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Categoria: Coluna

Meio Ambiente e Sustentabilidade

Nova expedição dimensiona população de botos no rio Amazonas

Desde o dia 09 de janeiro começou em Iquitos, no Peru, uma expedição científica internacional pela bacia do rio Amazonas, incluindo incursões na Colômbia e no Brasil. O objetivo principal é fazer contagens de botos para determinar as dinâmicas de suas populações e confirmar se o número aumentou, diminuiu ou está estável. Nesta viagem participarão 12 pesquisadores da Iniciativa dos Botos da América do Sul (SARDI, da sigla em inglês).

Esta é a terceira vez que os pesquisadores percorrerão este trajeto do rio Amazonas, a partir de Iquitos, passando por Leticia (Colômbia), até chegar a Santo Antônio do Iça (Brasil). Informações de 20 ou 30 anos atrás serão usadas como referência para confirmar que as populações de botos poderiam estar diminuindo. Para isso, é necessário que o grupo de especialistas faça a coleta de novos dados para determinar tendências populacionais e verificar o que está acontecendo, como explica Fernando Trujillo, diretor de pesquisa da Fundação Omacha e integrante da SARDI.

O grupo de pesquisadores também avaliará os diferentes tipos de ameaças que existem no trajeto, incluindo a pressão da caça de botos para usá-los como isca para capturar uma espécie de peixe conhecida como mota (no Peru e na Colômbia), piracatinga (no Brasil) ou blanquillo (na Bolívia). Isso é devido ao registro de que esta atividade ainda ocorre na parte peruana do Rio Amazonas, segundo aponta Miriam Marmontel, pesquisadora do Instituto Mamirauá, no Brasil.

A SARDI é formada pelas organizações Faunagua, Fundação Omacha, Instituto Mamirauá, Prodelphinus e WWF. Nesta ocasião, a Iniciativa dá as boas-vindas à Solinia, no Peru, que apoia nos preparativos da expedição e cujos pesquisadores integram a equipe técnica da organização.

Os especialistas da SARDI esperam que a informação obtida na viagem, junto com a análise do monitoramento de satélite que é realizado desde 2017, sejam levados em consideração para o desenvolvimento de um Plano de Manejo e Conservação (CMP, da sigla em inglês) para os botos. O Plano seria referendado pela Comissão Baleeira Internacional (organismo científico internacional que se encarrega das regulações relacionadas aos cetáceos), como resultado de um esforço coordenado entre os governos. Assim, o CMP aponta para a mitigação das ameaças enfrentadas pelos botos na América do Sul.

A SARDI é formada pelas organizações Faunagua, Fundação Omacha, Instituto Mamirauá, Prodelphinus e WWF

Sustentabilidade determina onde o investidor vai colocar o dinheiro

A preocupação com a sustentabilidade não está só nos discursos, está também nos negócios.

O gestor do maior fundo de gestão de recursos do mundo, a Black Rock, Larry Fink, escreveu uma carta para os grandes empresários do mundo dizendo que vai haver uma enorme realocação de recursos.

Disse também que agora é muito menos arriscado investimento na economia de baixo carbono e vai fugir de empresas que tenham na sua matriz energética térmica a carvão.

O UBS divulgou um relatório oferecendo aos investidores novas ferramentas e plataformas para investir em empresas e negócios que significam baixo risco ambiental.

Até o BIS, que é o banco central dos bancos centrais, soltou um relatório para os bancos centrais dizendo que risco climático pode se transformar numa crise financeira sistêmica.

Ou seja, o mundo dos negócios está mostrando que a situação mudou, o centro do debate é a sustentabilidade como algo mais concreto.

O centro do debate é a sustentabilidade como algo mais concreto

Na Suíça, ativista Greta Thunberg lidera protesto contra mudanças climáticas

Greta Thunberg já não é mais referência apenas para crianças e adolescentes. Manifestantes de todas as gerações se juntaram ao protesto desta sexta-feira (17) em Lausanne, a quarta maior cidade da Suíça. De acordo com os organizadores, foram 15 mil pessoas; dez mil, segundo a polícia.

Gente que veio de todo o país e de olho no mundo todo. “É preciso ir a Davos com as marcas dos coalas, confrontar as indústrias que estão provocando as mudanças climáticas”, disse um homem, preocupado com os incêndios na Austrália.

Cartazes e faixas em vários idiomas falavam a mesma língua.

A jovem ativista sueca parece ter ouvido cada recado. Afinal, são uma espécie de eco do que ela mesma vem destacando para o planeta desde 2018.

Greta lembrou que já foram 74 semanas dos protestos ‘Sextas-Feiras pelo Futuro’. Mas mandou um recado aos líderes mundiais: “Vocês ainda não viram nada, a gente garante”.

De acordo com os organizadores, foram 15 mil pessoas

China anuncia plano para banir plásticos descartáveis até 2025

O governo chinês anunciou um novo plano para combater a poluição por plásticos em todo o país. Até 2025, a China pretende banir canudos, sacos plásticos e outros descartáveis.

Em comunicado divulgado neste domingo (19), a Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma da China disse que tanto a produção quanto o uso de plásticos de uso único ​​serão gradualmente eliminados em todo o país.

Segundo as autoridades, os sacos de plástico serão proibidos em todas as principais cidades da China até o final de 2020 e em todas as cidades e vilas até 2022. Os mercados que vendem produtos frescos, entretanto, terão mais tempo para se adaptar à mudança: até 2025.

Já em restaurantes, até o fim deste ano os canudos descartáveis deverão ser substituídos por alternavas ecológicas. Até 2025, esses estabelecimentos terão de reduzir em no mínimo 30% seu consumo de itens de plástico descartável. As restrições também afetarão a rede hoteleira e os correios: pacotes embalados em plástico não poderão ser enviados.

Hoje os chineses são os maiores fabricantes de plástico do mundo, produzindo cerca de 29% do material descartável, de acordo com um estudo de 2019 realizado pela Universidade Columbia, nos Estados Unidos, em parceria com a Universidade de Zhejiang, na China.

O país também abriga alguns dos maiores consumos de plástico do mundo: segundo Fórum Econômico Mundial, o rio Yangtze transporta mais poluição plástica para o oceano do que qualquer outra hidrovia do mundo.

Além das proibições anunciadas ontem, o governo chinês disse que promoverá o uso de produtos plásticos degradáveis ​​ou reciclados e criará programas abrangentes de reciclagem. Em declaração divulgada à imprensa, a comissão disse que combater a poluição por plásticos é importante para a saúde das pessoas e essencial para “construir uma bela China”.

Meio Ambiente e Sustentabilidade

Instituto Cidade Limpa se reúne com o Idema para tratar do Projeto Guardiões

Nesta terça-feira, 14, Nayara Azevedo, coordenadora do Instituto Cidade Limpa, esteve reunida com o Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente, Idema, discutir o projeto Guardiões das praias.

O projeto Guardiões das praias tem o intuito de capacitar pequenos empreendedores sociais presentes nas praias para orientar e educar frequentadores habituais e turistas que visitam nossa cidade.

O Instituto Cidade Limpa tem como proposta tornar Natal a capital mais limpa do Brasil.

Participaram da reunião técnicos do Idema e da Semurb.

O projeto Guardiões das praias tem o intuito de capacitar pequenos empreendedores sociais presentes nas praias

Área com alerta de desmatamento na Amazônia sobe 85% em 2019 ante 2018, segundo o Inpe

A área com alertas de desmatamento na Amazônia Legal em 2019 aumentou 85,3% na comparação com o ano de 2018. Os dados foram registrados pelo sistema Deter-B, desenvolvido pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).

Os alertas diários são emitidos pelo Sistema de Detecção de Desmatamento em Tempo Real (Deter) e servem para embasar ações de fiscalização do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).

