FOI DEFINIDO QUE A GREVE PODE COMEÇAR NA QUARTA-FEIRA (18) QUANDO UM NOVO ENCONTRO ESTÁ MARCADO. FOTO: CEDIDA
Os
educadores de Natal aprovaram indicativo de greve. Em assembleia nessa
quinta-feira (12), a categoria ainda marcou um ato em frente à sede da
Prefeitura para a próxima terça-feira (17), às 14h30. Os professores cobram
reajuste de 12,84% no piso salarial para 2020.
Além
disso, foi definido que a greve pode começar na quarta-feira (18) quando um
novo encontro está marcado. A reunião será na sede do Sindicato dos
Trabalhadores em Educação do Rio Grande do Norte (Sinte-RN), às 8h30.
Segundo
o sindicato, a administração estadual ainda não fez propostas formais para
quitar a correção no pagamento. “No início de março, a secretária de
Educação, Cristina Diniz, apenas verbalizou a ideia de pagar em duas
parcelas”, afirmou o sindicato em nota.
Ainda de acordo com o Sinte, a primeira parcela seria quitada em abril com efeito retroativo para ativos e correção de 6,22%. Contudo, a categoria reclama que a segunda parcela seria discutida em junho. “Ou seja, sem previsão de pagamento. Além disso, não mencionou reajuste para os educadores aposentados”, acrescentou.
Projeto “Filhos de Mãe Luiza” celebra
seus 18 anos neste sábado, 14
O
projeto “Filhos de Mãe Luiza” atua no bairro de Mãe Luiza, em Natal, oferecendo
oportunidades na prática esportiva através das modalidades de surf e body
boarding. Crianças e adolescentes que poderiam estar nas ruas, hoje têm essa
oportunidade de fazer parte do projeto.
Ao
longo desses 18 anos de existência já foram atendidas mais de 5.000 mil
crianças e adolescentes com o objetivo de formar muito mais do que atletas,
cidadãos.
O
projeto “Filhos da Mãe” sobrevive com apoios de pranchas, acessórios, doações e
participação de voluntários para atender os alunos das escolinhas de todas as
modalidades existentes de surf e bodyboarding.
Neste
sábado, 14, será realizado um café da manhã para comemorar o aniversário de 18
anos do projeto. O evento acontecerá as 9h da manhã, na Sede da Escolinha de
Surf Filhos de Mãe Luiza.
Já foram atendidas mais de 5.000 mil crianças e adolescentes em 18 anos
83 aves silvestres são resgatadas na
Feira do Carrasco em operação conjunta
Em
mais uma operação conjunta de combate ao tráfico e maus tratos de animais nas
feiras livres de Natal, 83 aves silvestres, que estavam sendo comercializadas
ilegalmente, foram resgatadas na semana passada. As equipes de fiscalização da
secretaria de Meio Ambiente e Urbanismo (Semurb), de Serviços Urbanos (Semsur),
da Delegacia Especializada em Proteção ao Meio Ambiente (Deprema), do
Grupamento de Ações Ambientais da Guarda Municipal de Natal (GAAM) e do Ibama
vistoriaram a Feira do Carrasco, no bairro das Quintas, Zona Oeste, onde duas
pessoas também foram detidas para averiguação.
Dentre
as espécies resgatadas estão 20 Golinhas, 17 Azulões, 09 Sibites, 08 Galos de
Campina, 07 Sabiás-Laranjeira, 07 Papa Arroz, 04 Periquitos da Caatinga, 03
Saíras Amarelas, 02 Vem-Vem, 01 Beija-Flor Saíra, 01 Rolinha Branca, 01 Papa
Capim, 01 Anumará, 01 Cancão e 01 Concriz. Segundo informações do supervisor de
Ambientes Naturais e Biodiversidade da Semurb, Iang Chaves, a fiscalização
conjunta é uma rotina para combater esse tipo de crime nas feiras livres da
capital. “Todos os animais silvestres já
foram encaminhados ao Ibama para serem avaliados quanto a sua saúde, e
posterior reintrodução à natureza”, diz.
Chaves
informa que a multa para quem for pego comercializando, guardando em cativeiro
ou depósito, ou ainda, transportando espécimes da fauna silvestre sem
autorização é de R$ 500 por animal apreendido. E pode chegar até R$5 mil se o
animal estiver na lista de ameaçados de extinção, como é o caso dos Periquitos
da Caatinga que foram apreendidos, mas os responsáveis não foram identificados
durante a operação. Além disso, a pessoa responde por crime ambiental de acordo
com o Decreto Federal nº 6.514/2008.
O
supervisor enfatiza também que nos casos de criadouros domésticos, a pessoa que
quiser entregar o animal voluntariamente aos órgãos responsáveis pode fazê-lo
sem sofrer sanções. “Basta entrar em contato com a Semurb pelo telefone da
Ouvidoria e solicitar a ida de uma equipe até o local. A mesma lei que pune os
infratores também abre essa possibilidade de renúncia da guarda ilegal sem a
lavratura de multa”, explica Chaves.
As
gaiolas, alçapões e vários recipientes usados para alimentação dos animais
foram destruídos para que não sejam mais utilizados. Você também pode ajudar no
combate aos maus tratos e tráfico de animais em Natal, basta ligar para a
Secretaria de Segurança Pública no 181, para a Linha Verde do IBAMA no 0800 618
080, ou ainda para Ouvidoria da Semurb no 3616-9829, que funciona no horário das 8h às 14h, segunda
a sexta e fazer sua denúncia.
As gaiolas, alçapões e vários recipientes usados para alimentação dos animais foram destruídos para que não sejam mais utilizados
Multas sobre crimes ambientais caem
34% com Bolsonaro, menor nível em 24 anos
As
multas por infrações ambientais aplicadas pelo Instituto Brasileiro do Meio
Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) recuaram em 34% em 2019,
primeiro ano de gestão de Jair Bolsonaro (sem partido).
Os
dados são uma comparação com o ano de 2018 e representam a menor quantidade em
24 anos. As infrações representaram um total de R$ 2,3 bilhões em 2019, já em
2018, o valor era de R$ 4,09 bilhões.
Ao
todo, foram registradas 9.745 autuações em 2019, enquanto em 2018 ocorreram
14.699, segundo dados coletados pela Folha de São Paulo. Os números encolheram
em um momento de devastação recorde da Amazônia.
O
ano com maior desmatamento foi 1995, com 4.586 autuações. As reduções nos
números estão ocorrendo desde 2009, mas com percentuais menos acentuados que os
de 2019.
Em
abril de 2019, o presidente Jair Bolsonaro editou um decreto que pretende criar
uma câmara de conciliação ambiental com poderes para analisar, reduzir o valor
e até anular multas aplicadas pelo Ibama. Até o momento, quatro
superintendências do Ibama estão sem chefia.
A
perspectiva é que o número de multas aplicadas pelo Ibama siga reduzindo ao
longo dos anos.
Ao todo, foram registradas 9.745 autuações em 2019, enquanto em 2018 ocorreram 14.699
UE adota plano para zerar emissões de
carbono até 2050
A
Comissão Europeia adotou na quarta-feira (4) uma proposta de “lei climática”
para garantir o cumprimento do compromisso assumido pela União Europeia de
neutralizar suas emissões de dióxido de carbono (CO2), um dos causadores do
efeito estufa, até 2050. “Criamos a mudança climática, portanto cabe a nós
agir. A lei climática guiará todas as nossas ações pelos próximos 30 anos, nos
fornecerá as ferramentas para medir o progresso em direção à meta”, disse
Ursula von der Leyen, presidente da Comissão da UE, ao apresentar a primeira
lei climática europeia. A proposta prevê uma meta de zero emissões até 2050 e
inclui medidas para que os progressos sejam avaliados a cada cinco anos, além
de possibilitar ajustes nas ações. A lei traz as diretrizes para a UE alcançar
seu objetivo com base em uma avaliação de impacto, que contará com a
apresentação de novas metas para 2030 para reduzir as emissões. Logo depois,
será traçado uma trajetória para o período entre 2030 e 2050.
A
medida tem como objetivo obrigar os 27 Estados-membros da UE a equilibrar as
emissões poluentes e a remover gases de efeito estufa. Além disso, a Comissão
Europeia também lançou uma consulta pública sobre um “pacto climático” para
envolver regiões, comunidades locais, sociedade civil, escolas, empresas e
cidadãos no corte de emissões. A lei climática ainda deverá ser examinada pelo
Conselho e pelo Parlamento Europeu antes de se tornar juridicamente
vinculativa.
