As emissões carbônicas do grupo populacional que constitui o
1% mais rico do mundo deverão exceder em 30 vezes o limite que seria necessário
para a manutenção do nível de emissões que evitaria o aumento da temperatura
global em 1,5ºC até 2030. Isso foi constatado em um estudo intitulado
Desigualdade de carbono em 2030 – Emissões de consumo per capita e a meta de
1,5° C foi encomendado pela Oxfam e baseou-se em trabalhos do Instituo de
Política Ambiental Europeia (IEEP) e do Instituto Ambiental de Estocolmo (SEI).
Entre as principais conclusões do estudo estão que, em 2030,
a metade mais pobre da população mundial vai continuar emitindo bem menos do
que o nível proposto para o limite almejado de 1,5ºC, enquanto o 1% mais rico –
que representa uma população menor que a da Alemanha – está a caminho de
liberar 70 toneladas de CO2 por pessoa por ano, caso o consumo atual continue.
No total, esse 1% mais rico será responsável por 16% das
emissões totais até 2030 (em 1990, eram 13%). Em contrapartida, os 50% mais
pobres estarão em 2030 liberando uma média de uma tonelada de CO2 por ano.
O estudo frisa que a tarefa de manter a meta estipulada de
1,5ºC não está sendo dificultada pelo consumo da vasta maioria dos habitantes
do planeta, mas pelas emissões excessivas de uma minoria extremamente
exclusiva. Entre as mensagens do relatório, está o pedido para que governos
“restrinjam o consumo de luxo de carbono” de jatos particulares, iates e
viagens espaciais.
Trata-se de uma crítica bastante direta aos próprios
participantes da COP26: vários líderes mundiais e personalidades chegaram à
conferência sobre o clima em jatos particulares, entre eles o primeiro-ministro
britânico, Boris Johnson, o empresário bilionário Jeff Bezos e dezenas de
executivos de setores que promovem energias renováveis. O diário britânico
Daily Mail contabilizou mais de 400 jatos particulares, o que representaria 13
mil toneladas de CO2, o equivalente ao montante emitido anualmente por mais de
1.600 britânicos.
Uma guarnição de resgate de animais silvestres do Grupamento
de Ação Ambiental da Guarda Municipal do Natal (GMN) conseguiu efetuar mais um
recolhimento de animal que se encontrava em perigo ao invadir a zona urbana.
Dessa vez os guardas resgataram uma Galinhola Púrpura que entrou em uma
residência situada nas proximidades do Praia Shopping, em Ponta Negra, zona Sul
da capital.
A ave que tem características aquáticas com circulação nas
Américas e Europa é muito visada pelos traficantes de animais silvestre pelo
caráter exótico das cores da sua plumagem, encontrando dessa forma, um comércio
amplo de compra e venda ilegal dessa espécie. “Esse animal é bastante procurado
pelos traficantes de aves silvestres locais, principalmente pela exuberância
das suas cores e pela docilidade do animal, que não apresenta muita dificuldade
na hora da captura”, explicou um dos guardas.
O pássaro foi encontrado e resgatado no interior da
residência. A ave estava muito agitada e foi amparada pela guarnição ambiental
da GMN que deu a primeira atenção na busca de encontrar algum tipo de ferimento
mais explícito no animal, sendo o mesmo logo encaminhado ao Centro de Triagem
de Animais Silvestres do Ibama para que o mesmo seja avaliado por veterinário
e, estando em boas condições, seja devolvido à natureza.
“É importante que o cidadão que encontrar algum animal
silvestre em área urbana não tente pegar ou prender sem o devido conhecimento,
pois a medida pode ser perigosa para o cidadão ou mesmo para o animal que pode
ser machucado. Há uma grande incidência de animais silvestres na área urbana e
todas as semanas estamos realizando resgates na tentativa de preservar e
proteger o meio ambiente”, explicou o coordenador do Gaam/GMN, Isaac Cruz.
Para acionar as equipes de resgate de animais silvestres da
Guarda Municipal, o cidadão pode ligar para o número 190 do Centro Integrado de
Operações em Segurança Pública (Ciosp) que as guarnições serão deslocadas ao
local da ocorrência.
