Um vídeo que circula nas redes sociais e foi divulgado no Twitter pelo site Metrópoles mostra policiais pressionando o sargento reformado Ringre Pires a dizer que ele apontou uma arma durante a abordagem em que PMs mataram com um tiro na cabeça o endocrinologista Luiz Augusto Rodrigues, na Asa Sul, em Brasília, na quinta-feira, 28.
Algemado e sentado no chão, Ringre Pires, que estava com o médico, se mostra visivelmente embriagado e chega a dizer que recebia para fazer a escolta do “doutor Luiz”. “Entre nós aqui, eu tomei uma e eu estava protegendo ele. O doutor Luiz, ele me paga para proteger ele. Me desculpa. Perdão, então”, afirmou o sargento, negando depois que faria segurança para o médico.
Os policiais pressionam o tempo todo para Pires dizer que havia apontado uma arma para a viatura, que teria motivado o disparo que matou o médico.
“Cara, não, vocês estão filmando? Eu não apontei arma para a viatura. Cara, vocês estão querendo queimar a gente, né?”, disse Pires, diante da insistência dos policiais para que ele disse que apontou a arma.
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Armas
Viviane Santos Rodrigues, esposa do endocrinologista , cobrou “investigação profunda” sobre a morte do marido, morto durante abordagem da Polícia Militar. Uma tia do médico ainda culpou a política de segurança pública pela morte.
“Não sabemos o que aconteceu. Queremos que seja tudo esclarecido. O meu marido não atirou. O policial amigo dele que tirou a arma”, contou Viviane em conversa com Nathália Cardim, do Metrópoles. “O Luiz tem porte de arma, mas não andava armado. Queremos saber o que o amigo policial fez. Não é novidade para ninguém. Eu não aprovava essa amizade”, completou.
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