“Estamos
agindo hoje para tornar a União Europeia o primeiro continente neutro em termos
de clima até 2050. A Lei do Clima é a tradução legal do nosso compromisso
político e traça de forma irreversível o nosso caminho para um futuro mais
sustentável”, acrescentou von der Leyen. Segundo a presidente da Comissão, a
medida “oferece previsibilidade e transparência para a indústria e investidores
europeus, e traça uma direção para a nossa estratégia de crescimento verde,
garantindo que a transição seja gradual e justa”.
O
plano, que ganhou o apelido de “Green Deal”, em referência ao “New Deal”,
programa de investimentos que tirou os Estados Unidos da Grande Depressão, é
avaliado em 1 trilhão de euros em investimentos. O documento foi apresentado
durante reunião em Bruxelas, com a presença da ativista Greta Thunberg.
A
jovem sueca, por sua vez, fez duras críticas ao projeto e acusou a UE de
“fingir” querer a liderança mundial na proteção do clima. “A União Europeia tem
que parar de fingir que pode ocupar a liderança climática e ainda continuar
construindo e subsidiando novas infraestruturas de combustíveis fósseis”, disse
a ativista sueca, durante audiência no Parlamento Europeu. Segundo Thunberg, a
UE tem esperança de que o “Green Deal” “resolverá, de alguma forma, a maior
crise já enfrentada pela humanidade”. “Quando sua casa está pegando fogo, você
não espera mais alguns anos para começar apagá-lo”, comparou Thunberg. “Quando
a UE apresenta essa lei climática e de zero emissão até 2050, você
indiretamente admite que está se rendendo, que está desistindo”, concluiu.
O documento foi apresentado durante reunião em Bruxelas, com a presença da ativista Greta Thunberg
Na
última sexta-feira, 28, Nayara Azevedo, coordenadora do Instituto Cidade Limpa,
ministrou uma palestra na XX Jornada de Educação de Natal – Jenat.
A
Jenat é realizada pela Prefeitura de Natal e a Secretaria Municipal de Educação
e aconteceu entre os dias 27 e 28 de fevereiro. Ela tem como público professores,
educadores infantis, coordenadores, gestores e assessores pedagógicos.
O
tema do evento foi “Educação e Diversidade: além do conceito, um valor” e deu
inicio às atividades pedagógicas da Secretaria.
O
Instituto Cidade Limpa esteve presente para falar da proposta de tornar Natal a
capital mais limpa do Brasil, além de como os professores e alunos podem
participar dessa campanha e adotar medidas mais sustentáveis nas escolas.
O tema do evento foi “Educação e Diversidade: além do conceito, um valor”
Instituto IDEA realiza projeto
Condomínio Vivo
O
Instituto de Desenvolvimento, Educação e Planejamento Ambiental – IDEA surgiu
em 2003 e tem o propósito de tem como ser uma ferramenta técnica e
institucional de apoio a mobilização, planejamento e execução de ações de
interesse do coletivo.
Já
com 17 anos de história, ele inicia em 2020 o Projeto “Condomínio Vivo”, com o
objetivo de transformar os condomínios em ecossistemas vivos.
O
projeto mapeia os condomínios e remove todas as plantas que podem ser tóxicas,
venenosas ou que servem para atrair pragas, e as substitui por plantas nativas
de referencias frutíferas, medicinais ou alimentares.
“A
ideia é criar um condomínio não só de pessoas, mas de passarinhos, insetos
benéficos e lagartos que comem pragas, transformando o condomínio em um
ecossistema vivo”, disse Tiago Macena, Diretor Técnico do Instituto IDEA.
O projeto mapeia os condomínios e remove todas as plantas que podem ser tóxicas, venenosas ou que servem para atrair pragas
Prefeitura intensifica fiscalização
contra deposição irregular de resíduos em Natal
A
Prefeitura de Natal está intensificando as ações de fiscalização contra a deposição
de resíduos em toda a cidade, sobretudo, nos locais apontados pela Companhia de
Serviços Urbanos de Natal (Urbana) como costumeiros para as irregularidades.
Nessa
segunda-feira (02/03), equipes da fiscalização ambiental da secretaria de Meio
Ambiente e Urbanismo (Semurb) e do Grupamento de Ações Ambientais da Guarda
Municipal (Gaam) vistoriaram dois pontos na zona Norte de Natal, conhecidos
como o “Lixão de Nordelândia”, no bairro de Nossa Senhora da Apresentação, e o
“Lixão de carro queimado”, no Pajuçara.
Os
locais são reconhecidos pela Urbana como parte dos 86 lixões irregulares de
Natal. Lá, as equipes constataram, além de resíduos da construção civil, restos
de poda de vegetais, pneus velhos, descartáveis e carcaças de animais, assim
como também identificaram a deposição de lixo hospitalar como medicamentos,
ampolas e seringas. Os dois pontos geralmente são o destino de carroceiros que
praticam a infração.
“Além
dos efeitos nocivos ao meio ambiente, a prática também é um verdadeiro atentado
à saúde pública, uma vez que, nos pneus, ocorre o acúmulo de água, formando um
ambiente propício para a proliferação do mosquito Aedes aegypti. E o Pajuçara é
um dos bairros em que a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) mais tem registrado
casos de doenças transmitidas pelo vetor.
Lixões como esses são uns dos principais responsáveis pela proliferação
do mosquito”, diz o supervisor de Fiscalização Ambiental da Semurb, Gustavo
Szilagy.
De
acordo com a Lei Municipal 6.693/17, é considerado infrator quem, por si ou seus
prepostos, cometer, mandar, constranger, auxiliar ou se beneficiar desta
prática. Ou seja, não apenas a pessoa que tenha sido flagrada, mas também quem
a contratou. Regulamentada em 2019, a lei prevê multa para pessoas físicas e
jurídicas que despejarem resíduos nas áreas da cidade.
A
penalidade para quem destina de forma irregular resíduos sólidos urbanos é a de
multa que varia de R$ 2.065,00 e que pode chegar a R$ 8.083,00. Se os resíduos
descartados tiverem potencial poluidor, o responsável pela destinação poderá
ainda responder por crime ambiental, nos termos da Lei Federal 9.605/98 (Lei de
Crimes Ambientais).
A
Semurb e a Guarda Municipal têm feito diligências no sentido de ajudar a coibir
a formação de lixões na cidade do Natal, em apoio à Urbana. Denúncias sobre
este tipo de infração podem ser realizadas na Ouvidoria da Semurb pelo telefone
3616-9829, de segunda a sexta-feira, das 8h às 14h, ou diretamente para a
Guarda Municipal pelo 190.
A penalidade para quem destina de forma irregular resíduos sólidos urbanos é a de multa que varia de R$ 2.065,00 e que pode chegar a R$ 8.083,00
Brasil avança na Agenda Nacional de
Qualidade Ambiental Urbana
O
presidente da República, Jair Bolsonaro, assinou decreto para implantação do
sistema de logística reversa de eletroeletrônicos em todo o país. A iniciativa
representa um avanço no sistema de logística reversa brasileiro, já que integra
outros setores que ainda estão à margem da Política Nacional de Resíduos
Sólidos (PNRS).
A
cerimônia também marcou a assinatura de documento pelo ministro do Meio
Ambiente, Ricardo Salles, para o início da execução de projetos contemplados em
convênios celebrados com representantes de consórcios e municípios de dez
estados brasileiros (RS, MG, PR, SP, MS, CE, SC, RO, MT e GO).
No
total foram 21 convênios celebrados, envolvendo 57 cidades e 1.318.335
habitantes. Os recursos são do Fundo de Direitos Difusos do Ministério da
Justiça e do MMA totalizando R$ 64 milhões. A iniciativa faz parte da Agenda
Nacional de Qualidade Ambiental Urbana, política pública lançada pelo
Ministério em 2019, e do “Programa Nacional Lixão Zero”.
O
ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, enfatizou que a Agenda é uma das
prioridades da pasta. “Mais de 80% da população brasileira vive nas
cidades, grande parte sem acesso ao saneamento adequado. Até mesmo em grandes
cidades. Essa agenda envolve qualidade de vida, o cuidado com as áreas verdes
urbanas, a recuperação de áreas contaminadas. A falta de ordenamento
territorial e saneamento aumenta problemas como os que acabamos de ver em São
Paulo, com enchentes causadas por questões que são tratadas diretamente pela
agenda: a impermeabilização do solo e o descarte adequado de resíduos sólidos
urbanos”.
