Em um ano, o Projeto Cetáceos da Costa Branca (PCCB-UERN),
auxiliou o nascimento de cerca de 19 mil filhotes de tartarugas marinhas no
litoral da Bacia Potiguar (RN/CE). O trabalho com biologia reprodutiva de
tartarugas marinhas consiste na marcação do ninho e na contagem do tempo de
incubação, que dura em média de 45 a 60 dias.
O projeto Cetáceos explica que, quando os filhotes estão
aptos para o nascimento, técnicos de campo auxiliam na abertura do ninho e
contabilizam a quantidade de filhotes. Dessa forma é possível realizar a
estimativa de nascimento de tartarugas marinhas por temporada reprodutiva,
auxiliando ainda mais a conservação de espécies que desovam em nosso litoral.
Além desse acompanhamento, o PCCB-UERN desenvolve um
importante trabalho de monitoramento, resgate e proteção de animais marinhos. O
projeto possui uma base em Areia Branca e outra em Natal.
Caso encontre animais marinhos vivos ou mortos, entre em
contato pelos números:
O Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Rio Grande do Norte (CBMRN) resgatou na noite dessa quarta-feira (20) um tamanduá-mirim que estava em uma residência no bairro de Nova Esperança, na cidade de Parnamirim, Região Metropolitana de Natal.
A corporação foi acionada pelo dono da residência por volta
das 21h, que ligou no 193 e solicitou o resgate. Saudável e sem ferimentos, o
animal foi levado pelo CBMRN e solto em área de mata às margens do Rio Pitimbu,
em Parnamirim.
O tamanduá-mirim costuma ser um animal solitário, com hábito
predominantemente noturno. Essa espécie pode ser encontrada em diversas regiões
do Brasil e tem uma grande variação no padrão de coloração.
De janeiro até a metade de maio de 2020, o Corpo de
Bombeiros Militar do RN realizou 278 resgates. Por isso a recomendação da
corporação para a população é que ao se deparar com animais silvestres nas ruas
ou em ambientes atípicos acione imediatamente os bombeiros através do 193.
Nessa sexta-feira, militares do Corpo de Bombeiros foram acionados pela população para resgatar um jacaré da espécie Papo Amarelo, encontrado passeando nos arredores da lagoa de captação da avenida Jaguarari, em Candelária, na zona Sul de Natal.
Neste sábado, outro resgate. Desta vez, de um inofensivo filhote de tartaruga-marinha ‘dando uma voltinha’ em via trafegável na praia de Búzios, no litoral Sul potiguar. Foram os próprios guarda-vidas quem avistaram o animal, que foi imediatamente devolvido ao seu habitat natural.
Um jacaré de aproximadamente um metro e 70 centímetros foi
encontrado nesta sexta-feira (15) na calçada da lagoa de captação da Avenida
Jaguarari, em Candelária, Zona Sul de Natal.
O bicho foi capturado pela Companhia Independente de Polícia
Ambiental (Cipam) da PM e, à tarde, devolvido à natureza, em ambiente seguro.
O jacaré da espécie papo amarelo pesa 35 quilos. O animal foi avistado por pessoas que transitavam pela avenida de manhã cedo. Os policiais da Cipam acreditam que ele saiu da lagoa durante as chuvas da madrugada.
O projeto do Parque Urbano no Vale das Cascatas, mais conhecido com Bosque dos Pinheiros, foi cancelado pelo Instituto de Defesa do Meio Ambiente em Natal (Idema), responsável pelo espaço localizado na zona Sul de Natal, por falta de recursos financeiros para execução da obra estimada em R$ 10 milhões.
Segundo o Idema, o plano plurianual do órgão não definiu orçamento
para o projeto, pois teve queda na arrecadação e a parceria com as secretarias
de Turismo (SETURN) e de Infraestrutura (SIN) do estado não foi viabilizada.
O projeto inicial arquitetava quatro quadras de areia para
prática de esportes como vôlei, futevôlei, futebol e handebol, além de espaço
para piquenique, pistas de skate e patins, academia pública e pista de cooper,
e foi desenvolvido pela arquiteta e ex-aluna da Universidade Federal do Rio
Grande do Norte (UFRN), Érica Mendes, durante o seu trabalho de conclusão de
curso em 2014.
O recuo no projeto foi adotado pela gestão atual do Idema,
iniciada em janeiro de 2019, que considerou possíveis variáveis da obras, como
verba extra e contratações adicionais.
A área de 30 mil metros quadrado chegou a ser cercada com
tapumes em junho de 2017, mas após alguns dias a obra foi parada, porque a
empresa vencedora do processo licitatório sofreu questionamento em ação
judicial da empresa segunda colocada. Diante do cenário, o Idema pediu distrato
à empresa licitada e foi acatada.
A empresa que ficou em primeiro lugar tinha dado prazo de 10
meses para conclusão do serviço no local, que fica próximo a área verde do
Parque das Dunas, na Via Costeira.
A expectativa do instituto é desenvolver um esboço que caiba
no orçamento da instituição, mas não há previsão para execução de projeto no
espaço, que foi cedido pela Companhia de de Processamento de Dados do Rio
Grande do Norte (Datanorte) em 2017.
Para evitar a propagação da Covid-19, a doença causada pelo
novo coronavírus, governos colocaram sob quarentena bilhões de pessoas e
proibiram o acesso aos pontos turísticos, como praias, reservas naturais e
parques. A ausência humana nesses locais trouxe benefício para uma das espécies
em extinção: a tartaruga-gigante, a maior exemplar entre as espécies marinhas.
Pesquisadores notaram que mais ninhos desses animais surgiram em praias da
Flórida, nos Estados Unidos, e da Tailândia, do outro lado do mundo.