Já os dados oficiais são do Programa de Monitoramento da Floresta Amazônica Brasileira por Satélite (Prodes). Essas informações apontaram que a área desmatada na Amazônia Legal foi de 10.311,36 km² entre agosto de 2018 e julho de 2019.

Os meses de maio, julho, agosto, setembro e novembro de 2019 tiveram as maiores taxas de desmate desde 2015.

Entretanto, os dados do Deter costumam ser analisados em períodos mais longos, de alguns meses, pelo menos, especialmente para comparações anuais. Evitam-se comparações mês a mês porque o clima pode variar muito de um ano para outro. A presença de nuvens, por exemplo, limita a visibilidade dos satélites.

Pará, Mato Grosso, Amazonas e Rondônia são os estados da Amazônia Legal que mais tiveram registros de alertas de desmatamento em 2019, conforme a área identificada pelo Deter.

Os meses de maio, julho, agosto, setembro e novembro de 2019 tiveram as maiores taxas de desmate desde 2015

Prefeitura de SP proíbe distribuição de copos, talheres e pratos descartáveis

O prefeito Bruno Covas sancionou nesta segunda-feira (13) a lei que proíbe distribuição de utensílios descartáveis de plástico nas lanchonetes, bares e restaurantes da capital. Ficam proibidos copos, talheres, pratos, agitadores de bebidas e varas para balões de uso único feito com plástico, junto com os canudos, que já estavam proibidos desde outubro do ano passado, mas sem regulamentação, que deve acontecer ainda neste mês.

Também estão banidos os produtos feitos com plástico oxibiodegradável, que recebem aditivos para se decomporem mais rápido.

A lei, de autoria do vereador Xexéu Tripoli (PV), entra em vigor em 1º de janeiro de 2021. Os estabelecimentos e consumidores tem até lá para se adaptarem ao novo regulamento. A partir dessa data, lanchonetes, bares e restaurantes que persistirem na distribuição dos descartáveis poderão ser multados, com a penalidade de R$ 1 000,00 na primeira multa, caso seja reincidente, podendo chegar a R$ 8 000,00. O comércio também pode ser fechado a depender da infração.

Estão inclusos na lei os estabelecimentos de fast-food e delivery.  Bruno Covas afirmou que a fiscalização será feira por agentes da prefeitura. Utensílios com material biodegradável estão liberados.

Ficam proibidos copos, talheres, pratos, agitadores de bebidas e varas para balões de uso único feito com plástico, junto com os canudos, que já estavam proibidos desde outubro do ano passado

Creche em Florianópolis é a primeira do mundo com selo máximo de arquitetura sustentável

Já é viável construir edifícios públicos com certificação sustentável. Ao menos é o que mostra o projeto da Creche Hassis, em Florianópolis, projetada pela arquiteta Rachel Braga. A edificação de 1.182 m² é a primeira deste tipo no mundo e o primeiro edifício público no Brasil a receber classificação Leadership in Energy and Environmental Design (LEED) – em português, Liderança em Energia e Design Ambiental – em nível máximo: Platinum.

Localizada na Costeira do Pirajubaé, região de aterro próximo à Universidade Federal de Santa Catarina, a creche pública municipal não foi originalmente concebida visando a certificação LEED. Análises de eficiência e sustentabilidade realizadas durante a etapa de projeto mostraram, no entanto, que o selo não era uma realidade muito distante. Alterações foram, então, realizadas pela equipe de projeto para garantir que os altos índices exigidos pelo LEED fossem alcançados.

Além de contar com sistemas de geração de energia fotovoltaica e aquecimento solar, outros aspectos de sustentabilidade receberam atenção no projeto. Toda a edificação foi construída com materiais recicláveis, desde o concreto das fundações aos elementos de aço da estrutura. A madeira usada no sombreamento das varandas é, por sua vez, certificada com selo FSC (Forest Stewarship Council) e proveniente de manejo florestal responsável.

Construída com verba do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), do Ministério da Educação e recursos próprios da prefeitura, a creche custou R$ 4.687.295,65 – valor 12% maior do que o previsto no orçamento inicial, antes de o projeto ser readequado visando o selo Platinum.

A Creche Hassis atende hoje 265 crianças entre quatro meses e seis anos de idade e tem seu programa pedagógico pautado por questões ambientais e de sustentabilidade. “Quando a gente consegue ofertar uma educação de qualidade com valores distintos – principalmente para crianças muitas vezes em situação de vulnerabilidade –, eu consigo olhar para frente e deslumbrar uma sociedade mais humanizada. Essa criança vai poder fazer escolhas mais conscientes. Nós trazemos um mundo possível sem plástico e com menos tecnologia. Porque é ali naquele espaço que ela vai se desenvolver como indivíduo e como coletivo”, comenta Carla Cristina Britto, diretora da unidade.

Além de contar com sistemas de geração de energia fotovoltaica e aquecimento solar, outros aspectos de sustentabilidade receberam atenção no projeto

Erupção do vulcão Taal, nas Filipinas, pode durar semanas

As autoridades das Filipinas afirmaram que o vulcão Taal pode continuar a expelir cinzas e lava por semanas. Por temor de uma forte erupção, mais de 30 mil pessoas tiveram que deixar suas casas e, no momento, estão impedidas de voltar, segundo a France Presse.

Localizado a cerca de 70 km da capital, Manila, o vulcão entrou em atividade no domingo (12), projetando uma enorme coluna de fumaça no céu.

Raios impressionantes foram vistos em cima da cratera. O fenômeno pouco estudado pode ser atribuído à eletricidade estática. Veja o vídeo abaixo:

Na segunda-feira (13), o alerta para uma erupção perigosa, que poderia ocorrer em horas ou dias, subiu para o nível mais alto. Essa erupção pode desencadear um tsunami que atingiria cidades vizinhas – já que vulcão fica cercado por um lago.

Quando as autoridades soaram o alarme, alertando para o risco de “erupção explosiva”, muitos moradores de regiões vizinhas deixaram para trás o gado e os animais de estimação, além de suas casas e bens.

O Taal é um dos vulcões mais ativos do arquipélago, que fica em uma área de alta atividade sísmica, conhecida como Anel de Fogo do Pacífico. Localizado no meio de um lago, ele atrai muitos turistas.

O diretor do Instituto de Vulcanologia e Sismologia das Filipinas (Phivolcs), Renato Solidum, lembrou que as erupções anteriores duraram meses. Segundo ele, é impossível dizer quanto tempo a atividade vulcânica durará desta vez.

O alerta de risco de “erupção explosiva” potencialmente catastrófica pode permanecer em vigor por semanas, dependendo da evolução das observações de campo.

“Temos um protocolo que envolve a espera de vários dias, às vezes duas semanas, para garantir que a atividade do vulcão tenha cessado”, explicou Renato Solidum à AFP.

A última erupção do Taal tinha sido registrada em 1977.

O alerta de risco de “erupção explosiva” potencialmente catastrófica pode permanecer em vigor por semanas

Meio Ambiente e Sustentabilidade

Instituto Cidade Limpa lança clipe “Vamos tornar Natal a capital mais limpa do Brasil”

O Instituto Cidade Limpa, em parceria com a Dueto produções e Zé Marcos Studio, lançou um clipe para conscientizar a população em manter as praias e a cidade limpas.

O clipe faz parte do projeto para tornar Natal a capital mais limpa do Brasil e foi lançado neste verão para incentivar a educação socioambiental dos cidadãos.

Clipe “Vamos tornar Natal a capital mais limpa do Brasil”

Manchas de óleo voltaram a aparecer no litoral do Ceará

No litoral do Nordeste o problema continua sendo a mancha de óleo. Essas manchas voltaram a aparecer no litoral do Ceará, e é a segunda vez que a cidade de Itarema, que fica a 2Km de Fortaleza, é atingida.

Esse óleo chegou à faixa de areia e foi recolhido por funcionários da prefeitura.