Os
convênios vão complementar o orçamento das prefeituras para financiar a compra
de equipamentos e materiais para a melhoria da gestão de resíduos nos
municípios. O repasse poderá ser utilizado para ações e compra de equipamentos
para coleta seletiva de resíduos recicláveis, coleta e compostagem de resíduos
orgânicos, centrais de triagem e tratamento de resíduos da construção civil,
além de instalação de biodigestores, contentores e ecopontos.
Logística Reversa
Em
31 de outubro de 2019, o ministro Ricardo Salles assinou Acordo Setorial de
Logística Reversa de Eletroeletrônicos com entidades representativas do setor:
Abinee – Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica, Abradisti –
Associação Brasileira da Distribuição de Produtos e Serviços de Tecnologia da
Informação, Assespro Nacional – Federação das Associações das Empresas
Brasileiras de Tecnologia da Informação e Green Eletron- Gestora para Resíduos
de Equipamentos Eletroeletrônicos Nacional.
O
acordo prevê duas fases, sendo a primeira dedicada à estruturação do sistema e
a segunda relacionada à sua implementação e operacionalização, com metas anuais
e crescentes, prazos e ações concretas, chegando a 17% no quinto ano. Hoje existem
173 pontos de coleta de eletroeletrônicos no Brasil, o acordo prevê que esse
número aumente para mais de 5.000 até 2025, abrangendo os 400 maiores
municípios (com população superior a 80.000 habitantes), o que compreende
aproximadamente 60% da população. Além disso, 100% dos produtos coletados
deverão ser enviados para a destinação final ambientalmente adequada,
preferencialmente a reciclagem, reinserindo assim os materiais na cadeia
produtiva, reduzindo as pressões por novas matérias-primas e os impactos
ambientais causados pelo descarte inadequado.
“O
decreto é um exemplo de que o governo se preocupa com as questões ambientais
que afetam diretamente a qualidade de vida da população”, destacou Salles.
No total foram 21 convênios celebrados, envolvendo 57 cidades e 1.318.335 habitantes
Ecoponto: o melhor destino para
resíduos recicláveis
O
ecoponto é um espaço disponibilizado para a coleta de objetos e materiais que
não devem ser descartados no lixo comum, devido ao seu grande volume, à
necessidade de tratamento específico para suas peças e componentes e ao seu
potencial de contaminação.
O
objetivo do ecoponto é a destinação correta desses materiais, evitando seu
abandono em ruas, calçadas e terrenos baldios e seu descarte final em lixões ou
aterros sanitários, situações que podem acarretar em danos ambientais.
Em
Natal nós temos diversos ecopontos espalhados pela cidade. Alguns deles são a
Casa Durval Paiva, que recolhe eletrônicos; o Idema recebe pilhas; a A&D
Embalagens, plástico; a UFRN recolhe lápis, caneta, marcador, bucha de lavar
louça e suas embalagens, cápsulas de café, tampas de garrafa pet, tubos de
pasta de dente, e óleo de cozinha usado; E a Natal Reciclagem, que recebe
metal, plástico, papel, lixo eletrônico e resíduos perigosos, eles também
possuem um atendimento via whatsapp, o Ecozap, que faz a coleta em domicílio.
Os
ecopontos enviam os resíduos para a reciclagem, incentivando assim a economia
circular, cuja a principal ideia da é tirar o conceito de “lixo” que temos já
formado em nossa cabeça e substituir por uma visão mais contínua e cíclica de
produção, na qual os recursos deixam de ser somente explorados e descartados e
passam a ser reaproveitados em um novo ciclo.
A
economia circular anda aliada a logística reversa que é um pensamento
estratégico de ações que vai contra a logística tradicional e visa o recolhimento
e reaproveitamento de materiais já utilizados no processo de produção, trazendo
tais resíduos sólidos de volta ao ciclo de vida empresarial, ou buscam alguma
outra destinação ambientalmente correta.
Tudo
isso põe em prática os 3 R’s da sustentabilidade, reduzir, reutilizar e reciclar,
que visam minimizar o desperdício de materiais e produtos, além de poupar a
natureza da extração inesgotável de recursos.
Caso você
tenha conhecimento de algum outro ecoponto em Natal nos informe através do
instagram do @institutocidadelimpa.
Os ecopontos enviam os resíduos para a reciclagem, incentivando assim a economia circular
Logística reversa deve aumentar de 70
para mais de 5 mil pontos de coleta de lixo eletroeletrônico no país
Segundo
levantamento da Universidade das Nações Unidas (UNU), cerca de 45 milhões de
toneladas de lixo eletrônico foram produzidos em todo o mundo em 2016, sendo
que 80% dele foi descartado de forma inadequada. O Brasil foi um dos maiores
responsáveis, gerando aproximadamente 1,5 milhão de toneladas. Essa
“contribuição” está com os dias contados, uma vez que o País já iniciou seu
programa de Logística Reversa no setor. Objetivo é alcançar mais de cinco mil
pontos de coleta para que o material seja reciclado ou receba uma destinação
ambientalmente correta.
A
Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), que estabeleceu a obrigatoriedade
da Logística Reversa de eletroeletrônicos, foi criada em 2010, mas somente em
2019, quando o Ministério do Meio Ambiente (MMA) assinou acordo com o setor,
ações estão sendo colocadas em prática, como explica André França, secretário
de Qualidade Ambiental do MMA.
“Quando
o atual governo assumiu, eram apenas 70 os pontos de coleta. Em apenas três
meses da assinatura do acordo já foram instalados mais cem novos pontos e o
número vai aumentar nos próximos anos”, destaca o secretário. “O acordo setorial
para a logística reversa prevê metas de estruturação de pontos de entrega de
forma a aumentar de 70 pontos para mais de 5 mil pontos até 2025. A previsão é
chegar ao fim de 2020 com mais de 420 pontos instalados em todo o Brasil, o que
seria quase 10% de uma meta de cinco anos.”
Acelerado
– O acordo assinado prevê duas fases, sendo a primeira dedicada à estruturação
do sistema e a segunda relacionada à sua implementação e operacionalização, com
metas anuais e crescentes, prazos e ações concretas. Segundo André França, o
setor está se antecipando, o que pode acelerar os bons resultados.
“O
que é interessante nesse acordo firmado em outubro de 2019 é que ele tem uma
cláusula que permite antecipar os resultados do cumprimento das metas. O ano de
2020 é de estruturação e as metas são de 2021 para frente, mas essa cláusula
está estimulando vários fabricantes a antecipar a instalação de pontos de
coleta”, aponta França. “Não à toa foram instalados mais de 100 pontos apenas
entre novembro de 2019 e janeiro de 2020. Isso é mais do que feito nos últimos
nove anos.”
O
objetivo do MMA é que os cinco mil pontos de coleta de eletroeletrônicos possam
abranger os 400 maiores municípios do país, ou seja, aqueles com população
superior a 80 mil habitantes. Isso compreenderia aproximadamente 60% da
população.
“Importante
ressaltar que 100% dos produtos coletados em todo o país deverão ser enviados
para a destinação final ambientalmente adequada, preferencialmente a
reciclagem, reinserindo assim os materiais na cadeia produtiva, reduzindo as
pressões por novas matérias-primas e os impactos ambientais causados pelo
descarte inadequado”, explica França.
A
não reciclagem de eletroeletrônicos representa bem mais do que somente um risco
ao meio ambiente, significa também dinheiro jogado fora. Segundo levantamento
da Universidade das Nações Unidas, as 45 milhões de toneladas de lixo
eletrônico gerado em 2016 têm o valor de matéria-prima estimado em 55 bilhões
de euros.
Ainda
de acordo com a UNU, se as grandes nações do mundo não desenvolverem programas
semelhantes ao do Brasil nos próximos anos, teremos em 2050 cerca de 110
milhões de toneladas de lixo eletroeletrônico descartados no meio ambiente.
Previstas
na Agenda Nacional de Qualidade Ambiental Urbana, campanhas de comunicação estão
entre as ações do MMA em 2020. “Agora é hora de conscientizar a população para
a importância do descarte adequado, não só dos eletroeletrônicos como também de
todos os resíduos sólidos passíveis de reciclagem”, finaliza André França.