Autoridades ambientais da Tailândia descobriram nas praias agora desertas 11 novos ninhos de tartaruga-gigante. O número é o maior em 20 anos, disse Kongkiat Kittiwatanawong, diretor do Centro Phuket de Biologia Marinha, à agência Reuters. “Esse é um sinal muito bom para nós porque várias regiões de desova foram destruídas por humanos”. “Se compararmos com o ano passado, nós não tivemos esse tanto de ninhos porque as tartarugas sofrem com o risco de serem mortas por equipamentos de pesca e pela presença humana nas praias”.
Os corais da Área de Proteção Ambiental dos Recifes de Corais (APARC), localizada no Litoral Norte do estado, vêm passando por um processo de branqueamento e provocando preocupação na equipe da gestão da Unidade de Conservação. Isso porque nunca foi registrada uma quantidade expressiva de corais atingidos nesta Área. A principal causa do fenômeno nos corais é o aumento da temperatura das águas oceânicas, em decorrência de uma onda de calor marinha que chegou ao Rio Grande do Norte no início do mês de março deste ano.
O Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente – Idema, em parceria com a Fundação para o Desenvolvimento Sustentável da Terra Potiguar do Rio Grande do Norte (Fundep), através do Programa de Monitoramento Ambiental e Turístico da APA dos Recifes de Corais – Ecorecifes, realiza um trabalho permanente na APARC para acompanhar a saúde do ambiente recifal na região. O coordenador do Programa, Keliton Gomes, relata que houve uma aceleração no fenômeno de branqueamento na área, afetando mais de 70% das colônias de corais. “Durante uma coleta de dados no início do mês de abril verificamos um agravamento com 76,1% das colônias identificadas na área recifal de Maracajaú, apresentando níveis de branqueamento de leve a forte e 78,5% na área recifal de Rio do Fogo/Perobas”. Segundo o coordenador, além da coleta de dados regular, o grupo de pesquisa da unidade individualizou colônias de corais para acompanhar a evolução dos efeitos do branqueamento.
Em razão das recentes notícias de registro de uma espécie de
coral exótico nocivo nos litorais de Pernambuco e Ceará, o Instituto de
Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente – Idema, juntamente a equipe do
Monitoramento Ambiental e Turístico (EcoRecifes/Fundep) e apoio da empresa
Maracajaú Divers LTDA, iniciou no último sábado (8), uma série de vistorias aos
naufrágios que estão na Área de Proteção Ambiental dos Recifes de Corais
(APARC). A ação teve como principal objetivo buscar possíveis registros da
espécie Tubastraea spp, também conhecida como “Coral-Sol” em duas embarcações
naufragadas há mais de 50 anos no interior da APARC.
O coral tem uma beleza peculiar, com cores fortes que variam
do laranja ao amarelo. Quem mergulha e se depara com o coral-sol embaixo da
água fica maravilhado com sua beleza, mas poucos sabem que ele é uma praga que
está contaminando o litoral do Brasil. O Idema pede apoio de toda a sociedade,
especialmente profissionais do mergulho, turismo e pesquisadores, para
notificarem este órgão em caso de visualização de agrupamentos do coral-sol. O
contato pode ser feito através dos e-mails: [email protected] e
[email protected]
De acordo com a Convenção Sobre Diversidade Biológica (CDB),
“espécie exótica” é toda espécie que se encontra fora de sua área de
distribuição natural. “Espécie exótica invasora”, por sua vez, é
definida como aquela espécie exótica cuja introdução e dispersão ameaça a
biodiversidade, incluindo ecossistemas, habitats, comunidades e populações.
“O monitoramento precisa ser feito, sem dúvida. Essa espécie
cresce muito rápido, sufoca outras espécies, é muito agressiva e eficiente na
reprodução, o que acaba eliminando as espécies nativas através da competição,
causando desequilíbrio em todo o ambiente. A APARC tem grande relevância do
ponto de vista socioeconômico, mas, sobretudo, abarca uma biodiversidade sem
igual”, explicou o supervisor do Núcleo de Gestão de Unidades de Conservação
(NUC/Idema), Rafael Laia.
Segundo o técnico do NUC e mergulhador responsável pelo
Monitoramento Ambiental da APARC, Tiego Costa, o coral-sol tem preferência de
se instalar inicialmente em estruturas artificiais como naufrágios e plataformas
de petróleo. “Por isso nosso foco está sendo nos naufrágios da APA Recifes de
Corais – APARC. Além disso, existem 5 naufrágios na Unidade, os quais serão
todos vistoriados. Inicialmente foram visitados os naufrágios mais próximos da
costa, mas estamos planejando acessar outros mais distantes, cerca de 26km”,
disse.
Os registros de coral-sol em águas brasileiras iniciaram no
Sudeste, principalmente no RJ na década de 80. De lá para cá, a espécie vem se
espalhando pelo litoral, atingindo o nordeste mais recentemente, sendo
registrado na Bahia em 2012, Ceará em 2016 e este ano em Pernambuco, quando foi
registrada sua ocorrência em 04 naufrágios na costa de Recife. O RN é um dos
poucos estados, além do RS, AL, PB, PI e MA, que ainda não tem a ocorrência do
coral-sol.
O coordenador do NUC, Rafael Laia, conclui: “Felizmente não
identificamos nenhum coral-sol nestas primeiras vistorias. O registro desta
espécie invasora nos estados vizinhos nos obriga a estarmos alertas. A partir
de agora, o monitoramento ambiental que já ocorre na APARC, irá também manter
rotina de procura por este coral. Caso identificado precocemente alguma colônia
deste animal extremamente nocivo, teremos tempo e capacidade para controle e
erradicação desta espécie em nossos parrachos”, concluiu.
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