As cidades de Amontada e Itapipoca, também no Ceará, já haviam registrado o aparecimento de meia tonelada de resíduos de óleo.

Esse óleo chegou à faixa de areia e foi recolhido por funcionários da prefeitura

Moeda social ‘Eco Pila’ é implementada em Montenegro na troca de lixo reciclável

Na cidade de Montenegro, a 60 km de Porto Alegre, moradores, empresas e comércio aderiram a uma campanha que contribui com a preservação do meio ambiente. Eles usam uma moeda social, chamada de “Eco Pila”, para trocar garrafas PET, papelão e latas de alumínio por dinheiro vivo.

A ideia é da Associação do Comércio e da Indústria (ACI) de Montenegro e Pareci Novo para envolver os moradores nas questões ambientais.

“O comércio e a indústria também têm responsabilidade sobre o destino dos seus materiais. Muitas vezes a gente pensa que está mandando [o material descartado] na coleta seletiva, mas não sabe onde está chegando, e aqui, com o Eco Pila, a gente sabe exatamente para onde está indo cada resíduo. A gente sabe que nada se perde”, afirma a gestora ambiental Maria Helena da Rocha.

O ciclo é relativamente simples. Uma equipe recolhe e pesa o material levado pelos moradores na Praça Rui Barbosa, Centro de Montenegro. Os Eco Pilas recebidos podem ser usados nas empresas cadastradas no sistema da ACI. Depois, essas empresas trocam a moeda social por reais na assessoria ambiental de Montenegro, que irá reiniciar o ciclo.

O nome da moeda, baseado na gíria que os gaúchos usam para se referir a dinheiro, equivale ao peso do material reciclável. Um quilo de latinhas, por exemplo, equivale a três Eco Pilas. Já um quilo de plástico ou de papel vale R$ 0,20. Para que a cotação seja boa, porém, é preciso separar o lixo e descartar o material corretamente.

“No começo traziam tudo misturado”, diz o assistente administrativo Luís Timm. “Com o tempo, a pessoa vai se educando, separando material por matéria, plástico mole do plástico duro, papel do papelão.”

Não apenas empresas e comércio aderiram à iniciativa. Crianças aprendem e se divertem com o mercado informal.

“A gente amassa latas e traz para cá. Na maioria das vezes dá R$ 10, de vez em quando chega a R$ 20. Uma vez deu R$ 25, aí a gente guardou para comprar os materiais do ano que vem da escola”, afirma Afonso Henrique Haas, de 11 anos.

Outro resultado positivo é o aprendizado sobre a quantidade de resíduos que cada um produz. Com esta noção, cada pessoas aprende a reduzir o consumo e a necessidade de reciclar.

“O que tem de plástico! Hoje a gente nota isso. ‘Se fosse dinheiro!’, a gente sempre brincava. Agora é”, diverte-se a auxiliar administrativa Carina Mota.

O negócio com jeito de brincadeira serve para preparar os mais jovens na educação ambiental. A família do corretor de imóveis Alexandre Melo se engajou na causa.

“É para elas [crianças]. Todo Eco Pila que a gente junta é para vocês depois”, comenta, dirigindo-se aos pequenos.

“Eu não sei exatamente quanto tem agora. Mas a gente já usou no cinema, uns 200 Eco Pilas. Tudo que dá pra usar a gente acaba usando”, completa Isabela Nunes Melo, de 17 anos.

As empresas que ainda não estão cadastradas podem procurar a ACI para aderir à iniciativa. Do valor total recebido, 10% retorna ao Núcleo Socioambiental para ser usado em ações socioambientais e de sustentabilidade.

O nome da moeda, baseado na gíria que os gaúchos usam para se referir a dinheiro, equivale ao peso do material reciclável

Incêndios florestais de origem natural se espalham pela Austrália

A Austrália vive um dos piores incêndios florestais dos últimos anos, desde setembro de 2019. O fenômeno é natural e é causado pela combinação de temperaturas superiores a 40º C e uma quantidade insuficiente de chuva, que deixam a vegetação extremamente seca. Além disso, os ventos fortes que são típicos dessa época do ano agravam a situação, espalhando as chamas por vários quilômetros.

Esse fenômeno natural das queimadas ocorre todos os anos na Austrália, entre o final da primavera, no mês de novembro, e início do verão, no mês de dezembro. Porém, em 2019, os incêndios começaram antes do previsto, e foram mais violentos. A explicação está nas temperaturas que ultrapassam os 44º C.

No dia 21 de dezembro, a primeira-ministra do estado de Nova Gales do Sul, Gladys Berejiklian, afirmou que seria impossível controlar os incêndios na localidade “até que as chuvas comecem”. Nova Gales do Sul é o estado mais populoso do país e concentra 70% dos focos de incêndio.

Por causa das condições climáticas e do solo seco, Berejiklian explicou que “qualquer foco de incêndio ativo pode se tornar muito perigoso rapidamente”. E a situação em Nova Gales do Sul deve piorar neste início de 2020, já que as temperaturas podem chegar a 47º C.

Emergência de saúde pública

Segundo a agência de notícias France Press, 15 pessoas morreram em decorrência dos incêndios desde setembro de 2019.

Mais de 460 mil hectares foram destruídos somente no estado de Nova Gales do Sul, onde está localizada Sydney, a maior cidade da Austrália, com 5,2 milhões de habitantes. O local está asfixiado pela fumaça dos incêndios que ardem ao norte, ao sul e a oeste. Este ano, chegou a ser considerado cancelar a tradicional queima de fogos que ocorre todos os anos no Réveillon da cidade por causa dos incêndios.

Nas últimas semanas, médicos vêm advertindo para um estado de “emergência em saúde pública” em consequência da fumaça tóxica em Sydney. “Todos os habitantes de Nova Gales do Sul enfrentam emanações prolongadas de fumaça e, como nunca vivenciamos isto antes, não sabemos o que vai acontecer”, declarou à AFP Kim Loo, membro da ONG Médicos pelo Meio Ambiente.

“As pessoas de mais idade, as crianças e aquelas que trabalham ao ar livre correm um risco especial”, completou, antes de destacar que os serviços médicos não estão preparados para esta situação.

Os hospitais estão lotados de pacientes que reclamam de problemas respiratórios ou cansaço, consequência das temperaturas elevadas.

Centenas de pessoas foram forçadas a deixar suas casas – algumas delas pela segunda vez em uma mesma semana. Muitas casas foram queimadas. A fauna do país também tem sido severamente atingida.

Os incêndios florestais australianos também aumentam a preocupação com o aquecimento global.

O fenômeno é natural e é causado pela combinação de temperaturas superiores a 40º C

Nova tecnologia de reciclagem faz PET voltar a ser plástico virgem

Um projeto multi-institucional financiado pela União Europeia está testando uma nova tecnologia para fornecer uma alternativa sustentável, limpa, segura e lucrativa para o tratamento de resíduos de plásticos PET e poliéster.

PET (polietileno tereftalato) refere-se a um polímero termoplástico de uso geral que é amplamente utilizado nas indústrias de embalagens e vestuário. O projeto é o DEMETO, sigla em inglês para despolimerização modular, escalável e de alto desempenho com tecnologia de micro-ondas.

Diferentemente do método amplamente utilizado de reciclagem mecânica do PET, que envolve a separação do polímero de seus contaminantes e o reprocessamento em grânulos por meios mecânicos, a nova tecnologia se concentra no tratamento químico do PET.

A tecnologia de radiação de micro-ondas e o processo químico associado fazem uma verdadeira “desmontagem” do polímero, permitindo coletar seus componentes constituintes para reutilização como material de qualidade virgem na produção de novos artigos plásticos – plástico virgem, ou prime, refere-se ao plástico nunca usado ou processado antes.

“Combinando a nova tecnologia de micro-ondas com uma conhecida reação química, criamos um processo único que nos permite reciclar o PET de uma maneira economicamente eficiente e usar o método de reciclagem industrialmente,” disse o professor Ioannis Skiadas, da Universidade Técnica da Dinamarca.