O objetivo do MMA é que os cinco mil pontos de coleta de eletroeletrônicos possam abranger os 400 maiores municípios do país
Um novo destino para o lixo
Para
muitos países desenvolvidos, o lixo tem grande valor: os rejeitos são
transformados em gás para o aquecimento das casas e em eletricidade. O Brasil
quer seguir o exemplo. No segundo semestre, a administração federal deve
inaugurar uma grande estação de processamento de resíduos na Região
Centro-Oeste, que tem um dos piores indicadores de coleta e reciclagem de lixo
do país.
A
iniciativa contará com recursos do Novo Banco de Desenvolvimento do Brics. “É
preciso resolver o passivo ambiental gerado com os aterros sanitários e o lixo
com urgência”, disse Ricardo Salles, ministro do Meio Ambiente.
O
governo vai construir novas usinas e conceder à iniciativa privada sua gestão.
Em Copenhague, a usina Copenhill, inaugurada em 2019, deve processar neste ano
40.000 toneladas de lixo, gerando energia para mais de 220.000 residências. No
Brasil, 10 milhões de toneladas de lixo vão para os aterros ou têm destinação
errada todos os anos.
A iniciativa contará com recursos do Novo Banco de Desenvolvimento do Brics.
Empresa americana que defende
‘compostagem humana’ como alternativa ‘verde’ a enterro ou cremação
Uma
empresa dos EUA divulgou detalhes científicos de seu processo de
“compostagem humana” para funerais ambientalmente amigáveis.
Um
estudo piloto produzido com voluntários que morreram mostrou que os tecidos humanos
se decompuseram de forma segura e completa em 30 dias.
A
empresa, Recompose, diz que esse processo economiza mais de uma tonelada de
carbono em comparação com a cremação ou o enterro tradicional.
Ela
afirma que oferecerá o primeiro serviço de compostagem humana no Estado de
Washington (EUA) a partir de fevereiro.
A
diretora executiva e fundadora da Recompose, Katrina Spade, disse que
preocupações quanto às mudanças climáticas são um dos principais motivos que
levam muitas pessoas a manifestar interesse no serviço.
“Até
agora 15 mil pessoas assinaram nossa newsletter. E a legislação para permitir
isso no Estado recebeu apoio bipartidário, permitindo que ela fosse aprovada na
primeira vez que foi protocolada”, diz ela.
“O
projeto avançou tão rapidamente por causa da urgência da mudança climática e a
consciência de que precisamos enfrentá-la”.
Os
resultados de um estudo científico sobre o processo de compostagem, que a
Recompose chama de redução orgânica natural, foram apresentados no encontro da
American Association for the Advancement of Science (associação americana para
o avanço da ciência) em Seattle.
“Há
uma praticidade amorosa nisso”, ela disse em uma das raras entrevistas
desde que anunciou os detalhes do projeto, há um ano.
Ela conta que teve a ideia há 13 anos, quando começou a pensar sobre sua própria mortalidade — à idade madura de 30 anos!
“Quando
eu morrer, este planeta, que me protegeu e sustentou por toda a minha vida, não
deveria receber de volta o que me restou?”
Spade
faz uma distinção entre decomposição e recomposição. A primeira acontece quando
um corpo está sobre o solo. A segunda envolve integrar-se com o solo.
Ela
diz que, em comparação com a cremação, a redução natural orgânica de um corpo
impede que 1,4 tonelada de carbono seja lançado na atmosfera. E ela acredita
que haja uma economia similar quando o método é comparado com o enterro
tradicional se levados em conta o transporte e a fabricação de um caixão.
“Para
muitas pessoas, isso dialoga com a forma com que elas tentam conduzir suas
vidas. Elas querem um plano de morte que dialogue com a forma como elas
vivem.”
O
processo envolve deixar o corpo num compartimento fechado com pedaços de
madeira, alfafa e palha. O corpo é lentamente girado para permitir que
micróbios o consumam.”
Trinta
dias depois, os restos ficam disponíveis para que familiares os despejem em
plantas.
Embora
o processo seja simples, o aprimoramento da técnica levou quatro anos de
estudos científicos. Spade pediu à cientista do solo Lynne Carpenter Boggs que
realizasse o trabalho.
A
compostagem de animais de rebanho é uma prática antiga no Estado de Washington.
A missão de Carpenter Boggs era adaptá-la a humanos e garantir que os vestígios
fossem ambientalmente seguros.
“Nós ficávamos conferindo uns aos outros. Minha fisiologia parecia diferente, eu não dormi bem algumas noites, não tive fome — foi uma resposta a um distúrbio”.
Carpenter-Boggs
descobriu que o corpo em recomposição alcançava a temperatura de 55 graus
Celsius durante um certo período.
“Estamos
certos de que ocorre uma destruição da ampla maioria de (organismos causadores
de doenças) e remédios por causa das altas temperaturas que alcançamos.”
O
negócio da recomposição começará no fim deste ano. Qualquer um poderá
participar do processo, mas ele só é legal no Estado de Washington. No
Colorado, discute-se a aprovação de uma lei sobre a redução orgânica natural.
Spade acredita que é uma questão de tempo até que o método esteja disponível
amplamente — nos EUA e em outros lugares.
“Esperamos
que outros Estados abracem a ideia depois que começarmos em Washington. Tivemos
muito entusiasmo no Reino Unido e em outras partes do mundo, e esperamos abrir
filias no exterior quando pudermos.”
Em comparação com a cremação, a redução natural orgânica de um corpo impede que 1,4 tonelada de carbono seja lançado na atmosfera.
Prazo para contribuições ao Plano de
Manejo do Parque da Cidade segue até 08 de março
Os
estudos que embasaram a elaboração da proposta do Plano de Manejo do Parque da
Cidade Dom Nivaldo Monte já estão disponíveis para consulta da população. A
publicação dos documentos foi acordada em audiência pública dia 31 de janeiro,
como ponto inicial para a contagem dos 30 dias de prazo para que a sociedade
faça as suas contribuições. As sugestões
podem ser enviadas até o dia 8 de março por meio de formulário eletrônico na
página Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Urbanismo (Semurb), pelo
endereço www.natal.rn.gov.br/semurb.
O
parque é única unidade de conservação gerida pelo Município e fica localizada
na Zona de Proteção Ambiental 01 (ZPA-01). E seu Plano de Manejo está sendo
proposto pela Prefeitura, pois é um importante documento que se estabelece o
zoneamento da área e rege o uso e ocupação do solo da unidade e do seu entorno.
O
Plano possibilita o planejamento, gerenciamento e a utilização racional dos
recursos naturais e a zona de amortecimento. Através de práticas próprias que
visam à melhoria da qualidade de vida das populações locais, conservação dos
ecossistemas e desenvolvimento sustentável, de forma integrada e participativa.
A
exigência do Plano de Manejo é prevista pela Lei federal nº. 9.985, de 18 de
julho de 2000, também chamada de Lei do Sistema Nacional de Unidades de
Conservação (SNUC). E sua implantação se faz necessária, em virtude da
importância da proteção desta área da cidade, cuja instituição oficial já conta
mais de dez anos.
Já
a minuta, apresentada em audiência pública, também está disponível para
consulta e leitura na página da Semurb. Basta acessar o menu “Publicações”,
sub-menu “Propostas de Regulamentações”, na aba “Atualização da Legislação”.
A exigência do Plano de Manejo é prevista pela Lei federal nº. 9.985, de 18 de julho de 2000
Semurb e Guarda Municipal averiguam
assoreamento do Rio Pitimbú
A
Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Urbanismo (Semurb) realizou uma
vistoria no Rio Pitimbú, localizado no bairro Planalto, na Zona de Proteção
Ambiental 3 (ZPA-3), no limite entre Natal e Parnamirim. O objetivo foi
averiguar a situação do assoreamento do rio a pedido do Ministério Público do
Rio Grande do Norte (MPRN). A ação contou com o apoio do Grupamento de Ações
Ambientais da Guarda Municipal (GAAM).