Nesse período do ano, época de mudanças de ventos e de
correntes marítimas no Litoral Potiguar, é comum se deparar com a presença de
caravelas-portuguesas (Physalia Physalis) no mar e na faixa de areia de algumas
praias. Sabendo disso, o Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente
– Idema orienta a população para que tenha cuidado ao realizar caminhadas nas
praias ou até mesmo utilizar as águas para banho.
Esta semana, o representante do Sindicato dos Bugueiros
Profissionais do RN (SindBuggy-RN), Hertz de Moura Medeiros, localizou uma
quantidade considerável de caravelas nos trechos de Pirangi do Sul, Pirambúzios
e Búzios.
“Ao fazer o roteiro do litoral Sul, em direção à Praia de
Pipa, encontrei muitas caravelas na faixa de areia dessas praias, mas, nas de
Barreta e Malembá não houve registro. É importante repassar a mensagem para a
população, pois muita gente não conhece, pode se confundir com plástico ou, por
descuido, acabar se machucando também”, disse Hertz Medeiros ao entrar em
contato com o Idema nesta terça-feira (22).
O representante comentou que o grupo de profissionais
constata a presença desses organismos na areia, quando os ventos estão mais
fortes. “Alguns moradores chegaram até a nos parar para orientar os banhistas
sobre a presença de caravelas”, completou o presidente do SindBuggy-RN.
O biólogo e coordenador do Núcleo de Gestão de Unidades de
Conservação do Idema, Rafael Laia, alerta para que a população, banhistas e
mergulhadores evitem pegar ou tocar nos animais marinhos.
“Em períodos reprodutivos, de mudanças de ventos e de
correntes marítimas, a densidade de caravelas-portuguesas, nas praias que
frequentamos, pode aumentar o número de acidentes com banhistas. Ela aparenta
ser um único indivíduo, mas na verdade é um conjunto de organismos que vivem em
colônia. Possuem a cor azul, rosa ou roxa, e tentáculos urticantes utilizados
tanto para se alimentarem quanto para se defenderem. Em contato com a pele,
esses tentáculos podem provocar queimaduras de até terceiro grau”, disse.
O biólogo comentou, ainda, que a espécie também modifica sua
cor natural e outras características em razão do desgaste, aparentando muitas
vezes o formato de um plástico-bola.
O Idema recebeu, também, informação de moradores de
Maracajaú sobre a incidência de caravelas no litoral Norte do RN.
Caravela-portuguesa
Apesar de chamar-se portuguesa, a Caravela vive nas águas
tropicais dos oceanos. Seu nome popular é em razão da aparência desses
organismos, que têm uma parte do corpo que flutua, lembrando as embarcações de
Portugal do passado.
A equipe de pesquisadores responsável pela retirada de coral
invasor no Litoral Norte potiguar realizou a segunda expedição na Área de
Proteção Ambiental dos Recifes de Corais (APARC). A ação é uma iniciativa do
Governo do Estado, por meio do Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio
Ambiente – Idema, em parceria com a Universidade Federal do Rio Grande do Norte
(UFRN), a Fundação para o Desenvolvimento Sustentável da Terra Potiguar
(Fundep) e a empresa de mergulho CCR-Brazil e ocorreu na última semana, de 31
de maio a 03 junho.
As expedições de remoção do coral-sol na APARC, espécie de
coral invasora, são medidas inovadoras e mitigadoras para manter o equilíbrio
da biodiversidade do litoral potiguar. Para o coordenador do Núcleo de Gestão
de Unidades de Conservação do Idema (NUC), Rafael Laia, o trabalho de
monitoramento deve ser contínuo no local, em razão das características do ser
vivo que coloniza ambientes marinhos e pode impedir o crescimento de espécies
nativas.
“Essa é uma ação pioneira na Região Nordeste. O intuito das
expedições é remover as colônias de coral-sol e manter um monitoramento
sistemático e contínuo na área para controle da espécie. Ela possui diversas
estratégias de crescimento e reprodução, além de defesas e ausência de
predadores efetivos. Por isso, são invasores eficientes. Vale ressaltar que o
Idema continuará com o monitoramento de toda APARC, em razão da sua importante
diversidade biológica e por ser uma área de atividade turística significativa do
RN”, disse.
