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Categoria: Coluna

Meio Ambiente e Sustentabilidade

Instituto Cidade Limpa participa da XX Jenat

Na última sexta-feira, 28, Nayara Azevedo, coordenadora do Instituto Cidade Limpa, ministrou uma palestra na XX Jornada de Educação de Natal – Jenat.

A Jenat é realizada pela Prefeitura de Natal e a Secretaria Municipal de Educação e aconteceu entre os dias 27 e 28 de fevereiro. Ela tem como público professores, educadores infantis, coordenadores, gestores e assessores pedagógicos.

O tema do evento foi “Educação e Diversidade: além do conceito, um valor” e deu inicio às atividades pedagógicas da Secretaria.

O Instituto Cidade Limpa esteve presente para falar da proposta de tornar Natal a capital mais limpa do Brasil, além de como os professores e alunos podem participar dessa campanha e adotar medidas mais sustentáveis nas escolas.

O tema do evento foi “Educação e Diversidade: além do conceito, um valor”

Instituto IDEA realiza projeto Condomínio Vivo

O Instituto de Desenvolvimento, Educação e Planejamento Ambiental – IDEA surgiu em 2003 e tem o propósito de tem como ser uma ferramenta técnica e institucional de apoio a mobilização, planejamento e execução de ações de interesse do coletivo.

Já com 17 anos de história, ele inicia em 2020 o Projeto “Condomínio Vivo”, com o objetivo de transformar os condomínios em ecossistemas vivos.

O projeto mapeia os condomínios e remove todas as plantas que podem ser tóxicas, venenosas ou que servem para atrair pragas, e as substitui por plantas nativas de referencias frutíferas, medicinais ou alimentares.

“A ideia é criar um condomínio não só de pessoas, mas de passarinhos, insetos benéficos e lagartos que comem pragas, transformando o condomínio em um ecossistema vivo”, disse Tiago Macena, Diretor Técnico do Instituto IDEA.

O projeto mapeia os condomínios e remove todas as plantas que podem ser tóxicas, venenosas ou que servem para atrair pragas

Prefeitura intensifica fiscalização contra deposição irregular de resíduos em Natal

A Prefeitura de Natal está intensificando as ações de fiscalização contra a deposição de resíduos em toda a cidade, sobretudo, nos locais apontados pela Companhia de Serviços Urbanos de Natal (Urbana) como costumeiros para as irregularidades.

Nessa segunda-feira (02/03), equipes da fiscalização ambiental da secretaria de Meio Ambiente e Urbanismo (Semurb) e do Grupamento de Ações Ambientais da Guarda Municipal (Gaam) vistoriaram dois pontos na zona Norte de Natal, conhecidos como o “Lixão de Nordelândia”, no bairro de Nossa Senhora da Apresentação, e o “Lixão de carro queimado”, no Pajuçara.

Os locais são reconhecidos pela Urbana como parte dos 86 lixões irregulares de Natal. Lá, as equipes constataram, além de resíduos da construção civil, restos de poda de vegetais, pneus velhos, descartáveis e carcaças de animais, assim como também identificaram a deposição de lixo hospitalar como medicamentos, ampolas e seringas. Os dois pontos geralmente são o destino de carroceiros que praticam a infração.

“Além dos efeitos nocivos ao meio ambiente, a prática também é um verdadeiro atentado à saúde pública, uma vez que, nos pneus, ocorre o acúmulo de água, formando um ambiente propício para a proliferação do mosquito Aedes aegypti. E o Pajuçara é um dos bairros em que a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) mais tem registrado casos de doenças transmitidas pelo vetor.  Lixões como esses são uns dos principais responsáveis pela proliferação do mosquito”, diz o supervisor de Fiscalização Ambiental da Semurb, Gustavo Szilagy.

De acordo com a Lei Municipal 6.693/17, é considerado infrator quem, por si ou seus prepostos, cometer, mandar, constranger, auxiliar ou se beneficiar desta prática. Ou seja, não apenas a pessoa que tenha sido flagrada, mas também quem a contratou. Regulamentada em 2019, a lei prevê multa para pessoas físicas e jurídicas que despejarem resíduos nas áreas da cidade.

A penalidade para quem destina de forma irregular resíduos sólidos urbanos é a de multa que varia de R$ 2.065,00 e que pode chegar a R$ 8.083,00. Se os resíduos descartados tiverem potencial poluidor, o responsável pela destinação poderá ainda responder por crime ambiental, nos termos da Lei Federal 9.605/98 (Lei de Crimes Ambientais).

A Semurb e a Guarda Municipal têm feito diligências no sentido de ajudar a coibir a formação de lixões na cidade do Natal, em apoio à Urbana. Denúncias sobre este tipo de infração podem ser realizadas na Ouvidoria da Semurb pelo telefone 3616-9829, de segunda a sexta-feira, das 8h às 14h, ou diretamente para a Guarda Municipal pelo 190.

A penalidade para quem destina de forma irregular resíduos sólidos urbanos é a de multa que varia de R$ 2.065,00 e que pode chegar a R$ 8.083,00

Brasil avança na Agenda Nacional de Qualidade Ambiental Urbana

O presidente da República, Jair Bolsonaro, assinou decreto para implantação do sistema de logística reversa de eletroeletrônicos em todo o país. A iniciativa representa um avanço no sistema de logística reversa brasileiro, já que integra outros setores que ainda estão à margem da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS).

A cerimônia também marcou a assinatura de documento pelo ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, para o início da execução de projetos contemplados em convênios celebrados com representantes de consórcios e municípios de dez estados brasileiros (RS, MG, PR, SP, MS, CE, SC, RO, MT e GO).

No total foram 21 convênios celebrados, envolvendo 57 cidades e 1.318.335 habitantes. Os recursos são do Fundo de Direitos Difusos do Ministério da Justiça e do MMA totalizando R$ 64 milhões. A iniciativa faz parte da Agenda Nacional de Qualidade Ambiental Urbana, política pública lançada pelo Ministério em 2019, e do “Programa Nacional Lixão Zero”.

O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, enfatizou que a Agenda é uma das prioridades da pasta. “Mais de 80% da população brasileira vive nas cidades, grande parte sem acesso ao saneamento adequado. Até mesmo em grandes cidades. Essa agenda envolve qualidade de vida, o cuidado com as áreas verdes urbanas, a recuperação de áreas contaminadas. A falta de ordenamento territorial e saneamento aumenta problemas como os que acabamos de ver em São Paulo, com enchentes causadas por questões que são tratadas diretamente pela agenda: a impermeabilização do solo e o descarte adequado de resíduos sólidos urbanos”.

Os convênios vão complementar o orçamento das prefeituras para financiar a compra de equipamentos e materiais para a melhoria da gestão de resíduos nos municípios. O repasse poderá ser utilizado para ações e compra de equipamentos para coleta seletiva de resíduos recicláveis, coleta e compostagem de resíduos orgânicos, centrais de triagem e tratamento de resíduos da construção civil, além de instalação de biodigestores, contentores e ecopontos.

Logística Reversa

Em 31 de outubro de 2019, o ministro Ricardo Salles assinou Acordo Setorial de Logística Reversa de Eletroeletrônicos com entidades representativas do setor: Abinee – Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica, Abradisti – Associação Brasileira da Distribuição de Produtos e Serviços de Tecnologia da Informação, Assespro Nacional – Federação das Associações das Empresas Brasileiras de Tecnologia da Informação e Green Eletron- Gestora para Resíduos de Equipamentos Eletroeletrônicos Nacional.

O acordo prevê duas fases, sendo a primeira dedicada à estruturação do sistema e a segunda relacionada à sua implementação e operacionalização, com metas anuais e crescentes, prazos e ações concretas, chegando a 17% no quinto ano. Hoje existem 173 pontos de coleta de eletroeletrônicos no Brasil, o acordo prevê que esse número aumente para mais de 5.000 até 2025, abrangendo os 400 maiores municípios (com população superior a 80.000 habitantes), o que compreende aproximadamente 60% da população. Além disso, 100% dos produtos coletados deverão ser enviados para a destinação final ambientalmente adequada, preferencialmente a reciclagem, reinserindo assim os materiais na cadeia produtiva, reduzindo as pressões por novas matérias-primas e os impactos ambientais causados pelo descarte inadequado.

“O decreto é um exemplo de que o governo se preocupa com as questões ambientais que afetam diretamente a qualidade de vida da população”, destacou Salles.

No total foram 21 convênios celebrados, envolvendo 57 cidades e 1.318.335 habitantes

Meio Ambiente e Sustentabilidade

Ecoponto: o melhor destino para resíduos recicláveis

O ecoponto é um espaço disponibilizado para a coleta de objetos e materiais que não devem ser descartados no lixo comum, devido ao seu grande volume, à necessidade de tratamento específico para suas peças e componentes e ao seu potencial de contaminação.

