífilis. Os dados do
Boletim atual da Sesap apontam um reflexo do aumento do número de casos nesse
público. A triagem durante a gestação é muito eficiente”, aponta Carla Glenda
Souza da Silva, preceptora
multiprofissional psicóloga do ISD. Ela ressalta, porém, que além dos casos de
infecção pelo HIV, há uma prevalência de ocorrência de sífilis entre as
mulheres grávidas que pode resultar em sequelas irreversíveis ao bebê, como
doenças neurológicas graves, caso não
tratada a tempo e de forma hábil.
Entre as mulheres grávidas soropositivas acompanhadas pelos
profissionais do Anita, há uma adolescente de 15 anos de idade, corroborando as
estatísticas da Sesap/RN. “Ela foi infectada aos 13 anos, na primeira relação
sexual que teve, com o primeiro namorado. Há um perfil das mulheres que
atendemos hoje: possuem baixa escolaridade, não possuem acesso à informação
adequada, vivem em situação de vulnerabilidade econômica, são submissas aos
companheiros por questões diversas. Muitos não aceitam o uso da camisinha. É
difícil empoderar mulheres nessas condições, pois elas se sentem acuadas”,
declara Carla Glenda Souza da Silva.
Para acompanhar mulheres nessas circunstâncias, o Setor de
Serviço Social do ISD desenvolve um trabalho de intervenção que envolve a
articulação com a rede intersetorial, formada por diversas áreas como saúde,
segurança, educação, trabalho, entre outras. Ele visa garantir o cumprimento
das consultas, a realização de exames, o deslocamento das pacientes em carros
das respectivas prefeituras municipais às quais pertencem seus endereços e o
recebimento ininterrupto da medicação antirretroviral. O tema da campanha deste
ano para o Dia Mundial da Aids, elaborada pela Organização Pan-Americana de
Saúde (OPAS), vinculada à Organização Mundial da Saúde (OMS) é: “Acabe com as
desigualdades. Acabe com a AIDS. Acabe com as pandemias”. Esta data, segundo a
OPAS/OMS, constitui uma oportunidade para apoiar as pessoas envolvidas na luta
contra o HIV e melhorar a compreensão do vírus como um problema de saúde
pública global.
“É extremamente importante a realização do acompanhamento
das pessoas vivendo com HIV/Aids por equipes multiprofissionais, visto que a
atenção demanda olhares diversos e complementares. O cuidado a estas pessoas
requer uma atuação profissional especializada que possa promover a melhoria da
qualidade de vida e o alcance dos direitos que lhe são assegurados. As
articulações com os demais serviços que integram as redes municipal e estadual
de atendimento buscam atender as demandas que ultrapassam o tratamento médico e
medicamentoso, sobretudo, no que se refere ao preconceito e a dificuldade de
acesso aos serviços básicos como educação, trabalho, cultura, lazer, entre
outros”, afirma a preceptora multiprofissional assistente social do ISD,
Alexandra Lima.
DADOS
Aids em Crianças
110 casos em crianças menores de 13 anos de idade (entre
2010 e 2020), das quais 70 foram diagnosticadas antes dos cinco anos de idade;
Binômio mãe-bebê
142% de aumento na taxa de detecção de HIV em gestantes;
117% no número de casos de gestantes infectadas pelo HIV;
77,3% das contaminações nessa faixa etária ocorrem pela
transmissão vertical (mãe-bebê durante o parto);
Óbitos por Aids no RN
1.365 óbitos por Aids no RN na década analisada (977 homens
e 388 mulheres) , com predominância em pessoas de 40 a 49 anos (28,7%);
15,7% de aumento de óbitos no período analisado;
Perfil das pessoas infectadas
70% dos casos de infecção registrados no RN até dezembro de
2020 ocorreram entre homens; com concentração na faixa etária de 20 a 29 anos
(35,3%) dos casos registrados;
38 milhões é o número estimado pela Organização Mundial da
Saúde (OMS) de pessoas vivendo com o HIV no mundo;
920 mil é o número estimado pelo Ministério da Saúde de
pessoas vivendo com o HIV no Brasil.