Economia circular do plástico

O novo método de reciclagem utiliza uma hidrólise alcalina como reação de despolimerização, funcionando dentro de um reator especial, que pode ser fabricado em grandes dimensões, ou na forma de uma série de pequenos reatores funcionando paralelamente.

Essa tecnologia de reciclagem visa proporcionar uma vida indefinida ao PET, permitindo que ele volte aos seus elementos de composição (etileno glicol e ácido tereftálico) sem degradar os materiais e, consequentemente, abrindo caminho para uma economia circular para produtos plásticos em escala industrial.

“A adoção das radiações de micro-ondas como catalisador energético permite que [a tecnologia] reduza o tempo de reação e a complexidade das etapas de purificação do PTA [ácido tereftálico purificado], ao mesmo tempo aumentando a produtividade através de um processo contínuo, em vez dos lotes típicos do estado-da-arte industrial,” disse Skiadas.

O projeto está programado para terminar esse ano, mas os parceiros já falam em utilizara tecnologia para diferentes formas de plástico, incluindo fibras como nylon ou poliéster, com as usadas em tapetes e tecidos.

Protótipo do uso dos reatores em escala industrial

Meio Ambiente e Sustentabilidade

Projeto transforma restos de comida em álcool gel

Restos de vegetais do restaurante do Instituto Federal de Mato Grosso (IFMT) estão sendo transformados em álcool em gel em Cáceres, a 220 km de Cuiabá. O projeto é desenvolvido por alunos da instituição, sob orientação dos professores. O objetivo é usar o produto para a higienização das mãos no próprio restaurante.

De acordo com o coordenador do projeto, professor Admilson Costa da Cunha, são servidas diariamente em média mais de 700 refeições no restaurante e, durante o preparo, sempre são descartados restos vegetais como cascas de frutas diversas e de hortaliças.

Os alunos e professores pensaram então numa forma de transformar esses dejetos em algo que fosse útil ao restaurante.

Inicialmente, os estudantes fizeram a coleta do material. Durante um mês coletaram restos de vegetais diversos e levaram para o setor de agroindústria e processamento da instituição. A matéria-prima foi tratada, deixada para fermentação e, em seguida, destilada. Por meio desse processo de destilação foi produzido o etanol, que, posteriormente, foi transformado em álcool em gel.

O produto foi avaliado como melhor trabalho na categoria Desenvolvimento Tecnológico na 8ª edição da Mostra de Iniciação Científica no Pantanal, em Cáceres, pelo Centro de Educação e Investigação em Ciências e Matemática da Universidade do Estado de Mato Grosso, em parceria com o IFMT e a Secretaria Municipal de Educação.

A Mostra reuniu cerca de 500 estudantes do ensino fundamental e médio de 20 escolas de nove municípios de Mato Grosso.

O produto ainda não está sendo utilizado porque ainda está passando por testes.

Os alunos e professores pensaram então numa forma de transformar os dejetos em algo que fosse útil ao restaurante

Trabalho em rede beneficia 2,5 milhões de pessoas e mostra possibilidades reais para o desenvolvimento sustentável

Em 2010, Banco do Brasil, WWF-Brasil, Agência Nacional de Águas e Fundação Banco do Brasil uniram-se pelo desenvolvimento sustentável no país, por meio da criação do Programa Água Brasil.

Após colher uma série de resultados durante sua primeira fase (2010-2015), em sua segunda fase (2016-2019), a parceira dedicou-se à restauração florestal próximo a bacias hidrográficas, apoio a produtores rurais, novos modelos de negócios sustentáveis, gerenciamento de risco socioambiental e mobilização de pessoas para a causa socioambiental.

Ao todo, entre 2016 e 2019, foram investidos R$ 33 milhões no desenvolvimento sustentável do país, sendo R$ 13 milhões aportados pelo Programa Água Brasil e R$ 20 milhões designados por parceiros locais. Conheça abaixo os resultados desse trabalho, dividido em três grandes áreas:

1) Impactos socioambientais

Em campo, o Água Brasil atuou junto com 88 parceiros locais na melhoria da qualidade e no aumento da quantidade de água e de vegetação natural nas bacias hidrográficas do Descoberto (DF), Guariroba (MS), Peruaçu (MG) e Pipiripau (DF). Dentre os principais resultados desse eixo, destacam-se:

• 194,75 hectares de florestas recuperadas;

• 15% a mais de produção de água nas quatro bacias;

• 2 mil agricultores beneficiados, sendo 45% mulheres e 30% jovens (14-29 anos);

• 2,4 milhões de pessoas beneficiadas nas cidades pelo aumento da quantidade e melhoria na qualidade da água;

• 207 contratos de Pagamentos por Serviços Ambientais (PSA), mecanismo que incentiva a conservação do meio ambiente;

• 230 cisternas de uso doméstico para armazenamento da água da chuva;

• 4 cooperativas criadas nas bacias;

• 18 Comunidades que Sustentam a Agricultura (CSA) criadas: 15% do país e 60% do DF.

2) Ecoeficiência

Com mais de 4 mil dependências pelo país, o BB possui 67,9 milhões de clientes, além de fornecedores, parceiros, credores, acionistas e concorrentes, de acordo com o relatório de atividades 2018 do Banco. Com tantas partes interessadas, os 96.889 funcionários BB são disseminadores de informação chave.

Por isso, o Programa Água Brasil se preocupou em disseminar conteúdos para público interno do BB sobre ecoeficiência, como reciclagem, redução de emissão de Gases de Efeito Estufa (GEE), consumo de papel, eficiência hídrica e energética.

Além disso, o Sistema de Gestão Ambiental BB foi aprimorado e desenvolveu estudos como o relatório “Modelos de compensação de emissão GEE”, com análise do que é realizado no mercado e proposta de estratégia para o BB mitigar suas emissões.

3) Negócios sustentáveis

Outro eixo do trabalho foi o gerenciamento de riscos socioambientais. Por meio do Programa Água Brasil, o BB realizou conjuntamente com o WWF-Brasil uma avaliação socioambiental de seus fornecedores e desenvolveu mecanismos de mitigação de riscos socioambientais para 10 setores da economia e 10 commodities.

Também foi desenvolvida uma calculadora hídrica e outra fotovoltaica, ferramentas de fomento à economia de água e ao uso de energia fotovoltaica. As duas são abertas ao público e gratuitas.

Parcerias com as Secretarias de Meio Ambiente dos estados de São Paulo e Mato Grosso, também estão viabilizando um projeto de recuperação florestal de Reserva Legal em larga escala. Uma parceria entre BB, Centro das Indústrias Produtoras e Exportadoras de Madeira do Estado do Mato Grosso (Cipem) e WWF-Brasil irá incentivar a conservação da floresta amazônica, por meio do financiamento da cadeia produtiva do manejo florestal madeireiro sustentável.

Ao todo, entre 2016 e 2019, foram investidos R$ 33 milhões no desenvolvimento sustentável do país

Austrália: incêndios já mataram até 30% dos coalas em Nova Gales do Sul, diz ministra

Na Austrália, a ministra do meio ambiente indicou que até 30% dos coalas do estado de Nova Gales do Sul morreram nos incêndios florestais.

O estado abriga uma população estimada de até 28 mil coalas, e é um dos mais afetados pelos incêndios.

Até agora, uma área de 50 mil Km² foi devastada pelas chamas, sendo 34 mil só neste estado.

Uma nova onda de calor chegou a essa região, a previsão é que as temperaturas ultrapassem 40ºC, o que dificulta o combate às chamas.

