O senador Flávio Bolsonaro usou as redes sociais para publicar um vídeo que diz ser do cadáver do miliciano Adriano Magalhães da Nóbrega, ex-oficial do Bope que foi morto pela polícia da Bahia no dia 9 de fevereiro. No texto que acompanha o vídeo em que o corpo aparece sobre uma mesa de autópsia, Flávio Bolsonaro questionou o trabalho de perícia realizado na Bahia. A Secretaria de Segurança Pública do estado, entretanto, afirmou que o vídeo divulgado nas redes não é reconhecido como autêntico pela perícia baiana ou pela perícia do Rio de Janeiro.
“As imagens não foram feitas nas instalações oficiais do Instituto Médico Legal. Então, nós temos a clara convicção de que isso é para trazer algum tipo de dúvida, de questionamento, a um trabalho que ainda não foi concluído. Eu reforço aqui o posicionamento das nossas instituições, a transparência com que estamos agindo e não vamos deixar que, por uma questão política, ou por qualquer outro motivo, qualquer outro interesse que esteja por trás disso tudo, venham trazer qualquer tipo de questionamento prévio, sem antes termos a conclusão da nossa investigação, das nossas perícias, e que o Ministério Público e a Justiça se posicionem quanto a isso”, afirmou o secretário da Segurança Pública da Bahia, Maurício Barbosa.
O perito médico legista e diretor do Instituto Médico Legal Nina Rodrigues (IML), Mário Câmara, também refutou as imagens divulgadas pelo senador e afirmou que não é possível analisar um vídeo que não foi autenticado pela perícia. “Não sabemos se foi adulterado, onde foi feito, não sabemos se o corpo é realmente do senhor Adriano. Então não faremos comentários sobre o vídeo. O que eu posso dizer, é reiterar que o laudo pericial foi feito por um perito médico legal especialista na área, com formação e balística, muito experiente em casos como este”.
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