Policiais militares do Batalhão de Operações Especiais (Bope) prenderam no fim da manhã desta terça-feira (26) um morador de rua que eles acreditam ser Aluízio Farias Batista, o motorista de ônibus que atropelou e matou 19 pessoas em um carnaval de rua em Natal em 1984 – há 37 anos.
O caso, um dos mais emblemáticos da história da cidade, ficou conhecido como a “Tragédia do Baldo”. Aluízio Farias Batista estava foragido desde a época do crime.
Os policiais chegaram até o suspeito após uma denúncia anônima que dava conta de que ele atualmente era morador de rua e vivia no bairro Neópolis, na Zona Sul. O setor de inteligência do Bope investigou e efetuou a prisão nesta terça.
Segundo o delegado Frank Albuquerque, o homem, que estava sem identificação, inicialmente negou que fosse Aluízio e se disse chamar João. Em seguida, segundo o delegado, ele confessou.
“Ele confessou que é o Aluízio e que tinha se escondido em Recife e voltou em 2012. Ele voltou achando que certamente não seria mais punido, que ia escapar da sentença, de ser preso, mas ele foi condenado há pouco tempo. E agora, graças ao serviço do Bope, ele foi preso”, disse.
O homem foi encaminhado para o Instituto Técnico-Científico de Perícia (Itep), onde passará por exames para ser identificado. Há um mandado de prisão em aberto contra ele com validade até 2029.
“Ele está sem documentos e, para que a gente possa dar cumprimento ao mandado de prisão, ele está sendo encaminhado pro Itep e vai ser submetido a uma identificação criminal e cível. Em seguida, sendo confirmada a identidade, ele vai ser encaminhado para o sistema prisional”, explicou.
Aluízio Farias Batista foi condenado a 21 anos de reclusão por 19 homicídios em julgamento a revelia (em que não esteve presente) no ano de 2009.
O caso
O acidente aconteceu na madrugada do dia 25 de fevereiro de 1984. Aluízio Farias Batista era motorista de uma empresa de ônibus e trabalhava até tarde naquele dia. No trajeto, ele passou abaixo do Viaduto do Baldo, na Zona Leste da Cidade, no trecho da subida avenida Rio Branco, onde foliões curtiam o carnaval na rua.
O ônibus que Aluízio conduzia passou por cima da multidão e culminou com a morte de 19 pessoas, além de 12 feridos. A estimativa é de que 5 mil pessoas brincavam carnaval no bloco de rua.
Historiadores associam o episódio com a queda no número de blocos de rua durante o carnaval de Natal nas décadas seguintes.
G1RN
1 Comentário
MUITO BONITO ISSO!!! Promoveram o maior “pantin”. Indivíduos ávidos por FAMA expuseram a execração pública um simples cidadão, morador de rua, acusando-o de um CRIME. de repente … pimba!!! NÃO ERA ELE. A mais expressiva de todas as PROVAS, a impressão digital, pôs por terra a vontade maior de aparecer. Tivessem feito a investigação DISCRETAMENTE, mas não. Melhor jogar logo na mídia, dá FAMA!!!. E agora DOUTOR??? Imagina ai se NÃO tivesse o arquivo das impressões digitais. Esse moço IRIA apodrecer na cadeia o resto de sua já atribulada vida, SEM CULPA NO CARTÓRIO. Desculpa, viu? É o que irão dizer pro cidadão e mandam-no embora curtir suas artérias públicas. Nesse caso não tem DIREITOS HUMANOS defender os seus direitos. para Não pode ficar simplesmente assim