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UFRN colabora com inquérito que avalia cobertura vacinal no Brasil

O TRABALHO DE CAMPO SERÁ REALIZADO POR UMA EMPRESA ESPECIALIZADA EM COLETA DE DADOS. FOTO: CÍCERO OLIVEIRA

O Programa Nacional de Imunização (PNI) propôs um inquérito com objetivo de avaliar a cobertura vacinal na população de crianças nascidas em 2017 em três momentos de suas vidas, aos 12, 18 e 24 meses de idade, e em residentes nas regiões urbanas de 19 capitais brasileiras e no Distrito Federal, incluindo o município de Natal. O projeto vai verificará vacinação de BCG-ID, Hepatite B, Pentavalente, Meningococo C, Pneumocócica, Rotavírus humano, Febre amarela, vacina inativa e oral para Poliomielite, Tríplice viral, Tríplice bacteriana, Varicela e Hepatite A. Trata-se de uma pesquisa nacional do Ministério da Saúde, financiada pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), com apoio da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN).

O PNI é referência mundial na incorporação de diversas vacinas no calendário do Sistema Único de Saúde (SUS), com oferta universal. Porém, foi observada uma redução na cobertura vacinal nos últimos anos. Diante disso, foi proposto o Inquérito de Cobertura Vacinal nas Capitais do Brasil, tendo como objetivo avaliar essa cobertura em estratos socioeconômicos, permitindo uma análise mais detalhada.

Em Natal, serão realizados dois inquéritos, com 225 crianças em cada grupo. A coordenação será da farmacêutica Isabelle Ribeiro Barbosa Mirabal, professora da Faculdade de Ciências da Saúde do Trairi (Facisa/UFRN), com apoio de duas bolsistas do CNPq. Ela gerenciará as informações coletadas em campo, divulgará o Inquérito para a população juntamente com a Secretária da Saúde Pública do RN (SESAP) e a Secretaria Municipal de Saúde (SMS). Também elaborará o relatório final do Inquérito, realizará a análise dos dados e produção científica do artigo com as informações municipal e nacional. “Precisamos do apoio de toda imprensa na divulgação desse inquérito já que há bastante receio da população em receber entrevistadores em sua residência, principalmente por questões de violência”, reforça Isabelle.

O trabalho de campo será realizado por uma empresa especializada em coleta de dados, a SCIENCE, por meio de visitas domiciliares, de forma a conhecer a situação vacinal da criança, o estrato social e as dificuldades para o cumprimento do calendário de vacinação. A equipe vai tirar fotos das cadernetas de vacinas e dos dados das crianças e enviar para dois profissionais da saúde, bolsistas financiados pelo CNPq, com experiência na área para a leitura e digitação dos dados. 

A data provável para o início da pesquisa em Natal é sexta-feira, 11 de dezembro, com duração de 28 dias para as coletas de campo. Os entrevistadores estarão devidamente treinados, identificados, fazendo uso de equipamentos de proteção individual e coletivo (máscara, protetor facial), além de manter uma distância segura dos entrevistados. O Ministério da Saúde acredita que o relatório final irá auxiliar na compreensão do contexto do PNI, além de descrever um estrato amostral social e comparar as realidades de cobertura vacinal dos estratos de todas as capitais brasileiras, mais o Distrito Federal, incluídas na pesquisa. 

Além da equipe da UFRN, coordenam o projeto José Cássio de Moraes e Rita Barata, da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo (FCMSCSP), e Maria Glória Teixeira, da Universidade Federal da Bahia (UFBA).

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