
Três mulheres foram torturadas e assassinadas durante uma transmissão ao vivo em uma rede social. Os corpos foram encontrados na última quarta-feira (23) em uma residência na cidade argentina de Florencio Varela, a cerca de 20 km da capital, Buenos Aires.
As vítimas foram identificadas como Brenda del Castillo, de 20 anos, Morena Verdi, também de 20, e Lara Gutiérrez, de 15. Segundo informações da BBC, elas teriam sido mortas a mando de um traficante de 23 anos, conhecido como “Little J” ou “Julito”.
O crime ocorreu na noite do último sábado (20). O ministro da Segurança da Província de Buenos Aires, Javier Alonso, disse em entrevista ao canal de notícias TN que as jovens foram levadas para uma casa sob o pretexto de participar de um evento para o qual haviam sido convidadas. O convite, no entanto, era uma farsa para atraí-las. “Foram por vontade própria com alguém que havia conquistado sua confiança”, afirmou o ministro.
As execuções foram transmitidas ao vivo para um grupo de 45 pessoas no Instagram. Lara, a mais jovem, chegou a ter todos os dedos da mão esquerda e parte de uma orelha arrancados enquanto ainda estava viva. “O líder do grupo, naquela sessão, disse: ‘Isso acontece com quem rouba minhas drogas’”, relatou Alonso.
Quatro pessoas foram presas em flagrante enquanto limpavam a cena do crime. Outras oito foram detidas em seguida.
“Avança a investigação sobre os assassinatos brutais de Brenda del Castillo, Lara Gutiérrez e Morena Verdi. O ministro da Segurança, Javier Alonso, explicou à imprensa que tudo indica tratar-se de um ato de vingança de um grupo narcotraficante internacional com base operacional na Cidade Autônoma de Buenos Aires (CABA).
Seguiremos informando à medida que a Justiça avance. Diante de um fato dessa natureza, precisamos ser sérios e responsáveis para que se compreenda que o narcotráfico não conhece fronteiras nem jurisdições e, além disso, exerce todas as formas de violência machista. Temos que nos envolver todos na luta para erradicar o narcotráfico. Caso contrário, ele se fortalece e se torna impune.”
Correio 24h
