A Grande Natal tem duas praias impróprias para o banho neste fim de semana. É o que aponta o boletim de balneabilidade divulgado pelo Programa Água Azul.
São elas a Praia de Pirangi do Sul, em Nísia Floresta, e a praia do Rio Pium, na altura da Ponte Nova, em Parnamirim.
Foram coletadas, analisadas e classificadas amostras de água em 33 pontos nas praias potiguares, distribuídas na faixa costeira situada entre os municípios de Nísia Floresta e Extremoz, a fim de classificar e informar aos banhistas quais as condições das praias monitoradas para o banho.
A classificação leva em conta, principalmente, a quantidade de coliformes fecais encontrados nas águas, como estabelecido em resolução do Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA).
O programa Água Azul é uma parceria entre o Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente (IDEMA), Instituto Federal do Rio Grande do Norte (IFRN) e a Fundação de Apoio à Educação e ao Desenvolvimento Tecnológico do RN (FUNCERN).
Com a finalidade de debater a situação da estrutura física da Barragem Jessé Filho, conhecida como Barragem de Umari, a Assembleia Legislativa vai realizar audiência pública, por proposição da deputada Isolda Dantas (PT), no próximo dia 24, às 9h, na Câmara Municipal de Upanema.
O reservatório foi inaugurado em 2001 para atender demandas da zona rural dos municípios de Upanema e Mossoró. De acordo com a deputada propositora da audiência, a situação da barragem precisa ser debatida com urgência diante das informações sobre problemas estruturais.
“Nós temos informações de que a situação da barragem requer cuidados. Segundo notícias, veiculadas na imprensa, a barragem apresenta trincas. O problema deve ser, com urgência, discutido e avaliado por equipe técnica, que deverá apresentar, em audiência, a real situação do reservatório,” justificou a deputada.
Com o terceiro maior volume d´água do Estado, a estrutura da barragem tem 42 metros de altura, 05 metros de largura no alto e 02 km de cumprimento. Para ser construído, o reservatório consumiu 655 mil metros cúbicos de concreto. Mesmo com a ostensividade da edificação, uma equipe técnica vai apresentar a real situação do reservatório com o objetivo de buscar soluções e garantir, além do abastecimento d´água, segurança à população que vive nas proximidades do reservatório.
O Centro de Convenções de Natal sedia, nesta semana, o 30º Congresso Brasileiro de Engenharia Sanitária e Ambiental e, simultaneamente, a Feira Internacional de Tecnologias de Saneamento Ambiental. Um dos destaques da programação é o “Espaço Água”, uma exposição interativa, que receberá até quarta-feira, das 9h às 17h, visitantes interessados em conhecer “o mundo do saneamento e da água em atividades voltadas à educação ambiental e cidadã”.
Ao participar da abertura oficial do Congresso, que é promovido pela Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental, o diretor primeiro tesoureiro do Sistema FIERN, Roberto Serquiz, destacou a importância do evento o desenvolvimento sustentável do País. “As discussões propostas são de um horizonte muito positivo, porque destacam um debate que transcende as questões individuais e levam a uma discussão do ponto de vista mais coletivo, ao reconhecer que as pessoas precisam ser mais valorizadas no acesso à água e demais questões ambienteis”, destacou Roberto Serquiz.
Ele disse que outro debate relevante neste Congresso é sobre a tramitação, no Congresso Nacional, do marco regulatório do saneamento. “Isso é interessante, porque o país tem políticas nacionais de saneamento e de resíduos sólidos, ou seja, em duas décadas definiu todo um arsenal do ponto de vista teórico, mas precisa atualizar o marco regulatório. Com este evento, Natal é sede desse debate de alta importância”, acrescentou.
O tema do Congresso é “Saneamento Ambiental: como tratar igual os desiguais”. A abertura oficial foi no domingo, 16, no Centro de Convenções de Natal, com a participação de especialistas em inovação e comportamento social, além de autoridades locais e nacionais. Coube ao presidente nacional da ABES, Roberval Tavares de Souza, fazer o pronunciamento de boas-vindas aos participantes.
Em seu discurso, a presidente da ABES-RN, Geny Formiga, ressaltou a importância da iniciativa de trazer o Congresso para o estado. “Após 26 anos, Natal volta a sediar o Congresso. O ambiente de saneamento proporciona uma reflexão dentro dessa temática principal do Congresso. É uma oportunidade única para reunir o que temos de melhor no setor no país. Reunimos de forma democrática todos os atores da área, seja público ou privado”, afirmou.
