O estudante Vittorio Furlan, de 18 anos, cuja família trabalha na agropecuária há anos, foi humilhado pelo professor Messias Basques, durante uma palestra. O episódio ocorreu na escola Avenues, no centro de São Paulo.
O jovem disse que participava do evento promovido pelo centro de ensino e seria debatido o tema “Gender Equity” (igualdade de gênero), quando a ativista indígena Sônia Guajajara começou a criticar o agronegócio no Brasil e disse que as terras privadas deveriam ser entregues aos povos indígenas e pequenos agricultores.
Revoltado, o aluno contestou a esquerdista e foi humilhado pelo professor, que disse ter diploma de Harvard.
– Não tenho opinião, sou especialista em Harvard. No dia em que você quiser discutir com a gente, traga o seu diploma e a sua opinião fundamentada em ciência, aí você discute com um especialista em Harvard – alegou o docente que, depois, foi desmentido pela Universidade.
Vittorio reafirmou sua opinião sobre a invasão de terras e disse que seus “princípios formam o seu caráter”.
– A minha maior indignação foi no momento em que ela (Sonia) começou a falar sobre a distribuição de terra para as pessoas e os indígenas. Isso me incomodou profundamente. Essas terras têm donos – argumentou.
Procurada, a escola justificou que, tanto o aluno quanto o professor agiram de forma inapropriada e que a direção comunga da “pluralidade de opiniões”.
Já o professor, não quis falar com a imprensa.
A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) divulgou uma nota repudiando a atitude do professor e disse que ” Professores e educadores precisam estar preparados para a diversidade de ideias na sala de aula. Só assim a escola conseguirá formar cidadãos que saibam conviver em um ambiente democrático e com espírito de coletividade”.
Com informações do Jornal da Cidade