O estado abriga uma população estimada de até 28 mil coalas, e é um dos mais afetados pelos incêndios

Tufão nas Filipinas deixa 16 mortos e milhares desabrigados

A passagem do tufão Phanfone por áreas turísticas e localidades isoladas das Filipinas durante o Natal deixou pelo menos 16 mortos, informou o governo

O Phanfone alcançou ventos de até 195 quilômetros por hora, destruiu muitas casas e derrubou parte dos cabos do sistema de energia elétrica, anunciaram as autoridades.

Um boletim da agência de resposta a desastres naturais afirma que 13 pessoas morreram na região de Visayas Ocidentais. Outra fonte do governo informou que três pessoas faleceram na área central do país.

O próprio governo, no entanto, afirmou muitas zonas afetadas pelo tufão estão sem cobertura telefônica, o que significa que o balanço das consequências do fenômeno ainda não pode ser considerado encerrado.

O Phanfone atingiu duramente importantes destinos turísticos como Boracay e Coron, famosos por suas praias de areias brancas.

O aeroporto de Kalibo, de onde decolam os aviões com destino a Boracay, foi muito afetado pelo tufão, de acordo com turistas coreanos que estavam presos no terminal aéreo e que enviaram imagens à AFP.

“As estradas estão bloqueadas, mas alguns esforços foram feitos para remover os escombros. A situação é bastante ruim”, afirmou à AFP Jung Byung Joon em uma mensagem enviada pelo Instagram.

“Tudo em um raio de 100 metros ao redor do aeroporto parece quebrado. Muitas pessoas estão frustradas no aeroporto porque os voos foram cancelados”, completou.

Apesar de consideravelmente menos grave, o Phanfone seguiu o mesmo trajeto o supertufão Haiyan, que em 2013 devastou o país e deixou mais de 7.300 vítimas fatais.

“Phanfone é como um irmão mais novo do Haiyan. É menos destrutivo, mas seguiu um caminho similar”, declarou Cindy Ferrer, funcionária da agência de resposta a desastres em Visayas Ocidentais.

Dezenas de milhares de pessoas foram obrigadas a abandonar suas casas em pleno Natal.

Mas as tarefas de retirada não foram seguidas de acordo com o planejamento porque muitos aviões e balsas estavam foram de operação.

As Filipinas são a primeira grande massa de terra do cinturão de tufões do Pacífico. O país é atingido por quase 20 grandes tempestades em média por ano.

Muitas tempestades são fatais e, com frequência, devastamo as colheitas, casas e infraestruturas.

O Phanfone alcançou ventos de até 195 quilômetros por hora, destruiu muitas casas e derrubou parte dos cabos do sistema de energia elétrica, anunciaram as autoridades

Meio Ambiente e Sustentabilidade

OPAS e Airbnb firmam parceria para fornecer informações sobre segurança dos alimentos

A Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) e a plataforma de hospedagem Airbnb firmaram um acordo para colaborar no fornecimento de informações sobre segurança dos alimentos ao público, usando materiais didáticos para promover a prevenção de doenças transmitidas por alimentos e a redução de riscos.

O Airbnb disse que “está em parceria com a OPAS para fornecer à nossa comunidade recursos de inocuidade dos alimentos, como diretrizes de segurança dos alimentos, treinamento e conselhos gerais sobre segurança dos alimentos”.

Em um acordo recentemente assinado, a OPAS comprometeu-se a fornecer ao Airbnb suas cinco chaves para manter os alimentos seguros, a fim de que a instituição possa distribuir esses materiais aos anfitriões do Airbnb Experience.

O Airbnb formulou Diretrizes para Manuseio de Alimentos Aptos ao Consumo para Experiências Culinárias, com base no programa das cinco chaves da OPAS para a segurança dos alimentos.

A OPAS disponibilizará aos anfitriões do Airbnb materiais didáticos disponíveis no Campus Virtual de Saúde Pública da OPAS, “projetados para promover uma melhor compreensão dos riscos à segurança dos alimentos e prevenção de doenças transmitidas por alimentos”.

A colaboração incluirá o programa de segurança dos alimentos da OPAS em seu centro PANAFTOSA, no Rio de Janeiro. A colaboração vai durar por um período de três anos.

A OPAS comprometeu-se a fornecer ao Airbnb suas cinco chaves para manter os alimentos seguros

PNUMA: Turismo sustentável é oportunidade de negócio em Mato Grosso

O turismo é um dos segmentos brasileiros que apresentou alta crescente em 2019, sendo importante fonte de renda e empregos para o país. E o setor caminha cada vez mais rumo à sustentabilidade, seja pela demanda de brasileiros e estrangeiros ou das políticas públicas que sinalizam as diretrizes nos próximos anos.

Como forma de estimular o turismo sustentável no estado do Mato Grosso, que abriga três biomas – Amazônia, Pantanal e Cerrado – com polos de exuberante beleza, o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE) do Mato Grosso, o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), a Parceria para Ação na Economia Verde (PAGE) e o Governo do Estado do Mato Grosso promoveram, em 14 de março, no auditório do Centro Sebrae de Sustentabilidade (CSS), o workshop Turismo Sustentável.

Workshop reuniu cerca de 80 empresários e gestores públicos em Cuiabá (MT) e gerou discussões cruciais para o setor, sobretudo, para o desenvolvimento de bases para as diretrizes do turismo sustentável na região.

O evento contou ainda com o lançamento do manual Diretrizes para Normalização e Certificação de Turismo Sustentável e a Cartilha de Diretrizes de Incentivos para Políticas Públicas em Turismo Sustentável no estado de MT.

“Há uma demanda cada vez maior das pessoas por experiências de turismo que contribuam para o desenvolvimento social, econômico e ambiental das comunidades locais. É uma tendência global que também sinaliza uma oportunidade de negócios aliada à conservação da natureza”, afirmou Regina Cavini, Oficial Sênior de Programas do PNUMA.

“Estamos trabalhando com o governo do Mato Grosso para o desenvolvimento de políticas públicas para o setor de turismo sustentável”, complementou.

Os dois lançamentos integram o programa Turismo Sustentável, uma parceria entre o estado do Mato Grosso, PNUMA, PAGE e Sebrae.

O evento lançou o manual Diretrizes para Normalização e Certificação de Turismo Sustentável e a Cartilha de Diretrizes de Incentivos para Políticas Públicas em Turismo Sustentável no estado de MT

Turbinas eólicas flutuantes poderão gerar energia para plataformas petrolíferas no Brasil

Um grupo de pesquisadores da Escola Politécnica (Poli) da USP, em São Paulo, está desenvolvendo um projeto de turbinas flutuantes em alto-mar, como sistema alternativo de produção de energia em regiões de grande profundidade, onde estão localizadas as plataformas de petróleo brasileiras.

A ideia é substituir a geração de energia por meio de combustíveis fósseis por energia limpa para abastecer equipamentos submarinos e complementar a geração elétrica das próprias plataformas de produção, que exigem uma grande quantidade de eletricidade para funcionar.

Cada plataforma de produção em águas profundas é uma usina elétrica com potências próximas de 100 MW, alimentada principalmente por turbinas a gás. No processo de transição para uma matriz energética de baixo carbono, as turbinas flutuantes são vistas como uma das alternativas mais promissoras para fornecimento de energia limpa em larga escala.

O coordenador do projeto, professor Alexandre Simos, do Departamento de Engenharia Naval e Oceânica da Poli, explica que os parques eólicos marítimos compostos de turbinas flutuantes são, hoje, uma realidade comercial. “O desafio que este projeto encara é a mudança do cenário onde as usinas serão instaladas, já que a tecnologia disponível está limitada a profundidades de até 250 metros. O local onde é feita a exploração do pré-sal supera os 2 mil metros de lâmina d’água.”

Outro desafio citado pelo coordenador será projetar um sistema otimizado para as condições meteorológicas e oceanográficas próprias das nossas regiões produtoras. É preciso garantir o alto nível de disponibilidade de energia que as operações marítimas exigem e buscar soluções de engenharia para outros aspectos críticos, como a estabilidade do sistema elétrico, segurança marítima da operação e o estudo de possíveis impactos ambientais e formas de mitigá-los.