Laia conta que na primeira expedição, realizada no início do
mês de maio, a equipe de pesquisadores removeu mais de 1.500 colônias de
coral-sol. Na segunda expedição, realizada durante a Semana Estadual do Meio
Ambiente, o trabalho de remoção das colônias invasoras continuou, atingindo a
maior parte das áreas que estas vinham ocupando, em um total de 1.544 colônias
removidas.
O Governo do Estado é responsável pelo monitoramento da
APARC, por meio do Idema, e através de ações desenvolvidas na Área, a gestão
efetiva a política ambiental e o compromisso com o ambiente marinho local.
“Independente do quantitativo, o monitoramento na Área se torna indispensável.
Isso porque, se o acompanhamento e o processo de remoção do coral-sol não
tiverem continuidade, a espécie invasora voltará a crescer e ocupar os espaços
que estava anteriormente. O que se fez nas primeiras duas expedições foi
remover as colônias maiores e mais desenvolvidas”, disse Rafael.
O biólogo, professor do Departamento de Oceanografia da UFRN
e coordenador das expedições, Guilherme Longo, comenta que esse trabalho
acontece em um momento oportuno, em que a Área de Proteção Ambiental dos
Recifes de Corais (APARC) comemora seus 20 anos de criação e na abertura da
década da restauração dos ecossistemas preconizada pela ONU. “Essa expedição
consolida uma parceria entre o Idema, a Universidade, a Fundep e a empresa de
mergulho, mostrando o potencial do que conseguimos fazer quando atuamos juntos
para a conservação local, e não apenas ações independentes, pois os benefícios
que a Área possui devem ser contínuos e para todos os seres”, disse.
O professor relatou, ainda, que o trabalho de remoção não
envolve apenas retirar as colônias dos naufrágios, mas possui diversas
pesquisas associadas. “Uma delas é para avaliar a recuperação desses corais
removidos. Então, se a nossa remoção está sendo efetiva, nós viemos
periodicamente avaliar o local e ver se há novo crescimento, novas colônias
chegando. Existe outro experimento em andamento, onde nós colocamos placas para
avaliar a chegada de novos recrutas, e levamos algumas colônias vivas para o
laboratório onde simulamos a competição delas com corais nativos. Temos visto
que o coral-sol realmente causa muitos danos aos corais nativos”, relatou Longo.
A oceanógrafa Erika Beux, responsável pela identificação do
coral-sol na APARC no mês de fevereiro, faz parte da equipe de pesquisadores e
realizou diversos registros fotográficos subaquáticos no local. Além da
importância biológica, a localidade abriga um relevante registro histórico com
a presença do naufrágio Commandante Pessoa, datado de 1954.
A equipe terá que fazer uma pausa em razão das condições do
mar no segundo semestre do ano. “Para este ano, a equipe programou mais duas
expedições que devem ocorrer entre outubro e dezembro. A pausa acontece
exatamente durante os meses em que os ventos ficam mais fortes e com isso o mar
fica muito turvo e agitado, impedindo um trabalho eficiente com os
mergulhadores nas profundidades”, finalizou o coordenador do NUC, Rafael Laia.
Dados
Primeira expedição:
1.542 colônias removidas
981 fragmentos removidos (fragmentos de corais maiores)
Segunda expedição:
1.544 colônias removidas
1.527 fragmentos removidos (fragmentos de corais menores)
Em dois dias de campanha o “Eco drive-thru de lixo
eletrônico” recebeu 364 kg de resíduos descartados pela população, durante
a Semana do Meio Ambiente de Natal (Sema) 2021. O eco ponto instalado no Parque
da Cidade Dom Nivaldo Monte, nos dias 2 e 4 de junho, foi um sucesso. E por
isso, o local a partir desta segunda-feira (7) será transformado em eco ponto
fixo para o recebimento dos eletrônicos.
A iniciativa da
Secretaria de Meio Ambiente e Urbanismo (Semurb) em parceria com a Natal
Reciclagem tem como objetivo estimular as pessoas a separar seus equipamentos
para o descarte seguro.Durante Sema 2021 a população descartou vários tipos de
equipamento como impressoras, computadores, ventiladores, aparelhos de som,
televisores e eletrodomésticos.
