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Trump mergulha período de transição em dúvidas caso seja derrotado por Biden

FOTO: DIVULGAÇÃO

Cinco horas depois de tomar posse, no dia 20 de janeiro de 2017, Donald Trump registrou sua campanha à reeleição. No segundo mês de governo, já fazia comícios e arrecadava milhões de dólares de doadores.

Se Trump for derrotado nas urnas por Joe Biden, só quem não observou os últimos quatro anos nos EUA esperaria dele civilidade ou recato institucional nas 11 semanas entre a eleição da posse.

A cena tradicional do casal que parte esperando o casal que chega à Casa Branca? Nem pensar, dizem analistas políticos. Como o próprio Trump repete que sua derrota só ocorreria em caso de fraude eleitoral, é difícil imaginar o casal Donald e Melania assistindo à solenidade de posse na tarde fria de janeiro.

Nunca houve, na história moderna do país, tanta incerteza sobre o período que começa, neste ano, no dia 4 de novembro. O presidente, quando lhe perguntam se vai se comprometer com uma transição pacífica de poder, não diz um “sim” claro e passa a se descrever como vítima de um complô.

Entre os 45 presidentes americanos, dez não conseguiram se reeleger. O primeiro deles foi John Adams, o segundo chefe do Executivo, que escapuliu de Washington entre a noite de 3 e a madrugada de 4 de março de 1801 para não dar de cara com seu desafeto e sucessor, Thomas Jefferson.

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