
A Secretaria Municipal de Saúde, por meio do Centro de Controle de Zoonoses em parceria com a Fiocruz, concluiu a instalação das Estações Disseminadoras para controle do mosquito transmissor da Dengue, Zika e Chikungunya, Aedes aegypti, nos bairros de Nossa Senhora da Apresentação e Felipe Camarão.
Segundo a chefe do Setor de Educação, Mobilização e Comunicação do CCZ, Huylliane Souza, o projeto conduzido pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) traz a Natal a experiência já implementada em Manaus, cujo o objetivo é utilizar o próprio mosquito para o controle da população vetorial.
As três mil armadilhas (1.500 para cada bairro) são compostas de baldes plásticos com água cobertos por um tecido preto impregnado pelo larvicida, simulando desta maneira um ambiente ideal para a oviposição. Ao procurar estes espaços, a fêmea se impregna com o larvicida e os leva para os outros depósitos que ela visita normalmente e que nem sempre são de fácil acesso pelos agentes de endemias.
A escolha de Natal como participante do projeto, ao lado de mais quatro cidades, se deu pelo preenchimento de 5 dos 7 pré-requisitos estipulados pela Fiocruz, dos quais se destaca a já reconhecida internacionalmente, metodologia de monitoramento vetorial VigiaDengue.
“O momento para a implementação deste projeto é bastante propício, dado que é com a chegada do verão que a epidemia de arboviroses começa a deslanchar. Aliado a isso, a escolha dos dois bairros – Nossa Senhora da Apresentação e Felipe Camarão – foi estratégica, pois estes territórios possuem significativa participação e influência em toda a cidade nos períodos de epidemia”, destacou Huylliane.
“Para chegarmos aos resultados esperados, que é a diminuição da população vetorial do Aedes, é preciso que a população abrace o projeto e facilite o processo de colocação e a posterior manutenção das armadilhas em suas residências, pois as recusas atrasaram todo o andamento do projeto”, afirma Márcia Cristina, chefe do Núcleo de Entomologia do Centro de Controle de zoonoses.
Márcia lembra que a instalação dessas armadilhas ainda está em caráter experimental, tendo o projeto o prazo de dois anos para implementação, monitoramento e levantamento de dados. “A experiência implementada em Manacapuru, em Manaus, resultou na mortalidade de aproximadamente 95% da população de Aedes, resultado bastante satisfatório”.