O chefe do Setor de Educação Ambiental (SEA) da Semurb,
Daniel Henrique de Souza, avaliou como ótima a adesão do público. “De
maneira geral percebemos que muitas famílias se sensibilizaram e aderiram à
campanha indo até o Parque realizar o descarte de maneira correta. Com base nisso, iremos deixar um ponto fixo
de coleta do lixo eletrônico na unidade de conservação”, disse.
Ainda segundo ele foi evitado que 364 kg de resíduos fossem
para o aterro sanitário de maneira incorreta. “Houve economia de dinheiro
público e do ponto de vista ambiental evitamos que o material coletado
provocasse a contaminação do solo”, comenta.
A partir de agora, qualquer cidadão poderá se deslocar ao
eco ponto de lixo eletrônico no Parque da Cidade, de domingo a domingo, das
5h30 às 9h e das 15h às 17h. A coleta vai funcionar na entrada da unidade na
Av. Omar O’Grady, em Candelária.Mais informações pelo telefone 3232-3207, das
8h às 14h.
O Grupamento de Ação Ambiental da Guarda
Municipal do Natal (Gaam/GMN) vem realizando um trabalho continuado de resgate
e proteção de animais silvestres na capital. Somente no primeiro quadrimestre
deste ano foi registrado resgate de 20 espécies que estavam perdidas no
ambiente urbano, machucadas ou distante do seu habitat.
As ocorrências de resgate de animais
silvestres em Natal foram registradas em todos os bairros, e muitas vezes, a
contribuição da população é fator primordial no acionamento das guarnições para
agir no trabalho de amparo, cuidado e destino correto desses animais. Sem essa
ação das guarnições, os animais teriam poucas chances de sobrevivência na
maioria dos casos.
Durante este ano já foram registrados o
resgate de espécies como o frango-d’água-azul, tatupeba, cágado, gavião-carijó,
periquito-da-caatinga, coruja-de-igreja, sagui-do-tufo-branco, gambá, iguana,
papa-capim-capuchinho, sabiá-da-mata, corujinha-de-orelha, asa-de-telha-pálida,
garibaldi, além outras aves mais comuns, a exemplo do azulão, golinho, galo de
campina, rolinha, entre outros.
O coordenador do Gaam/GMN, Isaac Cruz,
explicou que o trabalho de resgate é uma das missões que compete ao Grupamento
Ambiental da Guarda, pois por Natal ser uma cidade com considerável área de
Zona de Proteção Ambiental é comum a ocorrência de animais silvestres no setor
urbano, o que coloca em risco as suas vidas. “No momento que somos acionados
vamos ao local, realizamos o resgate e direcionamos para a instituição de
proteção que avalia a saúde do animal e o reconduz à natureza. É um trabalho de
proteção e valorização da nossa fauna”, informou.
A ação dos guardas do Gaam já resultou em
resgate de animais exóticos como uma arara azul, jacaré e até mesmo jiboia.
Algumas vezes o atendimento chega para animais ainda filhotes, que de alguma
forma caíram de ninhos. “Nessas situações é importante que o cidadão nos
acione, mantenha o local isolado até a nossa chegada e nunca tente agredir o
animal sem o conhecimento técnico para isso”, alertou Isaac.
Qualquer cidadão que se deparar com algum
animal silvestre fora do seu habitat pode solicitar o apoio do GAAMGMN através
do Centro Integrado de Operações em Segurança Pública (Ciosp) ligando para o
número 190.
Durante a última semana, o Instituto de
Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente – Idema juntamente com um grupo de
pesquisadores, realizou a primeira operação de remoção do Coral-sol, na Área de
Proteção Ambiental Recifes de Corais (APARC). O coral-sol é uma espécie
invasora, que coloniza ambientes marinhos e pode impedir o crescimento de
espécies nativas.
A atividade foi realizada pelo Idema, por
meio do Núcleo de Gestão de Unidades de Conservação (NUC), em parceria com a
Fundação para o Desenvolvimento Sustentável da Terra Potiguar (Fundep), a
Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) e a empresa de mergulho
CCR-Brazil.