“Por se tratar de um projeto de vanguarda na área de sistemas oceânicos de produção de energia renovável no mar, ele contribui para gerar conhecimentos e soluções de engenharia que certamente terão impacto positivo no futuro mercado brasileiro de geração de energia eólica no mar”, destaca Simos.

A ideia é substituir a geração de energia por meio de combustíveis fósseis por energia limpa para abastecer equipamentos submarinos

Países continuam produzindo mais combustíveis fósseis, dificultando alcance de metas climáticas

O mundo está caminhando para produzir muito mais carvão, petróleo e gás natural do que seria consistente com a limitação do aquecimento a 1,5 °C ou 2 °C, criando uma “lacuna de produção” que dificulta o alcance das metas climáticas, de acordo com o primeiro relatório que avalia planos e projeções dos países para a produção de combustíveis fósseis.

O Relatório sobre a Lacuna de Produção complementa o Relatório sobre a Lacuna de Emissões do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), que mostra que as promessas dos países ficam aquém da redução de emissões necessária para atender aos limites globais de temperatura.

Os países planejam produzir combustíveis fósseis muito além dos níveis necessários para cumprir suas promessas climáticas sob o Acordo de Paris, que estão longe de ser adequadas. Esse superinvestimento no suprimento de carvão, petróleo e gás dificultará a redução de emissões, ao reforçar a infraestrutura de combustíveis fósseis estabelecida.

“Na última década, a conversa sobre o clima mudou. Entendemos, hoje, o quanto a expansão desenfreada da produção de combustíveis fósseis contribui para o enfraquecimento das ações climáticas”, disse Michael Lazarus, principal autor do relatório e Diretor do Centro dos EUA do Stockholm Environment Institute.

“Este relatório mostra, pela primeira vez, quão grande é a desconexão entre as metas de temperatura de Paris e os planos e políticas dos países para produção de carvão, petróleo e gás. Ele também compartilha soluções, apontando políticas domésticas e cooperação internacional como formas de ajudar a preencher essa lacuna.”

O relatório foi produzido por diversas organizações de pesquisa, incluindo Instituto de Meio Ambiente de Estocolmo (SEI, em inglês), Instituto Internacional do Desenvolvimento Sustentável, Instituto de Desenvolvimento Ultramarino, Centro CICERO de Pesquisa Internacional em Clima e Ambiente, Climate Analytics e PNUMA. Mais de 50 pesquisadores contribuíram para a análise e revisão, abrangendo inúmeras universidades e organizações de pesquisa adicionais.

Os países planejam produzir combustíveis fósseis muito além dos níveis necessários para cumprir suas promessas climáticas sob o Acordo de Paris

Meio Ambiente e Sustentabilidade

Cerrado perde uma cidade de São Paulo a cada três meses

Após o Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) constatar aumento de quase 30% do desmatamento na Amazônia no último ano e de 114% desde o ano de promulgação do novo Código Florestal (2012), hoje o governo informou que a perda de cobertura vegetal do Cerrado entre agosto de 2018 e julho de 2019 foi de 648.400 hectares, mantendo os preocupantes níveis dos últimos anos. Muito embora tenha havido uma pequena redução em relação ao ano passado, de 2,26%, a perda ainda é alarmante: equivale à derrubada da cidade de São Paulo, ou a área metropolitana de Londres, a cada três meses.

Os dados são do Prodes Cerrado, mapeamento do Inpe, sob coordenação do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC). Sua série histórica indica estabilização na taxa de destruição do Cerrado nos últimos quatro anos em torno de uma média de 680 mil ha/ano. Mais da metade da área original do bioma já foi convertida, principalmente para atividades agropecuárias, e pesquisas apontam que infelizmente apenas 20% do que resta de vegetação encontra-se em condições saudáveis de conservação. Isso torna o Cerrado uma das áreas naturais mais ameaçadas do planeta. Segundo pesquisadores, no ritmo de destruição dos últimos anos, o Cerrado caminha para um processo de extinção em massa sem precedentes na história do planeta.

Os números do Prodes do Cerrado e da Amazônia diferem por causa da distinção de perfil entre os atores que promovem a devastação. Na Amazônia, há terras públicas sem a devida proteção do Estado e, assim, disponíveis à invasão de quadrilhas de grileiros. Já o desmatamento nos últimos anos no Cerrado tem sido promovido principalmente por atores privados, produtores rurais e grupos empresariais – com destaque às chamadas companhias de terra. A estabilização das taxas está em parte associada com o fato de que tais companhias começaram a atender ao apelo de seus investidores e compradores quanto à eliminação das ilegalidades e do desmatamento, já que o desmatamento zero é uma agenda em rápida consolidação tanto no mercado internacional, como em legislações nacionais e de blocos econômicos.

 A importância do Cerrado

O Cerrado se estende pelos estados da Bahia, Goiás, Maranhão, Minas Gerais, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Piauí, Paraná, Rondônia, São Paulo, Tocantins e o Distrito Federal. Depois da Amazônia, é o maior bioma da América do Sul, correspondendo a 1/4 do território nacional, com mais de 2 milhões de km2.  São insuficientes as áreas protegidas demarcadas: 3,1% em unidades de conservação de proteção integral, 5,2% em unidades de uso sustentável (a maior parte sem fiscalização e implementação de planos de manejo adequados) e 4,8% em 109 terras indígenas. 

A área protegida do Cerrado é inúmeras vezes inferior à da Amazônia, e a cobertura com vegetação íntegra do bioma já foi reduzida a cerca de 20% da original, com mais da metade de seu território devastado. Seguida essa trajetória, a destruição do Cerrado acarretará uma extinção massiva de espécies, de acordo com artigo da revista Nature (2017). O bioma tem cerca de 10 mil espécies de plantas, das quais 44% endêmicas, além de uma enorme diversidade de fauna, incluindo espécies como o Lobo-Guará, o Tamanduá-Bandeira e a Onça-Pintada. O Cerrado abriga 30% da biodiversidade brasileira e 5% das espécies do planeta. Apesar disso, a destruição segue e além de perder espécies, as emissões anuais de gases causadores do efeito estufa, por queimadas e desmatamento, equivalem a mais de 40 milhões de carros.


O atual nível de destruição compromete as águas que nascem no Cerrado e alimentam seis das oito grandes bacias hidrográficas brasileiras: Amazônica, Araguaia/Tocantins, Atlântico Norte/Nordeste, São Francisco, Atlântico Leste e Paraná/Paraguai, incluindo as águas que escoam para o Pantanal. O Cerrado também é a fonte de 90% das águas do rio São Francisco. Quando se desmata o Cerrado, comprometem-se a recarga de três grandes aquíferos brasileiros (Bambuí, Urucuia e Guarani), assim como os recursos hídricos que são fundamentais para milhões de pessoas que vivem no bioma e para nove em cada dez brasileiros que consomem energia vinda de hidroelétricas.

A área protegida do Cerrado é inúmeras vezes inferior à da Amazônia, e a cobertura com vegetação íntegra do bioma já foi reduzida a cerca de 20% da original

Nova Medida Provisória prevê que pedaço gigantesco de terras públicas ocupadas ilegalmente na Amazônia seja regularizado

Os problemas ambientais na Amazônia se intensificaram em 2019, mas, acredite, a situação sempre pode piorar. Com a Medida Provisória (MP) 910, assinada nesta terça-feira pelo Presidente Jair Bolsonaro, criminosos ganharam um presentão de Natal. Quem perde, mais uma vez, é a floresta e as pessoas que dependem dela para viver.

