Em um comunicado gravado em vídeo na última sexta-feira, dia 10, criminosos ligados a facção Primeiro Comando da Capital (PCC) fazem ameaças ao Governo do Rio Grande do Norte, e anunciam que vão por em prática uma verdadeira caçada a policiais e agentes penitenciários, como resposta a opressão que “irmãos estão vivenciando nas cadeias públicas” de Caraúbas, Mossoró e no Pavilhão 5 de Alcaçuz (Rogério Coutinho Madruga), em Nísia Floresta.
Depois de confirmarem que vão fazer ataques ao que chamam de “máquina opressora”, os bandidos atingem o ápice do descaramento, ao tentarem ganhar a simpatia da população: “ a população não se preocupe, pois não somos vândalos, apenas lutamos pela paz e contra a opressão”, diz no vídeo o porta-voz dos criminosos.
Situações como essa, em que ordens emanadas pelas facções criminosas determinam que seus membros ataquem operadores de segurança – ordens para caçar os indivíduos, não as Instituições-, deixam na população, de forma cristalina, a impressão de que o governo está emparedado pela bandidagem. Pior o que isso, fica o sentimento de que o Estado perdeu o controle sobre a criminalidade.
Uma inovação implementada, este ano, pelas facções criminosas, expõe a intimidação das forças de segurança: bandidos agora decretam a expulsão de policiais de suas residências e de comunidades que lhes interessam, no melhror estilo “manda quem pode, obedece quem tem juízo”.