Imagens de circuito interno de um prédio, obtidas com exclusividade pelo RJ2, revelam o empresário Luiz Marcelo Antônio Ormond em companhia de sua namorada, Júlia Andrade Cathermol Pimenta, de 29 anos, no elevador do edifício onde residiam, localizado no Engenho Novo, na Zona Norte do Rio.
O registro foi feito às 17h do dia 17 de maio (sexta-feira). Luiz Marcelo segura um prato enquanto Júlia lhe oferece uma cerveja, e os dois se beijam.
Minutos depois, o casal retorna ao elevador, mas Luiz Marcelo aparenta não estar bem. Ele se apoia no espelho, fecha os olhos e tosse incessantemente.
Três dias depois, Luiz Marcelo é encontrado morto, e Júlia emerge como a principal suspeita de ter planejado e envenenado o namorado.
O corpo foi descoberto em 20 de maio, uma segunda-feira, após vizinhos desconfiarem de um forte odor e acionarem a polícia.
Durante todo o fim de semana, Júlia conviveu com o cadáver, supostamente com o objetivo de roubar os pertences da vítima.
No sábado (18), Júlia é vista sozinha no elevador, dirigindo-se à garagem para colocar itens no porta-malas do carro de Luiz Marcelo. Em seguida, ela parte com o veículo.
No domingo (19), às 10h40, Júlia vai à academia do prédio para malhar. Na segunda (20), ao meio-dia, ela aparece com dois celulares e, pouco depois, é vista na portaria com uma mala e duas bolsas. Ela só deixa o local após receber o cartão da conta conjunta que havia aberto com Luiz.
O laudo aponta que o corpo de Luiz Marcelo estava em avançado estado de decomposição e que a morte ocorreu entre três e seis dias antes de ser encontrado. A necropsia não determina a causa da morte.
O perito identificou uma pequena quantidade de líquido achocolatado no sistema digestivo de Luiz Marcelo. Segundo a investigação, ele teria ingerido um brigadeirão envenenado que provavelmente estava no prato que segurava no elevador.
A polícia encontrou um analgésico forte no local do crime e apurou que, nove dias antes da última imagem de Luiz Marcelo com vida, Júlia havia comprado medicamento de uso controlado em uma farmácia.
Júlia prestou depoimento, mas sua frieza chamou a atenção da polícia. Ela afirmou que Luiz havia servido o café da manhã dela na segunda-feira, o que contradiz a necropsia.
Além disso, há indícios de que Suyane Breschak também esteve envolvida no crime. Suyane se apresenta como cigana e é mentora espiritual de Júlia.
De acordo com o depoimento de Suyane, Júlia devia a ela uma quantia de R$ 600 mil por consultas e trabalhos espirituais.
Suyane foi presa em Cabo Frio, na Região dos Lagos, e transferida para o Rio. Seu advogado alega que ela é inocente e está sendo injustamente acusada.
Um amigo de Suyane, que ficou com o carro e o computador de Luiz Marcelo, também foi preso por receptação.
O namorado de Suyane é outro suspeito. Ele afirma ter ouvido áudios e telefonemas de Júlia mencionando que dava remédios tarja preta para dopar Luiz Marcelo. Júlia está foragida.
Para a polícia, o crime foi premeditado. O delegado acredita que Júlia vinha dopando Luiz Marcelo há algum tempo e, em determinado momento, decidiu tirar sua vida para concretizar um plano criminoso e obter seus bens.
Requintes de crueldade: imagens mostram acusada de matar namorado mantendo sua rotina enquanto o corpo dele estava em casa; VEJA VÍDEO pic.twitter.com/yv9SPNhCWC
— Diario do Brasil Notícias (@diariobrasil_n) May 30, 2024
RJ2