O objetivo do ecoponto é a destinação correta desses materiais, evitando seu abandono em ruas, calçadas e terrenos baldios e seu descarte final em lixões ou aterros sanitários, situações que podem acarretar em danos ambientais.

Em Natal nós temos diversos ecopontos espalhados pela cidade. Alguns deles são a Casa Durval Paiva, que recolhe eletrônicos; o Idema recebe pilhas; a A&D Embalagens, plástico; a UFRN recolhe lápis, caneta, marcador, bucha de lavar louça e suas embalagens, cápsulas de café, tampas de garrafa pet, tubos de pasta de dente, e óleo de cozinha usado; E a Natal Reciclagem, que recebe metal, plástico, papel, lixo eletrônico e resíduos perigosos, eles também possuem um atendimento via whatsapp, o Ecozap, que faz a coleta em domicílio.

Os ecopontos enviam os resíduos para a reciclagem, incentivando assim a economia circular, cuja a principal ideia da é tirar o conceito de “lixo” que temos já formado em nossa cabeça e substituir por uma visão mais contínua e cíclica de produção, na qual os recursos deixam de ser somente explorados e descartados e passam a ser reaproveitados em um novo ciclo.

A economia circular anda aliada a logística reversa que é um pensamento estratégico de ações que vai contra a logística tradicional e visa o recolhimento e reaproveitamento de materiais já utilizados no processo de produção, trazendo tais resíduos sólidos de volta ao ciclo de vida empresarial, ou buscam alguma outra destinação ambientalmente correta.

Tudo isso põe em prática os 3 R’s da sustentabilidade, reduzir, reutilizar e reciclar, que visam minimizar o desperdício de materiais e produtos, além de poupar a natureza da extração inesgotável de recursos.

Caso você tenha conhecimento de algum outro ecoponto em Natal nos informe através do instagram do @institutocidadelimpa.

Os ecopontos enviam os resíduos para a reciclagem, incentivando assim a economia circular

Logística reversa deve aumentar de 70 para mais de 5 mil pontos de coleta de lixo eletroeletrônico no país

Segundo levantamento da Universidade das Nações Unidas (UNU), cerca de 45 milhões de toneladas de lixo eletrônico foram produzidos em todo o mundo em 2016, sendo que 80% dele foi descartado de forma inadequada. O Brasil foi um dos maiores responsáveis, gerando aproximadamente 1,5 milhão de toneladas. Essa “contribuição” está com os dias contados, uma vez que o País já iniciou seu programa de Logística Reversa no setor. Objetivo é alcançar mais de cinco mil pontos de coleta para que o material seja reciclado ou receba uma destinação ambientalmente correta.

A Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), que estabeleceu a obrigatoriedade da Logística Reversa de eletroeletrônicos, foi criada em 2010, mas somente em 2019, quando o Ministério do Meio Ambiente (MMA) assinou acordo com o setor, ações estão sendo colocadas em prática, como explica André França, secretário de Qualidade Ambiental do MMA.

“Quando o atual governo assumiu, eram apenas 70 os pontos de coleta. Em apenas três meses da assinatura do acordo já foram instalados mais cem novos pontos e o número vai aumentar nos próximos anos”, destaca o secretário. “O acordo setorial para a logística reversa prevê metas de estruturação de pontos de entrega de forma a aumentar de 70 pontos para mais de 5 mil pontos até 2025. A previsão é chegar ao fim de 2020 com mais de 420 pontos instalados em todo o Brasil, o que seria quase 10% de uma meta de cinco anos.”

Acelerado – O acordo assinado prevê duas fases, sendo a primeira dedicada à estruturação do sistema e a segunda relacionada à sua implementação e operacionalização, com metas anuais e crescentes, prazos e ações concretas. Segundo André França, o setor está se antecipando, o que pode acelerar os bons resultados.

“O que é interessante nesse acordo firmado em outubro de 2019 é que ele tem uma cláusula que permite antecipar os resultados do cumprimento das metas. O ano de 2020 é de estruturação e as metas são de 2021 para frente, mas essa cláusula está estimulando vários fabricantes a antecipar a instalação de pontos de coleta”, aponta França. “Não à toa foram instalados mais de 100 pontos apenas entre novembro de 2019 e janeiro de 2020. Isso é mais do que feito nos últimos nove anos.”

O objetivo do MMA é que os cinco mil pontos de coleta de eletroeletrônicos possam abranger os 400 maiores municípios do país, ou seja, aqueles com população superior a 80 mil habitantes. Isso compreenderia aproximadamente 60% da população.

“Importante ressaltar que 100% dos produtos coletados em todo o país deverão ser enviados para a destinação final ambientalmente adequada, preferencialmente a reciclagem, reinserindo assim os materiais na cadeia produtiva, reduzindo as pressões por novas matérias-primas e os impactos ambientais causados pelo descarte inadequado”, explica França.

A não reciclagem de eletroeletrônicos representa bem mais do que somente um risco ao meio ambiente, significa também dinheiro jogado fora. Segundo levantamento da Universidade das Nações Unidas, as 45 milhões de toneladas de lixo eletrônico gerado em 2016 têm o valor de matéria-prima estimado em 55 bilhões de euros.

Ainda de acordo com a UNU, se as grandes nações do mundo não desenvolverem programas semelhantes ao do Brasil nos próximos anos, teremos em 2050 cerca de 110 milhões de toneladas de lixo eletroeletrônico descartados no meio ambiente.

Previstas na Agenda Nacional de Qualidade Ambiental Urbana, campanhas de comunicação estão entre as ações do MMA em 2020. “Agora é hora de conscientizar a população para a importância do descarte adequado, não só dos eletroeletrônicos como também de todos os resíduos sólidos passíveis de reciclagem”, finaliza André França.

O objetivo do MMA é que os cinco mil pontos de coleta de eletroeletrônicos possam abranger os 400 maiores municípios do país

Um novo destino para o lixo

Para muitos países desenvolvidos, o lixo tem grande valor: os rejeitos são transformados em gás para o aquecimento das casas e em eletricidade. O Brasil quer seguir o exemplo. No segundo semestre, a administração federal deve inaugurar uma grande estação de processamento de resíduos na Região Centro-Oeste, que tem um dos piores indicadores de coleta e reciclagem de lixo do país.

A iniciativa contará com recursos do Novo Banco de Desenvolvimento do Brics. “É preciso resolver o passivo ambiental gerado com os aterros sanitários e o lixo com urgência”, disse Ricardo Salles, ministro do Meio Ambiente.

O governo vai construir novas usinas e conceder à iniciativa privada sua gestão. Em Copenhague, a usina Copenhill, inaugurada em 2019, deve processar neste ano 40.000 toneladas de lixo, gerando energia para mais de 220.000 residências. No Brasil, 10 milhões de toneladas de lixo vão para os aterros ou têm destinação errada todos os anos.

A iniciativa contará com recursos do Novo Banco de Desenvolvimento do Brics.

Empresa americana que defende ‘compostagem humana’ como alternativa ‘verde’ a enterro ou cremação

Uma empresa dos EUA divulgou detalhes científicos de seu processo de “compostagem humana” para funerais ambientalmente amigáveis.

Um estudo piloto produzido com voluntários que morreram mostrou que os tecidos humanos se decompuseram de forma segura e completa em 30 dias.

A empresa, Recompose, diz que esse processo economiza mais de uma tonelada de carbono em comparação com a cremação ou o enterro tradicional.

Ela afirma que oferecerá o primeiro serviço de compostagem humana no Estado de Washington (EUA) a partir de fevereiro.

A diretora executiva e fundadora da Recompose, Katrina Spade, disse que preocupações quanto às mudanças climáticas são um dos principais motivos que levam muitas pessoas a manifestar interesse no serviço.

“Até agora 15 mil pessoas assinaram nossa newsletter. E a legislação para permitir isso no Estado recebeu apoio bipartidário, permitindo que ela fosse aprovada na primeira vez que foi protocolada”, diz ela.

“O projeto avançou tão rapidamente por causa da urgência da mudança climática e a consciência de que precisamos enfrentá-la”.

Os resultados de um estudo científico sobre o processo de compostagem, que a Recompose chama de redução orgânica natural, foram apresentados no encontro da American Association for the Advancement of Science (associação americana para o avanço da ciência) em Seattle.

“Há uma praticidade amorosa nisso”, ela disse em uma das raras entrevistas desde que anunciou os detalhes do projeto, há um ano.

Ela conta que teve a ideia há 13 anos, quando começou a pensar sobre sua própria mortalidade — à idade madura de 30 anos!

