Desde o final do mês passado, a segurança do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi reforçada com a chegada de seis pastas balísticas — equipamento com a aparência de uma mala de viagem, mas que, aberta e desdobrada em três partes, se transforma em um escudo antibalas. A pasta pôde ser vista no comício feito ontem por Lula na quadra da Portela, no Rio de Janeiro, nas mãos de um agente da PF, sempre postado próximo ao ex-presidente.
Jair Bolsonaro, cuja segurança física é responsabilidade do GSI, já usa o equipamento rotineiramente. As seis pastas balísticas destinadas à proteção de Lula chegaram em setembro.
Na semana passada, a equipe da Polícia Federal responsável pela segurança do candidato do PT prendeu um homem que participaria da montagem da estrutura de um palanque usado pelo ex-presidente.
Foi a quinta prisão efetuada pela PF desde a entrada dos agentes campanha, no início de agosto, quando as candidaturas dos presenciáveis foram oficializadas. Nenhuma dessas prisões esteva relacionada diretamente com a segurança do petista.
O que ocorre é que todos os colaboradores não fixos chamados a prestar serviços à campanha passam por um levantamento policial destinado a averiguar se possuem antecedentes criminais. Foi nessa varredura que a PF identificou cinco foragidos com prisão preventiva decretada por crimes diversos.
Até agora, o delegado da Polícia Federal responsável pela segurança do ex-presidente, Andrei Augusto Passos Rodrigues, pediu a abertura de três inquéritos para investigar ameaças contra Lula. O mais recente foi contra o empresário de Santa Catarina, Luiz Henrique Crestani, que postou em uma rede social um vídeo em que usa a imagem de Lula como alvo para disparos de espingarda.
Lula também não tem aceito comida cuja procedência não foi checada antes pela segurança.
O temor é que ele seja envenenado. Assim, a regra é, fora de casa, só se alimentar com o que passar pelo crivo da segurança.
Com informações do Blog de Gutemberg Cardoso