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Tio de Tom Cavalcante pode se tornar santo no Brasil. Entenda!

FOTO: REPRODUÇÃO

Não buscou holofotes, nunca disputou espaço público e passou a vida longe de qualquer vaidade. Ainda assim, décadas após sua morte, o nome de Monsenhor Waldir Lopes de Castro surge com força entre fiéis do Ceará, agora associado a uma possibilidade de se tornar santo.

O sacerdote, que é tio do humorista Tom Cavalcante, está no centro de um processo de canonização ainda em fase inicial, conduzido pela Arquidiocese de Fortaleza. A movimentação ganhou visibilidade após uma série de relatos espontâneos de graças atribuídas à sua intercessão, compartilhados em paróquias e nas redes sociais.

O interesse pela causa não surgiu por campanhas institucionais, mas pela memória afetiva de quem conviveu com Monsenhor Waldir. Fiéis lembram um padre acessível, de fala mansa e rotina rigorosa de oração, conhecido por dedicar longas horas ao atendimento pastoral, sem distinção social.

Há relatos de visitas frequentes a doentes, apoio constante a famílias enlutadas e presença ativa em comunidades carentes. Para muitos, eram gestos simples, mas repetidos com constância ao longo dos anos, um dos sinais que a Igreja observa ao avaliar a chamada “fama de santidade”.

Com o crescimento desses testemunhos, lideranças religiosas passaram a organizar documentos, depoimentos e registros históricos que podem embasar o avanço da causa junto ao Vaticano.

Quem foi Monsenhor Waldir Lopes de Castro

Natural de uma família simples do Ceará, Waldir Lopes de Castro ingressou cedo no seminário e construiu um ministério marcado pela discrição. Atuou tanto na capital quanto no interior do estado, sempre ligado a ações sociais e à assistência direta aos mais pobres.

Paroquianos relatam que ele mantinha rotina intensa, com celebrações diárias, atendimento constante no confessionário e disponibilidade para ouvir, aconselhar e acolher. Preferia a escuta ao discurso e costumava resolver conflitos comunitários por meio do diálogo.

Além do trabalho espiritual, organizava campanhas de arrecadação de alimentos, intermediava doações de medicamentos e buscava ajuda para famílias em situação de vulnerabilidade.

Por que ele pode se tornar santo?

A possível canonização de Monsenhor Waldir se apoia em três pilares observados pela Igreja: virtudes heroicas, fama de santidade e relatos de graças atribuídas à sua intercessão.

Testemunhas apontam uma vida marcada pela simplicidade, disciplina espiritual e firmeza ética. Após sua morte, fiéis passaram a relatar respostas a orações feitas em seu nome. Até o momento, não há milagres oficialmente reconhecidos, mas os relatos motivam investigação criteriosa.

A Igreja Católica trata esses casos com prudência. Nenhuma causa avança sem análise documental, testemunhal e teológica rigorosa.

Como funciona o processo de canonização

O reconhecimento de um santo segue etapas bem definidas. Inicialmente, a diocese local reúne provas, documentos e depoimentos sobre a vida do candidato. Essa fase inclui análise de escritos, homilias e relatos de quem conviveu com a pessoa.

Depois, o material é encaminhado à Congregação para as Causas dos Santos, no Vaticano, onde passa por avaliação de teólogos e historiadores. As etapas são:

Venerável: reconhecimento das virtudes heroicas

Beato: confirmação de um milagre atribuído à intercessão

Santo: confirmação, em geral, de um segundo milagre após a beatificação

No caso de Monsenhor Waldir, o processo ainda está restrito à fase local, sob responsabilidade da Arquidiocese.

O peso da história e da fama

Entre os fatores considerados está a devoção popular espontânea, construída ainda em vida. Famílias relatam que o sacerdote atendia pedidos fora do horário paroquial, visitava hospitais e acolhia demandas levadas até sua casa.

Portal Dol

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