O
MPRN vai realizar futuramente uma vistoria na região do Rio Pitimbú e precisa
de subsídios de como se encontra o assoreamento. Por isso, a fiscalização do
Município a partir da vistoria fará um mapeamento esclarecendo como está a
situação. De acordo com o supervisor de Fiscalização da Semurb, Gustavo
Szilagyi, a situação do assoreamento se agravou porque a rua São Bráulio, no
Planalto não é pavimentada.“E acaba que os moradores têm utilizado o direito de
ir e vir, do acesso de suas residências, depositando materiais como: pedras e
entulhos, ao longo da rua, especificamente nos buracos, na tentativa de
reduzi-los. Porém, quando chove na cidade esse material é carreado para o rio”,
diz.
O
assoreamento é o acúmulo de sedimentos (areia, terra, rochas), lixo e outros
materiais levados até o leito dos cursos d’água pela ação da chuva, do vento ou
do ser humano. Trata-se de um processo natural que pode ser intensificado pela
sociedade. “Foi percebido que o assoreamento se agravou. E agora com a grande
quantidade de lixo, como: pneu, peças de carros, resíduos sólidos de construção
civil tem colaborado mais ainda para o agravamento da situação”, acrescenta
Szilagyi.
Outro
problema notado foi que quanto mais raso fica o rio ou mais assoreado, os danos
são refletidos nas linhas férreas no entorno do rio. Pois a cada chuva, a
Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) tem que parar os serviços, fazer
uma vistoria e executar a limpeza para os trens passarem com segurança. Dessa
maneira, os custos de manutenção do transporte ferroviário entre Natal e
Parnamirim tendem a aumentar.
Posterior
será elaborado o relatório de fiscalização, e em seguida será encaminhado um
ofício às secretarias municipais responsáveis para execução de alguns serviços,
como a drenagem da Rua São Bráulio, intimação dos proprietários de imóveis para
determinar o cercamento de suas propriedades e oficiar a Urbana para
providenciar a limpeza da área.
O assoreamento é o acúmulo de areia, terra, rochas, lixo e outros materiais levados até o leito dos cursos d’água pela ação da chuva, do vento ou do ser humano
Boi Caprichoso Discute Com Sema E
Ipaam Destinação De Resíduos Do Festival De Parintins
A
reutilização e destinação correta dos resíduos sólidos produzidos durante o
Festival Folclórico de Parintins fará parte de uma ação integrada entre os
bumbás, a Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema) e o Instituto de
Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam). Os órgãos de gestão ambiental reuniram
com a presidência do Boi Caprichoso, para o início às articulações, na
sexta-feira, 14.
A
iniciativa foi proposta pelo presidente da associação cultural, Jender Lobato.
A ideia é que a Sema e o Ipaam forneçam apoio necessário para a promoção de
medidas sustentáveis junto à Diretoria de Sustentabilidade e Meio Ambiente,
instalada pela Nova Presidência do Boi Caprichoso, quando assumiu a gestão em
setembro de 2019, para vigência a partir do Festival Folclórico de Parintins
2020.
Entre
as medidas elencadas está a elaboração de um Plano de Gerenciamento de Resíduos
Sólidos, com a instalação de Pontos de Entrega Voluntária (PEV), a capacitação
para reciclagem de resíduos pós-festival, a elaboração de um Plano de Consumo
Eficiente, para a redução dos gastos de água e energia elétrica, além de apoio
para a destinação adequada do isopor usado nas alegorias.
Segundo
Lobato, o intuito maior da articulação é executar medidas mais eficientes para
minimizar os impactos ambientais causados durante o festival de Parintins.
“Queremos contribuir efetivamente com o Festival, levando em consideração a
questão ambiental. É uma preocupação que temos de buscar o apoio institucional
para consolidarmos o Plano de Gestão de Resíduos Sólidos do Boi Caprichoso”,
afirma o presidente.
Para
o secretário de Estado do Meio Ambiente, Eduardo Taveira, a iniciativa é a
extensão do trabalho iniciado, em 2019. “Ano passado, realizamos uma ação de
educação ambiental durante o festival, já pensando nessas questões da produção
de lixo. Com esse planejamento junto de quem faz o festival, nós poderemos ter
resultados muito mais expressivos e perenes, fazendo com que essas boas
práticas sejam implementadas para todas as outras edições”, destaca.
O
diretor-presidente do Ipaam, Juliano Valente, explica que o festival é uma
oportunidade para levar a mensagem de conservação do meio ambiente. “A
preocupação com as questões ambientais é extremamente importante, ainda mais
quando se tem apoio de outras instituições, pois assim conseguimos unir
esforços para sensibilizar milhares de pessoas que participam do maior festival
folclórico do Amazonas. A ideia é que, em breve, as ações sejam discutidas em
conjunto também com o Boi Garantido”, completa.
Ação
continuada – Na 54° Edição do Festival Folclórico de Parintins, realizada em
2019, a Sema, Ipaam, Secretaria Municipal de Desenvolvimento Sustentável e Meio
Ambiente (Sedema), com apoio de Associação dos Catadores de Lixo de Parintins
(Ascalpin) e dos bumbás Caprichoso e Garantido realizaram a instalação de mais
de 40 ecopontos de coleta seletiva espalhados pelos principais pontos da cidade
de Parintins. A ação fez parte da campanha “Dois pra lá, Dois pra cá”, do
Governo do Estado.
O intuito maior da articulação é executar medidas mais eficientes para minimizar os impactos ambientais causados durante o festival de Parintins
Brasil avança na reciclagem de
baterias de chumbo ácido
Em
um país onde há um veículo automotivo para cada cinco habitantes, segundo o
IBGE, dá para se ter uma ideia de quantas baterias de chumbo ácido são
descartadas ao longo dos anos. Em acordo com a Política Nacional de Resíduos
Sólidos (PNRS), instituída por Lei em 2010, o Ministério do Meio Ambiente (MMA)
iniciou em 2019 a implementação do sistema de logística reversa dessas
baterias. O acordo setorial foi fechado com Associação Brasileira de Baterias
Automotivas e Industriais (Abrabat), a Associação Nacional dos Sincopeças do
Brasil (Sincopeças-BR) e o Instituto Brasileiro de Energia Reciclável (Iber).
O
acordo estabelece que fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes
de baterias integrarão o sistema, composto por pontos de coleta e pelos
serviços de coleta, transporte, armazenamento e destinação final ambientalmente
adequada de baterias que não têm mais uso. Importante frisar que o consumidor
também faz parte do ciclo, uma vez que ele deve voluntariamente entregar as baterias
nos pontos de coleta.
A
iniciativa tem abrangência nacional e já prevê participação acima de 60% em
todas as regiões do Brasil. As metas são progressivas, estimando recolhimento e
envio para reciclagem de mais de 16 milhões de baterias automotivas de chumbo
ácido. Segundo a Abrabat, o setor de baterias de chumbo ácido gera anualmente
cerca de 300 mil toneladas de itens que ficam sem uso.
Perigo
– A bateria automotiva é fabricada basicamente com chumbo, solução ácida e
polímeros. O chumbo é utilizado como principal substância na fabricação
industrial porque possui, entre outras vantagens, baixo ponto de fusão e alta
resistência à corrosão. O problema é que se por um lado ele é perfeito para o
produto, por outro é prejudicial para o meio ambiente se descartado de maneira
incorreta. Metais pesados contaminam solo, lençóis freáticos e até mesmo fauna
e flora.
“O
acordo de baterias de chumbo ácido vai permitir que ao final de quatro anos de
implementação o sistema consiga recolher 16 milhões de baterias todos os anos,
o que representa 155 mil toneladas de chumbo reciclados”, ressalta André
França, secretário de Qualidade Ambiental do Ministério do Meio Ambiente (MMA).
Segundo
o secretário, além de prevenir a contaminação do solo e das águas, a logística
reversa reduz a dependência da importação de chumbo para a fabricação de novas
baterias, sendo um exemplo de sustentabilidade. “O Brasil é dependente de
chumbo, ou seja, tem de importar esse metal pesado. Depois que esse sistema
estiver implementado, ele vai suprir 75% da demanda nacional do setor. Isso é
logística reversa, você reinsere na cadeia produtiva um produto que já não tem
mais utilidade, como é o caso de uma bateria já exaurida”, aponta França.
Da
reciclagem feita com a bateria automotiva de chumbo ácido, além do chumbo
recuperado também são extraídas outras matérias primas que voltam à cadeia
produtiva ao invés de pararem em um aterro sanitário, como é o caso do plástico
e do ácido sulfúrico. “Em uma medida como essa, você tira novos aportes de
poluentes do meio ambiente ao mesmo tempo em que aquece a economia gerando
novas fontes de emprego e de renda”, lembra o secretário. “Você fecha o ciclo
de uma economia circular.”
