
A transa com um bispo em um motel no bairro República, no centro de São Paulo, e uma “rave” de seminaristas e padres, no interior paulista, estão entre os segredos revelados por Brendo Silva, de 33 anos, no livro A Vida Secreta dos Padres Gays, lançado dia 13 de maio pela Matrix Editora.
Brendo, especialista em sexualidade e religião, foi seminarista durante sete anos – até sair da igreja, pois “não queria viver uma vida dupla”, disse ao Metrópoles. Segundo ele, é assim que muitos religiosos vivem, já que a maioria seria homossexual.
Farsa do celibato
“É uma proteção, por isso é defendido com unhas e dentes. Sem a capa do celibato, a sociedade forçaria os padres, em sua maioria, a casarem com mulheres, porque jamais a gente imagina o catolicismo aprovando o casamento gay. Com o fim do celibato, a sociedade ia questionar por que os padres não se casam [com mulheres] mesmo sendo permitido”, afirmou.
Para o pesquisador, “abolir o celibato não vai resolver a questão da sexualidade dentro da igreja”. Por isso, Brendo chama o celibato de “farsa”.
“A maioria dos poucos padres héteros que eu convivi, que era tipo dois em 30, por exemplo, tinha vida dupla, tinha namorada”, afirmou. Quando publicou o livro, pelo menos cinco mulheres que teriam filhos com os líderes religiosos procuraram o autor para contar suas histórias.
“Mesmo os padres héteros não vivem o celibato”, denunciou.
Metrópoles