Ela comentou sobre as novas mudanças no Marco Legal do Saneamento. “Não podemos concordar com alterações que promovem a desigualdade diante do que foi construído ao longo dos anos pela sociedade, com a aplicação da Lei 11.445/2007, que foi feita de forma democrática. E a ABES teve um papel fundamental nessa luta e discussão. O avanço dos investimentos em Natal na área de esgotamento sanitário com o objetivo da universalização mostra sua efetividade. É importante ressaltar que no último ano nos reunimos para defender os princípios da soberania do saneamento brasileiro. Movimentando vários segmentos da sociedade, conseguimos barrar mudanças autoritárias”, frisou.
A diretora presidente da Agência Nacional de Águas (ANA), Christianne Dias, também falou sobre a questão do Marco regulatório do Saneamento: “A ANA vem se preparando para esse novo desafio e elaborando estudos sobre o setor por meio da “Série Atlas”, levantando todos os dados de água e esgotamento dos municípios do país e realizando uma interface entre plano de saneamento, resíduos sólidos e recursos hídricos, estabelecendo metas e resultados. Agradeço a participação dos servidores da ANA que estão aqui. Incentivamos a vinda, temos 22 servidores para contribuir na discussão sobre o Marco Regulatório”.
Jônathas de Castro, secretário nacional de Saneamento Ambiental, destacou a relevância do Congresso da ABES. “O Ministério (do Desenvolvimento Regional ao qual a Secretaria de Saneamento está vinculada) tem várias pessoas participando em todas atividades, são mais de 22 pessoas. É importante não só para o saneamento, mas para os recursos hídricos e políticas públicas”, afirmou.
O vice-governador Antenor Roberto Soares de Medeiros elogiou a iniciativa e o tema do evento. “É um congresso multidisciplinar”, frisou. “O saneamento é um tema complexo e engloba várias atividades profissionais e acadêmicas, além de ser um grande desafio. Mas com inteligência teremos soluções e avanços. Construímos políticas, temos resultados, precisamos aperfeiçoar o que já foi feito. É fantástico relacionar a água e o saneamento ao meio ambiente. A sociedade é desigual e vamos discutir a igualdade”.
Também participaram da abertura a vice-presidente da Câmara Municipal de Vereadores de Natal, Nina Souza, e Fábio Góis (representando o prefeito Álvaro Dias), diretor técnico da Agência Reguladora de Saneamento Básico.
Uma das principais atrações da abertura foi o talk show sobre Inovação, comportamento social e tendências mundiais, com duas das maiores palestrantes destes temas: Ruth Manus e Daniela Klaiman, especialistas que se tornaram sucesso nas redes sociais como palestrantes do TED e que aliaram as temáticas que abordam ao setor de saneamento. A mediação foi de Samanta de Oliveira Tavares, coordenadora da Câmara Temática de Prestação de Serviços e Relacionamento com Clientes da ABES.
A capital potiguar estará sediando o 30º Congresso Brasileiro de Engenharia Sanitária e Ambiental, no Centro de Convenções de Natal. Expressivo evento do segmento no Brasil, irá contar com uma programação diversificada, tendo como destaque o “Espaço Água”. O evento será de 16 a 19 de junho; a entrada é franca.
Localizado no Pavilhão Morton Mariz e instalado numa área de 3mil m², o ESPAÇO ÁGUA terá abertura neste sábado, dia 15, às 11h, com entrada gratuita e voltado para visitação pública. Evidenciando como um excelente programa de final semana para a família, o local poderá ser visitado durante 5 dias por crianças e adultos, que terão a oportunidade de participar de jogos educativos, conhecer como funcionam as Estações de Tratamento de Água, de Esgoto e a coleta de resíduos.
O ESPAÇO ÁGUA
O Espaço Água será direcionado à educação ambiental e irá contar com várias atividades que incluem palestras, oficinas de reciclagens, minicursos, sessão de cinema e workshop. Além disso, os visitantes poderão conferir em realidade virtual um dos rios mais importante do país. O evento ainda contará com a “ Casa do Amanhã”, que trará em evidência o futuro do saneamento ambiental e como ele estará presente em nossas residências.
Para o diretor nacional da Abes pela região Nordeste, Josivan Cardoso Moreno, a programação traz a possibilidade do cidadão interagir com a construção de políticas públicas voltadas para a qualidade de vida, no que diz respeito ao uso sustentável e a preservação do meio ambiente. “O Espaço Água é a inovação que traz à sociedade a condição de ter acesso e discutir sobre todas as questões que envolvem o saneamento e a gestão de água”, enfatiza.