Iber
– O sistema nacional de logística reversa de baterias foi desenvolvido pelo Instituto
Brasileiro de Energia Reciclável (Iber), entidade gestora signatária do Acordo
Setorial nacional celebrado com o Ministério do Meio Ambiente. Em reunião com a
pasta em janeiro de 2020, o IBER apresentou o planejamento para este ano e
reforçou a parceria com a maioria dos estados e o Distrito Federal. O objetivo
é que o setor possa uniformizar as obrigações de fabricantes, importadores,
distribuidores e comerciantes varejistas. Tudo para que o sistema seja
implantado de maneira mais célere e benéfica ao meio ambiente.
A iniciativa tem abrangência nacional e já prevê participação acima de 60% em todas as regiões do Brasil
Grande Natal tem duas praias
impróprias para banho
A
praia da Redinha e de Pirangi do Sul estão impróprias para banho. É o que
aponta o boletim de balneabilidade do programa Água Azul que tem validade até hoje,
quinta-feira. Além das praias, a foz do Rio Pirangi, em Nísia Floresta, também
está imprópria.
A
análise é classificada com base na quantidade de coliformes fecais encontrados
na água das praias monitoradas e de acordo com o estabelecido em uma resolução
do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama).
Ao
todo, 33 pontos de banho foram avaliados pelo programa em todo o estado.
O
programa Água Azul é realizado pelo Instituto Federal do Rio Grande do Norte
(IFRN), em parceria com Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio
Ambiente (Idema).
A análise é classificada com base na quantidade de coliformes fecais encontrados na água das praias monitoradas
São Paulo em Emergência Climática
A
cidade de São Paulo acordou com água vindo de todos os lados: de cima em forma
de chuva, de baixo vindo dos rios e bueiros que transbordaram, dos lados, nas
vias que iam alagando conforme a água chegava. São Paulo já está diante dos
efeitos da Emergência Climática.
Em
24 horas (entre domingo e segunda-feira), choveu o segundo maior volume de água
em um mês de fevereiro dos últimos 37 anos, segundo dados do Inmet (Instituto
Nacional de Meteorologia).
O
aumento da intensidade das chuvas no estado de São Paulo não deveria
surpreender. Já era previsto por muitos cientistas que alertam sobre os efeitos
do excesso de gases de efeito estufa que nós, humanos, temos jogado na
atmosfera, causando o aquecimento global. Agora, estamos apenas diante dos
fatos, tendo que lidar com uma nova realidade em nosso cotidiano.
Desde
2009, o estado de São Paulo tem um documento que deveria ser usado para nos
preparar para esse cenário, a Política Estadual de Mudanças Climáticas.
Inclusive, o seu texto traz previsões de como serão as chuvas do estado nos
próximos anos. Um trecho, citando o climatologista José Marengo aponta:
“Segundo os cenários brasileiros, aponta-se maior frequência e intensidade nos
eventos extremos de curta duração, associados ao aquecimento global como secas,
chuvas intensas, ondas de frio ou de calor, vendavais, furacões, inundações e
ressacas”.
Outro
trecho traz: “Consequentemente, haverá o aumento da vulnerabilidade e risco aos
impactos à população, aos setores econômicos e à biodiversidade na medida em
que a variabilidade climática e a ocorrência de eventos climáticos antes não
observados se intensificarem”.
A
cidade de São Paulo também tem o seu plano com o mesmo fim. Se as previsões já
estavam colocadas no papel há bastante tempo, e documentos do poder público,
estudaram e pensaram em como diminuir os efeitos colaterais da chuva, resta
saber por que a demora em nossas autoridades em implementá-los.
O
estado de Emergência Climática já está dado, é necessário que nossos
governantes o reconheçam. Políticas de adaptação a eventos climáticos extremos,
junto a políticas de redução de emissões, devem ser prioridades dos nossos
líderes e precisam ser colocadas em prática.
Desde 2009, o estado de São Paulo tem um documento que deveria ser usado para nos preparar para esse cenário, a Política Estadual de Mudanças Climáticas
Bolsonaro exclui governadores do
Conselho da Amazônia Legal
O
presidente Jair Bolsonaro assinou nesta terça-feira (11), em cerimônia no
Palácio do Planalto, um decreto para transferir o Conselho Nacional da Amazônia
Legal do Ministério do Ambiente para a Vice-presidência.
De
acordo com o texto do decreto, divulgado pela Secretaria de Comunicação Social,
o conselho será integrado pelo vice-presidente Hamilton Mourão e por 14
ministros do governo federal.
A
composição anterior do conselho, estipulada em um decreto de 1995, incluía os
governadores da Amazônia Legal. No decreto assinado por Bolsonaro, os governadores
não integram o conselho.
Mourão
afirmou que, mesmo sem compor o conselho, os governadores serão consultados
para estabelecer as prioridades para a região.
“O
conselho tem a função de integrar e coordenar as políticas em nível federal. Os
governadores serão consultados para que estabeleçam suas prioridades”,
declarou.
Integram
a Amazônia Legal: Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Rondônia, Roraima, Tocantins,
Mato Grosso e Maranhão.
A composição anterior do conselho, estipulada em um decreto de 1995, incluía os governadores da Amazônia Legal
Austrália vive as piores enchentes dos
últimos 30 anos
Nos
últimos meses a Austrália sofreu com incêndios florestais, agora enfrenta as
piores enchentes dos últimos 30 anos.
A
chuva, que ajuda a apagar os incêndios, também causa transtorno no estado de
Nova Gales do Sul. Dezenas de escolas estão fechadas e muitos moradores
precisaram ser resgatados de lugares totalmente alagados.
Perto
de Sydney, a maior cidade do país, a chuva e o vento forte provocaram um fenômeno,
a água de uma cachoeira subiu ao invés de descer.
Muitos moradores precisaram ser resgatados de lugares totalmente alagados
Planta Natal retoma ações com plantio
de mudas em Lagoa Nova
O
projeto Planta Natal tem como objetivo plantar 20 mil mudas de árvores nativas
em todas as regiões da cidade. Em 2019 a administração plantou 3.500 mudas na
capital.
O
projeto Planta Natal realizou, nesta terça-feira, 04, a primeira ação de
plantio do ano de 2020. Foram plantadas árvores no Centro de Convivência para
Idosos Marly Sarney, no bairro de Lagoa Nova.
O
prefeito Álvaro Dias compareceu ao evento e, depois de conversar com os idosos
e funcionários do Centro de Convivência, participou do plantio das mudas. “Esse
é um projeto de muita importância para Natal, para o meio-ambiente e para as
pessoas. É o reverdecimento de nossa cidade. É importante para melhorar o nosso
ar, a nossa saúde e até mesmo embelezar a nossa cidade”, comentou o prefeito.
O
Projeto Planta Natal é realizado com a participação de várias secretarias da
administração. Essa parceria tem permitido que o avanço seja rápido e com
segurança. De acordo com a secretária de Esportes e Lazer de Natal, Danielle
Mafra, os plantios estão sendo feitos em áreas controladas, ou seja, com a
presença de muros, para evitar vandalismos ou o abandono do vegetal, que acaba
morrendo sem água. “As plantas precisam de cuidados após o plantio. Por isso
buscamos locais como este dentro da gestão pública”, disse a secretária.
O
Planta Natal percorrerá todos os equipamentos coordenados pela Secretaria
Municipal de Trabalho e Ação Social, nesta fase do projeto. “Primeiro
visitamos, depois fazemos todo trabalho de limpeza, escolha das espécies,
envolvemos os usuários e funcionários e só depois fazemos o plantio. É um
trabalho muito bonito das secretarias”, comemora Danielle Mafra.
Foram
plantadas 16 espécies, entre elas, Oitis, Jambeiros, Graviola e Craibeiras, na
área do Marli Sarney e, além disso, todo serviço de ajardinamento, com plantio
de palmeiras, pintura, etc., foi realizado, melhorando ainda mais o local para
os idosos.
Francisca
Bernadete, 72 anos, que frequenta o Centro de Convivência, estava entre as
idosas que preparam os “tutores” coloridos, que servem de apoio para as
plantas. “Adoro esse lugar e estou gostando mais ainda de plantar uma das
árvores. O prefeito está de parabéns. A árvore é vida e deixa a nossa ainda
melhor. É uma coisa de Deus” disse.