“Quando eu morrer, este planeta, que me protegeu e sustentou por toda a minha vida, não deveria receber de volta o que me restou?”

Spade faz uma distinção entre decomposição e recomposição. A primeira acontece quando um corpo está sobre o solo. A segunda envolve integrar-se com o solo.

Ela diz que, em comparação com a cremação, a redução natural orgânica de um corpo impede que 1,4 tonelada de carbono seja lançado na atmosfera. E ela acredita que haja uma economia similar quando o método é comparado com o enterro tradicional se levados em conta o transporte e a fabricação de um caixão.

“Para muitas pessoas, isso dialoga com a forma com que elas tentam conduzir suas vidas. Elas querem um plano de morte que dialogue com a forma como elas vivem.”

O processo envolve deixar o corpo num compartimento fechado com pedaços de madeira, alfafa e palha. O corpo é lentamente girado para permitir que micróbios o consumam.”

Trinta dias depois, os restos ficam disponíveis para que familiares os despejem em plantas.

Embora o processo seja simples, o aprimoramento da técnica levou quatro anos de estudos científicos. Spade pediu à cientista do solo Lynne Carpenter Boggs que realizasse o trabalho.

A compostagem de animais de rebanho é uma prática antiga no Estado de Washington. A missão de Carpenter Boggs era adaptá-la a humanos e garantir que os vestígios fossem ambientalmente seguros.

“Nós ficávamos conferindo uns aos outros. Minha fisiologia parecia diferente, eu não dormi bem algumas noites, não tive fome — foi uma resposta a um distúrbio”.

Carpenter-Boggs descobriu que o corpo em recomposição alcançava a temperatura de 55 graus Celsius durante um certo período.

“Estamos certos de que ocorre uma destruição da ampla maioria de (organismos causadores de doenças) e remédios por causa das altas temperaturas que alcançamos.”

O negócio da recomposição começará no fim deste ano. Qualquer um poderá participar do processo, mas ele só é legal no Estado de Washington. No Colorado, discute-se a aprovação de uma lei sobre a redução orgânica natural. Spade acredita que é uma questão de tempo até que o método esteja disponível amplamente — nos EUA e em outros lugares.

“Esperamos que outros Estados abracem a ideia depois que começarmos em Washington. Tivemos muito entusiasmo no Reino Unido e em outras partes do mundo, e esperamos abrir filias no exterior quando pudermos.”

Em comparação com a cremação, a redução natural orgânica de um corpo impede que 1,4 tonelada de carbono seja lançado na atmosfera.

Meio Ambiente e Sustentabilidade

Prazo para contribuições ao Plano de Manejo do Parque da Cidade segue até 08 de março

Os estudos que embasaram a elaboração da proposta do Plano de Manejo do Parque da Cidade Dom Nivaldo Monte já estão disponíveis para consulta da população. A publicação dos documentos foi acordada em audiência pública dia 31 de janeiro, como ponto inicial para a contagem dos 30 dias de prazo para que a sociedade faça as suas contribuições.  As sugestões podem ser enviadas até o dia 8 de março por meio de formulário eletrônico na página Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Urbanismo (Semurb), pelo endereço www.natal.rn.gov.br/semurb.

O parque é única unidade de conservação gerida pelo Município e fica localizada na Zona de Proteção Ambiental 01 (ZPA-01). E seu Plano de Manejo está sendo proposto pela Prefeitura, pois é um importante documento que se estabelece o zoneamento da área e rege o uso e ocupação do solo da unidade e do seu entorno.

O Plano possibilita o planejamento, gerenciamento e a utilização racional dos recursos naturais e a zona de amortecimento. Através de práticas próprias que visam à melhoria da qualidade de vida das populações locais, conservação dos ecossistemas e desenvolvimento sustentável, de forma integrada e participativa.

A exigência do Plano de Manejo é prevista pela Lei federal nº. 9.985, de 18 de julho de 2000, também chamada de Lei do Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC). E sua implantação se faz necessária, em virtude da importância da proteção desta área da cidade, cuja instituição oficial já conta mais de dez anos. 

Já a minuta, apresentada em audiência pública, também está disponível para consulta e leitura na página da Semurb. Basta acessar o menu “Publicações”, sub-menu “Propostas de Regulamentações”, na aba “Atualização da Legislação”.

A exigência do Plano de Manejo é prevista pela Lei federal nº. 9.985, de 18 de julho de 2000

Semurb e Guarda Municipal averiguam assoreamento do Rio Pitimbú

A Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Urbanismo (Semurb) realizou uma vistoria no Rio Pitimbú, localizado no bairro Planalto, na Zona de Proteção Ambiental 3 (ZPA-3), no limite entre Natal e Parnamirim. O objetivo foi averiguar a situação do assoreamento do rio a pedido do Ministério Público do Rio Grande do Norte (MPRN). A ação contou com o apoio do Grupamento de Ações Ambientais da Guarda Municipal (GAAM).

O MPRN vai realizar futuramente uma vistoria na região do Rio Pitimbú e precisa de subsídios de como se encontra o assoreamento. Por isso, a fiscalização do Município a partir da vistoria fará um mapeamento esclarecendo como está a situação. De acordo com o supervisor de Fiscalização da Semurb, Gustavo Szilagyi, a situação do assoreamento se agravou porque a rua São Bráulio, no Planalto não é pavimentada.“E acaba que os moradores têm utilizado o direito de ir e vir, do acesso de suas residências, depositando materiais como: pedras e entulhos, ao longo da rua, especificamente nos buracos, na tentativa de reduzi-los. Porém, quando chove na cidade esse material é carreado para o rio”, diz.

O assoreamento é o acúmulo de sedimentos (areia, terra, rochas), lixo e outros materiais levados até o leito dos cursos d’água pela ação da chuva, do vento ou do ser humano. Trata-se de um processo natural que pode ser intensificado pela sociedade. “Foi percebido que o assoreamento se agravou. E agora com a grande quantidade de lixo, como: pneu, peças de carros, resíduos sólidos de construção civil tem colaborado mais ainda para o agravamento da situação”, acrescenta Szilagyi.

Outro problema notado foi que quanto mais raso fica o rio ou mais assoreado, os danos são refletidos nas linhas férreas no entorno do rio. Pois a cada chuva, a Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) tem que parar os serviços, fazer uma vistoria e executar a limpeza para os trens passarem com segurança. Dessa maneira, os custos de manutenção do transporte ferroviário entre Natal e Parnamirim tendem a aumentar.

Posterior será elaborado o relatório de fiscalização, e em seguida será encaminhado um ofício às secretarias municipais responsáveis para execução de alguns serviços, como a drenagem da Rua São Bráulio, intimação dos proprietários de imóveis para determinar o cercamento de suas propriedades e oficiar a Urbana para providenciar a limpeza da área.

O assoreamento é o acúmulo de areia, terra, rochas, lixo e outros materiais levados até o leito dos cursos d’água pela ação da chuva, do vento ou do ser humano

Boi Caprichoso Discute Com Sema E Ipaam Destinação De Resíduos Do Festival De Parintins

A reutilização e destinação correta dos resíduos sólidos produzidos durante o Festival Folclórico de Parintins fará parte de uma ação integrada entre os bumbás, a Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema) e o Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam). Os órgãos de gestão ambiental reuniram com a presidência do Boi Caprichoso, para o início às articulações, na sexta-feira, 14.

A iniciativa foi proposta pelo presidente da associação cultural, Jender Lobato. A ideia é que a Sema e o Ipaam forneçam apoio necessário para a promoção de medidas sustentáveis junto à Diretoria de Sustentabilidade e Meio Ambiente, instalada pela Nova Presidência do Boi Caprichoso, quando assumiu a gestão em setembro de 2019, para vigência a partir do Festival Folclórico de Parintins 2020.

Entre as medidas elencadas está a elaboração de um Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos, com a instalação de Pontos de Entrega Voluntária (PEV), a capacitação para reciclagem de resíduos pós-festival, a elaboração de um Plano de Consumo Eficiente, para a redução dos gastos de água e energia elétrica, além de apoio para a destinação adequada do isopor usado nas alegorias.

Segundo Lobato, o intuito maior da articulação é executar medidas mais eficientes para minimizar os impactos ambientais causados durante o festival de Parintins. “Queremos contribuir efetivamente com o Festival, levando em consideração a questão ambiental. É uma preocupação que temos de buscar o apoio institucional para consolidarmos o Plano de Gestão de Resíduos Sólidos do Boi Caprichoso”, afirma o presidente.