A movimentação do talude norte da mina de Gongo Soco, da Vale, em Barão de Cocais – Minas Gerais -, chegou a 18 centímetros neste sábado, 25, nos pontos mais críticos, de acordo com informações da Agência Nacional de Mineração (ANM). A velocidade média de deformação em todo o talude norte atingiu os 14,1 cm por dia.
A velocidade do deslocamento vem aumentando desde abril, quando começou a se movimentar cerca de 5 cm por dia, ritmo que só se acelera desde então, segundo dados divulgados periodicamente pela ANM. Na quinta à noite, tal velocidade era de 16 cm nos pontos críticos.
De acordo com projeções divulgadas pela agência e pela Vale, empresa responsável pelo local, nesse ritmo o desabamento do talude norte na cava da mina estaria previsto para ocorrer até este sábado, dia 25.
Segundo a ANM, o talude norte da cava de Gongo Soco estava se deslocando 10 centímetros (cm) por ano desde 2012, um deslocamento aceitável dada a dimensão da estrutura, mas neste ano começou a acelerar sua movimentação.
A preocupação com o desabamento do talude é de que a vibração causada seja suficiente para romper a barragem de rejeitos Sul Superior da mina, que fica a 1,5 quilômetro (km) da cava. Caso isso ocorra, em cerca de cinco minutos o distrito de Barão de Cocais (MG) mais próximo da estrutura pode ser atingido.
Em 22 de março, a barragem Sul Superior foi classificada com o nível 3 de alerta, que significa risco iminente de rompimento. Desde 8 de fevereiro, quando o risco ainda era nível 2, as pessoas começaram a ser retiradas da chamada zona de autossalvamento, isto é, aquelas áreas que seriam alagadas em menos de 30 minutos ou que estão situadas a uma distância de menos de 10 quilômetros.
De acordo com a Defesa Civil de Minas Gerais, 443 moradores da zona de autossalvamento em Barão de Cocais deixaram suas residências. No dia 25 de março, um treinamento envolveu mais de 3,6 mil pessoas que vivem em áreas secundárias que seriam atingidas. Um novo simulado foi realizado há uma semana.
Em nota divulgada neste sábado, 24, a Vale voltou a dizer que “não há elementos técnicos que possam afirmar que o eventual deslizamento de parte do talude poderia desencadear a ruptura da barragem. Mesmo assim, reitera que todas as medidas preventivas foram tomadas e segue à disposição das autoridades para prestar todo apoio possível”.
Ante a indefinição da situação na mina de Gongo Soco, os moradores de Barão de Cocais, que fica a cerca de 90 km de Belo Horizonte, têm sido assomados pela aflição, e a rotina no município de cerca de 32 mil habitantes tem sido duramente prejudicada.
Além da aflição que tem provocado entre os moradores de Barão de Cocais (MG), o risco de rompimento da barragem Sul Superior da mina de Gongo Soco, da Vale, tem prejudicado a economia do pacato município de cerca de 32 mil habitantes.
Desde o último dia 16, quando o Ministério Público de Minas Gerais tornou pública a informação de que a própria Vale, em documento oficial, informou que uma deformação no talude norte da Cava de Gongo Soco indicava o risco iminente de ruptura do talude, quatro agências bancárias suspenderam parte do atendimento. Também os Correios fecharam temporariamente sua agência na cidade.
O Banco do Brasil confirmou que, “em razão da iminência de rompimento da barragem de rejeitos”, decidiu “contingenciar” o atendimento local, instalando um contêiner para atender os clientes enquanto avalia a realocação da agência. O contêiner será instalado “em local seguro” indicado pela prefeitura. Até lá, o banco orienta seus clientes a usarem os caixas eletrônicos existentes na cidade. Ou a buscarem atendimento presencial na agência de Santa Bárbara, cidade a 10 quilômetros de Barão de Cocais.
O Itaú-Unibanco também afirma ter fechado temporariamente sua agência no município por “prezar pela segurança dos clientes e colaboradores”. Segundo a instituição, a agência permanecerá fechada até a normalização da situação da barragem. Enquanto isso, os clientes serão direcionados para a agência do centro de Santa Barbara.
Segundo o secretário municipal do Desenvolvimento Econômico, Juvenal Caldeira, Caixa e Bradesco também suspenderam o funcionamento de agências locais. O que, segundo ele, vem prejudicando a população e os empresários, que precisam se deslocar até Santa Bárbara, e a economia local.
De acordo com o coordenador-adjunto da Defesa Civil de Minas Gerais, tenente-coronel Flávio Godinho, houve uma “potencialização” do medo em Barão de Cocais. “Qualquer aeronave que sobrevoa a cidade causa um temor entre os moradores. Eles acham que se uma aeronave está passando é porque o talude se rompeu”, disse Godinho à imprensa, hoje. Segundo o coordenador da Defesa Civil, a decisão dos bancos de fecharem suas agências foi “desnecessária”.
