Jair Bolsonaro até chegou a cogitar legendar o vídeo da reunião de ministros do dia 22 de abril, citado por Sérgio Moro para provar a interferência política do presidente na Polícia Federal, para divulgar e entregar ao Supremo Tribunal Federal (STF), mas desistiu dois dias depois “aconselhado” de que as imagens e as conversas teriam informações de “interesse nacional”.
Autora de “Tormenta: O governo Bolsonaro: crises, intrigas e segredos”, a jornalista Thaís Oyama, em sua coluna nesta sexta-feira (8) no portal Uol, afirma no entanto que o vídeo pode acirrar ainda mais os ânimos na relação entre o governo Bolsonaro e o STF.
Nos minutos finais do vídeo, segundo a jornalista, cabe ao ministro da Educação, Abraham Weintraub dar o tom sobre o que o governo pensa da corte suprema: “onze filhos da puta”, teria dito o ministro.
Além das críticas ao STF, a reunião traz ainda uma coleção de palavrões e conversas sobre assuntos mantidos a sete chaves por Bolsonaro, como a negociata com parlamentares do centrão para montar a base de apoio no Congresso.
Bolsonaro também abre o encontro com os ministros dirigindo palavras pouco diplomáticas em relação à China sobre a pandemia do coronavírus, o que pode aprofundar ainda mais o desgaste com o principal parceiro comercial do Brasil.
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