Para o secretário de Estado do Meio Ambiente, Eduardo Taveira, a iniciativa é a extensão do trabalho iniciado, em 2019. “Ano passado, realizamos uma ação de educação ambiental durante o festival, já pensando nessas questões da produção de lixo. Com esse planejamento junto de quem faz o festival, nós poderemos ter resultados muito mais expressivos e perenes, fazendo com que essas boas práticas sejam implementadas para todas as outras edições”, destaca.

O diretor-presidente do Ipaam, Juliano Valente, explica que o festival é uma oportunidade para levar a mensagem de conservação do meio ambiente. “A preocupação com as questões ambientais é extremamente importante, ainda mais quando se tem apoio de outras instituições, pois assim conseguimos unir esforços para sensibilizar milhares de pessoas que participam do maior festival folclórico do Amazonas. A ideia é que, em breve, as ações sejam discutidas em conjunto também com o Boi Garantido”, completa.

Ação continuada – Na 54° Edição do Festival Folclórico de Parintins, realizada em 2019, a Sema, Ipaam, Secretaria Municipal de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente (Sedema), com apoio de Associação dos Catadores de Lixo de Parintins (Ascalpin) e dos bumbás Caprichoso e Garantido realizaram a instalação de mais de 40 ecopontos de coleta seletiva espalhados pelos principais pontos da cidade de Parintins. A ação fez parte da campanha “Dois pra lá, Dois pra cá”, do Governo do Estado.

O intuito maior da articulação é executar medidas mais eficientes para minimizar os impactos ambientais causados durante o festival de Parintins

Brasil avança na reciclagem de baterias de chumbo ácido

Em um país onde há um veículo automotivo para cada cinco habitantes, segundo o IBGE, dá para se ter uma ideia de quantas baterias de chumbo ácido são descartadas ao longo dos anos. Em acordo com a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), instituída por Lei em 2010, o Ministério do Meio Ambiente (MMA) iniciou em 2019 a implementação do sistema de logística reversa dessas baterias. O acordo setorial foi fechado com Associação Brasileira de Baterias Automotivas e Industriais (Abrabat), a Associação Nacional dos Sincopeças do Brasil (Sincopeças-BR) e o Instituto Brasileiro de Energia Reciclável (Iber).

O acordo estabelece que fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes de baterias integrarão o sistema, composto por pontos de coleta e pelos serviços de coleta, transporte, armazenamento e destinação final ambientalmente adequada de baterias que não têm mais uso. Importante frisar que o consumidor também faz parte do ciclo, uma vez que ele deve voluntariamente entregar as baterias nos pontos de coleta.

A iniciativa tem abrangência nacional e já prevê participação acima de 60% em todas as regiões do Brasil. As metas são progressivas, estimando recolhimento e envio para reciclagem de mais de 16 milhões de baterias automotivas de chumbo ácido. Segundo a Abrabat, o setor de baterias de chumbo ácido gera anualmente cerca de 300 mil toneladas de itens que ficam sem uso.

Perigo – A bateria automotiva é fabricada basicamente com chumbo, solução ácida e polímeros. O chumbo é utilizado como principal substância na fabricação industrial porque possui, entre outras vantagens, baixo ponto de fusão e alta resistência à corrosão. O problema é que se por um lado ele é perfeito para o produto, por outro é prejudicial para o meio ambiente se descartado de maneira incorreta. Metais pesados contaminam solo, lençóis freáticos e até mesmo fauna e flora.

“O acordo de baterias de chumbo ácido vai permitir que ao final de quatro anos de implementação o sistema consiga recolher 16 milhões de baterias todos os anos, o que representa 155 mil toneladas de chumbo reciclados”, ressalta André França, secretário de Qualidade Ambiental do Ministério do Meio Ambiente (MMA).

Segundo o secretário, além de prevenir a contaminação do solo e das águas, a logística reversa reduz a dependência da importação de chumbo para a fabricação de novas baterias, sendo um exemplo de sustentabilidade. “O Brasil é dependente de chumbo, ou seja, tem de importar esse metal pesado. Depois que esse sistema estiver implementado, ele vai suprir 75% da demanda nacional do setor. Isso é logística reversa, você reinsere na cadeia produtiva um produto que já não tem mais utilidade, como é o caso de uma bateria já exaurida”, aponta França.

Da reciclagem feita com a bateria automotiva de chumbo ácido, além do chumbo recuperado também são extraídas outras matérias primas que voltam à cadeia produtiva ao invés de pararem em um aterro sanitário, como é o caso do plástico e do ácido sulfúrico. “Em uma medida como essa, você tira novos aportes de poluentes do meio ambiente ao mesmo tempo em que aquece a economia gerando novas fontes de emprego e de renda”, lembra o secretário. “Você fecha o ciclo de uma economia circular.”

Iber – O sistema nacional de logística reversa de baterias foi desenvolvido pelo Instituto Brasileiro de Energia Reciclável (Iber), entidade gestora signatária do Acordo Setorial nacional celebrado com o Ministério do Meio Ambiente. Em reunião com a pasta em janeiro de 2020, o IBER apresentou o planejamento para este ano e reforçou a parceria com a maioria dos estados e o Distrito Federal. O objetivo é que o setor possa uniformizar as obrigações de fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes varejistas. Tudo para que o sistema seja implantado de maneira mais célere e benéfica ao meio ambiente.

A iniciativa tem abrangência nacional e já prevê participação acima de 60% em todas as regiões do Brasil

Meio Ambiente e Sustentabilidade

Grande Natal tem duas praias impróprias para banho

A praia da Redinha e de Pirangi do Sul estão impróprias para banho. É o que aponta o boletim de balneabilidade do programa Água Azul que tem validade até hoje, quinta-feira. Além das praias, a foz do Rio Pirangi, em Nísia Floresta, também está imprópria.

A análise é classificada com base na quantidade de coliformes fecais encontrados na água das praias monitoradas e de acordo com o estabelecido em uma resolução do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama).

Ao todo, 33 pontos de banho foram avaliados pelo programa em todo o estado.

O programa Água Azul é realizado pelo Instituto Federal do Rio Grande do Norte (IFRN), em parceria com Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente (Idema).

A análise é classificada com base na quantidade de coliformes fecais encontrados na água das praias monitoradas

São Paulo em Emergência Climática

A cidade de São Paulo acordou com água vindo de todos os lados: de cima em forma de chuva, de baixo vindo dos rios e bueiros que transbordaram, dos lados, nas vias que iam alagando conforme a água chegava. São Paulo já está diante dos efeitos da Emergência Climática.

Em 24 horas (entre domingo e segunda-feira), choveu o segundo maior volume de água em um mês de fevereiro dos últimos 37 anos, segundo dados do Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia).

O aumento da intensidade das chuvas no estado de São Paulo não deveria surpreender. Já era previsto por muitos cientistas que alertam sobre os efeitos do excesso de gases de efeito estufa que nós, humanos, temos jogado na atmosfera, causando o aquecimento global. Agora, estamos apenas diante dos fatos, tendo que lidar com uma nova realidade em nosso cotidiano.

Desde 2009, o estado de São Paulo tem um documento que deveria ser usado para nos preparar para esse cenário, a Política Estadual de Mudanças Climáticas. Inclusive, o seu texto traz previsões de como serão as chuvas do estado nos próximos anos. Um trecho, citando o climatologista José Marengo aponta: “Segundo os cenários brasileiros, aponta-se maior frequência e intensidade nos eventos extremos de curta duração, associados ao aquecimento global como secas, chuvas intensas, ondas de frio ou de calor, vendavais, furacões, inundações e ressacas”. 

Outro trecho traz: “Consequentemente, haverá o aumento da vulnerabilidade e risco aos impactos à população, aos setores econômicos e à biodiversidade na medida em que a variabilidade climática e a ocorrência de eventos climáticos antes não observados se intensificarem”.

A cidade de São Paulo também tem o seu plano com o mesmo fim. Se as previsões já estavam colocadas no papel há bastante tempo, e documentos do poder público, estudaram e pensaram em como diminuir os efeitos colaterais da chuva, resta saber por que a demora em nossas autoridades em implementá-los.

O estado de Emergência Climática já está dado, é necessário que nossos governantes o reconheçam. Políticas de adaptação a eventos climáticos extremos, junto a políticas de redução de emissões, devem ser prioridades dos nossos líderes e precisam ser colocadas em prática.

Desde 2009, o estado de São Paulo tem um documento que deveria ser usado para nos preparar para esse cenário, a Política Estadual de Mudanças Climáticas

Bolsonaro exclui governadores do Conselho da Amazônia Legal

O presidente Jair Bolsonaro assinou nesta terça-feira (11), em cerimônia no Palácio do Planalto, um decreto para transferir o Conselho Nacional da Amazônia Legal do Ministério do Ambiente para a Vice-presidência.