Fontes: Sesap/RN, Organização Mundial da Saúde (OMS) e
Ministério da Saúde (MS)
O Rio Grande do Norte é o terceiro estado que mais registra
casos de câncer de pele no Nordeste. O levantamento foi feito pela Sociedade
Brasileira de Dermatologia (SBD) e divulgado neste início de mês para alertar
sobre o Dezembro Laranja, uma campanha de conscientização em relação à doença.
Os dados da SBD apontam que o RN registrou 4.879 casos de
câncer de pele entre os anos de 2013 e 2021. Apenas Bahia, com 6.222, e Ceará,
com 6.206, tiveram mais diagnósticos da enfermidade na região.
No Brasil, o Rio Grande do Norte ocupa o 10º lugar no
ranking.
Os casos têm aumentado nos últimos anos no estado, ficando
acima de 1 mil confirmados entre 2018 e 2020 e tendo 608 confirmados em 2021.
“O índice tem subido justamente porque o hábito de se
expor ao sol, de ficar bronzeado, aumentou no decorrer dos anos. A gente
percebeu o aumento da incidência justamente pelo comportamento da população em
relação ao sol”, explicou a médica Tatiana Blumetti, assessora do
Departamento de Oncologia Cutânea da SBD e uma das coordenadoras do Dezembro
Laranja.
“Hoje, o bronzeado é sinal de saúde. Então, as pessoas relacionam a exposição solar a ficar bronzeado, como algo positivo. Na verdade, isso acarreta maior exposição solar e os riscos se elevam na pessoa”, critica.
O Rio Grande do Norte possui 10.614 pacientes em tratamento
para HIV/AIDS, segundo divulgou a Secretaria Estadual de Saúde. Entre janeiro e
setembro de 2021, foram confirmados 388 novos casos de AIDS e 522 de infecção
pelo HIV, mas os números representam redução em relação ao mesmo período de
2020.
Os dados foram divulgados em razão do lançamento da campanha
dezembro vermelho, alusiva ao combate à Aids no estado.
Os 388 casos de AIDS registrados no ano representam queda de
7,14% em relação a 2020. No caso das 522 infecções pelo HIV confirmadas, a
baixa foi de 15,6% na comparação com o mesmo período do ano passado.
Apesar da diminuição na identificação de casos, houve
aumento de 28,5% no número de testes rápidos realizados para HIV, no estado, no
período analisado.
Segundo a Sesap, a epidemia mundial de HIV/AIDS ainda é um
relevante problema de saúde pública. “O diagnóstico precoce possibilita o
acesso a um tratamento mais rápido, minimizando os possíveis danos à saúde da
pessoa infectada, além de contribuir com a redução da transmissão e
proporcionar uma melhor qualidade de vida”, informou.
Sesap divulga programação
A Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap), divulgou
uma programação dedicada ao mês dezembro vermelho.
No Hospital Giselda Trigueiro a mobilização acontece até o
dia 9 de dezembo. Serão oferecidos testes rápidos de HIV e Sala de Espera com
participação da ONG AVIP-RN. As ações acontecerão no Instituto de Medicina
Tropical (IMT/UFRN), ao lado do hospital.
Durante o Carnatal, de 9 a 12 de dezembro, um stand
educativo estará disponível aos participantes. A programação da capital se
encerra com o Seminário Dezembro Vermelho, com o tema “Aspectos gerais e
desafios pelo HIV – Juntos para avançar!”, que acontece dia 20, na Escola
de Governo, no Centro Administrativo.
A 3ª Região de Saúde terá programação especial, com testagem
de HIV no Parque Eólico de Pedra Preta, dia 7, e no Parque Eólico de Jandaíra,
dia 8.
O Hospital Rafael Fernandes, em Mossoró, promoverá no dia 10
de dezembro, em formato virtual, o X Seminário de Atualização em HIV/Aids das
regiões Oeste, Alto Oeste, Vale do Assu e Salineira do RN.
Prevenção
Para evitar a transmissão do HIV, as principais recomendações da Sesap são o uso de preservativos durante as relações sexuais, a utilização de seringas e agulhas descartáveis, o uso de luvas para manipular feridas e líquidos corporais, a testagem prévia de sangue e hemoderivados para transfusão, a testagem dos doadores de órgãos, o uso de antirretrovirais durante a gestação de mães infectadas e não amamentação para prevenir a transmissão vertical, assim como a realização periódica do exame de detecção do HIV, principalmente após exposição a uma situação de risco.
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