Identificado pela polícia, um dos suspeitos de promover o atentado a bomba contra a produtora do Porta dos Fundos na véspera de Natal, o integralista Eduardo Fauzi aparece em um novo vídeo que começou a circular nas redes sociais desde a noite dessa sexta-feira, 3, em que ataca o ex-presidente Lula, o líder do MTST, Guilherme Boulos, além do humorista Fábio Porchat. Ele é considerado foragido e, de acordo com as investigações, estaria agora na Rússia, depois de ter feito escala em Paris. O próprio Fauzi chegou a admitir em entrevista ao “Projeto Colabora” que soube da ordem de prisão um dia antes e que fugiu para Moscou e que está em busca de um asilo político.
“Eu sou o candidato típico (ao asilo). Mas a decisão é política. Se não houver interesse político eles não me não me asilam”, disse.
De acordo com o suspeito, ele passou os três primeiros dias de 2020 resolvendo os trâmites para fazer seu pedido de asilo político e revelou ainda que foi avisado com antecedência sobre a ordem de prisão, em um tom de deboche com a polícia. “Achavam que fui muito estúpido pra não cobrir o rosto e não alterar a voz, mas fui conectado o suficiente pra ser avisado do mandado a tempo de viajar pra fora do país”, disparou.
Fauzi é filiado ao PSL, e se diz adepto do integralismo – uma vertente do fascismo no Brasil. Na entrevista ao “Projeto Colabora” ele disse que sua ação contra o Porta dos Fundos não teve qualquer motivação eleitoral ou financeira.
Novo vídeo
Em um novo vídeo que começou a circular nas redes sociais desde a noite dessa sexta-feira, 3, Fauzi ataca o ex-presidente Lula, o líder do MTST, Guilherme Boulos, além do humorista Fábio Porchat.
Assista:
Ao longo da mensagem, o suspeito fala sobre a chamada “guerra cultural”, cujo um dos principais artífices seria justamente o grupo Porta dos Fundos. Ele ainda minimiza o ataque a bomba à produtora do grupo e diz que o ato não foi um atentado terrorista. “Não houve dano material nenhum, vitima nenhuma, ninguém foi posto em perigo. O que tá sendo julgado ali é dentro de opinião. Porque quando alguém se levanta contra, o sistema bate pesado, se protege como uma máfia”, declara.
“As pessoas estão hiperdimensionando um ato que foi quase que em nada criminoso diante da blasfêmia contra Cristo. Essa, sim, foi criminosa”, completa.
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