De acordo com o texto do decreto, divulgado pela Secretaria de Comunicação Social, o conselho será integrado pelo vice-presidente Hamilton Mourão e por 14 ministros do governo federal.

A composição anterior do conselho, estipulada em um decreto de 1995, incluía os governadores da Amazônia Legal. No decreto assinado por Bolsonaro, os governadores não integram o conselho.

Mourão afirmou que, mesmo sem compor o conselho, os governadores serão consultados para estabelecer as prioridades para a região.

“O conselho tem a função de integrar e coordenar as políticas em nível federal. Os governadores serão consultados para que estabeleçam suas prioridades”, declarou.

Integram a Amazônia Legal: Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Rondônia, Roraima, Tocantins, Mato Grosso e Maranhão.

A composição anterior do conselho, estipulada em um decreto de 1995, incluía os governadores da Amazônia Legal

Austrália vive as piores enchentes dos últimos 30 anos

Nos últimos meses a Austrália sofreu com incêndios florestais, agora enfrenta as piores enchentes dos últimos 30 anos.

A chuva, que ajuda a apagar os incêndios, também causa transtorno no estado de Nova Gales do Sul. Dezenas de escolas estão fechadas e muitos moradores precisaram ser resgatados de lugares totalmente alagados.

Perto de Sydney, a maior cidade do país, a chuva e o vento forte provocaram um fenômeno, a água de uma cachoeira subiu ao invés de descer.

Muitos moradores precisaram ser resgatados de lugares totalmente alagados

Meio Ambiente e Sustentabilidade

Planta Natal retoma ações com plantio de mudas em Lagoa Nova

O projeto Planta Natal tem como objetivo plantar 20 mil mudas de árvores nativas em todas as regiões da cidade. Em 2019 a administração plantou 3.500 mudas na capital.

O projeto Planta Natal realizou, nesta terça-feira, 04, a primeira ação de plantio do ano de 2020. Foram plantadas árvores no Centro de Convivência para Idosos Marly Sarney, no bairro de Lagoa Nova.

O prefeito Álvaro Dias compareceu ao evento e, depois de conversar com os idosos e funcionários do Centro de Convivência, participou do plantio das mudas. “Esse é um projeto de muita importância para Natal, para o meio-ambiente e para as pessoas. É o reverdecimento de nossa cidade. É importante para melhorar o nosso ar, a nossa saúde e até mesmo embelezar a nossa cidade”, comentou o prefeito.

O Projeto Planta Natal é realizado com a participação de várias secretarias da administração. Essa parceria tem permitido que o avanço seja rápido e com segurança. De acordo com a secretária de Esportes e Lazer de Natal, Danielle Mafra, os plantios estão sendo feitos em áreas controladas, ou seja, com a presença de muros, para evitar vandalismos ou o abandono do vegetal, que acaba morrendo sem água. “As plantas precisam de cuidados após o plantio. Por isso buscamos locais como este dentro da gestão pública”, disse a secretária.

O Planta Natal percorrerá todos os equipamentos coordenados pela Secretaria Municipal de Trabalho e Ação Social, nesta fase do projeto. “Primeiro visitamos, depois fazemos todo trabalho de limpeza, escolha das espécies, envolvemos os usuários e funcionários e só depois fazemos o plantio. É um trabalho muito bonito das secretarias”, comemora Danielle Mafra.

Foram plantadas 16 espécies, entre elas, Oitis, Jambeiros, Graviola e Craibeiras, na área do Marli Sarney e, além disso, todo serviço de ajardinamento, com plantio de palmeiras, pintura, etc., foi realizado, melhorando ainda mais o local para os idosos.

Francisca Bernadete, 72 anos, que frequenta o Centro de Convivência, estava entre as idosas que preparam os “tutores” coloridos, que servem de apoio para as plantas. “Adoro esse lugar e estou gostando mais ainda de plantar uma das árvores. O prefeito está de parabéns. A árvore é vida e deixa a nossa ainda melhor. É uma coisa de Deus” disse.

Foram plantadas 16 espécies, entre elas, Oitis, Jambeiros, Graviola e Craibeiras, na área do Marli Sarney

Ponta Negra, Redinha e Praia do Meio recebem desratização

Uma equipe de profissionais, composta por Agentes de Endemias, Agentes Comunitários de Saúde e a Equipe de Educação e Saúde do Distrito Sanitário Sul, vem realizando ações de educação e controle dos roedores presentes nas praias.

Segue até sexta, 07, a ação de desratização na orla de Natal. Uma equipe de 70 profissionais composta por Agentes de Endemias, Agentes Comunitários de Saúde e a Equipe de Educação e Saúde do Distrito Sanitário Sul ocuparam a orla da praia de Ponta Negra e a Vila de Ponta Negra, na manhã dessa segunda-feira, 03, desenvolvendo ações de educação e de controle desses roedores.

A iniciativa é da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), juntamente com o Centro de Controle de Zoonoses de Natal (CCZ), em parceria com a Agência Reguladora de Serviços de Saneamento de Natal (Arsban) e a Companhia de Serviços Urbanos de Natal (Urbana). Além de Ponta Negra, a orla da Redinha e Praia do Meio também receberão ações de combate à desratização ainda nesta semana.

Na orla sul, foram distribuídos três tipos de produtos pela orla, que servem como iscas para a captura e controle desses animais, “Quando nós fazemos essa iscagem, ou seja, colocamos o produto para matar os ratos, nós também passamos educando a parte de quiosqueiro, comércio, hotelaria e hospedaria”, como comenta Humberto Nascimento, chefe de operações de campo do Distrito Sanitário Sul, falando também sobre a importância das ações preventivas que são desenvolvidas pela equipe com o comerciantes da região.

Humberto também ressalta a importância de se educar os frequentadores das praias sobre seu papel no combate a proliferação dos roedores, “O banhista e o turista também têm um fator importante de responsabilidade. Por isso, estamos trabalhando essa parte educativa também com eles, tanto cobrança, para eles cobrarem dos comerciantes, como também eles terem essa participação ativa”.

Além de Ponta Negra, a orla da Redinha e Praia do Meio também receberão ações de combate à desratização ainda nesta semana

Polícia volta ao Guandu após Cedae encontrar detergente em manancial

Desde janeiro o Rio sofre com a crise de abastecimento quando a água começou a chegar nas residências com cheiro e sabor. Agora, detergente apareceu na estação de tratamento.

Equipes da Delegacia de Defesa de Serviços Delegados voltaram à Estação de Tratamento do Guandu, em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, na manhã desta terça-feira (4) após a Companhia Estadual de Águas e Esgotos do Rio de Janeiro (Cedae) confirmar ter encontrado detergente na água bruta que chega ao local e interromper a produção.

Por volta das 9h, a produção de água foi retomada. No fim da tarde de segunda (3), ela havia sido interrompida por causa “a presença de surfactantes (detergentes) na água bruta que chega à estação de tratamento”, segundo a nota enviada pela empresa.

Em consequência de cerca de 15 horas de interrupção, torneiras secaram em boa parte da área coberta pelo Guandu. Por redes sociais, moradores relataram falta d’água em suas casas.

O Rio vive uma crise no abastecimento desde o começo de janeiro, quando a água começou a chegar a casas de parte da cidade com gosto e cheiro. Segundo a Cedae, a geosmina, uma substância produzida por algas, causou as alterações. O detergente na água é um novo episódio na crise.

A Polícia Civil já havia sido acionada e esteve no local no dia 16 de janeiro para investigar uma suspeita de sabotagem, citada pelo próprio governador do Rio, Wilson Witzel.

Funcionários, ex-funcionários e o próprio presidente da Cedae, Hélio Cabral, foram ouvidos. O inquérito, no entanto, ainda não foi concluído e ainda não há a confirmação de sabotagem.

A Estação de Tratamento de Água do Guandu atende os seguintes municípios: Nilópolis, Nova Iguaçu, Duque de Caxias, Belford Roxo, São João de Meriti, Itaguaí, Queimados e Rio de Janeiro. Cerca de 9 milhões de pessoas usam a água que sai da estação.

A Cedae informou na segunda que as comportas da entrada do canal principal da estação foram fechadas para garantir a segurança hídrica das regiões atendidas pelo sistema Guandu. Por conta do fechamento, a recomendação da companhia é que a população economize água.

Em nota, a companhia informou que água não afetada pelo detergente, mas por medida de segurança, a operação na estação foi suspensa. Confira abaixo a íntegra da nota da Cedae.

“A Cedae informa que a qualidade da água não foi afetada. Assim que foi identificada a presença de detergentes, a Companhia acionou o protocolo de segurança e interrompeu a operação da estação, antes de prejudicar o tratamento. Técnicos da Companhia permanecerão monitorando a captação de água bruta até que a concentração destas substâncias não represente risco à operação da estação.