A nova legislação permitirá que um pedaço gigantesco de terras públicas que foi desmatado ilegalmente entre 2008 e dezembro de 2018 na Amazônia seja legalizado. Na prática, isso quer dizer que crimes como desmatamento e invasão de terras públicas estão sendo não apenas estimulados, como também anistiados e premiados por Bolsonaro, trazendo graves prejuízos para a manutenção do equilíbrio ambiental e para o patrimônio dos brasileiros.

O novo texto piora legislações anteriores em duas principais questões. A primeira, temporal, é a permissão para que terras públicas ocupadas ilegalmente antes de maio de 2014 sejam regularizadas, com a possibilidade desse prazo se estender até 2018. Os prazos anteriores eram 2008 e 2011, respectivamente. A segunda é que facilidades no processo, que eram dadas apenas a pequenas propriedades (até quatro módulos fiscais), agora poderão ser utilizadas para regularizar imóveis de até 15 módulos fiscais, o que configura média propriedade (na Amazônia, isso equivale a até 1650 campos de futebol).

Assim como aconteceu com iniciativas anteriores, com as leis nº 11.952/2009 e nº 13.465/2017, a MP 910 é uma falsa solução, porque oficializa a grilagem e manda uma mensagem clara de que o crime compensa, quando deveria priorizar direitos territoriais de agricultores familiares, populações indígenas, tradicionais e quilombolas e a proteção do meio ambiente.

A nova legislação permitirá que um pedaço gigantesco de terras públicas que foi desmatado ilegalmente entre 2008 e dezembro de 2018 na Amazônia seja legalizado

COP25: maiores poluidores do mundo seguraram avanços nas negociações climáticas da ONU

A mais longa Conferência de Partes da história da UNFCCC (órgão da ONU para as mudanças do clima) terminou em Madri no domingo (15) de manhã (horário local) com grandes países emissores – como Estados Unidos, China, Índia, Brasil, Japão e Arábia Saudita, entre outros – se abstendo de suas responsabilidades na redução de emissões de gases de efeito estufa e bloqueando o progresso das negociações. Apesar dos fortes pedidos por uma ação climática urgente, feitos por países vulneráveis, sociedade civil e milhões de jovens em todo o mundo, os principais países emissores resistiram a todos os esforços para manter o aquecimento global abaixo de 1,5 °C.

Embora descrita como a COP da “ambição”, o que ficou evidente em Madri foi a falta de vontade política para responder à ciência na escala necessária. O caso do Brasil é emblemático: ao contrário dos últimos anos, em que era considerado um dos principais articuladores internacionais e um bom exemplo na redução de emissões, o governo brasileiro foi para a COP25 com uma posição de cobrar financiamento para proteção de suas florestas.  Isso em um ano de aumento recorde de desmatamento, desmonte ambiental e perseguição às ONGs e mortes de lideranças indígenas. A ausência de diálogo por parte da delegação brasileira, seja com representantes da sociedade civil, seja com representantes do setor empresarial e com as lideranças políticas, também chamou a atenção.

O único resultado obtido pela condução das negociações pelo ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, foi abalar nossa reputação internacional: pela primeira vez, o Brasil recebeu dois prêmios “Fóssil do Dia” durante as negociações e o Fóssil Colossal, ao final da conferência. Esse é o mais tradicional prêmio concedido pelas quase 2 mil organizações ambientais ligadas à Climate Action Network. É também um dos melhores termômetros da reputação de um país nas negociações.

Pela primeira vez, o Brasil recebeu dois prêmios “Fóssil do Dia” durante as negociações e o Fóssil Colossal, ao final da conferência

Autoridades na Austrália emitem alerta sobre incêndio fora de controle perto de Sydney

As autoridades na Austrália emitiram alerta sobre um grande incêndio nos arredores de Sydney. O fogo se espalhou para além da linha de contenção estabelecida pelos bombeiros e avança em direção ao Parque Nacional de Blue Mountains.

Esse foco de incêndio já atinge uma área de 4.000 km² e o serviço de meteorologia australiano prevê que ondas de calor extremo virão nos próximos dias, podendo dificultar o combate às chamas.

Ao menos 4 pessoas morreram e quase 700 casas foram destruídas.

Esse foco de incêndio já atinge uma área de 4.000 km²

Meio Ambiente e Sustentabilidade

Instituto Cidade Limpa se reúne com a STTU para realizar o calendário de educação socioambiental

Nesta segunda-feira, 09, Nayara Azevedo, coordenadora do Instituto Cidade Limpa participou de uma reunião com a secretária Elequicina Santos, da Secretaria Municipal de Transporte e Trânsito – STTU, para apresentar o projeto “para tornar Natal a capital mais limpa do Brasil”.

Durante a reunião foi discutida a ideia de realizar um calendário de educação socioambiental para a secretaria. O intuito é manter ações durante o todo o ano de 2020 para conscientizar as pessoas sobre a preservação do meio ambiente.

Também foram apresentados os outros projetos do Instituto, em especial o Festival da Primavera, que será realizado no segundo semestre de 2020.

Foi discutida a ideia de realizar um calendário de educação socioambiental para a secretaria

Marina de Ubatuba recebe selo ambiental internacional

A marina Dársena Voga Marine, em Ubatuba, Litoral Norte de São Paulo, foi uma das inscritas e aprovadas no programa Bandeira Azul para a temporada 2019/2020 e teve a sua bandeira hasteada no sábado (7). Para obter a Bandeira Azul, a Dársena Voga Marine teve que cumprir uma série de critérios relacionados a informação e educação ambiental, gestão ambiental, segurança e serviços, qualidade da água, responsabilidade social corporativa e envolvimento social comunitário.

Atualmente, 50 países participam do programa, sendo que no Brasil, o operador nacional é o IAR – Instituto Ambientes em Rede, membro desde 2005. O Bandeira Azul é um selo de carácter socioambiental amplamente reconhecido no mundo e cujo objetivo principal é elevar o grau de conscientização da sociedade e gestores públicos sobre a necessidade de proteger os ambientes marinho/costeiros e lacustres, incentivando a busca por qualidade, podendo ser aplicado a praias e marinas (marítimas, lacustres e fluviais).

A Bandeira Azul é dada para uma temporada de cada vez e a licença é válida enquanto os critérios são cumpridos, devendo ser baixada no caso de não cumprimento das ações propostas ou acidentes ambientais.

Atualmente, 50 países participam do programa

Dados do INPE mostram que Roraima é o estado que mais desmatou em 2018

Roraima foi o estado onde o desmatamento mais cresceu em 2018. Segundo dados do INPE, Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, Roraima foi o estado que apresentou maior desmatamento entre agosto de 2018 e julho deste ano. O aumento foi de 216%.

São 617 km² de área desmatada. Em RR 65% do território são protegidos por leis ambientais, são terras indígenas e unidades de preservação.

A fiscalização é pequena nesta região, e por isso, segundo especialistas, o desmatamento vem aumentando, muitos proprietários de terras não respeitam a legislação por causa da certeza da impunidade.

Segundo a policia federal, a maior parte das madeireiras tem autorização dos órgãos ambientais, mas nem todas cumprem a lei que determina que apenas 20% da área desmatada seja explorada.

Roraima teve o aumento de 216% no desmatamento

Produção de feijão sofre com o clima

O feijão carioca, mais consumido no país, teve um aumento quase 10 vezes maior que a inflação medida de janeiro a novembro.

De janeiro a novembro o preço do feijão superou o índice de inflação dos alimentos de 2,38%.

Economistas explicam que o clima prejudicou a produção desde o ano passado, afetou os estoques, sendo uma quantidade pequena de estoque na mão do produtor e uma grande demanda de consumo do feijão.

A próxima safra que sai no final do ano aumentará a oferta e possivelmente diminuirá o valor do produto.

O preço do feijão superou o índice de inflação dos alimentos de 2,38%

Fumaça de incêndios na Austrália encobre céu de Sydney e aumenta nível de poluição

A fumaça dos incêndios da Austrália poluiu o ar dos moradores de Sydney. Pelo menos 100 focos de incêndio ainda queimam nos arredores da cidade, principalmente nos estados de Nova Gales do Sul e Victoria.