O professor Guilherme Longo, do
Departamento de Oceanografia da UFRN, comentou sobre os resultados gerais da
primeira expedição. “Fizemos quatro dias de mergulho com pelo menos 10
mergulhadores. Removemos mais de 1.500 colônias e cerca de 1.000 fragmentos de
coral-sol. Estabelecemos parcelas fixas para monitoramento e posicionamos
blocos para avaliar a chegada de novos propágulos do coral invasor”, disse.
Ainda segundo Guilherme, também foram
realizadas coletas qualitativas dos corais que foram encaminhados ao
Laboratório de Ecologia Marinha da UFRN para avaliar experimentalmente seu
efeito sobre os corais nativos. “Estimamos ter removido cerca de 60% dos corais
invasores nas áreas evidentes e de maior adensamento, mesmo assim, ainda restam
áreas com abundância considerável de corais, principalmente nas áreas de acesso
mais difícil, que demandam empenho de remoção. Agora, estamos mobilizando a
equipe para essa segunda etapa do esforço de controle da invasão do coral-sol”,
relatou.
O intuito das expedições é remover as
colônias de coral-sol e manter um monitoramento sistemático e contínuo na área
para controle da espécie. A gestora da APARC, Heloisa Brum, explica que este
coral é considerado invasor, uma vez que ameaça a biodiversidade local, podendo
prejudicar a riqueza de espécies nativas e ameaçar as atividades econômicas da
região, como pesca e turismo.
“As espécies possuem diversas estratégias
de crescimento e reprodução, além de defesas e ausência de predadores efetivos.
Por isso, são invasores eficientes, que podem colonizar ambientes e impedir o
crescimento de espécies nativas. Vale ressaltar também, que o Idema continuará
com o monitoramento de toda APARC, em razão da sua importante diversidade
biológica”, disse.
A oceanógrafa Erika Beux, responsável pela
identificação do coral-sol na APARC no mês de fevereiro, fez parte da equipe de
pesquisadores e realizou diversos registros fotográficos subaquáticos no local.
Além da importância biológica, a localidade abriga um relevante registro
histórico com a presença do naufrágio Commandante Pessoa, datado de 1954.
O Instituto de Desenvolvimento Econômico e Meio Ambiente do Rio Grande do Norte (Idema/RN) registrou até essa terça-feira (27) a chegada de pelo menos 6 toneladas de lixo ao litoral do Estado. O dado é preliminar e deve aumentar nos próximos dias, com a pesagem de mais volumes que continuam sendo recolhidos.
Os resíduos, que incluem pedaços de plástico e até material
de origem hospitalar, começaram a ser encontrados nas praias no fim da semana
passada. A origem do material ainda é desconhecida, assim como os danos
ambientais.
A principal suspeita é que o lixo tenha sido trazido ao RN
pela força da correnteza após o lançamento de resíduos no mar em Recife (PE),
após inundações provocadas pelas chuvas. Além do Rio Grande do Norte, a Paraíba
também registrou a chegada dos resíduos.
Em parceria com as prefeituras dos municípios afetados e
organizações não governamentais, o Idema trabalha desde o fim da semana passada
no recolhimento do lixo e na destinação adequada dos resíduos. As amostras
estão sendo armazenadas para auxiliar as investigações. A Polícia Federal e o
Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis
(Ibama) abriram procedimentos para apurar como o material foi parar no mar.
Nessa terça (27), em entrevista ao programa “Repórter 98”, da 98 FM Natal, o diretor-geral do Idema, Leon Aguiar, divulgou em primeira mão a lista com os locais afetados até agora com a chegada do lixo no Rio Grande do Norte. São 13 localidades do litoral potiguar, que estão em quatro municípios.
O Idema recomenda à população que evite o banho nessas
praias e até caminhadas na orla, por causa do risco de ainda haver na areia
objetos cortantes, como agulhas, já que houve material hospitalar localizado
entre os dejetos.
A lista de locais atingidos pode aumentar, segundo o diretor
do Idema. “Ainda no dia de ontem recebemos informações, ainda que não oficiais,
da possível chegada de resíduos em Senador Georgino Avelino, que fica vizinho a
Nísia Floresta, e alguma chegada de resíduo aqui em Natal, por trás do Morro do
Careca”, afirmou o diretor do Idema.
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