O abastecimento será imediatamente retomado assim que a questão for solucionada. Mesmo assim, a Companhia pede que os clientes usem água de forma equilibrada e adiem tarefas que exijam grande consumo.”

Cerca de 9 milhões de pessoas usam a água que sai da estação

Pesquisadora cria adesivo sustentável à base de semente de mamona

O objetivo do estudo era produzir o adesivo a partir de um processo simplificado, sem precisar comprar o óleo.

A pesquisa realizada na Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq) da USP, em Piracicaba, produziu uma cola sustentável à base de óleo de mamona. O produto também pode ser utilizado para impermeabilização de madeiras de reflorestamento.

Conhecido como poliuretano, o adesivo/impermeabilizante é resultado da busca por produtos de baixo impacto ambiental e processos industrialmente menos sofisticados. O estudo foi conduzido num laboratório piloto que foi, no início da pesquisa, equipado com um extrator idealizado no próprio laboratório e fabricado por uma empresa parceira. Com esse equipamento foi otimizado o processo de extração de óleo de qualquer lote de sementes de mamona.

A pesquisa de Aline Maria Faria Cerchiari foi apresentada para obtenção do título de doutora em Ciências, pelo Programa de Pós-Graduação em Recursos Florestais da Esalq, e teve orientação do professor José Nivaldo Garcia. “O objetivo foi produzir o adesivo de maneira simplificada. Extraímos o óleo da semente em prensa mecânica no laboratório e não utilizamos processos químicos. A grande vantagem foi não precisar comprar o óleo comercial, que é o maior componente na fabricação da cola”, diz a pesquisadora.

O produto pode ser utilizado como adesivo na fabricação de vigas de Madeira Lamelada Colada (MLC) e também para atuar contra ação negativa da variação do teor de umidade da madeira, quando utilizado como impermeabilizante. “Adicionamos aditivos naturais para melhorar a resistência da cola, mas, mesmo sem os aditivos, os resultados foram satisfatórios”, falou a autora. Na função de impermeabilizar as madeiras, as amostras ficaram até 11 dias submersas em água para teste de absorção. A cola mostrou-se eficaz com apenas uma camada de aplicação para madeiras de menores densidades.

Adesivos modificados e produzidos a partir de recursos renováveis não poluentes e biodegradáveis têm aberto novas perspectivas no desenvolvimento de alternativas em comparação aos adesivos utilizados tradicionalmente para a produção de MLC. Os poliuretanos de óleo da mamona possuem propriedades térmicas e mecânicas comparáveis ou até superiores às dos poliuretanos tradicionais. “Durante os testes, nós usamos três espécies de madeira, uma como referência e outras duas que ainda não são utilizadas no mercado de engenharia da madeira.”

O produto pode ser utilizado como adesivo na fabricação de vigas de Madeira Lamelada Colada (MLC) e também para atuar contra ação negativa da variação do teor de umidade da madeira

Meio Ambiente e Sustentabilidade

Instituto Cidade Limpa iniciará Projeto Guardiões da Praia em março

O Instituto Cidade Limpa, em parceria com a Secretaria de Meio Ambiente e Urbanismo de Natal (Semurb), o Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente (Idema) e a Secretaria Municipal de Saúde de Natal, iniciará o Projeto Guardiões da Praia no mês de março.

O projeto Guardiões da Praia tem propósito de capacitar pequenos empreendedores sociais presentes em nossas praias, como barraqueiros, quiosqueiros, ambulantes, pescadores, e outros, com a missão de proteger, preservar, manter a limpeza das praias e conscientizar a população que as frequentam.

Sob a coordenação do Instituto, o projeto terá início na Praia do Meio e pretende agregar outros projetos como a Caminhada da Limpeza, para integrar a comunidade aos Guardiões.

O projeto Guardiões da Praia tem propósito de capacitar pequenos empreendedores sociais presentes em nossas praias

Nayara Azevedo entrevista Aline Mello no quadro Meio Ambiente e Sustentabilidade do Jornal 96

Aline Mello é idealizadora do Projeto Motivar, da Vila de Ponta Negra, uma proposta de transformação social para a população da Vila através do esporte, cultura, cidadania e meio ambiente.

Reciclagem em Florianópolis aumenta 13% em 2019

Florianópolis se tornou a capital que mais recicla no Brasil em 2019, e tem como meta ser a primeira capital Lixo Zero até 2030.

A coleta de materiais recicláveis aumentou 13% na cidade no ano de 2019. O dado é considerado uma boa notícia para a cidade sobretudo porque, ao mesmo tempo, a coleta convencional do chamado lixo comum, os rejeitos, estagnou em comparação com o ano anterior. Os números foram divulgados pela Autarquia de Melhoramentos da Capital, a Comcap, responsável pela coleta de lixo e recicláveis na cidade.

Segundo o presidente da Comcap, Márcio Alves, o resultado interrompe uma tendência de alta na geração de rejeitos do lixo comum entre 3% e 6% registrada nas últimas décadas.

“Mais importante é que esse aumento na coleta seletiva ocorreu ao mesmo tempo em que a convencional estacionou. Significa que o usuário do sistema atendeu ao apelo para separar mais e melhor”, sustenta.

Segundo o presidente, o aumento no volume da coleta seletiva em detrimento da geração de rejeitos significa um ganho de R$ 8 milhões ao ano, considerando o que a prefeitura de Florianópolis deixa de gastar com aterro sanitário e a renda proporcionada para 11 associações de profissionais que trabalham na triagem dos recicláveis na Grande Florianópolis.

Durante o ano passado, a cidade separou 2 mil toneladas a mais em papel, plástico, metal, vidro e orgânicos compostáveis para os roteiros de coleta seletiva ou para os ecopontos e pontos de entrega voluntária (PEVs) da Comcap.

A coleta seletiva da Comcap movimentou 17.554 toneladas de resíduos em 2019. Em 2018, foram 15.489 toneladas.

O aumento da separação do lixo e da coleta seletiva foi verificado inclusive na temporada. Segundo a Comcap, entre os dias 15 de dezembro de 2019 e 15 de janeiro de 2020, a seletiva teve uma variação 22% maior em relação ao mesmo período do ano passado. O município chegou a bater o recorde de recolher 100 toneladas de materiais recicláveis em um único dia, na quarta-feira, dia 8 de janeiro. A marca anterior era de 75 toneladas em um dia.

Economia circular e agricultura urbana

O aumento da separação e a destinação em maior número dos resíduos do lixo para a reciclagem traz ganhos ambientais e sociais. Os recicláveis secos são doados às associações de trabalhadores da triagem, que permitem a reinserção desses materiais na indústria. Os resíduos orgânicos compostados servem para ajardinamento e hortas urbanas.

Nas contas da prefeitura, o ganho financeiro de R$ 8 milhões ao ano ocorre com a soma do que o município deixa de gastar com o transporte até o aterro e o valor revertido pelas associações ao comercializar o material para a indústria.

Em 2019, foram 12.929 toneladas de recicláveis secos doadas para associações de triadores. Esse volume deixou de custar R$ 2 milhões de aterro (R$ 161 a tonelada). Nas mãos das associações, geraram receitas de R$ 4,9 milhões na venda para a indústria (em média R$ 381 a tonelada triada e comercializada por uma das associações). A prefeitura contabiliza ainda um valor de economia de custos públicos de R$ 448 mil, com os resíduos orgânicos que deixaram de ir para o aterro sanitário.

Foco no vidro e no orgânico

O aumento do volume da coleta seletiva é atribuído pelo presidente da Comcap ao foco da autarquia de investir na coleta de vidro, por meio de pontos de entrega voluntária (PEVs), e na coleta de orgânicos. A coleta exclusiva de vidro por entrega voluntária aumentou 19% e a compostagem de orgânicos aumentou 135% em 2019. Foram processadas 1,4 mil toneladas de restos de alimentos no Centro de Valorização de Resíduos da Comcap no Itacorubi, em parceria com Associação Orgânica, e trituradas 2,6 mil toneladas de podas.

Este ano, cerca de R$ 8 milhões serão investidos na implantação e ampliação destas duas modalidades. Já estão em licitação equipamentos para instalar 50 novos PEVs de Vidro, o que deve praticamente triplicar a rede existente, e para mais dois ecopontos, além dos cinco atuais. Uma coleta seletiva de verdes nos domicílios, para resíduos de podas, também deve ser implantada na cidade em 2020. Além disso, deve haver uma a coleta de orgânicos (restos de alimentos) por pontos e em grandes geradores como condomínios residenciais e instituições como o Cepon, onde está sendo feita experiência piloto.

Também estão sendo adquiridos cinco caminhões compactadores com câmbio automático para a coleta seletiva.