Foram plantadas 16 espécies, entre elas, Oitis, Jambeiros, Graviola e Craibeiras, na área do Marli Sarney
Ponta Negra, Redinha e Praia do Meio
recebem desratização
Uma
equipe de profissionais, composta por Agentes de Endemias, Agentes Comunitários
de Saúde e a Equipe de Educação e Saúde do Distrito Sanitário Sul, vem
realizando ações de educação e controle dos roedores presentes nas praias.
Segue
até sexta, 07, a ação de desratização na orla de Natal. Uma equipe de 70
profissionais composta por Agentes de Endemias, Agentes Comunitários de Saúde e
a Equipe de Educação e Saúde do Distrito Sanitário Sul ocuparam a orla da praia
de Ponta Negra e a Vila de Ponta Negra, na manhã dessa segunda-feira, 03,
desenvolvendo ações de educação e de controle desses roedores.
A
iniciativa é da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), juntamente com o Centro de
Controle de Zoonoses de Natal (CCZ), em parceria com a Agência Reguladora de
Serviços de Saneamento de Natal (Arsban) e a Companhia de Serviços Urbanos de
Natal (Urbana). Além de Ponta Negra, a orla da Redinha e Praia do Meio também
receberão ações de combate à desratização ainda nesta semana.
Na
orla sul, foram distribuídos três tipos de produtos pela orla, que servem como
iscas para a captura e controle desses animais, “Quando nós fazemos essa
iscagem, ou seja, colocamos o produto para matar os ratos, nós também passamos
educando a parte de quiosqueiro, comércio, hotelaria e hospedaria”, como
comenta Humberto Nascimento, chefe de operações de campo do Distrito Sanitário
Sul, falando também sobre a importância das ações preventivas que são
desenvolvidas pela equipe com o comerciantes da região.
Humberto
também ressalta a importância de se educar os frequentadores das praias sobre
seu papel no combate a proliferação dos roedores, “O banhista e o turista
também têm um fator importante de responsabilidade. Por isso, estamos
trabalhando essa parte educativa também com eles, tanto cobrança, para eles
cobrarem dos comerciantes, como também eles terem essa participação ativa”.
Além de Ponta Negra, a orla da Redinha e Praia do Meio também receberão ações de combate à desratização ainda nesta semana
Polícia volta ao Guandu após Cedae
encontrar detergente em manancial
Desde
janeiro o Rio sofre com a crise de abastecimento quando a água começou a chegar
nas residências com cheiro e sabor. Agora, detergente apareceu na estação de
tratamento.
Equipes
da Delegacia de Defesa de Serviços Delegados voltaram à Estação de Tratamento do
Guandu, em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, na manhã desta terça-feira (4)
após a Companhia Estadual de Águas e Esgotos do Rio de Janeiro (Cedae)
confirmar ter encontrado detergente na água bruta que chega ao local e
interromper a produção.
Por
volta das 9h, a produção de água foi retomada. No fim da tarde de segunda (3),
ela havia sido interrompida por causa “a presença de surfactantes
(detergentes) na água bruta que chega à estação de tratamento”, segundo a
nota enviada pela empresa.
Em
consequência de cerca de 15 horas de interrupção, torneiras secaram em boa
parte da área coberta pelo Guandu. Por redes sociais, moradores relataram falta
d’água em suas casas.
O
Rio vive uma crise no abastecimento desde o começo de janeiro, quando a água
começou a chegar a casas de parte da cidade com gosto e cheiro. Segundo a
Cedae, a geosmina, uma substância produzida por algas, causou as alterações. O
detergente na água é um novo episódio na crise.
A
Polícia Civil já havia sido acionada e esteve no local no dia 16 de janeiro
para investigar uma suspeita de sabotagem, citada pelo próprio governador do
Rio, Wilson Witzel.
Funcionários,
ex-funcionários e o próprio presidente da Cedae, Hélio Cabral, foram ouvidos. O
inquérito, no entanto, ainda não foi concluído e ainda não há a confirmação de
sabotagem.
A
Estação de Tratamento de Água do Guandu atende os seguintes municípios:
Nilópolis, Nova Iguaçu, Duque de Caxias, Belford Roxo, São João de Meriti,
Itaguaí, Queimados e Rio de Janeiro. Cerca de 9 milhões de pessoas usam a água
que sai da estação.
A
Cedae informou na segunda que as comportas da entrada do canal principal da
estação foram fechadas para garantir a segurança hídrica das regiões atendidas
pelo sistema Guandu. Por conta do fechamento, a recomendação da companhia é que
a população economize água.
Em
nota, a companhia informou que água não afetada pelo detergente, mas por medida
de segurança, a operação na estação foi suspensa. Confira abaixo a íntegra da
nota da Cedae.
“A
Cedae informa que a qualidade da água não foi afetada. Assim que foi
identificada a presença de detergentes, a Companhia acionou o protocolo de
segurança e interrompeu a operação da estação, antes de prejudicar o
tratamento. Técnicos da Companhia permanecerão monitorando a captação de água bruta
até que a concentração destas substâncias não represente risco à operação da
estação.
O
abastecimento será imediatamente retomado assim que a questão for solucionada.
Mesmo assim, a Companhia pede que os clientes usem água de forma equilibrada e
adiem tarefas que exijam grande consumo.”
Cerca de 9 milhões de pessoas usam a água que sai da estação
Pesquisadora cria adesivo sustentável
à base de semente de mamona
O
objetivo do estudo era produzir o adesivo a partir de um processo simplificado,
sem precisar comprar o óleo.
A
pesquisa realizada na Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq) da
USP, em Piracicaba, produziu uma cola sustentável à base de óleo de mamona. O
produto também pode ser utilizado para impermeabilização de madeiras de
reflorestamento.
Conhecido
como poliuretano, o adesivo/impermeabilizante é resultado da busca por produtos
de baixo impacto ambiental e processos industrialmente menos sofisticados. O
estudo foi conduzido num laboratório piloto que foi, no início da pesquisa,
equipado com um extrator idealizado no próprio laboratório e fabricado por uma
empresa parceira. Com esse equipamento foi otimizado o processo de extração de
óleo de qualquer lote de sementes de mamona.
A
pesquisa de Aline Maria Faria Cerchiari foi apresentada para obtenção do título
de doutora em Ciências, pelo Programa de Pós-Graduação em Recursos Florestais
da Esalq, e teve orientação do professor José Nivaldo Garcia. “O objetivo foi
produzir o adesivo de maneira simplificada. Extraímos o óleo da semente em
prensa mecânica no laboratório e não utilizamos processos químicos. A grande
vantagem foi não precisar comprar o óleo comercial, que é o maior componente na
fabricação da cola”, diz a pesquisadora.
O
produto pode ser utilizado como adesivo na fabricação de vigas de Madeira
Lamelada Colada (MLC) e também para atuar contra ação negativa da variação do
teor de umidade da madeira, quando utilizado como impermeabilizante.
“Adicionamos aditivos naturais para melhorar a resistência da cola, mas, mesmo
sem os aditivos, os resultados foram satisfatórios”, falou a autora. Na função
de impermeabilizar as madeiras, as amostras ficaram até 11 dias submersas em
água para teste de absorção. A cola mostrou-se eficaz com apenas uma camada de
aplicação para madeiras de menores densidades.
Adesivos
modificados e produzidos a partir de recursos renováveis não poluentes e
biodegradáveis têm aberto novas perspectivas no desenvolvimento de alternativas
em comparação aos adesivos utilizados tradicionalmente para a produção de MLC.
Os poliuretanos de óleo da mamona possuem propriedades térmicas e mecânicas
comparáveis ou até superiores às dos poliuretanos tradicionais. “Durante os
testes, nós usamos três espécies de madeira, uma como referência e outras duas
que ainda não são utilizadas no mercado de engenharia da madeira.”
O produto pode ser utilizado como adesivo na fabricação de vigas de Madeira Lamelada Colada (MLC) e também para atuar contra ação negativa da variação do teor de umidade da madeira
Instituto Cidade Limpa iniciará
Projeto Guardiões da Praia em março
O
Instituto Cidade Limpa, em parceria com a Secretaria de Meio Ambiente e
Urbanismo de Natal (Semurb), o Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio
Ambiente (Idema) e a Secretaria Municipal de Saúde de Natal, iniciará o Projeto
Guardiões da Praia no mês de março.
