O ministro das relações exteriores do Chipre anunciou, por volta das 8h45 (horário de Brasília), que o sequestro do avião da aérea egípcia Egyptair terminou após cerca de sete horas de negociações. A aeronave, que faria a rota Alexandria/Cairo, no Egito, foi sequestrada nesta madrugada por um homem que estaria com um cinturão de explosivos amarrado ao corpo.
Segundo o ministério da aviação civil do Egito, as autoridades cipriotas destacaram que o suposto cinto com explosivos usado pelo sequestrador era falso.
O sequestrador era “psicologicamente instável”, afirmou o secretário da chancelaria cipriota, Alexandros Zenon. “Nada disso tem a ver com terrorismo. É a ação individual de uma pessoa psicologicamente instável” afirmou. O presidente cipriota já tinha descartada qualquer relação com o terrorismo.
A aeronave, um Airbus A320, decolou do Aeroporto Burg al Arab, em Alexandria, foi desviado de sua rota por volta de 8h30 (horário local) e pousou no Aeroporto de Larnaca, no Chipre, 20 minutos após o comandante Omar Yamal avisar a torre de controle cipriota.
O avião ficou estacionado em uma área isolada e foi observado de longe por policiais enquanto aconteciam as negociações, que começaram logo após a aterrissagem da aeronave.
Os passageiros e a tripulação foram liberados aos poucos. Sete horas depois do pouso, o sequestrador deixou a aeronave com as mãos para cima e foi preso.O Ministério de Negócios Estrangeiros do Chipre informou que o sequestrador se chama Seif Eldin Mustafa, mas não deu mais detalhes, segundo a Reuters. O presidente cipriota descartou que a ação esteja relacionada a terrorismo, segundo a France Presse.
A Egyptair confirmou que 81 pessoas estavam a bordo do Airbus, contando com os integrantes da tripulação. Ao menos 21 estrangeiros de oito nacionalidades viajavam no avião: oito norte-americanos, quatro holandeses, quatro britânicos, dois belgas, um francês, um sírio e um italiano.As motivações do sequestro ainda não estão claras. Uma rádio local noticiou que o homem teria pedido asilo ao Chipre. Duas emissoras cipriotas relataram que o sequestrador tinha deixado cair uma carta no aeroporto de Larnaca, na qual que parecia exigir a libertação de prisioneiros no Egito.
A Reuters chegou a informar no início da manhã que sequestrador era um cidadão egípcio chamado Ibrahim Samaha e que sua mulher, cujo nome não foi divulgado, viveria no Chipre.
Por conta do sequestro, o Chipre fechou o Aeroporto de Larnaca. Os voos foram desviados para outros complexos.
G1 SP