“A ideia é implantar novas modalidades de seletiva e agilizar a que é feita de porta em porta. Com os novos compactadores, entraremos em ruas onde não conseguimos hoje e faremos menos viagens com mais peso, melhorando também a pegada de carbono da coleta seletiva”, detalha Márcio Alves.

Com o auxílio da população, que continua se conscientizando e separando o lixo, e os investimentos que estão sendo feitos a cidade deve atingir sua meta em breve.

A coleta exclusiva de vidro por entrega voluntária aumentou 19% e a compostagem de orgânicos aumentou 135% em 2019

Rio Paraopeba continua em situação preocupante 1 ano depois da tragédia em Brumadinho

Brumadinho, município localizado na região metropolitana de Belo Horizonte, enfrentou um grande desastre ambiental no dia 25 de janeiro de 2019. A Barragem 1 da Mina Córrego do Feijão, da mineradora Vale, se rompeu, causando uma avalanche de lama que destruiu a comunidade próxima e matou dezenas de pessoas. A tragédia é considerada um dos maiores desastres ambientais do Brasil.

Um ano depois da tragédia em Brumadinho um dos principais rios de Minas Gerais, o Paraopeba, continua em situação muito preocupante segundo o levantamento da Fundação SOS Mata Atlântica.

O Paraopeba recebeu os rejeitos da barragem da Vale, que se rompeu matando 270 pessoas e causando muitos prejuízos ao meio ambiente.

Um ano depois do rompimento da barragem, a qualidade da água piorou em vários trechos do rio. A equipe da Fundação SOS Mata Atlântica percorreu 356 Km do Paraopeba, de Brumadinho ao reservatório de Três Marias que desagua no rio São Francisco.

Amostras da água foram coletadas em 21 pontos do rio, em 9 os testes apontaram que a qualidade está péssima, em 11 ruim e em 1 regular, foram encontrados níveis elevados de metais pesados como ferro, manganês, cobre e cromo.

O nível de oxigênio está abaixo do recomendado, e a turbidez, que impede a passagem da luz, muito acima do liberado.

Para garantir o abastecimento, prefeituras da região vêm buscando soluções provisórias, como captar água em outros rios ou ribeirões, mas quem tirava o sustento do Paraopeba ainda sofre as consequências da tragédia.

A Vale informou que monitora a qualidade da água do rio Paraopeba em 90 pontos e que mantém 16 sondas que viabilizam a leitura de parâmetros de hora em hora. Segundo a ela, até o momento os resultados não apresentam elementos tóxicos por causa da presença de trejeitos no rio.

Amostras da água foram coletadas em 21 pontos do rio, em 9 os testes apontaram que a qualidade está péssima, em 11 ruim e em 1 regular

Meio Ambiente e Sustentabilidade

Nova expedição dimensiona população de botos no rio Amazonas

Desde o dia 09 de janeiro começou em Iquitos, no Peru, uma expedição científica internacional pela bacia do rio Amazonas, incluindo incursões na Colômbia e no Brasil. O objetivo principal é fazer contagens de botos para determinar as dinâmicas de suas populações e confirmar se o número aumentou, diminuiu ou está estável. Nesta viagem participarão 12 pesquisadores da Iniciativa dos Botos da América do Sul (SARDI, da sigla em inglês).

Esta é a terceira vez que os pesquisadores percorrerão este trajeto do rio Amazonas, a partir de Iquitos, passando por Leticia (Colômbia), até chegar a Santo Antônio do Iça (Brasil). Informações de 20 ou 30 anos atrás serão usadas como referência para confirmar que as populações de botos poderiam estar diminuindo. Para isso, é necessário que o grupo de especialistas faça a coleta de novos dados para determinar tendências populacionais e verificar o que está acontecendo, como explica Fernando Trujillo, diretor de pesquisa da Fundação Omacha e integrante da SARDI.

O grupo de pesquisadores também avaliará os diferentes tipos de ameaças que existem no trajeto, incluindo a pressão da caça de botos para usá-los como isca para capturar uma espécie de peixe conhecida como mota (no Peru e na Colômbia), piracatinga (no Brasil) ou blanquillo (na Bolívia). Isso é devido ao registro de que esta atividade ainda ocorre na parte peruana do Rio Amazonas, segundo aponta Miriam Marmontel, pesquisadora do Instituto Mamirauá, no Brasil.

A SARDI é formada pelas organizações Faunagua, Fundação Omacha, Instituto Mamirauá, Prodelphinus e WWF. Nesta ocasião, a Iniciativa dá as boas-vindas à Solinia, no Peru, que apoia nos preparativos da expedição e cujos pesquisadores integram a equipe técnica da organização.

Os especialistas da SARDI esperam que a informação obtida na viagem, junto com a análise do monitoramento de satélite que é realizado desde 2017, sejam levados em consideração para o desenvolvimento de um Plano de Manejo e Conservação (CMP, da sigla em inglês) para os botos. O Plano seria referendado pela Comissão Baleeira Internacional (organismo científico internacional que se encarrega das regulações relacionadas aos cetáceos), como resultado de um esforço coordenado entre os governos. Assim, o CMP aponta para a mitigação das ameaças enfrentadas pelos botos na América do Sul.

A SARDI é formada pelas organizações Faunagua, Fundação Omacha, Instituto Mamirauá, Prodelphinus e WWF

Sustentabilidade determina onde o investidor vai colocar o dinheiro

A preocupação com a sustentabilidade não está só nos discursos, está também nos negócios.

O gestor do maior fundo de gestão de recursos do mundo, a Black Rock, Larry Fink, escreveu uma carta para os grandes empresários do mundo dizendo que vai haver uma enorme realocação de recursos.

Disse também que agora é muito menos arriscado investimento na economia de baixo carbono e vai fugir de empresas que tenham na sua matriz energética térmica a carvão.

O UBS divulgou um relatório oferecendo aos investidores novas ferramentas e plataformas para investir em empresas e negócios que significam baixo risco ambiental.

Até o BIS, que é o banco central dos bancos centrais, soltou um relatório para os bancos centrais dizendo que risco climático pode se transformar numa crise financeira sistêmica.

Ou seja, o mundo dos negócios está mostrando que a situação mudou, o centro do debate é a sustentabilidade como algo mais concreto.

O centro do debate é a sustentabilidade como algo mais concreto

Na Suíça, ativista Greta Thunberg lidera protesto contra mudanças climáticas

Greta Thunberg já não é mais referência apenas para crianças e adolescentes. Manifestantes de todas as gerações se juntaram ao protesto desta sexta-feira (17) em Lausanne, a quarta maior cidade da Suíça. De acordo com os organizadores, foram 15 mil pessoas; dez mil, segundo a polícia.

Gente que veio de todo o país e de olho no mundo todo. “É preciso ir a Davos com as marcas dos coalas, confrontar as indústrias que estão provocando as mudanças climáticas”, disse um homem, preocupado com os incêndios na Austrália.

Cartazes e faixas em vários idiomas falavam a mesma língua.

A jovem ativista sueca parece ter ouvido cada recado. Afinal, são uma espécie de eco do que ela mesma vem destacando para o planeta desde 2018.

Greta lembrou que já foram 74 semanas dos protestos ‘Sextas-Feiras pelo Futuro’. Mas mandou um recado aos líderes mundiais: “Vocês ainda não viram nada, a gente garante”.

De acordo com os organizadores, foram 15 mil pessoas

China anuncia plano para banir plásticos descartáveis até 2025

O governo chinês anunciou um novo plano para combater a poluição por plásticos em todo o país. Até 2025, a China pretende banir canudos, sacos plásticos e outros descartáveis.

Em comunicado divulgado neste domingo (19), a Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma da China disse que tanto a produção quanto o uso de plásticos de uso único ​​serão gradualmente eliminados em todo o país.

Segundo as autoridades, os sacos de plástico serão proibidos em todas as principais cidades da China até o final de 2020 e em todas as cidades e vilas até 2022. Os mercados que vendem produtos frescos, entretanto, terão mais tempo para se adaptar à mudança: até 2025.

Já em restaurantes, até o fim deste ano os canudos descartáveis deverão ser substituídos por alternavas ecológicas. Até 2025, esses estabelecimentos terão de reduzir em no mínimo 30% seu consumo de itens de plástico descartável. As restrições também afetarão a rede hoteleira e os correios: pacotes embalados em plástico não poderão ser enviados.

Hoje os chineses são os maiores fabricantes de plástico do mundo, produzindo cerca de 29% do material descartável, de acordo com um estudo de 2019 realizado pela Universidade Columbia, nos Estados Unidos, em parceria com a Universidade de Zhejiang, na China.

