O Tribunal Penal Internacional (TPI) emitiu mandados de prisão para o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, para o líder do Hamas, Mohammed Deif, que Israel diz ter matado, e para Yoav Gallant, ex-ministro da Defesa de Israel.
A Promotoria também tinha protocolado pedidos de mandados de prisão para outros dois líderes do Hamas, Ismail Haniyeh e Yahya Sinwar. No entanto, diante da confirmação de suas mortes, foi permitida a retirada dos pedidos.
O TPI disse ter evidências suficientes de que todos condenados cometeram crimes de guerra por deliberadamente atacarem alvos civis, de um lado e de outro. As condenações também incluem os crimes de “indução à fome como método de guerra”, pelo lado de Israel, e “exterminação de povo”, pelo lado do Hamas.
Os mandados de prisão foram emitidos para todos os 124 países signatários do TPI — inclusive o Brasil — e significa que os governos desses países se comprometem a cumprir a sentença e prender qualquer um dos condenados caso eles entrem em territórios nacionais.
A sentença acatou um pedido da Procuradoria do tribunal feito em maio, o primeiro trâmite da Justiça internacional contra Netanyahu. Originalmente, a Procuradoria pediu prisão para três ex-líderes do Hamas, mas, após o pedido, eles foram mortos em ataques de Israel.
Dos três, o Hamas ainda não confirmou a morte de Mohammed Deif e, por isso, o TPI diz ter optado por expedir uma ordem de prisão para ele também.
Com informações de g1