O presidente da Federação do Comércio, Bens e Serviços do Rio Grande do Norte (Fecomercio-RN), Marcelo Fernandes de Queiroz, avalia que o processo de devolução do terminal aeroviário de São Gonçalo do Amarante, que se arrasta desde em março de 2020, têm impacto direto no turismo e na economia potiguar.
“A preocupação da Fecomércio RN, que lidera este tema entre as entidades empresariais ligadas ao turismo, tem levado a Federação a atuar, de maneira direta e consistente, especialmente junto ao TCU, onde já participou de audiência, para que esse problema seja mitigado e os impactos desse processo no setor turístico possam, finalmente, acabar”.
Marcelo Queiroz diz que, hoje, tem-se “um cenário claro da necessidade premente de novos investimentos no nosso terminal, que se apresenta com manutenção precária e visivelmente deficiente”.
Para Queiroz, “é urgente que esse equipamento seja mais competitivo e atrativo. Precisamos de ações para ampliar ainda mais a nossa malha aérea, além da divulgação do destino em mercados nacionais e internacionais e, ainda, a busca de parceiros para intensificar o transporte aéreo”.
Segundo Queiroz, caso se tenha de mais um ano para que uma nova licitação ocorra, “certamente enfrentaremos sérios problemas na infraestrutura aérea, com prejuízos incalculáveis para todo o Estado”.
Queiroz informou, ainda, que já em março deste ano, reuniu-se com representantes do Tribunal de Contas da União, em Brasília, para tratar desse processo. “O nosso encontro com a chefe de Gabinete, Karla Amâncio, e o assessor do Ministro Aroldo Cedraz, Paulo Guerra, é uma devolutiva de uma solicitação da Federação para tratar sobre o tema, enviada no início do referido mês”.
O presidente da Fecomercio-RN afirmou ter ouvido da equipe do TCU que o ministro Aroldo Cedraz “estava sensível ao problema e, até então, empenhado em dar a celeridade possível ao processo, inclusive no que diz respeito ao pleito que foi o motivo da nossa provocação ao órgão”.
Naquela oportunidade, segundo Queiroz, foi dito que dependiam, de informações do Governo Federal, por intermédio do Ministério da Infraestrutura, para subsidiar o processo e levá-lo a julgamento pelo Tribunal.
Na avaliação de Queiroz, “há hoje uma tendência muito forte, que está se confirmando, de que o leilão de relicitação fique realmente para 2023”.
Queiroz conclui dizendo que essa mesma atenção, inclusive apontada pela Fecomércio RN entre as prioridades e sugestões apresentadas aos candidatos ao Governo do Estado nas últimas eleições, precisa ser por Fátima Bezerra (PT). “Entre as ações que reputamos como fundamentais, podemos destacar as linhas regulares , ligando o RN à Europa e ao Centro-Sul do país, além de reforços na divulgação de Natal como destino turístico atrativo e cheio de oportunidades ímpares. Tudo com vistas à ampliação do fluxo de passageiros no terminal e, com isso, torná-lo mais rentável e turbinar a retomada do setor turístico potiguar”.
Tribuna do Norte