“Já os notificamos, demonstrando que [caso o talude ceda e a barragem se rompa] os locais onde as agências funcionam, em Barão de Cocais, [demorarão] cerca de 1h30 para serem atingidos por rejeitos”, acrescentou Godinho, pedindo aos bancos e aos Correios que reabram suas agências. “Se deixamos de prestar um serviço de utilidade pública quando as pessoas estão enfrentando uma situação de crise, acabamos por potencializar a crise”, acrescentou o coordenador, garantindo não haver como saber previamente se a queda do talude resultará no rompimento da barragem.
O Plano Nacional de Segurança Hídrica (PNSH) e a atualização do “Atlas Brasil: Abastecimento Urbano de Água” foram temas de uma reunião realizada, na manhã dessa quinta-feira, 23, entre os gestores das instituições do Sistema Semarh e representantes da Agência Nacional das Águas (ANA) e Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR).
O encontro aconteceu no auditório da Secretaria Estadual do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos (Semarh) e foi conduzido pelo secretário adjunto, Carlos Nobre. Participaram o superintendente de Planejamento de Recursos Hídricos da ANA e o adjunto, Sérgio Ayrimoraes e Carlos Perdigão, a assessora da Secretaria de Segurança Hídrica do MDR, Cristiane Battiston, o presidente da Companhia de Águas e Esgotos do Rio Grande do Norte (Caern), Roberto Linhares, e o diretor-presidente do Instituto de Gestão das Águas do RN (Igarn), Caramuru Paiva.
Na ocasião, superintendente da ANA, Sérgio Ayrimoraes, apresentou a metodologia para elaboração do Plano e sua importância no planejamento hídrico do país. As intervenções recomendadas no documento incluem estudos, projetos e obras de barragens, canais, eixos de integração e sistemas adutores.
“O objetivo do PNSH é a organização da oferta na água no Brasil. Elencamos alguns projetos estratégicos, mas sabemos que existem outros também importantes, então é aí que entra a atualização do Atlas de abastecimento como forma de reforçar esse grande planejamento” frisa Sérgio.
A seleção de intervenções estratégicas no RN inclui 10 obras, entre elas o Projeto Seridó, a ampliação da adutora Monsenhor Expedito e a implantação da adutora Santa Cruz-Pau dos Ferros, substituindo a adutora de engate rápido. O Secretário Adjunto da Semarh, Carlos Nobre, explica que o horizonte de planejamento considerado durante a confecção do plano é de 2019 a 2035. “Estamos incluindo essas obras no Plano Plurianual (PPA) do Estado e lutando pela inclusão no PPA da união”, disse Nobre.
A representante do MDR, Cristiane Battiston, ressaltou que o Ministério garante a conclusão das obras previstas no plano, que estão em andamento, como a Barragem de Oiticica que se encontra 74% executada.
Durante a discussão do Atlas, Sérgio Ayrimoraes disse que o intuito da ANA é atualizar a situação da oferta e demanda de água dos municípios do RN e propor soluções quando necessário. Como encaminhamento ficou agendado um encontro entre os órgãos estaduais para definição das obras que entrarão no Atlas e posteriormente uma reunião com a ANA para repasse dessas informações.
Também participaram da reunião o presidente do CBH Piancó-Piranhas-Açu, Paulo Varela, o articulador da Seapac, Procópio Lucena, representantes da empresa executora da atualização do Atlas, a Engecorps Consórcio, e outros técnicos das instituições.
Têm sido frequentes no Rio Grande do Norte cenas de jacarés circulando fora do habitat comum deles. Até a sexta-feira (10), foram capturados 23 jacarés no estado apenas neste ano. Número já próximo ao total de 2018, 28. A maioria das capturas foram na Região Metropolitana de Natal. Só em São Gonçalo do Amarante, do ano passado para cá, foram 16.
Mas, de acordo com a Companhia de Polícia Ambiental (Cipam) há uma explicação para esse número alto. Tenente Ivaldo Filho explica que a incidência maior do aparecimento de jacarés acontece devido ao período de chuvas. “Nesse período acontece o aumento de regiões alagadas e eles procuram esses locais para se proteger e procurar alimento”, esclarece.
A Polícia Ambiental alerta a população que jamais tente capturar esses animais. Eles são silvestres e normalmente não atacam, mas, quando se sentem ameaçados, costumam atacar como defesa. A orientação é se afastar e telefonar para o 190.
Comentários