O
projeto Guardiões da Praia tem propósito de capacitar pequenos empreendedores
sociais presentes em nossas praias, como barraqueiros, quiosqueiros,
ambulantes, pescadores, e outros, com a missão de proteger, preservar, manter a
limpeza das praias e conscientizar a população que as frequentam.
Sob
a coordenação do Instituto, o projeto terá início na Praia do Meio e pretende
agregar outros projetos como a Caminhada da Limpeza, para integrar a comunidade
aos Guardiões.
O projeto Guardiões da Praia tem propósito de capacitar pequenos empreendedores sociais presentes em nossas praias
Nayara Azevedo entrevista Aline Mello
no quadro Meio Ambiente e Sustentabilidade do Jornal 96
Aline
Mello é idealizadora do Projeto Motivar, da Vila de Ponta Negra, uma proposta
de transformação social para a população da Vila através do esporte, cultura,
cidadania e meio ambiente.
Reciclagem em Florianópolis aumenta
13% em 2019
Florianópolis
se tornou a capital que mais recicla no Brasil em 2019, e tem como meta ser a primeira
capital Lixo Zero até 2030.
A
coleta de materiais recicláveis aumentou 13% na cidade no ano de 2019. O dado é
considerado uma boa notícia para a cidade sobretudo porque, ao mesmo tempo, a
coleta convencional do chamado lixo comum, os rejeitos, estagnou em comparação
com o ano anterior. Os números foram divulgados pela Autarquia de Melhoramentos
da Capital, a Comcap, responsável pela coleta de lixo e recicláveis na cidade.
Segundo
o presidente da Comcap, Márcio Alves, o resultado interrompe uma tendência de
alta na geração de rejeitos do lixo comum entre 3% e 6% registrada nas últimas
décadas.
“Mais
importante é que esse aumento na coleta seletiva ocorreu ao mesmo tempo em que
a convencional estacionou. Significa que o usuário do sistema atendeu ao apelo
para separar mais e melhor”, sustenta.
Segundo
o presidente, o aumento no volume da coleta seletiva em detrimento da geração
de rejeitos significa um ganho de R$ 8 milhões ao ano, considerando o que a
prefeitura de Florianópolis deixa de gastar com aterro sanitário e a renda
proporcionada para 11 associações de profissionais que trabalham na triagem dos
recicláveis na Grande Florianópolis.
Durante
o ano passado, a cidade separou 2 mil toneladas a mais em papel, plástico,
metal, vidro e orgânicos compostáveis para os roteiros de coleta seletiva ou
para os ecopontos e pontos de entrega voluntária (PEVs) da Comcap.
A
coleta seletiva da Comcap movimentou 17.554 toneladas de resíduos em 2019. Em
2018, foram 15.489 toneladas.
O
aumento da separação do lixo e da coleta seletiva foi verificado inclusive na
temporada. Segundo a Comcap, entre os dias 15 de dezembro de 2019 e 15 de
janeiro de 2020, a seletiva teve uma variação 22% maior em relação ao mesmo
período do ano passado. O município chegou a bater o recorde de recolher 100
toneladas de materiais recicláveis em um único dia, na quarta-feira, dia 8 de
janeiro. A marca anterior era de 75 toneladas em um dia.
Economia
circular e agricultura urbana
O
aumento da separação e a destinação em maior número dos resíduos do lixo para a
reciclagem traz ganhos ambientais e sociais. Os recicláveis secos são doados às
associações de trabalhadores da triagem, que permitem a reinserção desses
materiais na indústria. Os resíduos orgânicos compostados servem para
ajardinamento e hortas urbanas.
Nas
contas da prefeitura, o ganho financeiro de R$ 8 milhões ao ano ocorre com a
soma do que o município deixa de gastar com o transporte até o aterro e o valor
revertido pelas associações ao comercializar o material para a indústria.
Em
2019, foram 12.929 toneladas de recicláveis secos doadas para associações de
triadores. Esse volume deixou de custar R$ 2 milhões de aterro (R$ 161 a
tonelada). Nas mãos das associações, geraram receitas de R$ 4,9 milhões na
venda para a indústria (em média R$ 381 a tonelada triada e comercializada por
uma das associações). A prefeitura contabiliza ainda um valor de economia de
custos públicos de R$ 448 mil, com os resíduos orgânicos que deixaram de ir
para o aterro sanitário.
Foco
no vidro e no orgânico
O
aumento do volume da coleta seletiva é atribuído pelo presidente da Comcap ao
foco da autarquia de investir na coleta de vidro, por meio de pontos de entrega
voluntária (PEVs), e na coleta de orgânicos. A coleta exclusiva de vidro por
entrega voluntária aumentou 19% e a compostagem de orgânicos aumentou 135% em
2019. Foram processadas 1,4 mil toneladas de restos de alimentos no Centro de
Valorização de Resíduos da Comcap no Itacorubi, em parceria com Associação
Orgânica, e trituradas 2,6 mil toneladas de podas.
Este
ano, cerca de R$ 8 milhões serão investidos na implantação e ampliação destas
duas modalidades. Já estão em licitação equipamentos para instalar 50 novos
PEVs de Vidro, o que deve praticamente triplicar a rede existente, e para mais
dois ecopontos, além dos cinco atuais. Uma coleta seletiva de verdes nos
domicílios, para resíduos de podas, também deve ser implantada na cidade em
2020. Além disso, deve haver uma a coleta de orgânicos (restos de alimentos)
por pontos e em grandes geradores como condomínios residenciais e instituições
como o Cepon, onde está sendo feita experiência piloto.
Também
estão sendo adquiridos cinco caminhões compactadores com câmbio automático para
a coleta seletiva.
“A
ideia é implantar novas modalidades de seletiva e agilizar a que é feita de
porta em porta. Com os novos compactadores, entraremos em ruas onde não
conseguimos hoje e faremos menos viagens com mais peso, melhorando também a
pegada de carbono da coleta seletiva”, detalha Márcio Alves.
Com
o auxílio da população, que continua se conscientizando e separando o lixo, e
os investimentos que estão sendo feitos a cidade deve atingir sua meta em
breve.
A coleta exclusiva de vidro por entrega voluntária aumentou 19% e a compostagem de orgânicos aumentou 135% em 2019
Rio Paraopeba continua em situação
preocupante 1 ano depois da tragédia em Brumadinho
Brumadinho,
município localizado na região metropolitana de Belo Horizonte, enfrentou um
grande desastre ambiental no dia 25 de janeiro de 2019. A Barragem 1 da Mina
Córrego do Feijão, da mineradora Vale, se rompeu, causando uma avalanche de
lama que destruiu a comunidade próxima e matou dezenas de pessoas. A tragédia é
considerada um dos maiores desastres ambientais do Brasil.
Um
ano depois da tragédia em Brumadinho um dos principais rios de Minas Gerais, o
Paraopeba, continua em situação muito preocupante segundo o levantamento da
Fundação SOS Mata Atlântica.
O
Paraopeba recebeu os rejeitos da barragem da Vale, que se rompeu matando 270
pessoas e causando muitos prejuízos ao meio ambiente.
Um
ano depois do rompimento da barragem, a qualidade da água piorou em vários
trechos do rio. A equipe da Fundação SOS Mata Atlântica percorreu 356 Km do
Paraopeba, de Brumadinho ao reservatório de Três Marias que desagua no rio São
Francisco.
Amostras
da água foram coletadas em 21 pontos do rio, em 9 os testes apontaram que a
qualidade está péssima, em 11 ruim e em 1 regular, foram encontrados níveis
elevados de metais pesados como ferro, manganês, cobre e cromo.
O
nível de oxigênio está abaixo do recomendado, e a turbidez, que impede a
passagem da luz, muito acima do liberado.
Para
garantir o abastecimento, prefeituras da região vêm buscando soluções
provisórias, como captar água em outros rios ou ribeirões, mas quem tirava o
sustento do Paraopeba ainda sofre as consequências da tragédia.
A Vale informou que monitora a qualidade da água do rio Paraopeba em 90 pontos e que mantém 16 sondas que viabilizam a leitura de parâmetros de hora em hora. Segundo a ela, até o momento os resultados não apresentam elementos tóxicos por causa da presença de trejeitos no rio.
Amostras da água foram coletadas em 21 pontos do rio, em 9 os testes apontaram que a qualidade está péssima, em 11 ruim e em 1 regular
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