O país também abriga alguns dos maiores consumos de plástico do mundo: segundo Fórum Econômico Mundial, o rio Yangtze transporta mais poluição plástica para o oceano do que qualquer outra hidrovia do mundo.

Além das proibições anunciadas ontem, o governo chinês disse que promoverá o uso de produtos plásticos degradáveis ​​ou reciclados e criará programas abrangentes de reciclagem. Em declaração divulgada à imprensa, a comissão disse que combater a poluição por plásticos é importante para a saúde das pessoas e essencial para “construir uma bela China”.

Meio Ambiente e Sustentabilidade

Instituto Cidade Limpa se reúne com o Idema para tratar do Projeto Guardiões

Nesta terça-feira, 14, Nayara Azevedo, coordenadora do Instituto Cidade Limpa, esteve reunida com o Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente, Idema, discutir o projeto Guardiões das praias.

O projeto Guardiões das praias tem o intuito de capacitar pequenos empreendedores sociais presentes nas praias para orientar e educar frequentadores habituais e turistas que visitam nossa cidade.

O Instituto Cidade Limpa tem como proposta tornar Natal a capital mais limpa do Brasil.

Participaram da reunião técnicos do Idema e da Semurb.

O projeto Guardiões das praias tem o intuito de capacitar pequenos empreendedores sociais presentes nas praias

Área com alerta de desmatamento na Amazônia sobe 85% em 2019 ante 2018, segundo o Inpe

A área com alertas de desmatamento na Amazônia Legal em 2019 aumentou 85,3% na comparação com o ano de 2018. Os dados foram registrados pelo sistema Deter-B, desenvolvido pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).

Os alertas diários são emitidos pelo Sistema de Detecção de Desmatamento em Tempo Real (Deter) e servem para embasar ações de fiscalização do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).

Já os dados oficiais são do Programa de Monitoramento da Floresta Amazônica Brasileira por Satélite (Prodes). Essas informações apontaram que a área desmatada na Amazônia Legal foi de 10.311,36 km² entre agosto de 2018 e julho de 2019.

Os meses de maio, julho, agosto, setembro e novembro de 2019 tiveram as maiores taxas de desmate desde 2015.

Entretanto, os dados do Deter costumam ser analisados em períodos mais longos, de alguns meses, pelo menos, especialmente para comparações anuais. Evitam-se comparações mês a mês porque o clima pode variar muito de um ano para outro. A presença de nuvens, por exemplo, limita a visibilidade dos satélites.

Pará, Mato Grosso, Amazonas e Rondônia são os estados da Amazônia Legal que mais tiveram registros de alertas de desmatamento em 2019, conforme a área identificada pelo Deter.

Os meses de maio, julho, agosto, setembro e novembro de 2019 tiveram as maiores taxas de desmate desde 2015

Prefeitura de SP proíbe distribuição de copos, talheres e pratos descartáveis

O prefeito Bruno Covas sancionou nesta segunda-feira (13) a lei que proíbe distribuição de utensílios descartáveis de plástico nas lanchonetes, bares e restaurantes da capital. Ficam proibidos copos, talheres, pratos, agitadores de bebidas e varas para balões de uso único feito com plástico, junto com os canudos, que já estavam proibidos desde outubro do ano passado, mas sem regulamentação, que deve acontecer ainda neste mês.

Também estão banidos os produtos feitos com plástico oxibiodegradável, que recebem aditivos para se decomporem mais rápido.

A lei, de autoria do vereador Xexéu Tripoli (PV), entra em vigor em 1º de janeiro de 2021. Os estabelecimentos e consumidores tem até lá para se adaptarem ao novo regulamento. A partir dessa data, lanchonetes, bares e restaurantes que persistirem na distribuição dos descartáveis poderão ser multados, com a penalidade de R$ 1 000,00 na primeira multa, caso seja reincidente, podendo chegar a R$ 8 000,00. O comércio também pode ser fechado a depender da infração.

Estão inclusos na lei os estabelecimentos de fast-food e delivery.  Bruno Covas afirmou que a fiscalização será feira por agentes da prefeitura. Utensílios com material biodegradável estão liberados.

Ficam proibidos copos, talheres, pratos, agitadores de bebidas e varas para balões de uso único feito com plástico, junto com os canudos, que já estavam proibidos desde outubro do ano passado

Creche em Florianópolis é a primeira do mundo com selo máximo de arquitetura sustentável

Já é viável construir edifícios públicos com certificação sustentável. Ao menos é o que mostra o projeto da Creche Hassis, em Florianópolis, projetada pela arquiteta Rachel Braga. A edificação de 1.182 m² é a primeira deste tipo no mundo e o primeiro edifício público no Brasil a receber classificação Leadership in Energy and Environmental Design (LEED) – em português, Liderança em Energia e Design Ambiental – em nível máximo: Platinum.

Localizada na Costeira do Pirajubaé, região de aterro próximo à Universidade Federal de Santa Catarina, a creche pública municipal não foi originalmente concebida visando a certificação LEED. Análises de eficiência e sustentabilidade realizadas durante a etapa de projeto mostraram, no entanto, que o selo não era uma realidade muito distante. Alterações foram, então, realizadas pela equipe de projeto para garantir que os altos índices exigidos pelo LEED fossem alcançados.

Além de contar com sistemas de geração de energia fotovoltaica e aquecimento solar, outros aspectos de sustentabilidade receberam atenção no projeto. Toda a edificação foi construída com materiais recicláveis, desde o concreto das fundações aos elementos de aço da estrutura. A madeira usada no sombreamento das varandas é, por sua vez, certificada com selo FSC (Forest Stewarship Council) e proveniente de manejo florestal responsável.

Construída com verba do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), do Ministério da Educação e recursos próprios da prefeitura, a creche custou R$ 4.687.295,65 – valor 12% maior do que o previsto no orçamento inicial, antes de o projeto ser readequado visando o selo Platinum.

A Creche Hassis atende hoje 265 crianças entre quatro meses e seis anos de idade e tem seu programa pedagógico pautado por questões ambientais e de sustentabilidade. “Quando a gente consegue ofertar uma educação de qualidade com valores distintos – principalmente para crianças muitas vezes em situação de vulnerabilidade –, eu consigo olhar para frente e deslumbrar uma sociedade mais humanizada. Essa criança vai poder fazer escolhas mais conscientes. Nós trazemos um mundo possível sem plástico e com menos tecnologia. Porque é ali naquele espaço que ela vai se desenvolver como indivíduo e como coletivo”, comenta Carla Cristina Britto, diretora da unidade.

Além de contar com sistemas de geração de energia fotovoltaica e aquecimento solar, outros aspectos de sustentabilidade receberam atenção no projeto

Erupção do vulcão Taal, nas Filipinas, pode durar semanas

As autoridades das Filipinas afirmaram que o vulcão Taal pode continuar a expelir cinzas e lava por semanas. Por temor de uma forte erupção, mais de 30 mil pessoas tiveram que deixar suas casas e, no momento, estão impedidas de voltar, segundo a France Presse.

Localizado a cerca de 70 km da capital, Manila, o vulcão entrou em atividade no domingo (12), projetando uma enorme coluna de fumaça no céu.

Raios impressionantes foram vistos em cima da cratera. O fenômeno pouco estudado pode ser atribuído à eletricidade estática. Veja o vídeo abaixo:

Na segunda-feira (13), o alerta para uma erupção perigosa, que poderia ocorrer em horas ou dias, subiu para o nível mais alto. Essa erupção pode desencadear um tsunami que atingiria cidades vizinhas – já que vulcão fica cercado por um lago.

Quando as autoridades soaram o alarme, alertando para o risco de “erupção explosiva”, muitos moradores de regiões vizinhas deixaram para trás o gado e os animais de estimação, além de suas casas e bens.

O Taal é um dos vulcões mais ativos do arquipélago, que fica em uma área de alta atividade sísmica, conhecida como Anel de Fogo do Pacífico. Localizado no meio de um lago, ele atrai muitos turistas.

O diretor do Instituto de Vulcanologia e Sismologia das Filipinas (Phivolcs), Renato Solidum, lembrou que as erupções anteriores duraram meses. Segundo ele, é impossível dizer quanto tempo a atividade vulcânica durará desta vez.

O alerta de risco de “erupção explosiva” potencialmente catastrófica pode permanecer em vigor por semanas, dependendo da evolução das observações de campo.

“Temos um protocolo que envolve a espera de vários dias, às vezes duas semanas, para garantir que a atividade do vulcão tenha cessado”, explicou Renato Solidum à AFP.

A última erupção do Taal tinha sido registrada em 1977.

O alerta de risco de “erupção explosiva” potencialmente catastrófica pode permanecer em vigor por semanas