Pontos turísticos famosos como a Ópera de Sydney e a Harbour Bridge ficaram cobertos pela fumaça.

As autoridades orientaram as pessoas a não saírem de casa, para não se expor a poluição do ar.

Pontos turísticos famosos como a Ópera de Sydney e a Harbour Bridge ficaram cobertos pela fumaça

Greta Thunberg acusa países ricos de enganação com metas de redução de emissões

Greta Thunberg acusou nesta quarta-feira, 11, os países ricos que anunciaram ambiciosas metas de redução de emissões de “enganação” e estimou que “nada está sendo feito” para evitar uma catástrofe climática. A adolescente sueca interveio na COP25 em Madri, onde cerca de 200 países se reúnem até sexta-feira com o objetivo de intensificar a luta contra as mudanças climáticas.

A maioria dos Estados trabalha com metas de redução de emissões de médio prazo e uma das questões centrais das negociações é a necessidade de aumentar as ambições. “Um punhado de países ricos prometeu reduzir suas emissões de gases de efeito estufa em X por cento nesta ou naquela data, ou alcançar a neutralidade de carbono em X anos”, disse Thunberg, símbolo da luta contra as mudanças climáticas. “Isso pode parecer impressionante à primeira vista, mas não é liderança, é enganação, porque a maioria dessas promessas não inclui a aviação, transporte marítimo ou importação e exportação de mercadorias. Em vez disso, incluem a possibilidade que os países compensem suas ambições fora de suas fronteiras”, denunciou.

Enquanto os cientistas estão cada vez mais atentos à necessidade de agir urgentemente para limitar o aquecimento global abaixo de +2°C, a jovem militante lamentou que nenhum progresso esteja sendo feito. “Digam-me, como vocês reagem a esses dados (científicos) sem sentir pelo menos um pouco de pânico, como respondem ao fato de que nada está sendo feito sem ao menos sentir um pouco de raiva?”

A Conferência do Clima da ONU parece ter se tornado uma oportunidade para os países negociarem brechas legais e evitarem ambições, segundo Greta. Ela pediu aos países ricos que assumam suas responsabilidades e alcancem a meta de “zero emissões de uma maneira muito mais rápida e depois ajudem os mais pobres a fazer o mesmo”.

A adolescente sueca interveio na COP25 em Madri, onde cerca de 200 países se reúnem com o objetivo de intensificar a luta contra as mudanças climáticas

Meio Ambiente e Sustentabilidade

Programa Meio Ambiente e Sustentabilidade fala de educação socioambiental

No programa desta terça-feira, Nayara Azevedo fala do Instituto Cidade Limpa, uma empresa de impacto socioambiental, e dos seus projetos para tornar Natal a capital mais limpa do Brasil.

Governo decide privatizar Parques Nacionais de Jericoacoara, Iguaçu e Lençóis

Um decreto do governo publicado nesta terça-feira, 03, no Diário Oficial da União qualifica três pontos turísticos brasileiros para fazerem parte do Programa de Parcerias de Investimento (PPI), que estuda viabilidade de privatizações destes locais.

São o Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses, no Maranhão, o Parque Nacional de Jericoacoara, no Ceará, e o Parque Nacional do Iguaçu, no Paraná, onde estão as cataratas do Iguaçu.

No decreto é informado que estas unidades estão qualificadas para o Programa Nacional de Desestatização (PND) “para fins de concessão da prestação dos serviços públicos de apoio à visitação, com previsão do custeio de ações de apoio à conservação”.

Um dos artigos do decreto ainda informa que “o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) poderá ser contratado para elaborar os estudos necessários às concessões e para apoiar as atividades de supervisão dos serviços técnicos e de revisão de produtos contratados.”

No decreto é informado que estas unidades estão qualificadas para o Programa Nacional de Desestatização (PND)

Desmatamento aumenta 212% no mês de outubro na Amazônia

Segundo o levantamento Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia, Imazon, o desmatamento da Amazônia aumentou 212%. Foram desmatados 583 Km² na Amazônia Legal em comparação aos 187 Km² de outubro de 2018.

O estado em pior situação é o Pará com 59% de área desmatada, seguido do Mato Grosso (14%), Rondônia (10%), Amazonas (8%), Acre (6%), Roraima (2%) e Amapá (1%).

O levantamento afirma que a maior parte desse desmatamento foi registrada em áreas privadas, o restante foi em assentamentos, unidades de conservação e terras indígenas.

Foram desmatados 583 Km² na Amazônia Legal em comparação aos 187 Km² de outubro de 2018

Pesquisadores desenvolvem ‘robô agrícola’ para aumentar produção no interior de SP

No interior de SP, pesquisadores da Embrapa e da USP, Universidade de São Paulo em São Carlos, desenvolveram uma tecnologia para mapear o solo e aumentar a produtividade nas plantações.

O robô de alumínio é um carrinho com um pouco mais de um metro de altura equipado com gps. Ele foi projetado para ser movimentado em qualquer direção, a suspensão dele permite que se locomova em qualquer tipo de terreno.

O robô emite um lazer invisível que quebra as moléculas do solo, as partículas formam uma espécie de nuvens de luz a uma temperatura de 100 mil ºC. Essa luz é analisada pela máquina, verificando os macro e micro nutrientes, contaminantes, textura do solo, o carbono e a acidez do solo.

O equipamento tem a mesma tecnologia do robô enviado pela NASA na missão especial em Marte, uma das vantagens é a rapidez na análise. Na forma tradicional uma amostra do solo é enviada ao laboratório e leva 15 dias para ficar pronta, enquanto o robô traz os resultados imediatamente, sem sair do campo.

Dessa forma, é possível aplicar o fertilizante de uma forma mais racional, onde a planta precisa, evitando que seja aplicado em excesso num determinado local, e essa informação do mapa fará com que o produtor aumente sua produtividade.

O equipamento tem a mesma tecnologia do robô enviado pela NASA na missão especial em Marte

OMS alerta sobre impacto das mudanças climáticas na saúde humana

Em meio a conferencia anual da ONU sobre o clima, em Madri, a Organização Mundial da Saúde declarou que o impacto das mudanças climáticas é cada vez mais prejudicial à saúde humana.

A OMS diz que cada vez mais pessoas sofrem com calor extremo, desastres climáticos e doenças transmitidas por mosquitos, como a malária.

A agencia da ONU fala ainda que a poluição do ar afeta principalmente os pulmões, o cérebro e os sistemas cardiovasculares, e estima que 7 milhões de pessoas morrem por ano de doenças relacionadas a esse problema.

Um relatório apresentado pela Organização Mundial de Meteorologia mostra que 2019 vai encerrar a década mais quente já registrada, e que esse ano deve ser o segundo ou o terceiro mais quente desde 1850, quando começaram as medições.

O aumento do calor se deve as emissões de gases do efeito estufa na atmosfera.

A OMS diz que cada vez mais pessoas sofrem com calor extremo, desastres climáticos e doenças transmitidas por mosquitos, como a malária

Passagem de tufão deixa onze mortos nas Filipinas

Pelo menos 11 pessoas morreram nas Filipinas devido à passagem do tufão Kammuri. Outras 500 pessoas estão em centros de acolhimento, segundo um novo balanço divulgado pelas autoridades locais.

Cinco vítimas mortais foram encontradas na região de Bicol (leste do país), outras cinco em Mimaropa (oeste) e uma na cidade de Ormoc (centro). Os dados são do Centro Nacional de Gestão de Desastres.

O tufão atingiu na noite de segunda-feira o sudeste de Luzon, a maior ilha do arquipélago, e na terça-feira, o sul da capital filipina.

Pelo menos 11 pessoas morreram nas Filipinas devido à passagem do tufão Kammuri
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